Artnis - não conhecia a banda nem nunca sequer a tinha visto mencionada algures, antes desta tour (nem sequer me tinha apercebido que tinham tocado em Beja este ano - obrigado pela info Peixoto
), por isso não sabia rigorosamente nada nem tinha qualquer expetativa. Pois bem, gostei bastante da sua prestação. Criaram uma atmosfera bastante envolvente, intercalando alguns momentos (acústicos) muito agradáveis com outros momentos mais "tradicionais", muito bem executados e a me fazerem lembrar, aqui e ali, Cripta Oculta o que, para mim, é logo uma excelente referência. Excelente início de noite.Ossific - não tendo tocado Antagonist Zero, avançaram estes canadianos para o palco. Outra banda que também não conhecia e que me deixou boa impressão. Despertou-me a atenção o facto de terem keyboards o que, no black metal, ou resulta muito bem ou pode, rapidamente, descambar para cenas muito...cheesy, para dizer o mínimo. Felizmente, os meus receios revelaram-se infundados, já que as teclas foram criteriosamente utilizadas e, embora fossem muito mais que apenas um pequeno pano de fundo sobre a música, nunca me soou deslocado ou forçado. Gostei também bastante dos vocals e, em termos gerais, foi um bom concerto.
Negură Bunget - a razão da minha presença (e, suponho, das poucas almas presentes) neste evento. A banda merecia claramente mais público mas, pela parte que me toca, e depois do evento da véspera, soube-me lindamente poder desfrutar deste concerto sem apertos nem confusões. Foi apenas a segunda vez que os vi (por uma outra razão perdi alguns dos concertos que deram por cá), depois do concerto no SWR (que foi bastante bom). Com um line-up reduzido a 4 elementos (o que se percebe, não sairia barato percorrer a Europa com o line-up completo), ainda assim utilizaram um instrumento tradicional (de percussão?) muito interessante. Sendo esta tour de comemoração dos 20 anos da banda (e, mais importante ainda, dos 10 anos do mítico Om), a setlist focou-se mais em temas do passado, o que eu agradeci de sobremaneira, pois a discografia da banda até ao Om é magistral. Apesar dos elementos da banda, com exceção óbvia para o fundador Negru, ser bastante recente, o que é certo é que apresentaram os temas antigos com uma alma dignas de registo. Houve mesmo momentos transcendentes. Acresce que o novo álbum Zi, ao contrário do antecessor, me parece estar bem melhor e mais de acordo com os pergaminhos da banda, tendo os temas novos soado muito bem na setlist, não quebrando a toada geral. Apesar de relativamente curto (pouco mais de 60 minutos) valeu e muito ter marcado presença.
(Ainda mantenho esperança, embora não muito, de ter oportunidade de ver os Dordeduh ao vivo, já que nunca tive oportunidade de ver Negura com a formação clássica).
). Tirando um prego ou outro do baterista, a actuação foi interessante. Eram bastante parados e a forma de cantar do vocalista, com o micro muito baixo foi algo diferente. Também gostei imenso dos interlúdios acústicos, dão um toque agradável à actuação. 
Um bem haja para ti também. 