Besta - ritual (habitual) da Besta, não há que enganar. Talvez pelo frio que se fazia sentir e o pessoal ir chegando ainda a conta-gotas, o início foi talvez um pouco mais morno que o habitual (morno na reação do público, não na banda, que se mostra sempre bem empenhada, nomeadamente o vocals). Depois, com a chegada de mais público as coisas animaram mais (nem sequer faltou o habitual "estamos quase no fim, só faltam 35 músicas"

Deathrite - como não conhecia a banda, calculei que fosse mais virada para o grind, tendo em conta que era a banda suporte desta tour. Puro engano! Apesar de germânicos, apresentam um death metal com influências suecas bem vincadas. Banda bem enérgica em palco, um vocalista com um gutural excelente e death metal como manda a lei resultaram num excelente aperitivo para os headliners. Entretanto irei checkar a discografia destes tipos. Não inventam a roda (nem isso se pede neste tipo de som), mas fazem-no bastante competentemente.
Napalm Death - não importa quantas vezes se tenha visto esta banda (corrijo, instituição), vale sempre a pena (e que maneira!) aproveitas todas as ocasiões que surgem para os ver ao vivo. É que aqui se aplica mesmo na perfeição dizer que estão cada vez melhores, ou na pior das hipóteses, continuam como sempre, ou seja, excelentes. Se em termos discográficos a banda vive um excelente momento (iniciado aquando do lançamento do The Code is Red...), ao vivo são uma verdadeira máquina trituradora, com um frontman do melhor que a música extrema já viu (e provavelmente verá). A setlist foi exatamente aquela que apresentaram nesta tour que percorreu a Península Ibérica, ou seja, intercalar músicas dos álbuns mais recentes (destaque para When All Is Said and Done, Smash a Single Digit, The Code is Red, How The Years Condemn), com os (muitos) clássicos da banda (Scum, Kill, Deceiver, You Suffer, Suffer the Children) e algumas covers à mistura (a que a emblemática Nazi Punks Fuck Off não poderia faltar). O som, apesar de alguns problemas pontuais, esteve globalmente bem e a banda não deixou praticamente pedra sobre pedra do RCA (foi constante o moshpit e o crowdsurf, que até deixou marcar bem visíveis num dos presentes, que teve direito a dedicatória de uma música devido ao seu "empenho" à causa.


Parabéns à organização pelo facto de os horários anunciados terem sido cumpridos rigorosamente.
