Segundas das primeiras impressões... para além de estar sem voz e ter perdido a minha máquina fotográfica e só hoje ter dado por isso.
Três dias de fotos.
Ulfilanis, já não terás fotos tuas no palco. Enigma e Santyago... também vos tinha apanhado desprevenidos...
FUCK!
Fora as minhas (cada vez mais) habituais desgraçadas pós-concertos... mais um SWR à medida, desta vez até com sol e calor (tirando a noite de sexta para sábado, mas nada grave).
Destaques (meus) para o segundo dia.
Balmog, que já tinha visto no Metalpoint há não muito tempo. Muita rodagem e entrega, não são meninos, mas parecem.
Decayed esteve em alta, outros que sabem o que fazem e fazem bem. Se não estava no alinhamento, passou a estar, pois o Vulturius resolveu anunciar mais um tema e agora até me esqueci qual. Ressaca mode on.
Devo confessar que
Usnea me agarraram... fui só espreitar e fiquem. Há sempre surpresas destas.
MARDUK era inteiramente o meu filme por isso até sou suspeita. O último álbum tem temas que me agradam sobremaneira por isso caíram que nem ginjas. Rodaram clássicos, mas houve outros que ficaram pelo caminho e houve quem lhe sentisse a falta, mas pelas setlist que tinha andado a ver, já não as têm tocado, como a Panzer ou a Baptism by fire.
Depois,
Inverloch. Vi pouco. É sempre o problema do que vem logo após algo que ansiamos muito. Muita adrenalina descarregada, não estava ainda com os fusos alinhados. Sei que vi um pouco, mas nem recordo direito. Uma pena.
Grave... ainda perdi uma boa parte, o que é verdadeiramente lamentável, pois quando entrei estava ao rubro. Outros que se pronunciem. Ouvi muita gente declará-lo o concerto da noite.
Possession - já eu estava recuperada e foi muito bom! Black e Death juntos, perfect
Spasm - festa! mas já tinha rodado muitas bandas e, depois de uns giros pela roda, fui para os copos.. O mesmo se passou com as bandas seguintes, na Arena. Marca comum: por ser gratuito, o pessoal punk que estava acampado fora entrava. Nada contra, muitos metalheads já estavam a resssacar e assim havia carne fresca para a roda. Siga.
Nesta noite fiquei para acampar, se posso chamar ao montar/abrir a tenda à 9 da manhã de domingo, que foi quanto o sábado durou, e dormir lá duas horas, de acampar. Pronto... digamos que poderei falar detalhadamente das condições do bar do café SWR, e da fauna que a povoa, desde as 4 até às 8:30...
Dia 3 - Duro. É o que dá que o domingo tenha sido invadido pelo sábado. Dor de pescoço, ressaca, falta de sono, calor (sim sim, ouviram bem), um furo na nuca graças aos óculos com picos de um fulano que lá andava e que o espetou na minha cabeça até sangrar... pronto, eu trago sempre recordações (ou fico sem alguma) dos festivais.
Não ouvi 800 Gondomar e
Hey Colossus foram bestiais (não os conhecia, mas que músicos!)
Infra - maravilhoso concerto. Quanto mais ouço mais gosto. Fim.
Por fim o som, para o black, encontrou o seu caminho. Volto a lamentar que o belo do alinhamento do primeiro dia tenha perdido um pouco do brilho por isso. Mas eu também gosto tanto tanto que não permito uma falhazinha nestas tretas, é vero. Por isso, não liguem muito...
O cansaço foi-me fazendo ver as coisas intermitentemente. Para além de que, para beber e falar não estava assim tão cansada

(ok... estava rouca). Ou seja, esta review vai ser uma merda pior que a dos dias anteirores:
Valkyrja: sei que estava a gostar, mas já não consegui precisar por quê.
Serrabulho: partiram o palco, literalmente, e houve entorses entre o público.
Severe Torture: ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh aqui esqueci o cansaço! Houve mosh, houve brutalidade, grande presença de palco, fulanos do c*r*alho, enfim, fiz um intervalo na ressaca e esgotei as poucas forças que restavam. Foi lindo.
Desalmado: se cheguei a espreitar, não lembro. Depois do gig anterior, já tinha atingido o zerismo.
Archgoat: lá tive de espevitar novamente. Adorei! Não sei dizer temas, não fixei nada. Já só me dava para headbanging e lançar uns guturais cada vez mais no tom de guinchos desafinados...
Jucifer: grandérrima presença deste casal. Não sei o que aquilo será na cama. Ou chegam lá sem forças. Estava a ver quando o gajo desmontava a bateria. Que rudeza! E ela é outra força. Contudo... muito daquilo, chateia-me. Reconheço-lhes um mérito enorme, mas não tenho paciência para muito tempo daquela sonoridade e lá fui morrer de novo para outro sítio qualquer.
Incantation - encantou-me! outra vez aquela combinação de estalo - death e black! o som estava muito bom (aliás, o que a meu ver aconteceu em todos os gigs do palco principal) e a experiência confere uma segurança à prova de pregos. Lá me esqueci novamente do cansaço e foi a rasgar.
Conan - Impressionantes. Ainda assim, pelo estilo, não consegui aguentar o gig todo (ontem o dia já estava desgraçado.. quase me sinto culpada por perder coisas boas. Acontece sempre em festivais). Mas estes ainda os vi bastante e só posso dizer que estavam três bestas amplificadas em palco. Aquilo tinha alguns laivos de doom, mas imperava a adrenalina e as maravilhosas distorções da guitarra e do baixo (e que BAIXO!). Muito bom! Terei de ouvir com mais atenção...
Violator: bem, não era só eu que estava cansada, sei de tantos que ressacavam ainda mais o que eu, mas o pessoal esqueceu tudo, com três/quatro dias em cima... já à uma e tal da manhã entra Violator e abriu-se o maior circlepitt desta edição, stage dives a rodos, aos pares, ao monte, sei lá. Além da qualidade técnica e da velocidade incessante destes brasileiros, aquela simpatia típica do povo que raia o naïve. Sorrisos rasgados quando da guitarra pinga fúria sem dar descanso

e discursos no meio de cada faixa: política brasileira, política internacional, agradecimentos aos Veigas que os instalaram num "hotel manêro, com banheira e tudo", crítica à igreja, didatismos vários "sei qui aqui em Portugau veem muitas nóvelás, só vos posso dizê... deixem as drogás!". Gajos a passearem-se no palco e a fugirem aos seguranças, que não deixavam o pessoal para lá muito tempo (deve ser por causa do streaming), empurrões vários de lá de cima, por parte dos seguranças, e algumas quedas difíceis. Um fulano que fazia os melhores stage dives que alguma vez vi ao vivo... e com uma multidão móvel por baixo. Gajos a cantarem agarrados ao vocalista e ele feliz a abraçá-los.
Eu entrei no metal por via do thrash e, de facto, não há espírito como o thrasheiro. Sei de gente que estava "no ir" e não conseguiu desligar-se. Ficaram até ao fim. Grande concerto.
Esta edição teve foi pouco thrash, é certo. Os nossos amigos Veiga têm de ter isso em conta para a próxima

De resto: gostava da cerveja mais barata. Não perdi tempo no merch, por isso não sei comentar. Acho que a wall of piss deveria estar depois dos contentores wc. Gostei dos wraps que havia. Não provei o porco.
Por fim. TAAAAAAAAKE!
(fuck... e não tenho as fotos)