
Foi brutalíssimo, impressionante como o festival cresceu.
Primeiro as bandas:
Dia 1
Tive a empatar um bocado enquanto montava a tenda no Resucamp, depois fui para o recinto e reparei que os macacos do espanhois não mudam a hora de Verão e o concerto de Switchtense já ia a meio, ainda deu para ver uma música e a Infected Blood, viu-se que lhe deram bem forte, tive pena de não ter visto na integra teria sido um bom aquecimento. Depois começou uma banda a brincar aos breakdows e teclados no palco Arnette. Passando um bocado começaram os Casualties e ... ugh não gostei nem um bocadinho, cena tão labrega. Aproveitei e fui comer alguma coisa e dar uma volta, de notar que o sitio de merch parecia um autêntico centro comercial, havia uma loja da Impericon (!) e tudo com preços mais baratos que na loja online (sem contando os portes) e com posters de Suicide Silence de borla. Apartir daqui já vi os concertos em condições.
Devil In Me: "Nós somos os Devil in Me e não interessa de que país somos .|."
Confesso que em álbum não acho nada de especial, e até acho um pouco banal, mas os gajos dão-lhe muito forte ao vivo foda-se, pena sofrerem um bocado do síndrome hardcore-esgalha, as guitarras pareciam frigideiras. Deu para entender que as bandas portuguesas estavam a enrabar por completo o resto.
Quando acabou os Trivium já estavam em palco, toca a andar a passo rápido para ir lá pó meio, começou um bocado morno, até que acontece alguma coisa nas linhas da frente lá com as grades e o concerto pára, informam o público que ia demorar uns 10 minutos, nesta altura o Matt Heafy não faz puto ideia do que se passa

Na espera há mosh enquanto metem Raining Blood dos Slayer, passados 15m e nada feito, nota-se um pouco de amadorismo e chega um gajo com um saco de compras com o que pareciam ser algumas ferramentas, o público começa a ficar impaciente. Os Trivium acabam por voltar e cum'caralho, parece que foi boa ideia terem arrebentado com as grades, tocam a Down From the Sky e nova música que tinham atirado para Internet no dia anterior, publico ao rubro, arrefeceu um bocado quando estrearam outra musica e voltaram á carga com Dusk Dismantled, ainda fazem encore com In Waves e Pull Harder(...), excelente.
Madball: Nossa senhora, nem sei como o povo que tinha parado o carro na estrada ao lado para ver não chamou a policia

Lamb of God: Que porradão!!!

Fiquei de rastos, queria ver Sylosis, mas não aguentava mais o primeiro dia foi um impacto muito grande, na altura pareceu-me boa ideia ir embora.
Dia 2
Dei uma volta pela vila, e resolvi que era boa ideia ir cedo e depois voltar e aproveitar para comprar com algum merch, comprei um t-shirt de Black Flag ultra çenática e queria alguma coisa da Impericon, mas o stock já ia tão em baixo que para o meu tamanho tive que trazer um tanktop roxo dos Asking Alexandria

For the Glory: Mais uma vez tugas a dar-lhe forte ("Nós percebemos as línguas todas caralho"

Noctem: Tinham tudo para dar um bom concerto, pois destacavam-se do resto, mas foi 90% ruído só reconheci a Divinity. O vocals ainda pegou num copo com sangue e atirou e cuspio para o publico, mas pareceu tudo um bocado azeiteiro, pelo menos podiam ter posto algumas nuvens no céu para o sol se ir embora.
Vita Imana: Só conhecia o novo album e aí por onde eles começam com Animal, estava bastante gente e havia muito movimento. Passado um bocado vejo uma gaja a passar com o sangue de Noctem nas mamas, nice. Retiro o que disse sobre as bandas espanholas, estes gajos dão-lhe nas horas. Estes tocam Un Nuevo Sol e o sol vai-se mesmo embora, por acaso ficou mesmo rendido com a entrega destes gajos, davam energia e o público dava o mesmo, maior wall of death e ainda sentaram o pessoal todo, um dos melhores concertos de metal do Resurrection ao lado de alguns grandes.
Fui dar o vista de olhos de Avulsed. No palco Jagermeister, os concertos pareciam ter um som um bocado mais fraco e ruidoso, e já estava à espera disso, ainda por cima uma banda de death, mas não, o som estava bastante aceitável. No entanto estavam com discursos da treta como eram a unica banda de death metal do festival lol (mentira, ainda a banda anterior no mesmo palco, foram os Noctem, enfim) e tretas do género. Fui ao merch e bazei.
Reparei que tinha perdido Dawn of The Maya, que agora até têm um metalcore à Devil Wears Prada razoável (em 2011 não era) e uma gaja nos keyboards linda. Quando cheguei estava uma banda de punk qualquer no palco Monster, e depois começa Rise of the Northstar ou a banda-do-gajo-com-o-boné-no-nariz, not bad, mas não prestei muita atenção.
Integrity: A impressão que tive do público era que era demasiado hardcore para os metaleiros e demasiado metal para os putos-ninja. Foi bom, não têm grande stage-presence, mas deram-lhe bem, começaram bem, depois arrefeceu, penso que não estavam à espera de acabar tão cedo, nem tocaram a Abraxas Annihilation.
Tentei ignorar Exodus enquanto estava encostado sentado no palco Arnette, tirando Toxic Waltz foi bué aborrecido.
Brutality Will Prevail: Hardcore diferente é sempre bem vindo, e foi entregue, não percebi porque é que começara logo com a melhor música, obviamente que começaram muito bem, mas foi arrefecendo.
Comeback Kid: Ora desta é que eu não estava à espera, em 2011 foi bom, mas não tinha sido nada de especial. Este ano jasus, está entre os melhores do festival sem dúvida. Melhor som do palco Jagermeister e publico ao rendido. A própria banda parecia estar supreendida com a sua atuação

Slayer: SLAAAAYYYAAAR, já estavam a tocar World Painted Blood e eu a correr para o palco Monster. Impossível não gostar destes gajos, pegaram no Punk e Heavy Metal e influenciaram todos os géneros extremos possíveis. O som no palco Monster foi quase sempre excelente, mas em Slayer o kickdrum pareceu estar um bocado alto demais, nem se ouvia a voz de Tom Araya às vezes quando era duble kick, de resto nada a apontar, foi a destruição total e foi tudo muito bem tocado. Uma sidenote para estes espanhois do caralho


Vi 2 minutos de Exploited e bazei, até curtia ver a banda tributo de Pantera, ouvir o solo da Domination seguido pelo breakdown é sempre excelente. Mas já estava de rastos outra vez, e ir até o Resucamp até é um bocado quando se está cansado, imagino quem foi até o camping gratuito a pé, havia autocarros mas não deviam ser de borla obviamente.
Dia 3
Hoje os concertos que me interessavam começavam bem mais tarde, e tinha que aguentar até Biohazard, por isso dei algumas voltas e fui ver o mini-campeonato de 3x3 de basket, até houve um bocadinho de porrada, por isso o tempo não foi muito mal passado.
Quando cheguei, acabaram os Rise To Fall, e até devia ter sido porreiro até têm uma sonoridade Inflames-esque aceitável. Nesta altura no tlm onde conseguia ver os horários tinha acabado a bateira e não tinha daqueles panfletos bonitos. Olhei para o palco Arnette e vi lá o backdrop da banda que ia tocar e pensei "oh mas que merda, We Ride? vim sem duvida cedo demais". A gaja é bem mais jeitosa ao vivo, e não estou a falar só em fofura física, a voz não é tão irritante, mas depois começaram a tocar a Fuck you Party Girls ou merda parecida e bazei para o palco jagermeister o mais depressa possível, olhei para o backdrop para ver que banda ia tocar a seguir e parecia ser outra espanhola:
Dia de Los Muertos: E parece que era outra gaja, não era tão fofa como a de We Ride mas pronto. Começam e só ouço ruído, era uma espécie de melodeath furioso, no entanto o som foi melhorando ao longo concerto e acabou por ser bastante razoável e a banda afinal era mexicana, estava explicado

Crisix: Tinha esperanças que não fosse tão aborrecido como Exodus, e não foi, de todo! Que festança. Balões, jams de funk, t-shirts de borla, maracas, MARACAS!

Toundra: Mas que lufada de ar fresco que isto foi, a tenda jagermeister estava a abarrotar, completamente cheia. Já em 2011 tinha gostado do que tinha ouvido, Post-Metal ou Post-rock ou Mastodon-light intrumental, independentemente do termo aqui fiquei rendido, assim como o publico todo e a banda também. É banda que o flipknot ou o pantufa deviam gostar bastante porque a banda não disse um caralho durante o concerto todo, mas houve palminhas por isso não sei

I Killed the Prom Queen: Começou bem, mas a organização achou que era boa ideia por um barco para o crowd surf, e apartir daí a javardice predominou no publico, o gordo-straight-edge empurrava o publico para atrás com o barco, havia quem fosse em "contra-mão" no circle pit só porque sim, alguns já acertavam noutros de propósito, enfim. Até que tocaram a Say Goodbye e as coisas voltaram ao normal. Foi bom.
Your Demise: As musicas do Golden Age até se saíam bem tirando a These Lights obviamente. Só tocaram uma do Ignorance Never Dies, mas mesmo assim estava a ser bem bom. No entanto, acho que já não vou ve-los em Outubro.
Killswitch Engage: Ainda Your Demise não tinha acabado e o Adam D já estava a saltar no palco Monster. Uma das razões principais da minha ida, som quase perfeito, entrega perfeita, foi excelente, a voz do Jesse podia estar um bocadinho mais alta, mas instrumentalmente estava prefeito, blastbeats por exemplo ouviam-se na perfeição, e diga-se que o baterista dos AILD deu-lhe muito bem. Adam D sempre com os seu momentos, que logo no inicio parte a cena do strap da guitarra, seguindo-se com os seus inspirantes discursos e parvoíces. É impressionaste como as musicas deles resultam tão bem ao vivo de todas as maneiras possíveis, sing-alongs invitáveis, breakdowns demolidores, riffs para circle pits más grandes.
A setlist foi o habitual, excelente, mas senti grande falta de Holy Diver e Numbered Days sem duvida, podiam ter tirado a Life to Lifeless e a Take This Oath. Mas melhor ainda era sem dúvida mais tempo, sai de lá com o sentimento que queria muito mais ainda.
Evergreen Terrace: Wtf? quando tinha ido ouvir esta banda, não me tinha parecido grande coisa... Estes gajos foram mesmo muito bons e sempre bem dispostos e bem humorados. A cover de Sunday Bloody Sunday caiu que nem ginjas.
Black Flag: Tá provado que Greg Ginn é os Black Flag. Destaque para o baterista, e para Six Pack que foi o momento alto do concerto. A setlit acho que não estava muito bem ordenada, nem sei que qual foi a ultima musica, e a(s) musica(s) nova(s) que tocaram lá para o meio pouco antes da Six Pack ou Depression eram aborrecidas.
Bad Religion: Don't call me WHITE, don't callll meee white!" oh wait isso foi antes, sim para o resu14 está confirmado NOFX, na altura nem me tinha apercebido. Sentei-me bem cá atrás e acompanhei, só reconheci 3 ou 4 musicas, o resto foi um bocado aborrecido. Infected é grande musica.
Biohazard: Boa maneira de acabar o festival, ao contrário de Integrity era hardcore o suficiente para os ninjas e metal suficiente para os metaleiros e ainda tocaram uma cover de Bad Religion que foi bem melhor para mim do que metade do concerto de Bad Religion. Billy Graziadei em alta e com os três a fazer de frontmen, não precisam do Evan Seinfeld para nada. Quando estava a regressar todo roto à tenda ouvi um gajo tuga "ai eu ainda fodi ali 2 ou 3, aquela merda começa a acelarava e os fdp estão aos saltinhos", parabéns man és fodido tu.

Alguns pontos sobre os festival:
+ Gajas boas, gajas boas everywhere. A não ser que não gostem de ruivas com perninhas brancas, nesse caso recomendo irem ao médico.
+ Som excelente quase sempre no palco Monster.
+ Muitas bandas.
+ Portugal em força, 1/4 devia ser pessoal português. btw, via um gajo com uma boina dos forcados que lhe devia dar algum tipo de super-poder, porque cada vez que havia um circle pit lá via a boina a rodopiar no meio.
+ Boa diversidade, tanto de publico, como bandas. Até gordas com t-shirts de Epica e Craddle havia. E o pessoal gostava de ver bandas de outros géneros, via um punk de crista laranja (aquela merda via-se da lua), tanto num concerto de Madball, como Vita Imana.
+ Muitas tendas de merch.
+ Festival bem organizado e bom recinto. Quando havia filas era sempre tudo muito pequeno.
- Chulice no geral, 5€ por quase tudo. Se bem que aquilo não é Portugal e tal, mas não interessa

- Chulice na tenda oficial de merch, estava com ideia de ter uma t-shirt de KsE do novo album, 25€ !?! Se bem que isso deve ser mais culpa da banda, havia lá cenas de LoG a 12€.
- Esqueci-me do lenço em casa, big mistake: Poeria, principalmente perto do palco Monster, às vezes nem dava vontade ir para o mosh com a enorme quantidade poeira que se levantava naquele sitio, nos outros palcos nem por isso. Não estava para comprar outro lenço, provavelmente devia ser 5€, o castigo foi que andei a tirar terra do nariz todos os dias.
- Não era um inferno por causa do calor, mas aquele sol queimava mesmo.
- Não tive direito a papelinhos bonitos com horários e informação.
- Reparei tarde que havia sessões de autógrafos, curtia mesmo ter alguma coisa assinada por os KsE, mas não fazia puto ideia quando era. "Culpa" também é um pouco minha porque o meu tlm não acedia à net do Resucamp para ver isso.
Muito bom festival

e já há um headliner para 2014: