Política - Discussão ou algo do género.

UnknownOne
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor UnknownOne » terça set 25, 2012 12:00 pm

Claro que não é alheia, estava só a fazer o reparo que mesmo havendo corte na despesa, é bem possível que o OE derrape por via das despesas de cariz social - e por isto refiro-me a tudo o que caia nas rubricas Prestações Sociais (Quadro III.2.1, pág. 55) e Subsídios (por classificação funcional no Quadro III.3.17), e não exclusivamente aos Subsídios, que representam uma fatia pequena do bolo . É fácil imaginar, por exemplo, a Saúde a derrapar (para variar)...


Grimner Escreveu:E isso não deveria estar previsto e com as devidas precauções tomadas por qualquer economista que se preze?

- Se há um corte brutal do poder de compra
- E se há medidas que activamente incentivam o desemprego, a subcontratação e a precariedade, com consequente baixa de salários

As consequências clarissimas são a perda de receitas por parte de impostos como o IVA, ou mesmo o IRS, de que agora está isento quase 1,5 milhões de Portugueses por força das circunstâncias. A outra é o aumento das prestações sociais. Eu não sou economista e previ isto o ano passado. Como podem economistas que supostamente nos governam, ser incapazes de o fazer


Sim, isso era algo que era fácil de prever... No entanto, olhando para o orçamento de estado, acho que foram demasiado optimistas. Por exemplo, na rubrica de despesas com o pessoal inscreveram uma redução de ~3.000 M€ e nas prestações sociais de ~1600 M€...

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Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » terça set 25, 2012 12:20 pm

UnknownOne Escreveu:Claro que não é alheia, estava só a fazer o reparo que mesmo havendo corte na despesa, é bem possível que o OE derrape por via das despesas de cariz social - e por isto refiro-me a tudo o que caia nas rubricas Prestações Sociais (Quadro III.2.1, pág. 55) e Subsídios (por classificação funcional no Quadro III.3.17), e não exclusivamente aos Subsídios, que representam uma fatia pequena do bolo . É fácil imaginar, por exemplo, a Saúde a derrapar (para variar)...


Grimner Escreveu:E isso não deveria estar previsto e com as devidas precauções tomadas por qualquer economista que se preze?

- Se há um corte brutal do poder de compra
- E se há medidas que activamente incentivam o desemprego, a subcontratação e a precariedade, com consequente baixa de salários

As consequências clarissimas são a perda de receitas por parte de impostos como o IVA, ou mesmo o IRS, de que agora está isento quase 1,5 milhões de Portugueses por força das circunstâncias. A outra é o aumento das prestações sociais. Eu não sou economista e previ isto o ano passado. Como podem economistas que supostamente nos governam, ser incapazes de o fazer


Sim, isso era algo que era fácil de prever... No entanto, olhando para o orçamento de estado, acho que foram demasiado optimistas. Por exemplo, na rubrica de despesas com o pessoal inscreveram uma redução de ~3.000 M€ e nas prestações sociais de ~1600 M€...


Acho que estamos a dizer a mesma coisa, a tua formulação é que pareceu implicar que de alguma forma estes gastos foram imprevistos e não o resultado de incompetência, ou falta de previsão. Coisa que para mim é muito difícil de aceitar quando os exemplos do que sucede quando se aplicam estas medidas têm imensos antecedentes na Europa e fora dela. Até diria, como a recente tentativa de mexer na TSU me demonstra, que o mal nem é tanto incompetência como é o implementar uma mudança social sob a ameaça da falta de alternativas.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » terça set 25, 2012 5:30 pm

Grécia, Portugal, Espanha....

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Vooder » terça set 25, 2012 5:33 pm

http://sol.sapo.pt/iniciedade/Interior. ... t_id=59810
Crato paga 61 mil euros por parecer jurídico
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JVELHAGUARDA
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor JVELHAGUARDA » terça set 25, 2012 5:48 pm

(Fonte: Pordata, INE, DGTC, IGCP)
Dívida Pública Portuguesa (2004) (M€) 90 739
Dívida Pública Portuguesa (2011) (M€) 174 891
Obrigações do Estado com PPP 2012-2050, VAL (M€) 26 004
Dívida do Estado incluindo PPP (M€) 200 895
Divida das familias portuguesas (M€): 174 000

Passado um ano e meio, da terceira bancarrota do Estado, ninguém tem culpa de nada, mas, muitos destes números foram responsabilidade directa das familias, empresas e governos ao longo do anos. (Nem todos contribuiram para isto mas, são metidos no mesmo "saco", chamam-lhe democracia dizem. :? ) Quais são as alternativas, concretas??

Casa onde não há dinheiro, todos ralham e ninguém tem razão.


Estamos presos ao passado
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 80155&pn=1

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça set 25, 2012 6:49 pm

Grimner Escreveu:que “as consequências de um passo como este não são leves”, mas recusa que isso leve à impossibilidade de pagar salários e pensões por parte do Estado, porque, “uma vez suspenso o serviço da dívida, as receitas públicas podem cobrir as despesas correntes do Estado enquanto a negociação [com os credores] decorre”.


Isto não é verdade.
As receitas públicas não chegam para cobrir a despesa corrente do Estado e outras entidades públicas. Nem antes da troika, nem agora.

E claro, a probabilidade de a economia nacional não se ressentir de uma suspensão e posterior hair-cut da dívida do Estado é ~zero, fazendo cair ainda mais as receitas públicas.
Shrödinger's cat has left the building.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça set 25, 2012 6:54 pm

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Draconivs ScadinaVvs » terça set 25, 2012 7:55 pm

:lol: O que eu me ria se elegessem esse pacóvio! Possivelmente, já fodeu qualquer ínfima possibilidade de ser eleito com essa tirada :evillol:
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor UnknownOne » terça set 25, 2012 8:45 pm

Draconivs ScadinaVvs Escreveu::lol: O que eu me ria se elegessem esse pacóvio! Possivelmente, já fodeu qualquer ínfima possibilidade de ser eleito com essa tirada :evillol:


Olha que não, olha que não... existe uma polémica brutal com o obrigar a novo recenseamento eleitoral de milhões de eleitores. Eleitores esses que são imigrantes, ou idosos, ou mulheres que mudaram de nome porque casaram, etc... /fim de interlúdio.

O raxx7 tem razão. Uma olhadela rápida no orçamento de estado e dá para ver que o Estado está a gastar mais 10% daquilo que recebe dos Portugueses. Nós temos um problema de finanças e equilíbrio financeiro (liquidez) e de economia, e muita gente ainda só se apercebeu do segundo...

edit: só agora vi a noticia de que Portugal já recebeu 75% do empréstimo da Troika. Se não aproveitam este balão de oxigénio para meter ordem nas contas públicas, vamos ficar rapidamente na merda. E secalhar mais rapidamente do que pensava :shock:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » terça set 25, 2012 9:50 pm

Antes de mais:


Camilo Lourenço= Imagem


Quanto a alternativas, lê acima. O Camilo Lourenço não é alternativa nem ao papel higiénico cá de casa quando se esgota. Com a diferença que cago poias mais eloquentes.



Quanto à dívida, e não branqueando de todo a sucessão de maus governos, tenha-se em atenção o contexto:

Divida de Portugal em 2008: 66,4% Em 2010: 83.2% Após Troika: 112%
" Alemanha em 2008: 64.4% Em 2010: 78.1%
Divida de França em 2008: 68.1% em 2010 83.5%
Divida da Finlândia em 2008: 33.4% em 2010: 45.4%
Dívida da Holanda em 2007: 45.5% em 2010 64.6%
Divida do Reino Unido em 2008: 52% em 2010: 76.5%

Há uma constante, o aumento da dívida pública de todos os países na ordem dos 17% no mesmo período de tempo. Isto aconteceu com o crash da banca, que prejudicou todos os sectores de todas as sociedades, menos... a banca. Nem todos estes países têm estados gordos ou mal geridos, pelo que lá se vai esse argumento. E o agravamento financeiro que nós sentimos, os outros países também... e na mesma proporção. Aliás, agora que são conhecidos os dados mais recentes e a dívida passa os 120%, verifica-se que portugal se endividou mais com a troika que em 2 anos de crise económica mundial.



A solução não é empobrecer, ou reduzir a presença do estado ( que é tão bom ou tão mau quanto o fizermos) como o cabeça de batata do Camilo Lourenço sugere, e esperar que os mercados sejam bonzinhos. Porque de onde vem toda essa subida de dívida de repente? Dos juros e dos programas de assistência financeira.

Aliás, basta pensar que o único país que NÃO aplicou medidas de austeridade durante o período que esteve em governo de gestão, foi o único a ter uma queda na dívida pública e um crescimento de 4% no PIB de -2,7% para 2%. Que é isso que o cabeça de batata ou o Henrique Raposo (os opinion makers insubstanciais do não há alternativa, come e cala) nunca dizem: Não fazer nada é melhor que o que se tem andado a fazer.


Números retirados de http://www.indexmundi.com
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Vooder » terça set 25, 2012 10:11 pm

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... 48352.html

França vai encarecer despedimentos para combater o desemprego de 10%
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » terça set 25, 2012 10:13 pm

raxx7 Escreveu:
Grimner Escreveu:que “as consequências de um passo como este não são leves”, mas recusa que isso leve à impossibilidade de pagar salários e pensões por parte do Estado, porque, “uma vez suspenso o serviço da dívida, as receitas públicas podem cobrir as despesas correntes do Estado enquanto a negociação [com os credores] decorre”.


Isto não é verdade.
As receitas públicas não chegam para cobrir a despesa corrente do Estado e outras entidades públicas. Nem antes da troika, nem agora.

E claro, a probabilidade de a economia nacional não se ressentir de uma suspensão e posterior hair-cut da dívida do Estado é ~zero, fazendo cair ainda mais as receitas públicas.



Quanto ao resto, mantenho a divulgação dos resultados da IAC, mas confesso que gostava francamente que eles acompanhassem estas informações com os estudos que estão a fazer. Gostava de ter os números exactos que eles estão a usar, mas terei que esperar pela convenção, parece-me. Entretanto muitos da comissão de auditoria estão igualmente envolvidos no congresso democrático das Alternativas, que anda precisamente a recolher vários estudos e alternativas sobre a dívida pública, é possível que os trabalhos se estejam a sobrepor.

Sei que o que é proposto é baseado num bluff à banca, que foi o que foi feito no Equador, que estava pior que nós financeiramente, e conseguiu essa restruturação interna. Sendo que, porém, o Equador não tem a senhora gorda a foder-lhes os cornos, ou o embróglio europeu. O bluff equatoriano resultou de ano e meio do Correa a prometer pagar zero aos credores, impor uma moratória, e em seguida propor que ou aceitavam que a dívida fosse comprada a 30 centimos por dólar, ou levavam zero. Na prática, justificando legalmente o caso, abateram com esse golpe 70% da dívida. Cá, seria necessária uma oposição mais em bloco aos bancos de forma a combater a especulação e os juros.

E seja como for, não é propriamente como se a fórmula contrária esteja a resultar.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » terça set 25, 2012 10:27 pm

Vooder Escreveu:http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO048352.html

França vai encarecer despedimentos para combater o desemprego de 10%



Não faças o sr Cabeça de batata triste. :(
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Enigma » terça set 25, 2012 10:47 pm

Grimner Escreveu:Antes de mais:
Camilo Lourenço= Imagem

Quanto a alternativas, lê acima. O Camilo Lourenço não é alternativa nem ao papel higiénico cá de casa quando se esgota. Com a diferença que cago poias mais eloquentes.


LOOOOL Brutal! :lol:

Realmente, o Camilo Lourenço ou é simplesmente parvo, ou anda-se a fazer a algum tacho do Governo (ou ambos, claro). O tipo consegue defender mais veementemente as medidas (quaisquer que sejam) de Governo + troika do qualquer ministro.lol
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça set 25, 2012 11:27 pm

Grimner Escreveu: Quanto à dívida, e não branqueando de todo a sucessão de maus governos, tenha-se em atenção o contexto:

Divida de Portugal em 2008: 66,4% Em 2010: 83.2% Após Troika: 112%
" Alemanha em 2008: 64.4% Em 2010: 78.1%
Divida de França em 2008: 68.1% em 2010 83.5%
Divida da Finlândia em 2008: 33.4% em 2010: 45.4%
Dívida da Holanda em 2007: 45.5% em 2010 64.6%
Divida do Reino Unido em 2008: 52% em 2010: 76.5%

Há uma constante, o aumento da dívida pública de todos os países na ordem dos 17% no mesmo período de tempo. Isto aconteceu com o crash da banca, que prejudicou todos os sectores de todas as sociedades, menos... a banca. Nem todos estes países têm estados gordos ou mal geridos, pelo que lá se vai esse argumento. E o agravamento financeiro que nós sentimos, os outros países também... e na mesma proporção. Aliás, agora que são conhecidos os dados mais recentes e a dívida passa os 120%, verifica-se que portugal se endividou mais com a troika que em 2 anos de crise económica mundial.


Alguns desses países tiveram de injectar rios de dinheiro para salvar os bancos. E também para criar um fundo de resgate europeu...

Contudo, Portugal não teve de gastar assim tanto nos seus bancos. BPN e BPP não explicam os 20% de dívida (~35 mil milhões de euros) de défice criados naquele curto espaço de tempo.



Aliás, basta pensar que o único país que NÃO aplicou medidas de austeridade durante o período que esteve em governo de gestão, foi o único a ter uma queda na dívida pública e um crescimento de 4% no PIB de -2,7% para 2%. Que é isso que o cabeça de batata ou o Henrique Raposo (os opinion makers insubstanciais do não há alternativa, come e cala) nunca dizem: Não fazer nada é melhor que o que se tem andado a fazer.


A Islândia não tinha e não tem uma economia baseada numa bolha de crédito prestes a rebentar.
Até ~2007, antes de de terem de substituir os bancos, a economia deles estava a crescer 2-4% ao ano. A divida externa estava ~constante. A dívida pública estava a diminuir.
Eles tinham e têm equílibrio das contas correntes. As dificuldades deles são exclusivamente do foro financeiro. Eles tiveram de pedir ajuda externa única e exclusiamente porque precisaram de dinheiro para substituir os seus bancos falidos.

Nós... não temos.
As depesas correntes do Estado excedem as despesas correntes. A economia depende de um fluxo contínuo de crédito externo, cada vez maior. Mesmo que fosse a juros zero, estávamos a acumular uma dívida impagável.
Enquanto não conseguirmos equilibrar a receita e despesa corrente do sector público e sem ter a economia assente numa bolha de crédito... não estamos em condições de nos safar melhor sem ajuda externa.
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