OrDoS Escreveu:Grimner Escreveu:è evidente que o ministro da administração Interna diga que foi legítima a actuação. Não quer dizer por isso que o tenha sido, tendo em conta os inúmeros testemunhos em contrário. Nem o relatório da IGAI afirma que não houve excessos. E vários polícias, anónimos ou dando a cara, disseram que a ordem de avançar foi desnecessária e criticaram as suas chefias. Nem se conhece ainda o paradeiro do relatório da actuação de Novembro em que se utilizou, comprovadamente ( O MAI admite-o) agentes infiltrados com o intuito de provocar distúrbios.
Mas é claro que o Miguel Macedo nega tudo isso. O que vale é que as críticas estão cá fora, por polícias que, ao contrário de certas pessoas, estão acima das bestas e não são acríticos.
No dia em que um político afirmar e não negar uma posição dessas, podemo-lo declarar feriado nacional!
Por cá, dizemos isso com um

A triste verdade é que tanto cá como noutros países do sul ( como a espanha, Grécia, ou a Itália, que têm os seus esqueletos da outra senhora ainda a espreitar do armário). o tal eufemismo do "défice democrático" que anda por aí a ser utilizado, que é muito, muito mais que um défice. Ainda a semana passada, 3 perigosas empregadas domésticas, por estarem a pintar uma faixa no chão do chiado ( ou seja, tinham uma faixa estendida no chão e estavam a pintá-la), foram identificadas e mandadas parar. Por estarem a violar o artigo 45º da constituição portuguesa. Obviamente que o polícia necessita de algumas aulinhas sobre as leis que jurou defender porque, reza o dito:
Artigo 45.º
Direito de reunião e de manifestação
1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização.
2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.
De igual forma, aquando das declarações da Raquel Freire à ERC por causa do caso da crónica "Este Tempo" do Pedro Rosa Mendes (em que também o ministro negou ter havido qualquer tipo de acção censória, pelo que, logicamente, se ele o diz, é porque claramente não houve, não é verdade?), marcou-se uma ida à frente da dita ERC recebê-la. O grupo de amigos que o fez combinou simplesmente, através de um evento no Facebook. Para as 10 pessoas que lá estavam, todos amigos da dita Raquel Freire, estavam 8 polícias à porta (mais uma carrinha do CI à esquina) que identificaram algumas pessoas, alegando "fomos informados que ia haver aqui uma manifestação". Já depois, e à conversa com uma jornalista que estava a acompanhar o caso da crónica e do seu silenciamento, a jornalista teve a ideia peregrina de ir perguntar aos polícias o porquê de tal dispositivo em frente à ERC ( que fica, para quem não sabe, na 24 de Julho). A resposta foi: "Não, não, estamos aqui numa operação Stop."
Às 18h30 da tarde.
Que não mandou parar um único carro em hora e meia.
Agora, cada um que pense um pouco nestas pequenas coisas.