Kreator + Caliban + Eluveittie + Emergency Gate @ Porto 2009.01.30

[Ima]

LOL por acaso também pensei que estivessem a falar mesmo de uma WOD.

E é mesmo uma WOD.

[Lapeno Enriquez]

Ai é? Então já não percebo nada

[Pitch Black]

Bem, foi uma noite do caralho, sem dúvida nenhuma. Encontrões, apertões, confusão mas era natural com uma enchente (que eu não esperava) tão grande.

Já agora, deixo aqui uns pontos que acho curiosos e que se calhar pode ter havido mais gente a reparar:
Ponto 1 - Os Kreator já começam a atingir um nível de popularidade em que se arriscam daqui a uns anos a não poderem tocar num Sá da Bandeira, num (antigo) Hard-Club ou numa sala como a de Corroios, tendo que se limitar a festivais grandes como é o caso dos Slayer. É mau para quem prefere um ambiente mais pequeno e que, na minha opinião, funciona melhor. Este tipo de popularidade é muito raro numa banda de Thrash e acontece muito pouco. Se há tantos fans deste estilo porque vemos concertos de Onslaught, Exodus ou Destruction só com 300 pessoas?

Ponto 2 - Quando uma banda como os Kreator consegue ter mais gente a "passar-se" com uma "Hordes of Chaos" do que com uma "Pleasure To Kill" também é estranho. 2 sintomas óbvios são a enorme quantidade de "HEY's" e o aglomerado de gente que engloba umas 3 gerações (esta última acho bastante positiva até).

Em conclusão, foi extremamente agradável comprovar que são uma banda que não ignora o passado e valoriza-o mais do que muitas outras. Ao contrário de uns Sepultura, os Kreator não se esqueceram como se toca Thrash Metal e ainda o conseguem fazer melhor que nunca e com uma vivacidade e profissionalismo invejáveis. E fazem-no tão bem em 2009 como o faziam em outros tempos no passado. Fico contente por isso!

O discurso do Mille não é repetitivo... são os Kreator e nos discos deles nunca faltou a crítica à sociedade, à política, à religião e à humanidade. Mais coerente do que nunca terem mudado a sua filosofia é impossível. As letras são assim, a ideologia é assim, logo o discurso é igual. É assim que eles sempre foram e para quem é fan da banda há tantos anos, é bom ver que ainda pensam da mesma maneira. É assim que eles vêm o mundo e isso não tem nada de repetitivo.

EG - Não vi.

Eluveittie - Nunca tinha ouvido falar e não gostei.

Caiban - Do que vi não curti, nem nunca gostei da banda.

Em Kreator estava insuportável lá à frente. Estive lá numas 5 músicas mas com o casaco comecei a sufocar com tanto calor e tive de me retirar para beber. Não vi ninguém à porrada nem a ter nenhuma atitude menos própria. É assim e, lá está, quem não aguenta com uma cena dessas, poderá sempre vir para trás ou ficar a ver os DVD's da banda em casa. Fiquei com umas dores nos braços no dia seguinte mas foi uma brutalidade do caralho e sabe sempre bem descarregar as energias!

Como pontos negativos, só mesmo as bandas de abertura que nada tinham a ver com Kreator, o que fez com que disfrutasse apenas dos últimos e pagasse bilhete apenas para uma banda. Mas não achei caro, dada a qualidade do concerto que deram e gostar ou não das outras bandas é apenas uma questão de gosto pessoal. Não haver bandas nacionais a abrir também é mau. Acredito que não fosse possível mas nunca é uma boa jogada, na minha opinião.

Para finalizar e peço desculpa pelo tamanho do texto, penso que quase 1500 pessoas neste concerto é um mau sinal se pensarmos que em Portugal temos uma cena forte em quase todos os estilos de música extrema menos no Thrash Metal. Não há bandas, não há público (ou se calhar há mas só para concertos grandes como este) e devemos ser um dos poucos países que não tem uma cena forte dentro deste género. O que, depois da noite de ontem, se conclui que é algo deveras estranho.

Grande convívio e muitas caras conhecidas. Algumas que normalmente nem encontro em outros concertos que vou (será que não está na moda ir a um concerto no Metalpoint ou a outro qualquer de uma banda nacional?).

CHEERS para todos os que beberam comigo e mantiveram o espírito de uma verdadeira noite de Thrash!!!

[Ima]

Não sei se há mais por lá... foi a primeira que apareceu.

[AtlasOfRaven]

Cheguei quase no fim de Emergency Gate. Vi parado, nada que me puxasse, mas também não é nada que me incomodasse.
A seguir vieram os Eluveitie... tinham um hype à volta que esperava um pouco melhor, mas até não foi mau... Estava a guardar-me para Kreator, uma vez que andava meio mal de estômago, e não queria acabar vomitado, mas ao ver o Pit em Eluveitie, não resisti em me ir enfiar lá uma vez ou duas para aquecer, mas também não abusei.
Caliban já tinha dado grande tópico de controvérsia neste fórum por isso dei o benefício da dúvida, uma vez que não conhecia a banda. Não gostei. Participei no Wall of Death, porque tava ali à frente, vi aquilo dividir, que se foda, lá vou eu. Mas de resto no concerto de Caliban fiquei parado a olhar (e ainda levei uma patada do nariz de um ninja, mas não consegui ver bem que foi). Kreator foi a loucura total... ao fim da Hordes of Chaos já estava eu cansado, e no fim da Destroy What Destroys You tive mesmo que sair para pendurar o casaco, (tava a ficar maldisposto com calor todo e já estava a ver que ia vomitar, mas o estômago aguentou-se rijo apesar do mau estado), e aproveitei e comprei uma t-shirt de kreator para trocar pela minha que estava encharcada de suor. Depois foi só curtir Kreator, e cantar as lyrics todas e tudo, concerto brutal. Só mais para o fim das músicas é que saía do mosh para recuperar energia um pouco para a próxima música, porque a setlist era brutal e já sabia que não ia haver descanso, o início de cada música era motivo de descontrolo total e adrenalina ao máximo. Passei-me dos cornos com a Terrible Certainty, esse é o meu álbum favorito, e adoro a música. Curioso é que o pessoal estava menos animado com essa música, mas eu entrei a rasgar no Mosh e a cantar as lyrics houve um gajo que eu não conhecia de lado nenhum lá que até viu-me a fazer isso, ficou animado e meteu o braço por cima do meu ombro e ficamos a cantar as lyrics... só que já não me lembro bem se foi na Terrible Certainty ou na Violent Revolution essa parte...
Enfim concerto brutal mesmo, só tenho 2 pontos negativos a apontar, acho que estava um pouco cheio de mais para o espaço, e o outro ponto negativo era eu não conhecer ninguém lol, mas pronto valeu bem os 20€,

Conhecias me a mim!
Na te lembras de Pitch Black em Guimaraes?

Tu és o man que era amigo do Ima[não o user deste fórum]? Epa eu acho que te vi, mas eu às vezes sou terrível com caras, como não tinha a certeza não falei contigo. Se me vires da próxima vez fala comigo man

[Ima]

Ponto 1 - Os Kreator já começam a atingir um nível de popularidade em que se arriscam daqui a uns anos a não poderem tocar num Sá da Bandeira, num (antigo) Hard-Club ou numa sala como a de Corroios, tendo que se limitar a festivais grandes como é o caso dos Slayer. É mau para quem prefere um ambiente mais pequeno e que, na minha opinião, funciona melhor. Este tipo de popularidade é muito raro numa banda de Thrash e acontece muito pouco. Se há tantos fans deste estilo porque vemos concertos de Onslaught, Exodus ou Destruction só com 300 pessoas?

Por acaso pensei exactamente nisso, quando estava lá, e os exemplos nem foram tão longe, foram, sim, com as bandas de thrash portuguesas (que apesarem de não serem muitas, ainda temos algumas). Mas, é ainda mais estranho quando são com as bandas que mencionaste. E eu nem sou um amante profundo do thrash. Gosto de algumas (poucas) bandas.

Ponto 2 - Quando uma banda como os Kreator consegue ter mais gente a "passar-se" com uma "Hordes of Chaos" do que com uma "Pleasure To Kill" também é estranho. 2 sintomas óbvios são a enorme quantidade de "HEY's" e o aglomerado de gente que engloba umas 3 gerações (esta última acho bastante positiva até).

Acho que já comentei algures a questão dos "HEY'S" e dos "PORTUGAL". Os "HEY'S", até ficam bem e dão um colorido ao concerto, mas em demasia torna-se, desculpem, parolo. Então o "PORTUGAL", nem comento.

Em conclusão, foi extremamente agradável comprovar que são uma banda que não ignora o passado e valoriza-o mais do que muitas outras. Ao contrário de uns Sepultura, os Kreator não se esqueceram como se toca Thrash Metal e ainda o conseguem fazer melhor que nunca e com uma vivacidade e profissionalismo invejáveis. E fazem-no tão bem em 2009 como o faziam em outros tempos no passado. Fico contente por isso!

O discurso do Mille não é repetitivo... são os Kreator e nos discos deles nunca faltou a crítica à sociedade, à política, à religião e à humanidade. Mais coerente do que nunca terem mudado a sua filosofia é impossível. As letras são assim, a ideologia é assim, logo o discurso é igual. É assim que eles sempre foram e para quem é fan da banda há tantos anos, é bom ver que ainda pensam da mesma maneira. É assim que eles vêm o mundo e isso não tem nada de repetitivo.

Apesar de respeitar isso e como não sou conhecedor da banda não posso comentar muito. Contudo, a forma como os discursos, entre as músicas, eram feitos e ditos a mim não me diz absolutamente nada! Se fosse feito de uma outra forma, talvez me dissesse mais. Mas é apenas uma opinião. E se eles sempre foram assim, como tu dizes, acho bem que se mantenham fiéis às suas ideologias e à sua atitude.

Para finalizar e peço desculpa pelo tamanho do texto, penso que quase 1500 pessoas neste concerto é um mau sinal se pensarmos que em Portugal temos uma cena forte em quase todos os estilos de música extrema menos no Thrash Metal. Não há bandas, não há público (ou se calhar há mas só para concertos grandes como este) e devemos ser um dos poucos países que não tem uma cena forte dentro deste género. O que, depois da noite de ontem, se conclui que é algo deveras estranho.

Nem mais.

[Wisdoom]

É um desperdicio ter o Sr Photo no bar e nao np sitio do costume.


GodListensToSlayer :quem és tu que eu nao me recordo?Sorry

O convivio antes e pós o concerto foi do melhor,só mesmo o pessoal do sul pra me animar

[AtlasOfRaven]

Ponto 2 - Quando uma banda como os Kreator consegue ter mais gente a "passar-se" com uma "Hordes of Chaos" do que com uma "Pleasure To Kill" também é estranho. 2 sintomas óbvios são a enorme quantidade de "HEY's" e o aglomerado de gente que engloba umas 3 gerações (esta última acho bastante positiva até).e muitas outras. Ao contrário de uns Sepultura, os Kreator não se esqueceram como se toca Thrash Metal e ainda o conseguem fazer melhor que nunca e com uma vivacidade e profissionalismo invejáveis. E fazem-no tão bem em 2009 como o faziam em outros tempos no passado. Fico contente por isso!

Eu tentei motivar a onda na Terrible Certainty . Mas também pode-se dever ao facto que a Hordes of Chaos abriu, e o pessoal já estava mais exausto na Pleasure to Kill...

Em Kreator estava insuportável lá à frente. Estive lá numas 5 músicas mas com o casaco comecei a sufocar com tanto calor e tive de me retirar para beber.

2x
Tava mesmo abusado. A certa altura tive mesmo que sair para tirar o casaco

[Wisdoom]

Isto de nao tocarem a Renewal é muito estranho pra mim...

[Pitch Black]

Acho que já comentei algures a questão dos "HEY'S" e dos "PORTUGAL". Os "HEY'S", até ficam bem e dão um colorido ao concerto, mas em demasia torna-se, desculpem, parolo. Então o "PORTUGAL", nem comento.

Sim, também. Mas eu vou mais longe (pronto, podes chamar-me purista e tal hehe ) mas acho que isso é capaz de ficar bem nessas quantidades industriais num concerto de Helloween ou Hammerfall. Só que num concerto de Thrash quer ver-se é headbanging e porrada! E penso também que venha daí a razão que te dou quando utilizas a palavra "parolo" neste contexto.

Apesar de respeitar isso e como não sou conhecedor da banda não posso comentar muito. Contudo, a forma como os discursos, entre as músicas, eram feitos e ditos a mim não me diz absolutamente nada! Se fosse feito de uma outra forma, talvez me dissesse mais. Mas é apenas uma opinião. E se eles sempre foram assim, como tu dizes, acho bem que se mantenham fiéis às suas ideologias e à sua atitude.

Pois é isso. A ti não te dizem nada nem curtiste a maneira como e quando ele fez esses discursos. Mas não tem nada de mal pois é só a tua opinião e é bastante válida. Mas no fundo foi o mesmo que eu disse e entendeste o que quis dizer ... a mim e a outros dizem bastante porque foi assim que a gente sempre viu Kreator nos concertos. Com essa atitude e essas ideologias com que também nos identificamos. Quando escrevo para a minha banda, também comento os mesmos temas, ou não fosse Kreator uma grande influência para mim e para muitos outros.

Para finalizar e peço desculpa pelo tamanho do texto, penso que quase 1500 pessoas neste concerto é um mau sinal se pensarmos que em Portugal temos uma cena forte em quase todos os estilos de música extrema menos no Thrash Metal. Não há bandas, não há público (ou se calhar há mas só para concertos grandes como este) e devemos ser um dos poucos países que não tem uma cena forte dentro deste género. O que, depois da noite de ontem, se conclui que é algo deveras estranho.

Nem mais.

Pah... é pena não é? Curtia que isto fosse um pouquinho diferente. E quem melhor que todos nós para mudar isso? hehe

[Pitch Black]

Eu tentei motivar a onda na Terrible Certainty . Mas também pode-se dever ao facto que a Hordes of Chaos abriu, e o pessoal já estava mais exausto na Pleasure to Kill...

Então mas a Pleasure foi mais ou menos no início...

[Pitch Black]

Isto de nao tocarem a Renewal é muito estranho pra mim...

YAH!!! Fogo esqueci-me dessa na lista que "fiz" das músicas que falharam...

[AH.photo]

Caliban

[Wisdoom]

Afinal tambem tiveste no sitio d costume e ainda bem

[Ima]

Acho que já comentei algures a questão dos "HEY'S" e dos "PORTUGAL". Os "HEY'S", até ficam bem e dão um colorido ao concerto, mas em demasia torna-se, desculpem, parolo. Então o "PORTUGAL", nem comento.

Sim, também. Mas eu vou mais longe (pronto, podes chamar-me purista e tal hehe ) mas acho que isso é capaz de ficar bem nessas quantidades industriais num concerto de Helloween ou Hammerfall. Só que num concerto de Thrash quer ver-se é headbanging e porrada! E penso também que venha daí a razão que te dou quando utilizas a palavra "parolo" neste contexto.

Apesar de respeitar isso e como não sou conhecedor da banda não posso comentar muito. Contudo, a forma como os discursos, entre as músicas, eram feitos e ditos a mim não me diz absolutamente nada! Se fosse feito de uma outra forma, talvez me dissesse mais. Mas é apenas uma opinião. E se eles sempre foram assim, como tu dizes, acho bem que se mantenham fiéis às suas ideologias e à sua atitude.

Pois é isso. A ti não te dizem nada nem curtiste a maneira como e quando ele fez esses discursos. Mas não tem nada de mal pois é só a tua opinião e é bastante válida. Mas no fundo foi o mesmo que eu disse e entendeste o que quis dizer ... a mim e a outros dizem bastante porque foi assim que a gente sempre viu Kreator nos concertos. Com essa atitude e essas ideologias com que também nos identificamos. Quando escrevo para a minha banda, também comento os mesmos temas, ou não fosse Kreator uma grande influência para mim e para muitos outros.

Para finalizar e peço desculpa pelo tamanho do texto, penso que quase 1500 pessoas neste concerto é um mau sinal se pensarmos que em Portugal temos uma cena forte em quase todos os estilos de música extrema menos no Thrash Metal. Não há bandas, não há público (ou se calhar há mas só para concertos grandes como este) e devemos ser um dos poucos países que não tem uma cena forte dentro deste género. O que, depois da noite de ontem, se conclui que é algo deveras estranho.

Nem mais.

Pah... é pena não é? Curtia que isto fosse um pouquinho diferente. E quem melhor que todos nós para mudar isso? hehe

Desculpa o desabafo, mas gosto de ter estas "discussões" com alguém que consegue argumentar decentemente mesmo tendo opiniões contrárias (ou não tão convergentes) Obrigado

Quanto à questão da atitude e dos ideais, se for ler as letras deles talvez até vá gostar (conheço algumas), até porque são temas - a crítica à política e à sociedade - que me interessam também, mas a forma como eles o fizeram não se identificam com a forma como eu vejo as cenas. Contudo, em Pitch Black a atitude já é nuns termos que me agrada mais! (bastante mais, e de todos os concertos que vi de P.B sempre curti muito mais que ontem em Kreator.) É apenas uma questão de gostos.


Acredito que se metade daquelas pessoas fossem assíduas em concertos, ou que de certa forma apoiassem isto, concerteza que era diferente. Temos é de continuar a lutar, nem que seja porque gostamos e temos amor à causa.