Dia 1
Começo do primeiro dia do fest com os Legacy of Cynthia, ainda com a tenda algo despida de público. Apesar do aparato meio circense do vocalista (com as luzes no chapéu), até deram bem conta do recado como banda de abertura do festival. Destaco as secções instrumentais dos temas como aquilo que mais me cativou na música da banda. Seguiram-se os thrashers Prayers of Sanity que eu já não via há imenso tempo. Como seria de esperar, a sua atuação foi o pretexto ideal para abrir o circle pit e atrair também mais pessoas para a frente do palco. Atuação bastante enérgica! Theriomorphic deram (mais) um excelente concerto. Eram uma das bandas nacionais do cartaz que mais queria ver e, tal como já tinha acontecido em Mangualde, deram um valente concertão! Sendo uma banda já com muitos anos disto, acho que o melhor elogio que lhes posso fazer é dizer que estão cada vez melhores! Crise Total foi extremamente divertido (penso que é o termo que mais se adequa, e não é nada depreciativo) e muito animado! Se com Prayers of Sanity se abriu o mosh pit, aqui começou o stage diving em força. Cumpriram muito bem. Gwydion, de regresso ao ativo (e aos palcos) foi a última banda nacional do dia a atuar. Foi a banda com o pior som do dia, o que acabou por os prejudicar um pouco (e também o final de atuação forçado). Mesmo assim, estiveram bem e fizeram-me reviver algumas malhas (também já não os ouvia há imenso tempo) de um concertão que deram no defunto GDL. O novo vocalista também deu bem conta do recado, portanto daqui para a frente é reganhar a rodagem em palco, porque o resto está lá. Para final do primeiro dia ficaram reservados os grandes Napalm Death. O único pequeno senão foi a ausência do Shane (está em tour com os Brujeria) que, como comentei na altura, ver Napalm sem o Shane é mais ou menos o mesmo do que ver Iron Maiden sem o Steve Harris. Isto sem deslustrar em nada a excelente prestação do substituto (baixista dos Nasum). Quanto ao concerto em si, foi simplesmente Napalm Death vintage. Concerto fabuloso que, por mais palavras que aqui empregue, em nada fazem jus realmente ao autêntico furacão que passou e varreu por completo a Moita. Nada faltou mesmo a este concerto verdadeiramente demolidor, mosh pit e stage diving ininterruptos, um Barny ao seu (habitual) melhor nível, discurso entre temas a condizer, e aquela atitude humilde, sentida e genuina que só está ao alcance de um punhado de bandas. Long live Napalm Death.

Dia 2
Por (infeliz) coincidência de horários com outros eventos (habitualmente a música costuma levar a melhor, mas desta vez não deu mesmo), acabei por ver apenas duas bandas neste dia. Muita pena mesmo de ter perdido Corpus Christii, que eram para mim um dos maiores motivos de marcar presença no fest. Quem os viu que dê aqui o feedback (ouviu aetheria?


Last but not least, grande abraço aos Musers Santiago, Peixoto, Eternal champion, Aetheria, Xapas (peço desculpa se me está a escapar algum nome).
