
Como podem ver, a tendência de subida da dívida pública começou logo em 2000, antes da crise financeira, dos cortes de rating e do disparar das taxas de juro.
Mas, talvez ainda mais importante que o que está naquele gráfico... é o que não está.
Nesta última década, os governantes usaram e abusaram da desorçamentação.
O Estado assumiu compromissos em PPPs que, segundo o Carlos Moreno, custarão 30 a 50 mil milhões de euros. Não estão ali.
Houve vários investimentos feitos com recurso ao endividamente de empresas públicas: o Metro do Porto (~2500 milhões de euros), caminhos de ferro etc. Não estão ali.
Também não está ali o défice continuo (o financeiro e o operacional) de empresas públicas.
E com excepção do défice financeiro das empresas públicas, isto é tudo dívida novinha, que não decorre dos juros de dívida antiga.
É um caminho insustentável, mesmo com taxas de juro de 0,1% como a Alemanha consegue.
E particularmente insustenvável, se o virmos à luz do estado da economia, que é A fonte de receita do Estado.