Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

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antijeova
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Re: Tens algum disturbio mental?

Mensagempor antijeova » sexta jul 23, 2010 4:42 pm

tanta gente que eu conheço que tem uma cena (que eu não sei o nome) de que não conseguem estar em espaços com muitas pessoas e em espaços fechados, não conseguem ir aos centros comerciais, concertos, discotecas etc... ninguem tem essa treta??

eu não sofro disto e espero nunca vir a sofrer, um gajo fica tipo prisioneiro de si próprio alta m*rda :(
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Re: Tens algum disturbio mental?

Mensagempor Indigente » sexta jul 23, 2010 4:45 pm

antijeova Escreveu:tanta gente que eu conheço que tem uma cena (que eu não sei o nome) de que não conseguem estar em espaços com muitas pessoas e em espaços fechados, não conseguem ir aos centros comerciais, concertos, discotecas etc... ninguem tem essa treta??

eu não sofro disto e espero nunca vir a sofrer, um gajo fica tipo prisioneiro de si próprio alta m*rda :(

Agorofobia. Conheço quem fique um pouco ansioso com muita gente à volta, mas longe de atingir o patamar associado a essa patologia.
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor Pintelho » sexta jul 23, 2010 4:58 pm

Correcção: Agorafobia:).

Agorafobia normalmente está associada a perturbações de ansiedade (como por exemplo as fobias, o pânico, ...) mas pode ocorrer isoladamente.

Venham daí os agorafóbicos!

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psychotic_crow
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Re: Tens algum disturbio mental?

Mensagempor psychotic_crow » sexta jul 23, 2010 5:09 pm

Indigente Escreveu:
antijeova Escreveu:tanta gente que eu conheço que tem uma cena (que eu não sei o nome) de que não conseguem estar em espaços com muitas pessoas e em espaços fechados, não conseguem ir aos centros comerciais, concertos, discotecas etc... ninguem tem essa treta??

eu não sofro disto e espero nunca vir a sofrer, um gajo fica tipo prisioneiro de si próprio alta m*rda :(

Agorafobia. Conheço quem fique um pouco ansioso com muita gente à volta, mas longe de atingir o patamar associado a essa patologia.

Agorafobia com tendências claustrofóbicas, diga-se desde já.
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metaleiro86 Escreveu:não sou como muita gente que se esconde atraz de um computador(...)eu sou o metaleiro86

REG [RIP 2011/01/28]

Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor REG [RIP 2011/01/28] » sexta jul 23, 2010 5:12 pm

Quando tiver tempo faço uma listinha.

paulo figueiredo [RIP 2011/02/27]

Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor paulo figueiredo [RIP 2011/02/27] » sexta jul 23, 2010 5:22 pm

Engraçado, ainda há dias li um artigo (não me recordo onde) que dizia algo acerca disto, com o qual concordo bastante: nos dias que correm todos sem excepção temos os nossos pequenos (ou não) distúrbios mentais, porque para conseguirmos sobreviver numa sociedade tão disfuncional como esta é porque somos todos uns anormais! :lol:
O artigo dizia que existem graus de distúrbios que substituem traumas e são como que defesas que as pessoas erguem naturalmente com base em experiências anteriores. Segundo dizia o autor, o maior problema é que com a quantidade enorme de partilha de vivências entre pessoas, potenciada através do gigantesco fluxo de comunicação actual, essas experiências são cada vez mais, e consequentemente maiores os traumas vividos. Neste âmbito, aconselho a leitura do livro «Risk» da Deborah Lupton.

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antijeova
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor antijeova » sexta jul 23, 2010 6:06 pm

eu não gosto muito de espelhos...
por exemplo agora no meu quarto novo tenho um roupeiro que as portas são espelho, eu não consigo dormir virado para o roupeiro.
e como a casa está cheia de roupeiros, na parte dos quartos, aquilo faz-me comichão ao andar ali XD

alta pancada XD

mas não é nada de muito importante é apenas uma certa comicão :)
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spiegelman
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor spiegelman » sexta jul 23, 2010 8:38 pm

Trabalho todos os dias com pacientes que sofrem de Perturbação de Stress Pós Traumático que adquiriram em combate (vulgo Stress de guerra) mas que se pode aplicar a outras profissões como polícias, bombeiros, médicos, etc, assim cmo por exemplo.
É também uma perturbação que é muitas vezes diagnosticada em voluntários da AMI ou dos Médicos sem Fronteiras visto servirem em zonas de catástrofes, naturais ou de guerra. Vítimas dessas catástrofes e de acidentes também sofrem do mesmo tipo de perturbação.

Podem aprender um pouco mais acerca da PSPT ou PPST (há que defina Perturbação Pós Stress Traumático visto dar-se geralmente apenas após as situações que causaram stress durante um trauma) no site da associação APOIAR.

http://www.apoiar-stressdeguerra.com (yours truly: the webmaster.... :mrgreen: )

Existe também o a perturbação secundária de stress (Secondary Trauma Stress Disorder) que afecta os que são próximos, noemadamente familiares, mulheres e filhos. São as chamadas famílias de guerra que vivem com o ex-combatente a guerra que ele abandonou há mais de 30 anos.

Um dos psicólogos meu colega publicou na revista da associação um pequeno apontamento ficcional, baseado nos testemunhos dos seus pacientes, que demonstra muito bem o que é viver com uma memória traumática, que reproduzo aqui:

A picada doutor. Eu lembro-me da picada. Como é que posso falar do que não me quero lembrar. Posso acender este cigarro? Importa-se, doutor? Claro que não se importa… As pessoas não se importam de aturar quem sofre. Sim, porque eu sei que me está a aturar. No fundo, que é que quer de mim, ah claro, eu é que vim ter consigo. Engana-se. Eu não vim ter consigo. Eu estou aqui. Mas não vim ter consigo. Porque eu não consigo estar com ninguém agora… sou uma amálgama de destroços de mina embutidos em mim. Oiço berros de vidros estilhaçados e gemidos de ferro torcido que surgem do vento. A picada. A picada era uma poça de sangue. Cor de rubi, escarlate, sangue vivo que se esvai de um corpo que ainda corre para apanhar a vida, que já começou a fugir pela ladeira abaixo. Não sabe que isto é uma ladeira desde que nascemos. É sempre a descer e acaba a qualquer instante. Se fecho os olhos é isto que está cá. Uma valeta em tons de escarlate com cheiro a morte. Eu não me quero lembrar, mas tenho um filme a cor-rer no limite do meu olhar. Um filme com ligação directa ao peito…
Imagine alguém sentado sobre o seu peito doutor, a fazer força. Agora experimente respirar quando o horror lhe sopra ao ouvido. O ar não entra, e há um choro sufocado que aperta ain-da mais. Que vida é esta de sobressalto e tremuras? Eu não consigo pensar em guerra. São varas verdes, trémulas e gelatinosas que me enchem o lugar das pernas. E o horror do sangue na picada que não me larga a pele… não lhe cheira aqui a sangue, doutor?
A semana passada chorei todos os dias. Eu não chorava há dez anos. E pode não acreditar mas irrita-me tanto o silêncio como os barulhos que oiço. Deixo-me devorar por um choro de raiva e de medo? Porquê? Porque é que não o salvei?
E, o meu camarada que lá ficou? Eu podia ter detectado que ali estava a mina. Sabe que quando fecho os olhos à noite e tento dormir, ando às voltas amarfanhado por um lençol de culpa que me abafa, me agita e me faz saltar da cama às 3 da manhã… não aguento estas noites sem sono. Desde o Ultramar que não vivo. Só sonho. Som da mina a deflagrar, o rebentamento e o olhar dele no meu, enquanto grita pela mulher… Já sentiu alguém que vai morrer aos seus braços, doutor? Nestes pesadelos ainda tremo com os sobres-saltos do corpo, um compasso de solavancos ritmados a sacudir o meu coração em chamas. O olhar daquele homem que sabe o que o espera, pedaços de aço em movimento que destroem as suas pernas… O corpo são pedaços de ferro ensanguentados. Estou a ouvi-lo com as pás do helicóptero a abafar gemidos surdos de dor... eu não estou doido, mas juro que ainda o oiço a gemer. Ele jaz na picada com cheiro a morte e escorre-lhe o sangue em tons de escarlate. Eu não me quero lembrar, mas preciso que isto me largue para voltar a ser livre. É por isso que estou aqui nesta sala, agora. Descobri que a culpa queima o estômago, ardendo em combustão lenta, desgasta e corrói o corpo até restar um esqueleto descascado do que se era. Eu era forte… sabe?
Agora pareço um caco arruinado que alguém deixou na soleira Invernos a mais… Gostava de ter os Verões de volta, que alguém me guardasse dentro de casa, me voltasse a pôr uma casca e me dissesse “Está tudo bem, aqui estás quente e seguro. A culpa não é tua.” Como é que o pensamento nos oculta a verdade? A verdade é que eu não podia adivinhar, é assim a guerra… no entanto, só me ocorre pensar: “Devias ter feito melhor, António.” Eu não me quero lembrar. Não vê esta bola de angústia que trepa pela minha garganta? São fragmentos de dor. São imagens, sons, emoções condensadas em cinco segundos de trauma. Cinco segundos que me estão a matar todos dias. Como é que me livro disto sem me lembrar…
Cada pensamento traz de volta tudo novamente como se estivesse ainda a com ele nos braços… Maldito! Quem…? Quem é que…? Quem é que nos salva quando deixamos de acreditar… Oh, doutor… No que desejaria eu voltar a acreditar? Simples-mente, que a vida ainda faz sentido. Terminei este cigarro, estou nas suas mãos. Mas ainda não estive aqui consigo. Continuo lá, traga-me de volta quando puder e, por favor, feche a porta porque vem aí o Inverno.
Nuno Mendes Duarte
(Psicólogo Clínico)


n: JOrnal APOIAR nº 62, p. 13
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)

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darkiske
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor darkiske » sexta jul 23, 2010 9:15 pm

os netfóbicos que se acusem!
I’m an ice sculptor. Last night I made a cube.

Phobos [RIP 2012/08/19]

Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor Phobos [RIP 2012/08/19] » sexta jul 23, 2010 11:56 pm

spiegelman Escreveu:Trabalho todos os dias com pacientes que sofrem de Perturbação de Stress Pós Traumático que adquiriram em combate (vulgo Stress de guerra) mas que se pode aplicar a outras profissões como polícias, bombeiros, médicos, etc, assim cmo por exemplo.
É também uma perturbação que é muitas vezes diagnosticada em voluntários da AMI ou dos Médicos sem Fronteiras visto servirem em zonas de catástrofes, naturais ou de guerra. Vítimas dessas catástrofes e de acidentes também sofrem do mesmo tipo de perturbação.

Podem aprender um pouco mais acerca da PSPT ou PPST (há que defina Perturbação Pós Stress Traumático visto dar-se geralmente apenas após as situações que causaram stress durante um trauma) no site da associação APOIAR.

http://www.apoiar-stressdeguerra.com (yours truly: the webmaster.... :mrgreen: )

Existe também o a perturbação secundária de stress (Secondary Trauma Stress Disorder) que afecta os que são próximos, noemadamente familiares, mulheres e filhos. São as chamadas famílias de guerra que vivem com o ex-combatente a guerra que ele abandonou há mais de 30 anos.

Um dos psicólogos meu colega publicou na revista da associação um pequeno apontamento ficcional, baseado nos testemunhos dos seus pacientes, que demonstra muito bem o que é viver com uma memória traumática, que reproduzo aqui:

A picada doutor. Eu lembro-me da picada. Como é que posso falar do que não me quero lembrar. Posso acender este cigarro? Importa-se, doutor? Claro que não se importa… As pessoas não se importam de aturar quem sofre. Sim, porque eu sei que me está a aturar. No fundo, que é que quer de mim, ah claro, eu é que vim ter consigo. Engana-se. Eu não vim ter consigo. Eu estou aqui. Mas não vim ter consigo. Porque eu não consigo estar com ninguém agora… sou uma amálgama de destroços de mina embutidos em mim. Oiço berros de vidros estilhaçados e gemidos de ferro torcido que surgem do vento. A picada. A picada era uma poça de sangue. Cor de rubi, escarlate, sangue vivo que se esvai de um corpo que ainda corre para apanhar a vida, que já começou a fugir pela ladeira abaixo. Não sabe que isto é uma ladeira desde que nascemos. É sempre a descer e acaba a qualquer instante. Se fecho os olhos é isto que está cá. Uma valeta em tons de escarlate com cheiro a morte. Eu não me quero lembrar, mas tenho um filme a cor-rer no limite do meu olhar. Um filme com ligação directa ao peito…
Imagine alguém sentado sobre o seu peito doutor, a fazer força. Agora experimente respirar quando o horror lhe sopra ao ouvido. O ar não entra, e há um choro sufocado que aperta ain-da mais. Que vida é esta de sobressalto e tremuras? Eu não consigo pensar em guerra. São varas verdes, trémulas e gelatinosas que me enchem o lugar das pernas. E o horror do sangue na picada que não me larga a pele… não lhe cheira aqui a sangue, doutor?
A semana passada chorei todos os dias. Eu não chorava há dez anos. E pode não acreditar mas irrita-me tanto o silêncio como os barulhos que oiço. Deixo-me devorar por um choro de raiva e de medo? Porquê? Porque é que não o salvei?
E, o meu camarada que lá ficou? Eu podia ter detectado que ali estava a mina. Sabe que quando fecho os olhos à noite e tento dormir, ando às voltas amarfanhado por um lençol de culpa que me abafa, me agita e me faz saltar da cama às 3 da manhã… não aguento estas noites sem sono. Desde o Ultramar que não vivo. Só sonho. Som da mina a deflagrar, o rebentamento e o olhar dele no meu, enquanto grita pela mulher… Já sentiu alguém que vai morrer aos seus braços, doutor? Nestes pesadelos ainda tremo com os sobres-saltos do corpo, um compasso de solavancos ritmados a sacudir o meu coração em chamas. O olhar daquele homem que sabe o que o espera, pedaços de aço em movimento que destroem as suas pernas… O corpo são pedaços de ferro ensanguentados. Estou a ouvi-lo com as pás do helicóptero a abafar gemidos surdos de dor... eu não estou doido, mas juro que ainda o oiço a gemer. Ele jaz na picada com cheiro a morte e escorre-lhe o sangue em tons de escarlate. Eu não me quero lembrar, mas preciso que isto me largue para voltar a ser livre. É por isso que estou aqui nesta sala, agora. Descobri que a culpa queima o estômago, ardendo em combustão lenta, desgasta e corrói o corpo até restar um esqueleto descascado do que se era. Eu era forte… sabe?
Agora pareço um caco arruinado que alguém deixou na soleira Invernos a mais… Gostava de ter os Verões de volta, que alguém me guardasse dentro de casa, me voltasse a pôr uma casca e me dissesse “Está tudo bem, aqui estás quente e seguro. A culpa não é tua.” Como é que o pensamento nos oculta a verdade? A verdade é que eu não podia adivinhar, é assim a guerra… no entanto, só me ocorre pensar: “Devias ter feito melhor, António.” Eu não me quero lembrar. Não vê esta bola de angústia que trepa pela minha garganta? São fragmentos de dor. São imagens, sons, emoções condensadas em cinco segundos de trauma. Cinco segundos que me estão a matar todos dias. Como é que me livro disto sem me lembrar…
Cada pensamento traz de volta tudo novamente como se estivesse ainda a com ele nos braços… Maldito! Quem…? Quem é que…? Quem é que nos salva quando deixamos de acreditar… Oh, doutor… No que desejaria eu voltar a acreditar? Simples-mente, que a vida ainda faz sentido. Terminei este cigarro, estou nas suas mãos. Mas ainda não estive aqui consigo. Continuo lá, traga-me de volta quando puder e, por favor, feche a porta porque vem aí o Inverno.
Nuno Mendes Duarte
(Psicólogo Clínico)


n: JOrnal APOIAR nº 62, p. 13


Curiosamente, ou não, faz lembrar um pouco o conteúdo e a forma do Lobo Antunes. :metal:

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Old_Skull
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor Old_Skull » sexta jul 23, 2010 11:59 pm

Olá o meu nome é Passos Coelho sofro de Mitomania, Megalomania, Imbecilidade e Distúrbios de Personalidade Múltipla... e vou ser o vosso próximo Primeiro Ministro :twisted:

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Brunhu
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor Brunhu » sábado jul 24, 2010 12:08 am

Old_Skull Escreveu:Olá o meu nome é Passos Coelho sofro de Mitomania, Megalomania, Imbecilidade e Distúrbios de Personalidade Múltipla... e vou ser o vosso próximo Primeiro Ministro :twisted:


O que prova que quem tem valentes distúrbios mentais são os portugueses...coisa já provada na últimas eleições!!

Agora a sério.
Por aqui por estes lados sinto que a minha cabeça anda no limiar do colapso!!

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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor afonsoveiga » sábado jul 24, 2010 2:33 am

still up?
afinal quem tinha razão era eu.
mais 23 horas and I win.

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Le Point Noir
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor Le Point Noir » sábado jul 24, 2010 3:13 am

Spoiler: Mostrar
desculpem aí o Brasileiro :P
Já agora divulgo alguma info, antes que venha o Zeca :locked:

http://www.openthedoors.com/portuguese/03_12.html


O desafio do estigma da esquizofrenia / Um dos principais obstáculos para o sucesso do tratamento e controle da esquizofrenia é o estigma associado ao transtorno. Esse estigma leva a uma grande discriminação que exacerba desnecessariamente os problemas das pessoas com esquizofrenia. Tal discriminação limita a quantidade de recursos para o tratamento da esquizofrenia, a disponibilidade de abrigo, as oportunidades de trabalho, e a interação social, problemas que refletem em um estigma ainda maior associado à doença. O estigma relacionado à esquizofrenia leva a equívocos freqüentes na mídia, que ajudam a perpetuar estereótipos negativos. O estigma da esquizofrenia não afeta apenas as pessoas com a doença mas também seus familiares, tutores e profissionais de saúde.
Conforme um levantamento feito nos Estados Unidos, mesmo após cinco anos de vida normal e trabalho duro, um ex-doente mental foi menos aceito pela sociedade do que um ex-criminoso.
As atitudes populares ao redor da doença mental estão muito arraigadas e se refletem na linguagem estigmatizante que geralmente é usada para descrever pessoas mentalmente doentes—"louco" e "psicopata" por exemplo. Algumas pessoas ainda se referem aos hospitais psiquiátricos como "hospícios" ou "casa de loucos". Você pode imaginar alguém se referindo a uma instituição para tratamento de câncer de forma tão insensível? Palavras como essas ferem, e reforçam o estigma que já existe em torno das pessoas mentalmente doentes.
A verdade é que, essas são pessoas convivendo com uma doença que pode ser extremamente dolorosa.


Mito / Esquizofrenia é sinônimo de dupla personalidade ou de Transtorno de Múltipla Personalidade

Fato / A esquizofrenia freqüentemente é confundida com dupla personalidade. Porém NÃO são sinônimos. A confusão ocorreu devido à palavra esquizofrenia vir do Grego e significar "mente dividida". A divisão, ou fragmentação, citada, refere-se ao desarranjo dos processos de sensação e de raciocínio do indivíduo, e não a uma divisão da pessoa em duas personalidades separadas. O uso popular da palavra "esquizofrênico" para descrever uma mistura de qualidades contraditórias é completamente diferente do uso psiquiátrico correto do termo.


Mito / Pessoas com esquizofrenia tendem a ser violentas.

Fato / Transtornos mentais e violência estão intimamente ligados na mente do público. O relato sensacionalista da mídia (alguma vez você já leu a manchete: "Homem São Mata uma Família de Quatro Pessoas?) tem grande fatia de culpa, assim como a televisão e as representações cinematográficas de assassinos enlouquecidos. Outro fator contribuinte é o uso popularmente incorreto de termos psiquiátricos como "psicótico" e "psicopata". O estereótipo do doente mental violento causa temor no público e faz com que todos procurem evitá-lo.
Pessoas com doenças mentais, em geral não são mais perigosas do que indivíduos sadios da mesma população. Indivíduos com esquizofrenia mostram uma taxa levemente maior de crimes de violência, mas tais atos são quase sempre cometidos por aqueles que não estão recebendo tratamento médico adequado. Na verdade, pessoas com esquizofrenia são muito mais prováveis de serem violentas consigo mesmas do que com os outros.
Oui oui la baguette

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Callaway
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Re: Distúrbios mentais - Discussão e Reflexão

Mensagempor Callaway » sábado jul 24, 2010 7:33 am

quanto a mim, tenho disturbios no sono. Demoro a conseguir dormir, e depois tenho tendencia a confundir a realidade do sonho com a "nossa" realidade. :? So quando sao coisas muitas estupidas e obvias é que passado meia hora me da o estalo e passa, mas há coisas que ainda hoje nao sei se foi em sonho ou se aconteceu mesmo :? . Esquesito. Depois, tenho sintomas de bipolaridade. De resto sou um gajo normal


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