Altar of Pain - Novo tema 2013 Sentient Hive Mind

[Antithesis]

"Nova entrevista nacional na Underground's Voice. Desta vez recebemos os Altar Of Pain! Aqui fica a entrevista com o baixista da banda, Marcelo:


U.V - Antes de m ais quero dar
as boas vindas aos Altar Of Pain, é um prazer vos receber por aqui! Comecem por se apresentar para quem não vos conhece!

MARCELO - Boas, obrigado nós, pelo interesse. Altar of Pain é constituido por Zé(guitarra), Guilherme(guitarra), Marcelo(baixo) e Brandon(voz). Somos originalmente da Ilha da Madeira, se bem que agora dois membos da banda estão fora de Portugal, no meu caso vivo em Dublin e o nosso novo vocalista é da Bélgica.

U.V - A banda formou-se em 2010 e nesse mesmo ano lançou a sua primeira demo "Splattered Remains" de forma independente. Como correu esta experiência de lançarem a demo em tão pouco tempo quando provavelmente ainda poucos vos conheciam?

MARCELO - Tanto o Zé como o Guilherme tinham já algum material pronto ou em vias de, eu tinha também uma música já feita e foi simplesmente juntar o que cada um tinha para gravar uma demo só para ter algo para mostrar ao pessoal até termos material suficiente para gravar o álbum de estreia.

U.V - Sendo uma banda da Madeira, provavelmente não têm as mesmas oportunidades/apoios que as bandas do continente. Sentiram alguma dificuldade especial em se darem a conhecer e divulgar o vosso trabalho nesta altura?

MARCELO - Pois, esse assunto tem sempre algum peso em cima de qualquer banda madeirense, seja que estilo for. É fácil hoje em dia a música chegar a qualquer lado do mundo com a internet mas acho que o nosso estilo é melhor manifestado ao vivo, daí ser uma situação mais complicada. Mas mesmo assim, chegamos a receber feedback positivo tanto a nível nacional como internacional.

U.V - Em 2011 chegou o álbum de estreia "The Ritual Has Begun". Qual é o conceito deste álbum?

MARCELO - Não diria que "The Ritual Has Begun" seja um álbum conceptual, se bem que tem uma temática bastante gore em relação ás letras mas sem nenhuma ideia muito focada, acho que é mais um álbum de tributo ás bandas que crescemos a ouvir e queremos representar também a nossa parte.

U.V - Como foram os processos de composição/gravação/produção do álbum?

MARCELO - Normalmente eu, o Zé e o Guilherme fazemos X temas, decidimos mais ou menos quantas músicas queremos fazer e dividimos o mal pelas aldeias. Quando gravamos eventualmente surgem algumas ideias entre todos, harmonias, ritmos de voz, solos e etc. Começa um pouco como um processo individual e á medida que vamos gravando acaba por ser um trabalho feito por todos.
A gravação e produção ficou por nossa conta, não temos estudios nem técnicos muito experientes para trabalhar com o nosso tipo de som daí ser um álbum 100% "do it yourself".

U.V - Lançaram em Maio um EP "Severe Scourge" e provavelmente anda a promovê-lo. Falem-nos um pouco deste EP!

MARCELO - Este EP contém 7 temas, um deles instrumental, o processo criativo foi basicamente como o do registo passado. Acho que ouve um progresso óbvio, pelo menos a nível de som, captação e mistura. Musicalmente acho que mantemos as nossas raizes, são 7 temas bem individuais, acho que é algo que temos de bastante positivo, ter alguma variedade nas músicas, nós três temos maneiras diferentes de compor e acho que é o nosso "ponto forte" por assim dizer. Tivemos também um convidado neste EP, o nosso amigo Carlo Rodrigues (Calamity Islet), tinhamos falado em convidar alguém para fazer um solo numa das músicas e concordamos todos que ele é mais que qualificado para o trabalho e ficamos todos muito satisfeitos com o que fez.

U.V - Como têm sido as reacções ao "Severe Scourge" por parte do público e críticos?

MARCELO - Têm sido boas até agora, já tivemos algumas reviews em sites bastante respeitados no underground, na madeira e continente também recebemos boas críticas. Em geral penso que o pessoal gostou.

U.V - Este Ep tem uma excelente capa, na minha opinião! O que pretendem transmitir com ela?

MARCELO - A capa e o restante artwork ficou a cargo do nosso amigo Ricardo Fernandes (Requiem Laus / https://www.facebook.com/blackartdesigns), já tinhamos trabalhado com ele no "The Ritual Has Begun" só a capa não teria sido feita por ele, já conheciamos o seu trabalho e ele sabe o que procuramos, simplesmente demos-lhe o nome do EP e deixamo-lo fazer algo a seu próprio gosto. Acho que representa perfeitamente o nome do EP e o conteudo lirico das músicas.

U.V - Nota-se uma grande evolução da banda em pouco tempo. Com menos de 3 anos de existência já contam com uma demo, um álbum e um EP. De onde vem tanta criatividade?

MARCELO - Acho que é essencialmente das nossas influências, todos nós consumimos muita música que dá-nos se calhar uma necessidade de criar também. Temos gravado um registo por ano, não é nada impingindo nem nada planeado, simplesmente quando todos nós temos músicas prontas juntamo-nos para gravar.

U.V - Nunca sentiram o receio de que tantos lançamentos "cansassem" de alguma forma o público? São lançamentos que seguem a mesma linha ou têm grandes diferenças entre eles?

MARCELO - Acho que cada lançamento, especialmente o álbum e o EP, têm uma certa progressão a nível de composição e mesmo o som em geral e é algo que pretendemos manter, não faria sentido o contrário.

U.V - Quais são os vossos principais objectivos futuros, influências e assuntos que retratam nas vossas letras?

MARCELO - Estamos a compor novos temas para um futuro lançamento, já temos alguns riffs em mão, ainda não temos datas nem muito mais a adiantar sobre isso mas algo de novo surgirá.
Temos imensas influências, é impossível me lembrar de tudo... mas muito death metal americano dos anos 90, aqui na europa bandas como Entombed, Dismember, Carcass e etc.. temos músicas com ritmos mais thrash também, sem dúvida influênciado por bandas como Slayer e Sepultura... e a lista continua...
A falar das nossas letras, a nossa demo e o album tem uma temática muito gore, todos contribuímos com as letras nesses dois registos, o EP já é um bocado mais variado, contém também letras gore como a "Death by Exsanguination" que acho ser das melhores letras que temos, é extremamente brutal, como também temos letras um bocado mais focadas para a realidade em que vivemos, acho que a "Infected" e "Fatal Disease" são bons exemplos disso entre as restantes, que cada leitor certamente vai tirar as suas próprias conclusões.

U.V - Qual é a vossa opinião sobre as condições de crescimento e de tocar ao vivo que as bandas do nosso underground têm disponíveis?

MARCELO - Portugal já vai aparecendo no mapa no que toca a concertos, temos festivais anuais como o Barroselas, acho que é o que se destaca mais certamente, todos os anos têm excelentes bandas, acho que é um festival dedicado inteiramente ao Underground e fazem-no bem.

U.V - Para acabar, agradeço mais uma vez a disponibilidade para esta entrevista e desejo tudo de bom para a banda! Últimas palavras para os nossos leitores?

MARCELO - Obrigado em nome da banda pelo convite e pelo apoio. Quanto ao resto, obrigado a todos que nos apoiaram até agora, teremos algo pronto dentro de alguns meses, vamos postando as novidades no nosso facebook (facebook.com/altarofpain) a quem quiser nos seguir.
Obrigado."

[Antithesis]

2013 Sample (Pre-Prod)

[DiogoCFH]

muito bom!

[Antithesis]

Pequeno excerto do nosso novo vocalista.

[Antithesis]

Novo tema, completo, do próximo registo.