Venøm Escreveu:Ah, nada como ver comunas a levar uns bons tabefes..
Então se for um neo-nazi a dar...
Bispo das Forças Armadas tentado a chamar o povo à rua
Paulo Alexandre Amaral, RTP 06 Jun, 2012, 18:44 / atualizado em 06 Jun, 2012, 20:56
Dom Januário Torgal Ferreira reagiu com expressões fortes aos elogios do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho à atitude dos portugueses num tempo de desemprego nunca visto. Em declarações à TSF, o Bispo das Forças Armadas manifestou-se “profundamente chocado” pelo que diz serem palavras que tomam os portugueses por “um povo dócil e tão bem amestrado”. A um discurso que o remete para “a União Nacional de má memória”, o prelado confessa ter ficado tentado a chamar o povo para a rua.
“O povo português tem sido extremamente exigente e, ao mesmo tempo, extremamente paciente (…) Uma sociedade que atingiu o nível de desemprego que nós atingimos, a que nunca estivemos habituados, nem nos tempos de intensa emigração, só pode ser uma sociedade que está apostada em vencer as dificuldades e em resgatar o futuro do país”, afirmava a noite passada Pedro Passos Coelho a partir de um hotel da capital, onde o PSD assinalava o primeiro ano desde a vitória eleitoral que levou o partido à chefia do Governo.
Foi perante este retrato de um país “paciente” que D. Januário Torgal Ferreira explodiria aos microfones da TSF: “Portugal não tem Governo, neste momento, e vão uns certos senhores dar uma passeata em certo dia, fazer propaganda tipo União Nacional, de não saudosa memória, pelo país fora, a dizer que somos os melhores do mundo e ao fim ainda aparece um senhor, que pelos vistos ocupa as funções de primeiro-ministro, dizendo obrigado à profunda resignação de um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico”.
“Parecia-me estar a ouvir o discurso também de uma certa pessoa há 50 anos atrás”, acrescentou D. Januário, aludindo à figura do Professor Oliveira Salazar, dizendo-se profundamente chocado com a atitude do primeiro-ministro, Passos Coelho.
Em conclusão, o capelão máximo das Forças Armadas confessou o desejo, neste momento, de dizer aos portugueses: “Vamos para a rua, não vamos fazer tumultos, vamos fazer a democracia”.
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