2017.03.31/04.01 Moita Metal Fest 2017
Enviado: domingo abr 02, 2017 9:07 pm
Aberto tópico de rescaldo para mais uma edição do Moita Metal Fest. Após não ter podido marcar presença no ano passado, pude voltar a estar presente, agora num novo espaço, que vai fazer crescer o festival ainda mais. As condições são boas (salvo dois pormaiores: escassez de casas de banho e o piso da zona do palco que levanta uma poeirada gigantesca. Aspetos a rever para a próxima edição). A localização é excelente e estacionamento também é coisa que não falta. Excelente upgrade do fest. Notou-se também uma grande adesão de público, o que é de registar com bastante agrado. O cumprimento dos horários (não foram propriamente cumpridos a 100%, mas mesmo assim bem melhor do que em muitos outros eventos).
Dia 1
Começo do primeiro dia do fest com os Legacy of Cynthia, ainda com a tenda algo despida de público. Apesar do aparato meio circense do vocalista (com as luzes no chapéu), até deram bem conta do recado como banda de abertura do festival. Destaco as secções instrumentais dos temas como aquilo que mais me cativou na música da banda. Seguiram-se os thrashers Prayers of Sanity que eu já não via há imenso tempo. Como seria de esperar, a sua atuação foi o pretexto ideal para abrir o circle pit e atrair também mais pessoas para a frente do palco. Atuação bastante enérgica! Theriomorphic deram (mais) um excelente concerto. Eram uma das bandas nacionais do cartaz que mais queria ver e, tal como já tinha acontecido em Mangualde, deram um valente concertão! Sendo uma banda já com muitos anos disto, acho que o melhor elogio que lhes posso fazer é dizer que estão cada vez melhores! Crise Total foi extremamente divertido (penso que é o termo que mais se adequa, e não é nada depreciativo) e muito animado! Se com Prayers of Sanity se abriu o mosh pit, aqui começou o stage diving em força. Cumpriram muito bem. Gwydion, de regresso ao ativo (e aos palcos) foi a última banda nacional do dia a atuar. Foi a banda com o pior som do dia, o que acabou por os prejudicar um pouco (e também o final de atuação forçado). Mesmo assim, estiveram bem e fizeram-me reviver algumas malhas (também já não os ouvia há imenso tempo) de um concertão que deram no defunto GDL. O novo vocalista também deu bem conta do recado, portanto daqui para a frente é reganhar a rodagem em palco, porque o resto está lá. Para final do primeiro dia ficaram reservados os grandes Napalm Death. O único pequeno senão foi a ausência do Shane (está em tour com os Brujeria) que, como comentei na altura, ver Napalm sem o Shane é mais ou menos o mesmo do que ver Iron Maiden sem o Steve Harris. Isto sem deslustrar em nada a excelente prestação do substituto (baixista dos Nasum). Quanto ao concerto em si, foi simplesmente Napalm Death vintage. Concerto fabuloso que, por mais palavras que aqui empregue, em nada fazem jus realmente ao autêntico furacão que passou e varreu por completo a Moita. Nada faltou mesmo a este concerto verdadeiramente demolidor, mosh pit e stage diving ininterruptos, um Barny ao seu (habitual) melhor nível, discurso entre temas a condizer, e aquela atitude humilde, sentida e genuina que só está ao alcance de um punhado de bandas. Long live Napalm Death.
Dia 2
Por (infeliz) coincidência de horários com outros eventos (habitualmente a música costuma levar a melhor, mas desta vez não deu mesmo), acabei por ver apenas duas bandas neste dia. Muita pena mesmo de ter perdido Corpus Christii, que eram para mim um dos maiores motivos de marcar presença no fest. Quem os viu que dê aqui o feedback (ouviu aetheria?
). Heavenwood foram, assim, a primeira banda deste dia que vi e ainda bem que cheguei a tempo de os ver. Confesso o meu desconhecimento com o reportório da banda e quanto a vê-los ao vivo, tal só tinha acontecido numa edição do GDL num concerto que, na altura, me entediou um bocado. Pois bem, desta vez tédio foi coisa que não tive de forma alguma. Deram um excelente concerto de gothic/doom, a fazer lembrar nalguns momentos os Paradise Lost. o que para uma banda que se movimente nestas sonoridades é um grande elogio. Destaco o vocalista de sessão (vocals de Equaleft) que deu muito bem conta do recado. Embora géneros diametralmente opostos, foi um bom aperitivo para os headliners do segundo dia. Sodom, finalmente de regresso a Portugal, após a aparição no SWR em 2009, fecharam com chave de ouro o festival. Com um Tom Angelripper muito bem disposto (algo que, se bem me recordo, não se passou no SWR), e com uma setlist muito (e bem) focada nos grandes clássicos da banda, deram um verdadeiro recital de thrash. Sodomy and Lust, Outbreak of Evil, Iron Fist (Motorhead cover), Blasphemer, Nuclear Winter e Ausgebombt foram os melhores momentos, num concerto que marcou em grande o regresso de um dos grandes do thrash. Não tendo, para mim, batido o concerto de Napalm (para mim, o melhor de todo o fest), foi um grande concertão. The Saw is the Law.
Last but not least, grande abraço aos Musers Santiago, Peixoto, Eternal champion, Aetheria, Xapas (peço desculpa se me está a escapar algum nome).
Dia 1
Começo do primeiro dia do fest com os Legacy of Cynthia, ainda com a tenda algo despida de público. Apesar do aparato meio circense do vocalista (com as luzes no chapéu), até deram bem conta do recado como banda de abertura do festival. Destaco as secções instrumentais dos temas como aquilo que mais me cativou na música da banda. Seguiram-se os thrashers Prayers of Sanity que eu já não via há imenso tempo. Como seria de esperar, a sua atuação foi o pretexto ideal para abrir o circle pit e atrair também mais pessoas para a frente do palco. Atuação bastante enérgica! Theriomorphic deram (mais) um excelente concerto. Eram uma das bandas nacionais do cartaz que mais queria ver e, tal como já tinha acontecido em Mangualde, deram um valente concertão! Sendo uma banda já com muitos anos disto, acho que o melhor elogio que lhes posso fazer é dizer que estão cada vez melhores! Crise Total foi extremamente divertido (penso que é o termo que mais se adequa, e não é nada depreciativo) e muito animado! Se com Prayers of Sanity se abriu o mosh pit, aqui começou o stage diving em força. Cumpriram muito bem. Gwydion, de regresso ao ativo (e aos palcos) foi a última banda nacional do dia a atuar. Foi a banda com o pior som do dia, o que acabou por os prejudicar um pouco (e também o final de atuação forçado). Mesmo assim, estiveram bem e fizeram-me reviver algumas malhas (também já não os ouvia há imenso tempo) de um concertão que deram no defunto GDL. O novo vocalista também deu bem conta do recado, portanto daqui para a frente é reganhar a rodagem em palco, porque o resto está lá. Para final do primeiro dia ficaram reservados os grandes Napalm Death. O único pequeno senão foi a ausência do Shane (está em tour com os Brujeria) que, como comentei na altura, ver Napalm sem o Shane é mais ou menos o mesmo do que ver Iron Maiden sem o Steve Harris. Isto sem deslustrar em nada a excelente prestação do substituto (baixista dos Nasum). Quanto ao concerto em si, foi simplesmente Napalm Death vintage. Concerto fabuloso que, por mais palavras que aqui empregue, em nada fazem jus realmente ao autêntico furacão que passou e varreu por completo a Moita. Nada faltou mesmo a este concerto verdadeiramente demolidor, mosh pit e stage diving ininterruptos, um Barny ao seu (habitual) melhor nível, discurso entre temas a condizer, e aquela atitude humilde, sentida e genuina que só está ao alcance de um punhado de bandas. Long live Napalm Death.

Dia 2
Por (infeliz) coincidência de horários com outros eventos (habitualmente a música costuma levar a melhor, mas desta vez não deu mesmo), acabei por ver apenas duas bandas neste dia. Muita pena mesmo de ter perdido Corpus Christii, que eram para mim um dos maiores motivos de marcar presença no fest. Quem os viu que dê aqui o feedback (ouviu aetheria?


Last but not least, grande abraço aos Musers Santiago, Peixoto, Eternal champion, Aetheria, Xapas (peço desculpa se me está a escapar algum nome).
