AnCaLaGoN Escreveu:Pedro Lopes Escreveu:AnCaLaGoN Escreveu:Pedro Lopes Escreveu:
Pois é meu caro! Mas eu começei a trabalhar com 14 anos e saí de casa aos 16 e vim para Lisboa trabalhar e estudar. Não bebo, não fumo, o meu vicio sempre foi a musica. Cheguei a ter dois empregos, a trabalhar nas obras ao fim de semana, em restaurantes, nas campanhas da vindima, da azeitona, etc, etc. Nunca recebi um tostão dos meus pais, sendo que o meu pai já faleceu há muito.
Não preciso de dar lições de vida a ninguém mas não admito que julguem a minha maneira de estar na vida.
A unica coisa que tinha para me ajudar a ultrapassar as dificuldades foi realmente a musica e abdiquei de muita coisa para a poder comprar todas as semanas a musica que me ia acompanhar ao longo dos dias seguintes.
Conheço centenas e centenas de pessoas por causa da minha actual actividade e vivo todos os dias os problemas financeiros delas além, inclusive, de as tentar ajudar, mas também vejo muita gente que não quer trabalhar e para quem tudo tem que cair nas mãos com facilidade.
Não fales sem saberes o que dizes.
Abraços,
Peço desculpa, mas não acredito, tal historia parece as de Dickens.
Fala com o Pedro Cardoso ele conta-te como foi a minha vida. Mas olha que não sou caso único, muitos colegas meus, da minha geração passaram pelo mesmo. Os tempos mudam. Sabias que no principio dos anos 80 o FMI teve que intervir no nosso país? Naquele tempo o apertar de cinto foi uma realidade muito pior do que a actual.
Mas se tiveres duvidas, vens um dia aqui a minha casa e eu conto-te mais umas aventuras.
Aproveitas e ouves alguma da minha discografia.
Abraços,
Não preciso, tenho 26 anos, tive uma realidade dificil e sei o que custa, e o que custa não dá para comprar assim tanta musica
Mas como eu tou sempre aberto a certas coisas digo, é possivel, não acredito lá muito mas é possivel.
Experimenta arranjar um segundo emprego e utilizar o dinheiro dessa actividade na musica! Foi o que fiz! E abdiquei de muita coisa para poder comprar os meus discos! Mas não preciso que acredites em mim! Só queria que pensassem nos alertas que deixei!
Entretanto, se vieres a Lisboa ainda te ofereço uma cerveja.
Abraços,