Política - Discussão ou algo do género.

[Grimner]

De acordo com as sondagens preliminares, e ao contrário do que a Sic Lolícias fazia veicular, focando-se exclusivamente na subida da extrema direita (Que deverá ter assento parlamentar), a esquerda subiu em flecha nas ultimas eleições, sendo agora a segunda força política. Os centro Esquerda do PASOK são a terceira, e a ND ganha as eleições com uma vantagem estreitissima sobre a Syriza. De notar que os dois blocos centrais juntos não perfazem maioria absoluta, o que significa quase garantidamente que os partidos que favoreciam os acordos com a Troika não vão ter maioria absoluta nem com uma coligação.

Nem mesmo com a lei ( francamente absurda) que dá ao 1º lugar 50 lugares no parlamento o bloco central tem maioria. Seria preciso cumprir-se a margem máxima para ambos os partidos atingirem os 150 deputados em 300. Que, repito, só perfazem porque há uma lei na Grécia que atribui ao partido vencedor 50 deputados de mão beijada.

http://www.publico.pt/Mundo/grecia-sond ... de-1544952

[Enigma]

Grimner: quando dizes que a esquerda ficou em 2º lugar, na realidade trata-se do somatório dos resultados de quantos partidos? Pergunto isto para perceber até que ponto o bloco central (favoravél ao acordo com a troika) poderá ou não estabelecer acordos parlamentares de modo a obter a maioria.

Edit: Ok, já li entretanto. Os partidos de esquerda foram a eleições coligados. Sendo assim, e a menos que algum dos partidos contra o acordo contra a troika faça uma grande pirueta, não há condições na Grécia para implementar as medidas de austeridade.

Por outro lado, em França, muito provavelmente o actual presidente não será reeleito.

[Grimner]

Grimner: quando dizes que a esquerda ficou em 2º lugar, na realidade trata-se do somatório dos resultados de quantos partidos? Pergunto isto para perceber até que ponto o bloco central (favoravél ao acordo com a troika) poderá ou não estabelecer acordos parlamentares de modo a obter a maioria.

Edit: Ok, já li entretanto. Os partidos de esquerda foram a eleições coligados. Sendo assim, e a menos que algum dos partidos contra o acordo contra a troika faça uma grande pirueta, não há condições na Grécia para implementar as medidas de austeridade.

Por outro lado, em França (pela primeira vez, acho eu) um presidente não é reeleito.

Só uma pequena adenda, os partidos de esquerda foram coligados SEM o PC de lá, que concorreu separado, e leva creio eu, 10% dos votos. Se tivessem unido esforços Comunistas mais Syriza teriam perto de 30% dos votos.

E sim. As outras grandes subidas pertencem à extrema direita, que consegue assentos na assembleia (mas que não se irão aliar aos partidos da austeridade) e os dissidentes da Nova Democracia, que tiveram umas excelentes primeiras eleições, mas que se formaram e devem muito do seu sucesso ao discurso anti austeridade. resta talvez o LAOS, que foi esvaziado à direita pelos Aurora e pelos gregos independentes.

Mas mesmo que consigam rapar MUITO o tacho e formar governo com base na austeridade, vão ter que recorrer a partidos que fizeram campanha contra ela, o que será visto como traição pelo seu eleitorado, que esvaziou tremendamente o Bloco Central. Onde dantes conseguiam 80 a 90% dos votos, os Sociais Democratas e Socialistas conseguem 35 a 40%. Juntos. O que é uma base muito instável.

A que se alia à muito possível vitória do Hollande, que poderá desiquilibrar o eixo franco alemão.

[Enigma]

O que os resultados gregos parecem indicar é que, muito provavelmente, a breve trecho teremos novas eleições, pois nenhum bloco (pró e contra austeridade) obtêm maioria no parlamento.

Do link que postaste, Grimner, destaco este texto:

As negociações para formar uma coligação podem realizar-se ao longo de três dias. Se o vencedor falhar, o partido que ficar em segundo pode tentar formar uma aliança – se este não conseguir, o terceiro recebe mandato para nova tentativa. Caso a Grécia continue sem Governo no fim deste processo, os gregos serão chamados a regressar às urnas.

http://www.publico.pt/Mundo/grecia-sond ... 544952?p=2

[Grimner]

basicamente, estão todos entre a espada e a parede. Aos partidos do Bloco central, umas novas eleições vão acagaçá-los ainda mais. O povo grego está muito para lá do apelo ao voto útil, que tem sido sempre o argumento de convergência nos partidos da alternância. Novas eleições vão esvaziar ainda mais esse eleitorado. Se estes quiserem formar governo, vão ter certamente de apelar à Grécia Independente, que se formou da direita social democrata contra a austeridade. Mas esta já afirmou que se recusa a integrar um governo com os partidos pró austeridade, mas afirma que está disponivel para um governo de salvação nacional. Estará a olhar para o Syriza? Seria interessante, até porque convergem no que diz respeito às politicas económicas... mas divergem em quase tudo o resto. E mesmo que se consigam entender, precisam dos comunistas, que têm posições bem distintas quanto à saída ou não do Euro. Pode sair daqui um governo com um cariz anti-austeridade, que reúna o consenso desses 3, mas as saídas a essa austeridade dão azo a divergências por um lado ( e aqui, os comunistas divergem mais da "extrema" esquerda que os social democratas), e limita a actuação do governo a longo prazo, por outro.

De todo este enredo completamente Game of thrones, uma coisa é certa, a austeridade foi às urnas e perdeu. Não através do referendo que queria o PASOK, no único instante em que teve tomates, mas por esta viragem brutal para fora dos partidos centralistas. Alie-se a isto a vitória do Hollande ( e gostava de estar mais optimista, mas os socialistas não me dão razões para isso), que pode ( se os tiver no sítio) causar muita aflição à Merkel ( que por sua vez anda cada vez mais entalada na sua terra natal).

[otnemeM]

Por outro lado, em França, muito provavelmente o actual presidente não será reeleito.

Dou três meses ás boas utópicas intenções desse indivíduo e ao encantamento de pouco mais de metade dos iludidos eleitores.

[Grimner]

O que os resultados gregos parecem indicar é que, muito provavelmente, a breve trecho teremos novas eleições, pois nenhum bloco (pró e contra austeridade) obtêm maioria no parlamento.

Do link que postaste, Grimner, destaco este texto:

As negociações para formar uma coligação podem realizar-se ao longo de três dias. Se o vencedor falhar, o partido que ficar em segundo pode tentar formar uma aliança – se este não conseguir, o terceiro recebe mandato para nova tentativa. Caso a Grécia continue sem Governo no fim deste processo, os gregos serão chamados a regressar às urnas.

http://www.publico.pt/Mundo/grecia-sond ... 544952?p=2

O cenário de novas eleições parece muito provavel. Não há, mesmo com os 50 deputados brinde, maioria absoluta para nenhum dos grupos. Pasok e ND não chegam para formar maioria, e os dois juntos fazem 35% do eleitorado. Uma coligação de esquerda também não seria suficiente, a não ser talvez com a inclusão do Pasok. Syriza e os Gregos Independentes até estão razoavelmente perto em ideias económicas, mas discordam em demasia do resto.

Mega lol para a nossa televisão, que conseguiu saltar por completo o discurso do segundo classificado nas eleições e ao invés disso, empolar o Chrysi Avgi e dar-lhes imenso tempo de antena com o discurso alarmista do radicalismo a subir em flecha, como se o Chrysi Avgi e o Syriza fossem duas faces de uma mesma moeda. A extrema direita praticamente não subiu, e é nojento o discurso dos media. Em tandem com o Chrysi Avgi existe o LAOS, também de extrema direita, mas menos declarado. O LAOS chegou a fazer parte da coligação tecnocrática imposta por Bruxelas na sequência da demissão do Papandreous, o que queimou irreparavelmente a sua imagem. O eleitorado de extrema direita do LAOS virou-se assim para o Nova Alvorada, que sobe na exacta proporção que o outro desce. Mas assim subtilmente se vai preparando o discurso OMG A GRÉCIA ESTÁ CHEIA DE RADICAIS !!!!!111ONZE

Já a subida do Syriza não é um mero voto de protesto. É um dos partidos que tem um programa claro de combate à dívida, assentando na ideia da ilegitimidade da mesma. Ao contrário do PC de lá, que também tem uma proposta, apresenta uma alternativa sem ser recorrer à renúncia ao Euro e à Europa, e o discurso e posição não é de todo assim tão radical quanto isso. Não espanta muito que ninguém cá passe o que ele tem para dizer.

Afinal, o PPC tem pelo menos 3 anos de discursos sobre não haver alternativa já escritos e era uma pena deitá-los fora.


França é mais desvalorizável, embora seja interessante ver o que o Hollande vai fazer. Mas em boa alternância, se lá tivesse estado o Hollande, provavelmente hoje ganhava o Sarkozy. A Merkel ( que hoje também foi a votos, a propósito, e embora se tratasse de uma eleição regional, teve o pior resultado partidário da CDU desde a 2ª guerra mundial) já lhe ligou a convocá-lo, possivelmente para lhe meter o chip e actualizar o boletim de vacinas. Gostava de estar enganado.

[MeBathory]

E a piada do ano:

http://economico.sapo.pt/noticias/soare ... 43835.html

Por acaso, acredito que eles não soubessem. Achas que, como donos de um grupo, todas as decisões de promoções de cada cadeia passa pelo CEO do grupo? Em que mundo vives? Para que é que achas que servem os gestores de empresas, ou os gestores de departamentos dentro das empresas?

Ordos,

Acreditas ? Porque será que não é surpresa para mim, uhm…
Já sei que não vivo no mesmo mundo que tu ! No teu mundo dá para acreditar na inocencia, boa fé e na honestidade dos nossos dirigentes, policias, procuradoria Geral, no poder economico, gestores de empresas etc etc … no meu não!! Como te invejo rapaz!!

[Audiokollaps]

O circo já começou na Grécia.

O líder do "amanhecer Dourado" expulsou todos os jornalistas da conferência de imprensa de hoje porque eles não se levantaram e o saudaram quando entrou na sala...

Hilariantes estes fachos!

Já o Nova democracia tem estado o dia todo a ouvir "Não" dos outros partidos.

A ver onde isto vai parar....

[Enigma]

A ver onde isto vai parar....

Muito provavelmente a novas eleições. A menos que se arranje uma coligação de todo em todo contra natura entre partidos de esquerda e direita. Ou, alternativamente, que os partidos do bloco central consigam convencer algum outro partido (e/ou fazendo algumas cedências no programa de Governo) a juntar-se-lhes e a formarem governo. Ambas as hipóteses são improváveis.

[Vooder]

Tomara já que o SPD tenha o poder na Alemanha para ver se esta merda vira de uma vez. Pode ser que assim o Passos deixe de brincar aos países.

[Mak]

O circo já começou na Grécia.

O líder do "amanhecer Dourado" expulsou todos os jornalistas da conferência de imprensa de hoje porque eles não se levantaram e o saudaram quando entrou na sala...

Hilariantes estes fachos!

Já o Nova democracia tem estado o dia todo a ouvir "Não" dos outros partidos.

A ver onde isto vai parar....

Oh my, a coisa está bonita, está

[Enigma]

Tomara já que o SPD tenha o poder na Alemanha para ver se esta merda vira de uma vez. Pode ser que assim o Passos deixe de brincar aos países.

Quando é que são as eleições na Alemanha?

[Audiokollaps]

Em Abril já não houve reduções nas remunerações
SATA também vai ser excepção aos cortes salariais

À semelhança da TAP e da CGD, a companhia de aviação, tutelada pelo Governo Regional dos Açores, foi autorizada a manter os vencimentos intactos. Salários retirados vão ser devolvidos.

A SATA foi autorizada a fazer uma adaptação às reduções remuneratórias impostas às empresas públicas em 2011 e mantidas este ano. Tal como a TAP e a CGD, a companhia de aviação não vai efectuar os cortes salariais a que estava obrigada e devolverá o dinheiro retirado aos trabalhadores desde Janeiro, de acordo com indicações do Governo Regional dos Açores.

José Gamboa, porta-voz da SATA confirmou ao PÚBLICO que os salários “já foram pagos integralmente em Abril”, depois de a empresa ter efectuado reduções, em função da tabela prevista para a função pública, entre Janeiro e Março. “O que ficou acordado é que os montantes dos salários retirados nesses três meses serão devolvidos no vencimento de Maio”, explicou.

De acordo com a companhia de aviação, a autorização do Governo Regional dos Açores surgiu na sequência do regime de adaptação que foi concedido à TAP, transportadora aérea estatal que também recebeu luz verde do Ministério das Finanças para manter os salários intactos e devolver os cortes aos trabalhadores. Também a CGD beneficiou deste estatuto, havendo ainda outros dois pedidos que chegaram tutela: da operadora de navegação aérea NAV e da gestora aeroportuária ANA.

“Quando se soube do regime de adaptação [da TAP], o Governo Regional informou-nos que o mesmo seria aplicado à SATA”, afirmou José Gamboa, acrescentando que foi desenhado um plano de corte de custos para compensar esta decisão e que passará, nomeadamente, pela redução do trabalho extraordinário. Ainda assim, o porta-voz da empresa admitiu que “os ganhos com os cortes de salários seriam superiores” e sublinhou que o corte dos subsídios de férias e de Natal será mantido.

A aplicação do regime de que a TAP também beneficiou foi um dos factores que contribuiu que os pilotos da SATA tivessem decidido hoje, em assembleia-geral, cancelar o primeiro período de uma greve de seis dias, que começaria já a 11 de Maio.

De acordo com um comunicado do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil esta decisão foi tomada “em resultado da concordância face à proposta feita pela administração de adoptar as mesmas medidas que foram adoptadas na TAP”. Além disso, a suspensão dos protestos também se ficou a dever à celebração de dois acordos (o Protocolo de Efectivos e Recurso à Contratação Externa e o regulamento de actividades), refere o documento.

Ainda assim, os pilotos mantêm o segundo período de greves, agendado para 18, 19 e 20 de Maio, pelo facto de “continuar a existir uma divergência entre a proposta da administração da empresa e a dos pilotos relativamente ao regulamento de bases”, lê-se no comunicado. Foi agendada para 11 de Maio uma nova assembleia-geral para discutir a evolução das negociações a manutenção destes protestos.

De excepção em excepção até serem apenas os funcionários públicos com cortes nos salários.

Escumalha!

[Grimner]

2013.

Entretanto, a ND já passou a batata para o Syriza. Que não deve conseguir o apoio do KKE, e mesmo conseguindo, não terá maioria absoluta. A Merkel já vem ameaçar que o tratado é para cumprir ( caguem lá no facto de o governo que o ratificou não ser democrático), coisa que os Gregos claramente já vetaram.