
Herod - começo de noite com esta banda que, convenhamos, estava bastante deslocada do cartaz. Num cartaz (de luxo) e claramente old school, ir buscar uma banda do chamado (normalmente não por muito boas razões) "metal moderno" não é muito boa ideia. A sala ainda estava bastante vazia, e a banda também não soube puxar pelo público. O momento em que se fizeram mais notar foi mesmo quando o vocalista desceu do público e berrou a última parte da última música.
Voivod - começo de noite "a sério" com estes senhores cheios de garra, pujança (talvez também fruto da injeção de sangue novo com o substituto do Blacky) e muito boa disposição, a mostrarem que continuam em excelente forma, como o puderam comprovar recentemente com o Target Earth. Setlist que passou pelos grandes álbuns da banda (curiosamente deixou o Target Earth de fora) e ainda apresentou um tema novo do split com Napalm Death (talvez aqui o único erro na setlist, não por tocarem o novo tema, mas mais por o terem colocado no final da atuação). Final com a incontornável Voivod a encerrar uma excelente atuação (pena a sala ainda estar despida e público).


Setlist:
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Napalm Death - regresso a Portugal destes habitués (felizmente!) em visitas ao nosso país. Como não poderia deixar de ser, Barney e companhia arrasaram por completo o público, que por essa altura já enchia a sala. Atuação sempre com o pé no acelerador, no fucking compromises.



Setlist:
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Obituary - Arrisco-me a dizer que talvez tenha sido a banda da noite (e a escolha é tremendamente difícil, tal o nível em que todas atuaram). Simplesmente irrepreensíveis, e contando com o melhor som da noite (que esteve quase sempre bom para todas as bandas), demoliram o Cine-Teatro com uma verdadeira lição do que é o death metal! Setlist que se repartiu entre alguns temas do excelente último álbum e os clássicos do Slowly We Rot e Cause of Death, apresentou uma banda que se encontra com um novo fôlego e que, ao vivo, nunca falha. Iniciando pela Redneck Stomp, e terminando com uma sequência infernal desde a Dying à Slowly We Rot, foram tremendos!

Setlist:
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Carcass - finalmente pude vê-los ao vivo! E se valeu a pena! Tal como com Voivod, parecem-me escolhas extremamente acertadas os novos membros da banda (embora o guitarrista seja assim mais para o discreto, pareceu-me bastante competente e o baterista é um autêntico polvo!), a juntar aos sirs Jeff Walker e Bill Steer. A setlist focou-se no Surgical Steel e, obviamente, também nos clássicos imortais da banda. Pena que o som não tenha estado tão bom quanto em Obituary (não que tenha estado mau, mas nalguns períodos houve ali uns momentos pouco definidos), mas nada que tenha ensombrado uma atuação de grandíssimo nível que deixou literalmente o público sem fôlego e com um grande sorriso nos lábios, bem percetível em todos no final desta noite para recordar por muitos e bons tempos.

Setlist:
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Horários cumpridos à risca (até terminou um pouco mais cedo que o anunciado), o som também esteve bom em toda a noite e, não fosse o pessoal (ainda que pudesse sair e entrar da sala quando quisesse) a fumar numa sala que se transformou numa autêntica sauna praticamente irrespirável, tal a quantidade de fumo.
Em resumo, uma noite praticamente perfeita de um gig memorável!
