Política - Discussão ou algo do género.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quinta abr 05, 2012 12:28 pm

OrDoS Escreveu:
Grimner Escreveu:è evidente que o ministro da administração Interna diga que foi legítima a actuação. Não quer dizer por isso que o tenha sido, tendo em conta os inúmeros testemunhos em contrário. Nem o relatório da IGAI afirma que não houve excessos. E vários polícias, anónimos ou dando a cara, disseram que a ordem de avançar foi desnecessária e criticaram as suas chefias. Nem se conhece ainda o paradeiro do relatório da actuação de Novembro em que se utilizou, comprovadamente ( O MAI admite-o) agentes infiltrados com o intuito de provocar distúrbios.

Mas é claro que o Miguel Macedo nega tudo isso. O que vale é que as críticas estão cá fora, por polícias que, ao contrário de certas pessoas, estão acima das bestas e não são acríticos.


No dia em que um político afirmar e não negar uma posição dessas, podemo-lo declarar feriado nacional! :lol:


Por cá, dizemos isso com um :lol:, mas noutros países já se teria demitido.

A triste verdade é que tanto cá como noutros países do sul ( como a espanha, Grécia, ou a Itália, que têm os seus esqueletos da outra senhora ainda a espreitar do armário). o tal eufemismo do "défice democrático" que anda por aí a ser utilizado, que é muito, muito mais que um défice. Ainda a semana passada, 3 perigosas empregadas domésticas, por estarem a pintar uma faixa no chão do chiado ( ou seja, tinham uma faixa estendida no chão e estavam a pintá-la), foram identificadas e mandadas parar. Por estarem a violar o artigo 45º da constituição portuguesa. Obviamente que o polícia necessita de algumas aulinhas sobre as leis que jurou defender porque, reza o dito:

Artigo 45.º
Direito de reunião e de manifestação

1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.

2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.




De igual forma, aquando das declarações da Raquel Freire à ERC por causa do caso da crónica "Este Tempo" do Pedro Rosa Mendes (em que também o ministro negou ter havido qualquer tipo de acção censória, pelo que, logicamente, se ele o diz, é porque claramente não houve, não é verdade?), marcou-se uma ida à frente da dita ERC recebê-la. O grupo de amigos que o fez combinou simplesmente, através de um evento no Facebook. Para as 10 pessoas que lá estavam, todos amigos da dita Raquel Freire, estavam 8 polícias à porta (mais uma carrinha do CI à esquina) que identificaram algumas pessoas, alegando "fomos informados que ia haver aqui uma manifestação". Já depois, e à conversa com uma jornalista que estava a acompanhar o caso da crónica e do seu silenciamento, a jornalista teve a ideia peregrina de ir perguntar aos polícias o porquê de tal dispositivo em frente à ERC ( que fica, para quem não sabe, na 24 de Julho). A resposta foi: "Não, não, estamos aqui numa operação Stop."


Às 18h30 da tarde.


Que não mandou parar um único carro em hora e meia.

Agora, cada um que pense um pouco nestas pequenas coisas.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quinta abr 05, 2012 12:32 pm

raxx7 Escreveu:
Grimner Escreveu:ainda estou a perceber que função social ou útil desempenham as empresas de RH


Ter miudas giras? É a única que me ocorre...



:lol:

Por acaso a que fazia a ligação entre a empresa que eu trabalhava e a empresa de RH pela qual estava contratado tinha um ar tremendo de choninhas e not in a sexy librarian kinda way.

Mas também podia ficar assim com as perguntas que lhe fazia e que ela não sabia responder.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quinta abr 05, 2012 12:46 pm

OrDoS Escreveu:A mim não me aquece nem me arrefece, mas até era uma forma de as pessoas terem mais dinheiro em caixa no fim do mês e gerirem-no melhor, actualmente, dada a nossa situação, acho que os Portugueses agradeciam ter mais dinheiro ao fim do mês do que ter de esperar pelos subsídios. Têm é só de aprender a fazer contas mês-a-mês a saber que não têm mais dinheiro nas férias e no Natal para gastar. Quem sabe seria pelo melhor.


A Alemanha, Inglaterra e outros países, é assim que fazem. o Salário é semanal, o que acaba por subir o montante recebido mensalmente, uma vez que os meses são de 5 e não 4 semanas. Instaurou-se foi esta política de pagar essas semanas excedentes em subsídios ( o que é perfeitamente passível de ser discutido e alterado. Conforme disse, acredito plenamente que às pequenas empresas acabe por custar muito mais ter de, 2 vezes ao mês, pagar o dobro dos salários, e acredito que haja muito boa gente que dispensasse o subsídio em troco de ter mais dinheiro todos os meses).

A questão é que se subsidizou esse montante e criou-se a ideia de que esse dinheiro é um privilégio, em vez de um acerto. O resultado do corte destes subsídios acaba por não ser a suspensão de um privilédio, mas, continhas feitas, ainda serão umas semanas de trabalho para aquecer o lugar e que não é pago.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor spiegelman » quinta abr 05, 2012 1:24 pm

Sim, a questão dos subsídios é uma falsa questão. Não é retrirar subsídios por serem um privilégio caro. É mesmo cortar na massa salarial.

Até poderia ser benéfico para a própria economia portuguesa diluir os subsídios pelos 12 meses.

Terciária como é e dependente de vagas de consumo nas férias e no natal podia ser uma forma de ajudar os comerciantes e as empresas a gerirem os negócios para o ano inteiro em vez de andarem com o cu sentado durante 11 meses à espera de safar o ano no natal onde toda a gente torra o subsídio.

Neste momento é assim que acontece e vai chegar ao Verão e ao Natal de este ano e vão a ver uma retração no consumo ainda maior.
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quinta abr 05, 2012 2:10 pm

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=566874


O ministro das Finaças, Vítor Gaspar, reconheceu esta quinta-feira, no final do debate no Parlamento que cometeu um «lapso» quando, em Outubro, disse que o corte nos subsídios de férias e Natal seriam até 2013.



um lapso...

Um... lapso.


lulz
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » quinta abr 05, 2012 4:13 pm

É o que se chama o factor "ooops".

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Zelo » quinta abr 05, 2012 5:29 pm


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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Nhec » quinta abr 05, 2012 6:02 pm



Apesar de Mário Soares ter dito à GNR que o Estado pagaria a multa de 300 euros depois de o carro em que seguia ser apanhado ontem a 199 km/hora na A8, as regalias de ex-presidente não incluem pagamento de coimas, apenas o carro oficial com motorista e combustível.
Mário Soares explicou, segundo o Diário de Notícias, que já pagou a multa e que viajava atrasado para um encontro na Universidade Católica do Porto às 17h sobre «Portugal, a Crise e a Importância da CPLP».

O DN escreve que o ex-presidente terá baralhado as suas regalias, «talvez por estar apressado».

O Correio da Manhã avançou ontem que os radares da GNR de Leiria apanharam o carro onde seguia Mário Soares, conduzido pelo seu motorista, a 199 km/hora na A8 e que terá tido uma reacção «bastante mal-educada com os agentes», segundo fonte policial.

SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=46075

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Zelo » quinta abr 05, 2012 6:19 pm

Lindo! :lol:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Last Light » quinta abr 05, 2012 8:27 pm

Mas se tem condutor, não deveria ser este o lesado?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Kustu Rica » quinta abr 05, 2012 9:00 pm

Também quero ser motorista do meu carro cheio de passageiros de ar.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta abr 06, 2012 12:12 pm

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... al_1540955

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de divulgar o seu novo relatório sobre a ajuda a Portugal, resultante da terceira avaliação do programa, realizada em Fevereiro. No documento, a instituição avisa que a recessão se irá aprofundar, apontando para uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,3%, em linha com as previsões da Comissão Europeia e do Governo.

Quanto ao desemprego, vai continuar a aumentar, atingindo os 14,5% este ano e só descendo abaixo dos 12% em 2016. Em conferência de imprensa, o chefe de missão do FMI em Portugal, Abebe Selassie, admitiu que a instituição está “preocupada” com o agravamento dos números do desemprego e que a subida do número de pessoas sem trabalho “é muito mais chocante do que esperávamos”. E é por isso que deixa a porta aberta a medidas adicionais.

No relatório hoje divulgado, o FMI saúda o Governo pelos esforços de implementação das reformas estruturais, destacando, nomeadamente, o acordo tripartido firmado com os parceiros sociais. De acordo com a instituição, mas medidas já implementadas pelo Governo irão reduzir a segmentação do mercado do trabalho, reduzir os custos de despedimento e facilitar as regras para os despedimentos individuais, além de alterações ao subsídio de desemprego, limitando a duração e o valor desses benefícios.

Contudo, apesar de todas estas reformas, o FMI admite que poderá ser necessário “mais esforço” nesta área.

“Se o ajustamento no mercado laboral continuar a cair excessivamente em termos de volume – como os últimos números de Dezembro sugerem – será necessário considerar mais medidas que promovam maior flexibilidade salarial”, avisa a instituição.



Portanto, primeiro demonstram grande espanto com a subida brutal do desemprego ( como se não fosse elementar que, em tempo de recessão, flexibilizar brutalmente as leis laborais como estão a fazer fosse ter outro resultado que não o do desemprego massivo).

Depois, lentamente, vão dizendo que para combater esse desemprego, precisam de maior "flexibilidade". Que se traduz por, obviamente, baixar salários que já estão bem perto do limiar de pobreza.

Repita-se: Isto é premeditado. Usa-se a crise para implementar medidas que seriam inaplicáveis de outra forma, sob a fachada da inevitabilidade. Aumenta-se brutalmente o desemprego, para reduzir o preço e o valor do próprio trabalho.


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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor JVELHAGUARDA » sexta abr 06, 2012 12:29 pm

"A GNR apreendeu a carta de condução do motorista do Mercedes-Benz S350 4 Matic, registado em nome da Direcção-Geral do Tesouro e das Finanças." Acabar com estas mordomias era bom mas......


"O que é que não percebeu, dr. Soares? "Não há dinheiro!
Mário Soares reagiu mal à ideia do corte definitivo do 13.º mês aos funcionários do sector público e aos pensionistas. E qualificou-a de "asneira". A sua contestação faz sentido?
Não. Porque o Estado não tem dinheiro. E não ter dinheiro é mesmo isso: Não Ter Dinheiro. Por isso pede dinheiro emprestado: para cobrir a diferença entre receitas e despesas (o diferencial era, em 2011, de oito pontos percentuais). Até Abril de 2011, o Estado pedia aos mercados. Quando estes começaram a duvidar da nossa capacidade para devolver o que emprestaram, travaram a fundo. Aí fomos bater à porta da troika. Mas a troika só aceitou emprestar mediante o cumprimento de um receituário que garante a devolução do que empresta. Ora isso implica que o Estado passe a gastar muito menos do que até agora.
Quando a troika diz que podemos ter de abdicar definitivamente do subsídio de Natal, está a dizer que duvida da nossa capacidade para gastar menos. E tem boas razões para isso: não recorremos ao FMI três vezes em 37 anos (duas vezes com o dr. Soares)? E em dez anos não falsificámos quatro vezes o défice orçamental, recorrendo a fundos de pensões (CTT, CGD, PT e banca)?
É surpreendente que alguém com o intelecto de Soares não perceba como o mundo mudou de 1983 para 2012. Mas é ainda mais estranho que não entenda que, tal como em 1983, não somos nós que temos motivos para duvidar da troika; é a troika que tem razões para não confiar em nós. E há duas formas de enfrentar isto: 1 - a negação; 2 - aceitar o problema e mudar. Eu prefiro a segunda. Só por uma razão: dá frutos. Como se viu no leilão de dívida pública a 18 meses, realizado ontem."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=549441

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta abr 06, 2012 12:40 pm

A troika e o FMI nunca deram outros frutos que não o do maior endividamento e a bancarrota nos países envolvidos. Conhecem-se zero casos de sucesso de intervenção incondicional da troika. As medidas que estão a ser aplicadas na Europa são tiradas a papel químico das fórmulas aplicadas na América do Sul. Que nunca deram qualquer tipo de resultado, e tiveram como consequência mais gritante a bancarrota argentina.

E quando a mesma é composta pelos mesmos agentes que estiveram por detrás do colapso financeiro de 2008, tem-se todas as razºoes e mais algumas para duvidar dela.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta abr 06, 2012 1:06 pm

Já agora, porque esse Camilo Lourenço é mesmo um idiota, mesmo para o padrão habitual de idiotas... Ainda bem que ele fala dos frutos destas políticas.


Olhem lá o excelente resultado das mesmas:


http://expresso.sapo.pt/risco-e-juros-d ... os=f717248


Segurar a dívida portuguesa custa mais caro

O risco de entrada em incumprimento num horizonte de cinco anos aumentou para Portugal, Irlanda, Espanha, Itália, Bélgica, França e Áustria.

No caso português, segundo dados da CMA DataVision, a probabilidade de default subiu de 60,57%, no fecho de quarta-feira, para 61,67% ao final da manhã de quinta-feira e fechou em 61,41%. No início desta semana havia baixado para 59,6%. Em uma semana, o custo à cabeça (upfront points, na designação técnica) da obtenção de um credit default swap (cds, que funciona como seguro contra o risco de incumprimento) subiu de 32 para 33 pontos.

O comportamento no caso das yields (juros) das obrigações do Tesouro português no mercado secundário foi similar. Aumentaram quinta-feira em todos os prazos, segundo dados da Bloomberg. Os juros das OT a 2 anos fecharam em 10,12% e os juros das OT a 10 anos subiram para 12,24%. No início da semana estavam em 9,84% e 11,67% respetivamente.

O prémio de risco da dívida portuguesa em relação à dívida alemã (que serve de referência) subiu para 10,5 pontos percentuais.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/risco-e-juros-d ... z1rGVSA8Hk
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