Zyklon Escreveu:O BTR é o album mais Master of Puppets que ouvi até hoje.
Podes concretizar essa afirmação, Zyk? (devo estar lento hoje...

Moderador: GoncaloBCunha
Zyklon Escreveu:O BTR é o album mais Master of Puppets que ouvi até hoje.
Dragonlord Escreveu:Old_Skull Escreveu:http://img128.imageshack.us/img128/1920/49218833kr8.jpg
...os rapazes ainda vão ter que esperar!
Indeed!
Esse foi o meu primeiro concerto "grande"! (...)
Os meus pais foram-nos buscar quando aquilo acabou; e a minha mãe diz que foi das visões mais bizarras da vida dela, quando ela assistiu àquela data de "índios" a sairem pelas portas do pavilhão todos f*did*s, partidos, sangrados, esquartejados, esfolados; e com um olhar nos olhos que parecia indicar que só sairiam dali em vitória ou morte!...
Diz ainda a minha mãe, que as únicas alturas em que ela se tornou a sentir daquela maneira, foi quando abriram os portões do antigo estádio de Alvalade para deixarem sair a multidão oceânica que assistiu ao concerto de Metallica; por cima de uma zona de obras, digna de um palco do fim do mundo; e a segunda vez foi quando abriram os portões ao agora inexistente Armazem 22 onde se deu um dos concertos mais degradantes de todo a história do metal no nosso país; Kreator! O calor lá dentro era tanto, que o suor da malta pingava das chapas de zinco do tecto. Tomámos todos um enorme "banho de suor" ao som da "Tormentor" e "Flag of Hate" já no fim do concerto, enquanto lá fora uma xavala podre de bêbeda se vomitava toda encostada aos pneus de um camião TIR... e os meus pais a assistirem àquilo...
Mas o concerto dos Seps' foi fulcral! A "obra-prima" da devastação sonora na intemporal catedral do Metal em Cascais!
É caso para dizer: Open The Gates!!!
Keep Moshin'!
\w/
Zyklon Escreveu:O BTR é o album mais Master of Puppets que ouvi até hoje.
spiegelman Escreveu:
Eh pá. A discussão que para aqui se deu depois do meu post.![]()
Dragonlord. Provavelmente o teu relato é o mais metaleiro de corpo, alma e sangue do espirito que se vivia na altura, de todos os que alguma vez li e fez-me trazer de novo ao peito sensações que há muito estavam arrumadas num canto escuro da memória.
Tenho menos um ano que tu. O meu primeiro grande foi Metallica em 93, também o meu pai me foi buscar e lembro-me como eu e o resto da malta vinha com uma luz interior que iluminava os céus de Alvalade. Embora um estádio seja diferente do Dramático por isso a experiência do primeiro concerto à séria é diferente se foi num pavilhão a cair de podre com 6000 metaleiros ao bico do que um estádio com 60.000 pessoas as experiências aproximam-se.
Havia uma aura de energia interior, de invencibilidade, de união, que emanava daquela mole humana de cada vez que soavam os acordes iniciais de uma Beneath the Remains ou uma Dyers Eve e desatava tudo a fazer headbanging e a andar á biqueirada.
Essa energia que se fazia levantar naquele pavilhão dava para fazer revoluções, destronar ditadores, enviar exércitos à morte. Éramos micro-cosmos de poder. Sentia-mo-nos como pequenos semi-deuses, capazes de mover o mundo ao biqueiro.
O Concerto de 93 foi já na tour do Chaos AD, portanto já para além dos dois clássicos de thrash. Já na altura o pessoal começou a torcer o nariz ás experimentações mais industriais (e core) desse álbum (provavelmente aqui o dragonlord e o Coragem por exemplo) Mas o que é facto é que a malta aderiu bem e havia lá a WWANAO que se tornou uma espécie de grito de guerra metaleiro.
O Chaos AD é um grande álbum, mas marca claramente a viragem de atitude dos sepultura.
Dragonlord Escreveu:Grimner Escreveu:Converge Escreveu:Arise atmosférico?
Eu diria que o Arise está para o Beneath como o Master está para o Ride the Lightning. em ambos os casos, são albums que não reinventam a formula, mas refinam-na e apresentam-na de uma forma mais matura. Trocam algum do entusiasmo juvenil por uma abordagem mais ambiciosa, temas mais longos mais lentos e estruturados. Comparativamente, é mais atmosférico.
O grande problema do Arise é que não há mesmo progressão do estilo depois disso. Mesmo que sepultura não tivesse tentado expandir a fórmula, as centenas de bandas que tentaram fazer o mesmo som cairam completamente de trombas no chão.
Mas são clássicos. Que só perdem ligeiramente ela produção do Scott Burns (que apesar de tudo, para os padrões dele, até dá à banda um bom som).
Só agora reparei neste teu post...
Resumiste extraordinariamente a questão do "ambientalismo" no Arise, parabéns!
Mas queria colocar-te uma questão: Tu dizes que os álbuns só perdem ligeiramente pela produção do Scott Burns,... ora esse produtor era o que estava na "berra" naquela altura para tudo o que eram bandas de Death Metal, e Thrash extremo, (como Sepultura). Bolas, até Iced Earth gravaram nos Morrisound Studios da Flórida!
Achas mesmo que os Seps' não beneficiaram de um bom som às mãos deles?
Relembro ainda que, o Arise sofreu, ainda antes de ser lançado "worldwide" uma remistura pelas mãos do Andy Wallace; que segundo não me falha, fez som para Slayer!
De que maneira achas que o som dos álbuns terá perdido devido ao Scott Burns, ou de que maneira terá o Arise "ganho" pela remistura do Andi Wallace?
Keep Thrashin'!
\w/
Grimner Escreveu:
Eu sempre nutri um certo "ódio de estimação" pela produção do Scott Burns. Demasiado comprimida, demasiado grave, e com falta de brilho. Gosto do som de guitarras do Arise, mas acho que o "som Morrisound" era não só carimbo de fábrica, como um mau carimbo. O Andy Wallace deve ter ajudado. Mas ainda assim, aquele som de bateria não me convence. Li-te queixares-te do som do "Covenant", a produção do Scott Burns, para mim, é o Covenant embrulhado em cachecóis, de tão mais abafada que consegue ser...
O Scott Burns marcou um bocado a era das produções em série. Um pouco como aconteceu depois com o Tagtgren e os seus estudios, em que se ouvia o cunho pessoal da produção à légua. No caso do Burns, eram sempre, ou quase, abafadas e clinicas. E tal como o Tagtgren era vinculado à N.B. e o Sorychta à Century Media, o Burns gravava tudo o que era Roadrunner. Acho que os proprios Sepultura concordaram, e mal se tornaram banda de topo de vendas, escolheram o Andy Wallace.
Daquelas curiosidades que tenho, era coo triam soado com o Colin Richardson...
Grimner Escreveu:Mas ainda assim, aquele som de bateria não me convence.
Grimner Escreveu:Acho que acaba por ser uma tendência mais ou menos natural.
Quanto ao Flemming e a sua nódoa como produtor, esqueceste-te do abafado mais flagrante de todos: se em vez de num disco, se metesse o "...And Justice for All" numa garrafa e se o vendesse como abafadinho madeirense... havia quem não desse pela diferença.
Quanto ao Scott, parte da coisa é gosto pessoal ( e não sou grande fã da sonoridade que ele dava às bandas, confesso), a outra é mesmo um certo "corporativismo". Obituary, Sepultura, sai tudo na mesma editora e com um som semelhante, a Roadrunner toca a assinar bandas à pazada, e enfia-as todas no mesmo estudio (semi afecto à editora), onde lhes dão 10-15 dias para fazer um álbum. A banda não se importa porque o pior que acontece é soar "à Obituary", a editora corta nos custos de produção (e até vende o selo do estudio como aval de qualidade), e o ouvido do produtor vai-se queimando com gravar 12 bandas por ano que soam todas semelhantes. Com 15 dias para fazer aquilo, experimenta-se menos, vai-se por aquilo que já foi testado e deu resultado... e a própria banda provavelmente ajuda à festa. Não sei que experiência musical tens, mas se já gravaste alguma coisa, é quase o eterno cliché o produtor virar-se e pedir cds de referência. Quase que imagino Monstrosity a chegar ao estudio, o Scott perguntar que som querem, e eles sacarem do Arise... (exemplo inteiramente ficticio para estabelecer a anedota, mas há a tendência de muita banda em inicio de carreira ouvir algo e dizer "quero este som"). É preciso um produtor muito bom para conseguir ultrapassar a sobrecarga de trabalho, e dar sons distintos a bandas que já por si tocam estilos muito semelhantes.
Mais tarde, é ver o Peter Tagtgren a fazer o mesmo. É contar o numero de bandas da Nuclear Blast que a partir de 98, foram lá gravar.
Já a produção dos sunlight... Não me consigo queixar, apesar da mesmice. é o meu lado de fanboy completo do Clandestine e do Like an ever Flowing stream.
Gornoth Escreveu:Grimner Escreveu:Mas ainda assim, aquele som de bateria não me convence.
É impressão minha ou com esta frase referias-te ao som de bateria do Arise? É que quanto a mim, por acaso, sempre que penso num exemplo de grandecíssimas produções de som de bateria, é o Arise o primeiro que me vem à cabeça. Só aquela tarola potentíssima dá de tal modo corpo e pujança à música que me é mesmo muito difícil imaginar que ficasse melhor com uma produção de bateria diferente...
Enigma Escreveu:Zyklon Escreveu:O BTR é o album mais Master of Puppets que ouvi até hoje.
Podes concretizar essa afirmação, Zyk? (devo estar lento hoje...)
Dragonlord Escreveu:[quando descobri que Iron Maiden já aí andava desde 1976... e que desde 1985 que vinham tocar a Cascais!
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