2016.10.23 - Kamelot + Aeverium + Withem - Lisboa Ao Vivo

[Enigma]

Withem - coube a esta banda norueguesa iniciar a noite, pontualmente, à hora marcada. A casa já estava bem composta (a enorme fila, à porta, para entrar não enganava quanto à adesão que este evento viria a ter) e, embora não os conhecesse (nem tenha ficado propriamente fã), comprovaram ser uma escolha acertada para abrir a noite, bem enquadrada nesta tour (melódicos e progressivos) e foram competentes na meia hora que tinham disponível.

Aeverium - Musicalmente não me dizem nada (nu-metal meets gothic metal?), mas o que é certo é que foi uma atuação extremamente animada e enérgica (com muitos sing alongs e um vocalista extremamente comunicativo, até houve lugar a alguns jumps.XD) e que entreteve muito bem o público. Mostrou também os predicados dos dois vocalistas da banda que, mais tarde, haveriam de participar no concerto de Kamelot. O concerto terminou com o baterista a esforçar-se por tocar numa mini-bateria, já que grande parte dos pratos foram confiscados pelos bateristas das outras bandas, algo que já tinha ocorrido em Withem (não fosse este o último concerto da tour).

Kamelot - aguardava com bastante expetativa este concerto, pois já há muitos anos que não os via (e era a primeira vez que os veria com o novo vocalista) e também porque perdi algum (bastante mesmo...) interesse pela banda na última fase com o Roy Khan. Pois bem, se dúvidas pudesse ter (e tinha bastante), os primeiros temas dissiparam-nas por completo. Estão em grande forma (o último álbum Haven que, entretanto, fui ouvindo como warm up para este concerto é o melhor trabalho da banda em muitos anos), e o Karevik é um tremendo vocalista que nada fica a dever ao Roy Khan (se considerarmos apenas os últimos tempos deste, fica-lhe a ganhar por larga margem). O concerto foi de uma energia e alegria contagiantes desde, literalmente, os primeiros acordes da Veil of Elysium, que abriu da melhor forma o concerto. When the Lights are Down e The Great Pandemonium mantiveram a toada bem alta, logo seguidas pela melhor sequência de todo o concerto - Center of Universe e Karma, a revisitar alguns dos grandes temas (e álbuns) do passado. Here's to the Fall foi a balada que serviu para o momento mais introspetivo da noite, seguido pelas enérgicas March of Mephisto e Rule the World. Insomnia, Liar Liar (que tema fabuloso, a contar com a participação dos vocalistas de Aeverium) e My Therapy mostraram a qualidade do último álbum, intercaladas por um drum solo com três bateristas (desta vez, ao invés de roubarem pratos, os bateristas das outras bandas juntaram-se à festa. ), um solo de keyboard belíssimo e a fechar o set, provavelmente o meu tema preferido deles - Forever. Voltaram ainda para o encore com a Revolution e a excelente Sacrimony. Acho que faltou apenas aqui mais um tema, de preferência mais antigo e emblemático da banda. Foi mesmo um concerto muito bom, mantendo o excelente início de atividade desta nova sala (e mais uma vez com casa cheia).

[PeiXotO]

Basicamente foi isso amigo Enigma.

Só cheguei a meio da segunda banda, e não achando o som nada de especial achei o concerto em si muito divertido e bom de se ver. Aquele engate que ele fez à malta com a Amanda Sommerville foi de chorar.

Em relação a Kamelot foi um concertaço do catano. Tenho grande apreço pelo Roy, mas infelizmente a actuação deles no Vagos deixou um gosto amargo uma vez que ele esteve com muitas falhas. Portanto os Kamelot já nos estavam a dever um concerto á 6 anos. O Tommy foi uma escolha muito acertada, porque apesar de ter um estilo semelhante ao Roy, consegue dar um cunho pessoal ás músicas. E em palco o homem está nas sete quintas.
Em relação ao set... podiam ter atirado a Revolution e a Here's To The Fall pela janela e ter trocado por outras duas que ficávamos melhor servidos... Já a Liar Liar foi a malha que sofreu um upgrade enorme ao vivo. Em relação aos clássicos, apesar de ficar sempre algo para ser tocado, acho uma pouca vergonha não terem acabado com a Farewell... Seria uma despedida em grande.
Os meninos disseram que voltariam em breve... se for em festival, que seja no VOA.

Nota muito elevada para o público. Um gajo vai a tantos concertos onde a malta mal se mexe, ou fica de braços cruzados que por vezes esqueço-me que o público português tem pulmões para ser dos melhores do mundo. E aqui provou-se isso. Cantorias a valer, saltos, braços no ar. Estava lá tudo.

E mais uma nota negativa para os telemóveis no ar. A gaja á minha frente filmou a primeira hora do concerto quase toda. E volta e meia ia ao setlist.fm ver o que iam tocar... Sinceramente, não compreendo.

E mais um concerto na companhia do grande Enigma, o que torna ainda mais estranho estas reviews pois parece que estamos os dois a conversar sozinhos...

[Enigma]

E mais um concerto na companhia do grande Enigma, o que torna ainda mais estranho estas reviews pois parece que estamos os dois a conversar sozinhos...

Ahaha Pois parece.XD Sempre um prazer ver (mais) um concerto na tua companhia.

[firewalker]

Não tenho muito a adicionar ao que o Enigma disse.

Nenhuma das bandas de abertura me deixou particularmente fã, no entanto ambas as prestações conseguiram manter publico interessado. O "roubo" dos pratos da bateria acabou por ser divertido.

Sobre os Kamelot ainda não tinha tido oportunidade de os ver ao vivo e o concerto foi excelente. A banda esteve muito bem, o Tommy já tinha provado nos álbuns ser uma grande escolha para a banda, e confirmou isso ao vivo.
Como já foi referido Revolution e a Here's To The Fall podiam estar fora da set, com uma Farewell para encerrar (seria perfeito), e como balada havia muito a escolher (Abandoned, On the Coldest Winter Night, Wander ou Song for Jolee se quisessem algo mais recente).
Boa reacção do publico, especialmente no que toca a cantorias, lembrou-me um bocado o concerto dos Symphony X também este ano.
Esta sala pareceu interessante, é um ter um espaço maior que o Paradise para este tipo de concertos.

Sobre os telemóveis, eu até aceito que se tire uma ou outra fotografia para recordação, ou que se filme um ou outro momento, mas de facto há malta que abusa. Não vale muito a pena ir para ver o concerto através de um ecrã, além de que incomoda quem está atrás. Infelizmente já é comum em todo o lado, sejam concertos ou no cinema.

[PeiXotO]

Sobre os telemóveis, eu até aceito que se tire uma ou outra fotografia para recordação, ou que se filme um ou outro momento, mas de facto há malta que abusa. Não vale muito a pena ir para ver o concerto através de um ecrã, além de que incomoda quem está atrás. Infelizmente já é comum em todo o lado, sejam concertos ou no cinema.

É um bocado esse o meu sentimento. Eu não sou hipócrita ao ponto de dizer que nunca o fiz, mas há uma diferença entre gravares um refrão da Karma e da Forever (como eu fiz) durante toda a duração do concerto, onde se tocaram cerca de 16 músicas e gravares músicas inteiras, interlúdios, solos, saídas de palco...

Já agora, segundo o FB dos Kamelot e dos Aeverium, ontem a sala estava esgotada.

[Passenger]

O que têm a dizer sobre a sala em si? É porreira? Comparando com outras no panorama lisboeta, garage e afins, melhor, pior?

[Kepler]

Para além disso, a gota das gotas de água, é tirarem fotos indiscriminadamente, sem darem o devido conhecimento/pedirem o devido consentimento e a seguir colocarem as mesmas em sítios públicos.
Isso é das maiores faltas de respeito, é uma autêntica intromissão, indiscrição, é uma violação da individualidade, da privacidade e uma inclassificável invasão da liberdade de cada um, a qual termina onde a do outro começa.
Falando por mim, que não sou nada nem ninguém, não pertenço a nenhuma organização, a nenhuma banda, a nenhuma editora, a nenhuma distribuidora... sou apenas um mero anónimo, já tive diversos problemas em que não me conhecendo de lado nenhum resolveram tirar fotos, inclusive sem sequer me aperceber, tendo sido as mesmas publicadas onde quer que lhes apeteceu.
Hoje em dia ir a um concerto é estar sujeito a ser fotografado!? É estar subjugado e submetido a essa vontade alheia!? É dar como dado adquirido que sim, que tenho de concordar em ir parar onde quer que publiquem as fotos!? É necessariamente ser obrigado a aceitar essa situação!?
Não levo isso a nível particular, como se fosse intencional que me tirassem a mim, propositadamente, por alguma razão especial mas a verdade é que sou eu que fui fotografado e é a mim que me estão a expor, contra a minha vontade e esta minha não vontade não tem de ser justificado pois não tenho que dar explicações a quem quer que seja, não tenho que apresentar razões para não querer ser exposto publicamente por terceiros porque também não as pergunto a quem goste ou faça questão de se expor.
As pessoas não são objectos e assiste-lhes esse direito, o qual, em caso de duvida, está bem claro e salvaguardado na legislação em vigor, a qual se consulta facilmente.
Não estou a falar de fotos panorâmicas, estou a falar de fotos particulares como por exemplo estar a falar com alguém e subitamente tirarem fotografias, sem sequer dar isso.
Que direito é esse!? Em que é que isso contribui para a suposta foto reportagem que estão a fazer!?
Não tenho qualquer problema em tirar fotos com quer que seja mas tenho todos os problemas em que me tirem fotos sem o meu conhecimento e consentimento e mais tarde que as publiquem onde muito bem lhes apeteça.
Nada, sublinho veementemente, lhes dá esse direito e como me parece que os fotógrafos, na sua grande maioria, não têm uma coisa muito simples, chamada bom senso, chamada consciência, chamada noção e respeito pelo outro, seria então conveniente consultarem a legislação, que é bastante esclarecedora, porque assim como têm direitos também têm os respectivos deveres, como todos nós temos em tudo.
Curiosamente, as pessoas com quem entrei em confronto pedindo-lhes, assistindo-me o direito de lhes exigir, para retirarem as fotos senão imediatamente o quanto antes, de uma forma amigável mas obviamente chateado, surpreendido e indignado, por me terem colocado nessa situação, ou melhor, por me terem exposto a seu belo prazer, ficaram muito melindradas e ofendidas, o que me leva a concluir que hoje em dia não vamos a um concerto, vamos a uma massiva sessão fotográfica e eu é que sou o anti-social, o antipático, o mal humorado, o arrogante... porque, por exemplo, e isto se não é uma anedota parece, não avisei à porta todos os fotógrafos que lá estavam que não queria que me tirassem fotos portanto será melhor começar a ir aos concertos com uma t-shirt, frente e costas, porque, sim, também tiram fotos de costas, a dizer que não quero ser fotografado ou será melhor levar uma bandeira do tamanho de um lençol para não haver duvidas.
É importante dizer que estou a falar de uma forma geral porque felizmente há excepções, fotógrafos no verdadeiro sentido da palavra, ou seja, sendo ou não profissionais têm o sentido da responsabilidade que envolve o acto de fotografar, da foto reportagem como objecto ilustrativo e demonstrativo do evento em si e não o sentido fútil, imponderado e imprudente, o vício de clicar desmedidamente, compulsivamente, sendo o resultado, e passo a expressão, uma misturada de alhos com bugalhos, nos quais não têm o direito de me envolver porque eu também não envolvi ninguém onde quer que fosse.
Acrescento que gosto bastante de fotografia, sigo até alguns blogs... e vou a exposições, sobre os mais variados assuntos, sempre que posso.
Por ultimo, agradeço que os eventuais comentários ou opiniões que possam ter, quer positivas quer negativas, que as guardem para si próprios.

[Passenger]

Nas noites de Metal da Rockline Tribe no Metropolis, no tempo em que ainda tinham lá o António Freitas a passar som, andava por lá um fotógrafo deles que tirava fotos ao pessoal sem sequer pedir licença, houve mais que uma vez que estive para lhe partir a tromba e a câmara à pala dessa merda. Entretanto lá arranjaram outro e esse ao menos desistia de tirar a foto depois de um gajo lhe fazer sinal a dizer que não.
Mas devem estar mal habituados porque de facto a maioria das pessoas que lá vão não se importa e algumas até fazem questão de aparecer nas fotos, se vocês forem ao site deles e virem as fotos aquilo parece a revista Caras do Metal...
Mais engraçado ainda, tive amigas que pediram para retirarem do site fotos delas em certas figuras e eles simplesmente recusam-se...

[sosus]

Denunciem, fecham-lhes a página e é aberto um processo crime.
O Código Penal impede a devassa da vida privada do cidadão comum por meio de fotografias ou divulgação de imagens.