Política - Discussão ou algo do género.

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Venøm
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Venøm » sexta mar 02, 2012 7:01 pm

Brunhu Escreveu:Já alguém ouvi falar disto??

Setúbal: 400 trabalhadores vão ter que devolver aumentos

Cerca de 400 trabalhadores da Câmara Municipal de Setúbal vão ter de devolver os aumentos salariais que receberem desde 2009 e 2010, após um relatório da Inspeção-geral da Administração Local (IGAL) ter anulado uma decisão da autarquia.

A Câmara de Setúbal anunciou hoje que os trabalhadores vão ter que devolver os aumentos que receberam, alguns desde 2009 e outros desde 2010.

«Em 2004 e 2005 não havia Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública (SIADAP) e em 2006 não foi aplicado, só em 2007. E, segundo o artigo 113, a Câmara atribuiu um ponto a todos os trabalhadores na sua classificação nesses anos. A autarquia concluiu depois que o ponto correspondia a uma menção qualitativa de Bom», disse à agência Lusa a vereadora dos recursos humanos.

Carla Guerreiro explicou que a decisão de converter o ponto na menção de Bom foi feita depois de consultada informação da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT).

A vereadora afirmou que a IGAL, que realizou uma inspeção à Câmara de Setúbal em 2011, vem dizer que o ponto não se podia traduzir numa menção de Bom, pelo que os despachos sobre as alterações nos vencimentos teriam que ser revogados.

«Ao fim de cinco menções de Bom um trabalhador tem oportunidade de alteração da posição remuneratória por opção gestionária, o que aconteceu a aproximadamente 400 trabalhadores», explicou.

Tendo em conta que são precisos cinco classificações de Bom para alterar o vencimento, os trabalhadores vão ter de devolver os valores que receberam de aumento, em alguns casos a partir de 2009 e outros desde 2010.

«Ainda estamos a apurar valores, mas a média mensal é de 50 a 70 euros de aumentos, apesar de existirem casos de 13 euros e outros de 200 euros. Existem casos que têm que devolver três anos e dois meses de aumento e outros casos dois anos e dois meses», afirmou Carla Guerreiro.

A vereadora disse que a autarquia foi «obrigada» a cumprir e que já emitiu um despacho no sentido que a IGAL determinou, obrigando os trabalhadores a devolverem os aumentos recebidos a partir de 2009 e 2010.

«Estamos a realizar reuniões sectoriais para esclarecer a situação e vamos notificar individualmente os trabalhadores sobre como devem pagar», explicou.

Carla Guerreiro disse ainda que os responsáveis da autarquia estão convictos de que não fizeram nada de ilegal e consciente dos «graves» efeitos desta decisão na vida dos trabalhadores, mas sublinhou que «o relatório da IGAL não deixou alternativa».

Pois é… até agora só veio à baila a situação de Setúbal mas a informação que já me chegou aos ouvidos é que isto vai apanhar 60 autarquias. Por isso, pessoal da função pública que tenha tido uma compensação remuneratória (forma de aumento disfarçado) nos últimos 3 anos, prepare-se que também pode levar com a ginja….

Agora a dúvida é: Será que serão os trabalhadores a ter que pagar ou quem fez a merda???

Acho bem! Aumentos a esses burrgueses sem pedirr aut'rrização?

A-HUÃ!

Brrincadêrras à parrte. Há lá mutes xarrouques que ganham orrdenade mínime e já devem de terr gasto o d'nherrinhe. Agorra pa o recuperrar vai serr du escabéche!

A Senhorra Prresidente vai pagarr do bolsinho! Hádes verr 'migue!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Dustspell » sexta mar 02, 2012 7:07 pm

...está a ser investigada uma eventual mutação do vírus da gripe que possa explicar o aumento recente da mortalidade.


O que me escandaliza é que mediaticamente todo o locutor , se apresenta como um débil mental , ou também ficar incrédulo perante os porquês deste incrivél e iinexpectável fenómeno...

Me lembra sobre a tragédia Entre-os-rios ao quando da queda da ponte... O Sr "E Buda da paz dos povos" Guterres , declarou entre a molhada do fresco , que afinal a ponte caiu por naturais fenómenos e logo os media seguiram como burros voluntarios ou seja foi a molhada rasteira que morreu , que se f...

Quanto ao aumento da mortalidade entre idosos não é claro (E não somente por factores de virus)? Cortes nos apoios da saude , aumento dos bens e serviços como a eletricidade , gás,...E para não falar que para além dos aumentos , o mais grave que é o fecho dos muitos serviços fundamentais para muitas populações pobres ...E isto sim devia ser discutido a aberto pelos os diversos canais de comunicação , mas como habitualmente , tuga esperto que é realmente esperto nunca quer ficar desfocado na foto de familia...

Por mais sque e adense e se aprofunde a discussão politica e socio-económica tudo se resume ao estado perceptível da população , de que é o abandono por parte de quem (n)os governa...E isto com tantos anos que mais parece uma novela feita por uma produtora da TVI...

E depois mediaticamente se fala do quê? Se convida uma procuradora para discutir os porquês dos atos do alentejano que matou toda a sua familia...E me interrogo que importâmcia e com que fins essa entrevista com a designada responsavél pelo o caso ....E para não falar que interesse para além de novelistico e estupidamente especulador tem tais informações...Deviar atenções de certos contornos duvidosos sobre o mesmo caso...?

Sério... Que o governo invista em circuitos de carros de choque e em algodão doce , e assim Portugal já podia se afirmar como a maior feira popular do mundo...

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta mar 02, 2012 7:23 pm

Sim, vamos ignorar que:

Afirmar que houve uma mutação do virus sem qualquer tipo de exames ou dados clínicos é a própria definição de uma conjectura.
As únicas datas em que o número de mortes se equiparou foram durante surtos epidémicos mundiais; mas que de novo, e nota bem ( posso meter em desenhos), não há quaisquer dados que o comprovem.
Que isto ocorre no mesmo ano em que se baixam as pensões, e se duplicam os preços das taxas moderadoras. Ou seja, que na prática se corta o tratamento a uma grande camada da população. O que, haja ou não uma epidemia, é suficiente para subir as taxas de mortalidade. E se houve de facto um surto, não houve qualquer tipo de campanha de prevenção ou alerta.
Que a questão mencionada no ponto anterior é apontada pela AMSP como sendo uma razão provável para o aumento da mortalidade
Que as causas de morte são dadas como variadas, ou seja, o aumento não se deve apenas à gripe.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » sexta mar 02, 2012 9:35 pm

Numa consulta que a minha mulher teve com a médica de família, segundo a própria, a administração da vacina contra a gripe foi mal calendarizada, o que levou a que grande parte da imunização tenha ficado comprometida...Realmente desde Janeiro já andei algumas 4x completamente de rastos.. Mas enfim..

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brunhu » sexta mar 02, 2012 11:05 pm

otnemeM Escreveu:
Brunhu Escreveu:Ou falta de dinheiro para comprar medicamentos essenciais...

Há uns tempos numa reportagem estava um velhote a dizer: "Ou compro medicamentos e não como, ou como e não compro medicamentos..."

Agora é tirar conclusões simples disto...

Ainda na mesma notícia:

"De acordo com os dados publicados na quinta-feira, a atividade gripal passou, na semana passada, de moderada para alta, com tendência crescente.
(...)
Muito embora, admitiu que o aumento da mortalidade "está muito possivelmente associado ao período de frio e à circulação de agentes infeciosos respiratórios que ocorreu em simultâneo".
O período para o "apuramento epidemiológico e estatístico mais exaustivo" dos óbitos registados é estimado pelo INSA em pelo menos seis meses, por estar "condicionado à disponibilidade da mortalidade por causa específica".
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, informou na quinta-feira que está a ser investigada uma eventual mutação do vírus da gripe que possa explicar o aumento recente da mortalidade.
Para o responsável, os atuais valores de mortalidade são muito semelhantes àqueles que se verificaram nas épocas gripais de 2008/2009 e de 1998/1999."

Podemos ler e ficar informados com o que se sabe por enquanto. Ou então podemos tirar conclusões "simples"...e nesse caso estamos no tópico certo.

Obrigado pelos negritos... assim a lavagem, ou informação como lhe chamas, já me entra melhor!!

A gripe pode ter sofrido uma mutação..fixe. O problema é que na carteira dos velhotes a mutação verificou-se mesmo, e com isso, o tratamento também sofreu uma grande mutação, ou seja, deixou de haver...

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grind-zé » sábado mar 03, 2012 10:09 am

O Pedrocas tem muita piada. Tenho que ir a um espectáculo dele:

O primeiro-ministro espera que os portugueses façam uma boa gestão de recursos e possam ir de férias. As declarações de Pedro Passos Coelho foram feitas nesta sexta-feira durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa em que brincou com os acontecimentos do último Carnaval


Sem nunca fazer formalmente declarações à comunicação social, Pedro Passos Coelho visitou durante quase duas horas a Bolsa de Turismo de Lisboa, no Parque das Nações, acompanhado pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.

Durante esta visita, o primeiro-ministro acedeu a pedidos para tirar fotografias e recebeu cumprimentos de várias pessoas, mas também ouviu comentários negativos e foi confrontado por uma professora do ensino público que se queixou dos cortes no seu salário.

Depois de ter provado um sumos de frutas, um vinho da região do Douro, morcela e presunto, Passos Coelho aceitou fazer um brinde com champanhe, mas pediu que lhe servissem pouca quantidade, o que não aconteceu. “Está a ver? Foi como no Carnaval, ninguém me ligou. Está a ver? Olhe, quase meio copo”, comentou o primeiro-ministro para o presidente da Associação Industrial Portuguesa, Jorge Rocha de Matos, que também o acompanhou nesta visita.

Antes, Passos Coelho visitou o stand da Madeira, onde elogiou a ilha, comparando-a a “um jardim”. Questionado se iria ao Funchal para a festa das flores, em Abril, declarou: “Talvez vá. Não tenho nada programado”.

Uma jornalista aproveitou esta ocasião para lhe perguntar se pensa que os portugueses vão conseguir tirar férias este ano. “Então a senhora acha que o Governo ia decretar que não houvesse férias?”, reagiu Passos Coelho.

Interrogado sobre como é que os portugueses irão fazer férias, com que dinheiro, respondeu: “Fazendo uma boa aplicação dos recursos que têm, como é evidente. Quando há menos, tem de se gastar menos, quando há mais tem de se pensar em ficar com algum de lado para os tempos em que há menos. É isso que eu espero que os portugueses também possam fazer”.

Mais à frente, a comunicação social tentou interrogá-lo sobre a decisão da Comissão Europeia relativa à introdução de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT), mas Passos Coelho replicou que nada tinha a dizer pois acabara de ser informado sobre o assunto.

Abertura ao exterior

No final desta visita, em que defendeu que Portugal tem de se “abrir mais ao exterior” e que “o grande contributo para o turismo deve vir de fora”, o primeiro-ministro foi abordado por uma professora do ensino público de Famalicão, colocada em Cascais. “O meu ordenado mal chega para eu estar cá”, queixou-se a mulher, que disse ter um salário base de 1040 euros e considerou que os cortes salariais no sector público foram aplicados sem se ter em conta “as realidades em que se está a cortar”.

Passos Coelho contrapôs que “foi isso que se fez” e que os cortes foram “progressivos” e afirmou saber “que é difícil” aceitá-los, mas a professora insistiu que o Governo “foi injusto”. “Posso dar-lhe uma resposta sobre isso? É muito injusto chegar à situação a que se chegou e ter uma dívida tão grande. Isso é injusto. E agora tem de ser corrigido”, acrescentou o primeiro-ministro.


In http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/pas ... as-1536195
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Postmortem » sábado mar 03, 2012 3:57 pm

E depois mediaticamente se fala do quê? Se convida uma procuradora para discutir os porquês dos atos do alentejano que matou toda a sua familia...E me interrogo que importâmcia e com que fins essa entrevista com a designada responsavél pelo o caso ....E para não falar que interesse para além de novelistico e estupidamente especulador tem tais informações...Deviar atenções de certos contornos duvidosos sobre o mesmo caso...?


Nigga, u fo real?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Dustspell » sábado mar 03, 2012 4:54 pm

Seria bem mais interessante em relação a este caso , se debater os porquês e causas que leva a individuos comuns a cometer tais horrendos crimes , não seria?
E não achas extraordinário ou mesmo absurdo um caso vir a praça publica por parte da estação publica , que ainda está em justiça , porque embora o suspeito tenha se suicidado existem outros parametros a respeitar em respeito à ética judicial , e para não falar no respeito por quem faleceu... E se focando no termo do que é televisão publica é esta televisão publica que desejamos ? É isto serviço publico?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » domingo mar 04, 2012 2:11 pm

Antecipando desde já alguns argumentos imbecis que não só têm sido recorrentes como se apoiam em pressupostos falsos, isto é de leitura obrigatória. Como é de leitura obrigatória para todos os que queiram perceber o papel dos media e os códigos pelos quais se devem reger. Neste caso, vem-se a saber, a informação sobre as regalias de serviços de saúde dos empregados dos transportes é falsa, o jornalista não a confirmou com nenhum trabalhador ou nenhuma estrutura representativa dos mesmos, fiando-se num despacho governamental que, admite o próprio, faz parte do argumentário político da tutela. E assim se enganam as pessoas.

Para já não falar que a argumentação e defesa do jornalista que assinou a peça é tudo menos isenta.

Confesso que a resposta de Francisco Almeida Leite me deixou perplexo porque conseguiu a proeza de não me dar um único argumento jornalístico para a notícia que fez: há trabalhadores que fazem greve, pelo que é preciso dizer à população as regalias que têm os que fazem greve e os que a não fazem; há idosos que veem cortadas as suas taxas moderadoras, daí que seja necessário conhecer as regalias dos trabalhadores dos transportes. Nada mau para um argumentário político-partidário, mas que é do jornalismo?
Deixo uma reflexão sobre o tema do "interesse público" para o outro texto nesta página e volto à resposta de Francisco Almeida Leite.
Argumentário. Palavra-chave. É que a notícia em causa foi integralmente baseada num documento de circulação interna a que o jornalista teve acesso no ministério de tutela, e que ele próprio descreveu como "relatório interno que funciona como uma espécie de argumentário do Governo de resposta à greve".
Não há nenhum mal em um jornalista divulgar um argumentário interno de uma entidade pública. Mas mandariam as regras básicas do jornalismo que o fizesse de uma de duas maneiras: ou para denunciar a existência do documento como elemento de propaganda ou contrapropaganda política; ou para verificar a veracidade e consistência dos "argumentos". Ora, esta verificação faz-se através de investigação autónoma, confrontando documentos e informações disponíveis; ou, no mínimo, estabelecendo o contraditório, ouvindo aqueles contra quem se dirigem os argumentos.


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... has&page=1


Ler também:

Sempre que me deparo com o argumento do "interesse público" como "a" razão para um episódio jornalístico, sinto um arrepio: ocorre-me inevitavelmente à memória uma versão moderna dos clássicos russos, com os cavalos da guarda a pisotear mulheres e crianças à porta da fábrica em greve. A verdade é que um governo democrático tem legitimidade para considerar o ato como de "interesse público". Mas ainda mais verdade é que esse "interesse público" foi apenas o disfarce do exercício de uma força desproporcionada e cruel.
Ora, os jornalistas nem sequer têm legitimidade para decretar o que tem ou não "interesse público" - e passam a vida a fazê-lo. Legitimidade tem o legislador democrático - e ninguém gostaria de deixar nas mãos do poder político a definição do que, em jornalismo, há de ser de "interesse público".


http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... id=2340620
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Dustspell » domingo mar 04, 2012 4:21 pm

...o jornalista não a confirmou com nenhum trabalhador ou nenhuma estrutura representativa dos mesmos, fiando-se num despacho governamental que, admite o próprio, faz parte do argumentário político da tutela. E assim se enganam as pessoas.


As ditaduras modernas nascem de meras tendências com foco sempre no interesse publico e que por ele se difunde o autoritarismo com base no colectivo medo e entre os demais medos existe a coragem que morre impotente e a vassalagem que perpetua o intento...

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Postmortem » domingo mar 04, 2012 7:26 pm

Dica: escrever bem não é ser-se vago, impreciso ou enfiar palavrões caros só porque sim.

Já me chegava a colunas do Nandinho na Loud!, foda-se.

Edit: Sobre os bail-outs da Grécia, lembro-me de ler um artigo que só 19cent por cada 1€ de empréstimo é que iam, efectivamente, para a sociedade grega. Alguém mais leu isso?
Soul of Darkness Escreveu:Pessoalmente, não gostaria que o mundo acabasse

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » domingo mar 04, 2012 9:40 pm

Se te referes aos artigos que publiquei, não tive qualquer dificuldade em perceber neles a crítica por parte do provedor ao jornalista que escreveu a peça da greve.

Quanto aos valores do "bail out" grego ( que convém repetir, é um empréstimo e não um resgate no sentido estrito da palavra, como foi por exemplo o plano Marshall), não li os valores exactos, mas esses não me espantam. O plano da Troika vigente em Portugal prevê um retorno de 34 mil milhões dos 78 mil emprestados, o que na prática quer dizer que só sensivelmente 55 centimos por 1€ é que entram nas contas. A Grécia está mais queimada que nós, por isso...

Pode-se debater se o termo ajuda é o mais correcto.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Postmortem » segunda mar 05, 2012 12:53 am

Não estava a falar de ti Grimner, estava a falar divagações destas

As ditaduras modernas nascem de meras tendências com foco sempre no interesse publico e que por ele se difunde o autoritarismo com base no colectivo medo e entre os demais medos existe a coragem que morre impotente e a vassalagem que perpetua o intento...


Parece o diabox, só que sem vírgulas.

Já agora, finalmente, o artigo:

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Soul of Darkness Escreveu:Pessoalmente, não gostaria que o mundo acabasse

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » segunda mar 05, 2012 1:35 am

Postmortem Escreveu:Não estava a falar de ti Grimner, estava a falar divagações destas

As ditaduras modernas nascem de meras tendências com foco sempre no interesse publico e que por ele se difunde o autoritarismo com base no colectivo medo e entre os demais medos existe a coragem que morre impotente e a vassalagem que perpetua o intento...


Parece o diabox, só que sem vírgulas.

Já agora, finalmente, o artigo:

Imagem



Post, esse gráfico está correcto. Aliás, não só está correcto como se se fizesse um para as finanças portuguesas, sairia algo muito semelhante.

Sem fazer um gráfico desses, sabemos, pelo que nos diz a Comunicação social, que o nosso caso são 78 mil milhões, dos quais 34 mil milhões são para pagar os juros desse empréstimo. Tal qual a Grécia, e essa fatia de 40 mais 18% corresponde aos juros da dívida. No nosso caso, foram deixados 12 mil milhões de parte para injectar na banca nacional. É desse dinheiro que o BCP e também o BPN estão a usar para se recapitalizar. Logo, o acordo grego é muito semelhante ao nosso.

Aliás, não sei se chegaste a ver o memorando de entendimento que foi enviado ao governo grego aí há uns tempos em que o governo alemão dava instruções expressas:

Greece has to legally commit itself to giving absolute priority to future debt service. This commitment has to be legally enshrined by the Greek Parliament. State revenues are to be used first and foremost for debt service, only any remaining revenue may be used to finance primary expenditure.


Sobram 19% para o estado gastar com o estado, por assim dizer.


Em suma, e traçando a comparação à negociação portuguesa, e tendo em conta o estado mais avançado de colapso grego, a notícia não me surpreende. A questão para mim ( e para cada vez mais gente, parece-me) é como se acha que se consegue pagar uma dívida em que metade dos empréstimos servem só para pagar juros. E quem de facto lucra com isso.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » segunda mar 05, 2012 1:36 am

Voltando atrás e ao assunto da mortalidade, as tais conjecturas "simples":

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49


O vínculo entre os indicadores da saúde e o agravamento da crise económica não é novo nem se verifica apenas em Portugal. A conjugação de factores como a gripe e as limitações ao aquecimento não é, por outro lado, a única manifestação desse vínculo.

Segundo um estudo do sociólogo David Stuckler recentemente publicado na revista médica britânica The Lancet, a Grécia registou em 2010 um aumento de 24 por cento nos internamentos hospitalares em relação ao ano anterior. E, em 2009, registou um aumento de pelo menos 17 por cento no número de suicídos em relação a 2007. E, dois anos depois, em 2011, esse aumento atingiu os 40 por cento em relação a 2010.


Mas não. Não tem mesmo nada a ver.
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