Política - Discussão ou algo do género.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quarta abr 04, 2012 11:38 am

Cthulhu_Dawn Escreveu:
Grimner Escreveu:E como o Pedro Mota Soares veio a público via Facebook desmentir a notícia ( e terá sido por isso que a mesma já está indisponível), parece-me que até ele discorda dos teus argumentos a favor dele.

Não podemos ficar indiferentes à mentira. O jornal i faz "notícia" que o Governo vai igualar o subsídio de maternidade ao de doença e fazer um corte de 30%. Diz mesmo que uma grávida com salário bruto de 1000€ passará a receber 800€ de sub de maternidade. Isto é completamente falso!
Uma mãe com salário bruto de 1000€ continua a ter direito a 100% do ordenado bruto, i.e., 1000€ de subsídio.


Pensava que o i já se tinha deixado dessa prática de inventar notícias...


http://www.ionline.pt/portugal/direito- ... io-gravide

Ainda vai publicando o direito de resposta. Aguarde-se o desmentido ou a defesa editorial do artigo.

( não é assim um bocado preocupante que a ninguém passe pela cabeça pensar que o nosso governo está acima de medidas destas? )
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quarta abr 04, 2012 12:08 pm

Já agora, Enigma:

Procurando melhor a constituição:


Artigo 59.º
Direitos dos trabalhadores

1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:

a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna;
b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar;
c) A prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e saúde;
d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas;
e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em situação de desemprego;
f) A assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de doença profissional.

2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição e repouso a que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:

a) O estabelecimento e a actualização do salário mínimo nacional, tendo em conta, entre outros factores, as necessidades dos trabalhadores, o aumento do custo de vida, o nível de desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade económica e financeira e a acumulação para o desenvolvimento;
b) A fixação, a nível nacional, dos limites da duração do trabalho;
c) A especial protecção do trabalho das mulheres durante a gravidez e após o parto, bem como do trabalho dos menores, dos diminuídos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condições insalubres, tóxicas ou perigosas;
d) O desenvolvimento sistemático de uma rede de centros de repouso e de férias, em cooperação com organizações sociais;
e) A protecção das condições de trabalho e a garantia dos benefícios sociais dos trabalhadores emigrantes;
f) A protecção das condições de trabalho dos trabalhadores estudantes.

3. Os salários gozam de garantias especiais, nos termos da lei.



Aparentemente, até as disposições correntes violam a constituição.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quarta abr 04, 2012 12:23 pm

Grimner Escreveu:1) Afirmar das grávidas ( e já agora, dos desempregados) que são pagos para fazer nenhum é falso, estúpido e insultuoso para uns e outros. É que não há outros termos a serem aplicados. Espera, esqueci-me de preconceituoso, termo aplicável a concepções nascidas de noções falsas. Vai dizer a uma mulher com um filho de dois meses que ela não faz absolutamente nada. Esta concepção dos subsídios como esmolas só revela ignorância, francamente.


De novo, eu não quis dizer "fazer nenhum" nesse sentido, já me expliquei no post anterior e é claro que é estúpido e insultuoso.

Grimner Escreveu:2) Dá-se com esta medida à grávida um estatuto de doente. Nem preciso de dizer mais nada.


lol, mais uma vez, é escusado esse cinismos estúpido, não se trata de reduzir à doença, ninguém disse isso, não escrevas esse tipo de Português só por escrever, realmente não precisavas de ter dito nada nesse ponto.

Grimner Escreveu:3) É um atropelo aos direitos das mulheres.


Que eu saiba, estamos a falar de subsídio de maternidade, que hoje é dado tanto ao pai como a mãe, logo não há descriminação nenhuma, EXCEPTO se estivermos a falar em pré-parto e em gravidez de risco.

Grimner Escreveu:4) É uma medida de uma estupidez galopante num país com a taxa de natalidade mais baixa da UE ( e isso tem consequências graves a nível da economia, entre as quais o envelhecimento da população). Uma gravidez é algo de útil para o país e merece incentivo, especialmente num país que ( e está na notícia, e na parte que citei) tem níveis de natalidade abaixo do sustentável. Ou seja, medidas deste género são redutoras, imediatistas e apenas obrigam a mais medidas deste género com o passar do tempo.


É, tal como muitas de várias que têm sido implementadas desde há muito tempo e que por mim seria daquelas medidas executadas apenas em caso extremo.

Grimner Escreveu:
OrDoS Escreveu:
Já agora, porque é que quando estás doente te pagam um subsídio de doença, abaixo do teu salário normal? Não é o mesmo caso aqui? E o do desemprego?


No caso de baixa por doença, para desincentivar as fraudes, reconhecendo no entanto a doença como uma situação alheia à vontade do empregador.


E tu sabes quantas grávidas não fazem fraúde com a parte de gravidez de risco para receberem mais subsídio? Já agora só actualmente é que uma gravidez involuntária/alheia pode ser interrompida legalmente por vontade da grávida, senão antigamente nem tinhas legalmente hipótese de não quereres ter a criança. Como é lógico, descer o subsídio só traria menos incentivo! Não torno a dizer que acho que esta medida só devia ser aplicada de forma realmente extraordinária.

Grimner Escreveu: No caso do subsídio de desemprego, que é entregue apenas a trabalhadores com descontos feitos e que tenham sido despedidos sem detrimento das suas capacidades e por razões alheias à sua vontade, para tornar a situação de desemprego menos apelativa que a situação de empregador.


Não pus isso em causa!!! Só te mostrei que a redução é feita por uma razão específica e não são atríbuídos os 100%, mais nada. No entanto, também não se devia promover o retorno da mulher à vida profissional activa?

Grimner Escreveu: Ou seja, em ambos os casos, atendendo à condição involuntária de ambas as situações, baixa-se o valor das prestações para incentivar o regresso à vida activa o mais depressa possível. No caso da gravidez, até se deduz que mesmo que a mulher passe os ultimos meses de gestação a ver as tardes da Júlia, está a produzir um ser humano. O que, com um crescimento demográfico quase nulo, é indispensável ao país.


Concerteza que é, ver acima a minha resposta, procura por "execução extraordinária" da medida.

Grimner Escreveu: Se calhar, no caso das grávidas, talvez consigas chegar a compromisso com elas e pedir-lhes gravidezes só de 6 meses com o compromisso assinado pelos filhos de como se declaram aptos para a creche e livres do leite materno aos 2 meses de vida.


Por acaso, até podes chegar a um acordo com elas, se fores alguém com cabecinha, para minimizar a sua ausência. Isso passa por ter bom senso e sensibilidade, tanto de um lado como do outro, desde o aviso da gravidez (que ninguém é obrigado a avisar) até, pelo menos, há vontade da mulher em voltar ao trabalho. Ainda há pouco na net encontrei um post giro, de uma mulher que queria gozar o período total e no fim não renovar, ou seja, "chuchar" (não é o que é?!?!) o subsídio ao máximo e no fim da data sair da empresa, lol, só de rir, isto já programado, antes logo de ter o filho.


Peço apenas "desculpa" pelo "sem fazer nada", dado que não era mesmo isso que queria dizer. No entanto, mantenho a minha opinião que, se é para ser realmente Social, essa redução no subsídio deveria ser ajustada aos rendimentos. Mas acho piada à vossa forma de responder quase sem pensar (ou interpretar) correctamente quando o assunto vos faz ferver, eu costumo pensar no que falo. Vocês acham mesmo que eu sou a favor destes cortes todos só porque sim e da redução do nosso poder de compra e de qualidade de vida em detrimento de alimentar os tubarões bancários, os interesses (maléficos) instalados e a corrupção? :roll:

Eu considero que Estado Social também significa as pessoas terem responsabilidade social, terem moralidade para utilizarem os subsídios de forma coerente e racional, não é só "tenho o direito e vou usufruir ao máximo, mesmo que não precise". Se eu aqui dissesse que se deviam logo prender (encarcerar) essas pessoas por um período de um mês no mínimo por cada falcatrua que se fizesse, também discordas? Isto tal como as baixas fraudulentas e a recusa de um emprego adequado às funções (ou a constante saída da empresa no espaço de um mês por inadaptação para voltar ao subsídio).

Há muita coisa aqui para dizer, de certo que se conversássemos em pessoa, as minha ideias ficariam bem mais claras e passaria uma ideia mais correcta daquilo que eu penso que deveria ser o Estado Social (que não é diferente da tua, Grimner, apenas acho que o usufruto de "direitos adquiridos" deve ser feita de forma racional e responsável, estamos num país que quando se gasta um pouco a mais fora das possibilidades, nota-se logo).


EDIT- Ainda bem que o Ministro veio desmentir, melhor assim, é sinal que afinal não há necessidade disso.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Enigma » quarta abr 04, 2012 2:49 pm

Grimner Escreveu:Já agora, Enigma:

Procurando melhor a constituição:


Artigo 59.º
Direitos dos trabalhadores

1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:

a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna;
b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar;
c) A prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e saúde;
d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas;
e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em situação de desemprego;
f) A assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de doença profissional.

2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição e repouso a que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:

a) O estabelecimento e a actualização do salário mínimo nacional, tendo em conta, entre outros factores, as necessidades dos trabalhadores, o aumento do custo de vida, o nível de desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade económica e financeira e a acumulação para o desenvolvimento;
b) A fixação, a nível nacional, dos limites da duração do trabalho;
c) A especial protecção do trabalho das mulheres durante a gravidez e após o parto, bem como do trabalho dos menores, dos diminuídos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condições insalubres, tóxicas ou perigosas;
d) O desenvolvimento sistemático de uma rede de centros de repouso e de férias, em cooperação com organizações sociais;
e) A protecção das condições de trabalho e a garantia dos benefícios sociais dos trabalhadores emigrantes;
f) A protecção das condições de trabalho dos trabalhadores estudantes.

3. Os salários gozam de garantias especiais, nos termos da lei.



Aparentemente, até as disposições correntes violam a constituição.


Thanks, Grimner. :cheers:
Pois, aparentemente as disposições actuais violam a constituição. Mas como o Cavaco nem sequer se dignou a enviar essas disposições para o Tribunal Constitucional...Por falar nisso, um grupo de deputados não ia requerer que o TC se pronunciasse acerca da constitucionalidade dessas medidas?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quarta abr 04, 2012 2:59 pm

Enigma Escreveu:
Grimner Escreveu:Já agora, Enigma:

Procurando melhor a constituição:


Artigo 59.º
Direitos dos trabalhadores

1. Todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito:

a) À retribuição do trabalho, segundo a quantidade, natureza e qualidade, observando-se o princípio de que para trabalho igual salário igual, de forma a garantir uma existência condigna;
b) A organização do trabalho em condições socialmente dignificantes, de forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da actividade profissional com a vida familiar;
c) A prestação do trabalho em condições de higiene, segurança e saúde;
d) Ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas;
e) À assistência material, quando involuntariamente se encontrem em situação de desemprego;
f) A assistência e justa reparação, quando vítimas de acidente de trabalho ou de doença profissional.

2. Incumbe ao Estado assegurar as condições de trabalho, retribuição e repouso a que os trabalhadores têm direito, nomeadamente:

a) O estabelecimento e a actualização do salário mínimo nacional, tendo em conta, entre outros factores, as necessidades dos trabalhadores, o aumento do custo de vida, o nível de desenvolvimento das forças produtivas, as exigências da estabilidade económica e financeira e a acumulação para o desenvolvimento;
b) A fixação, a nível nacional, dos limites da duração do trabalho;
c) A especial protecção do trabalho das mulheres durante a gravidez e após o parto, bem como do trabalho dos menores, dos diminuídos e dos que desempenhem actividades particularmente violentas ou em condições insalubres, tóxicas ou perigosas;
d) O desenvolvimento sistemático de uma rede de centros de repouso e de férias, em cooperação com organizações sociais;
e) A protecção das condições de trabalho e a garantia dos benefícios sociais dos trabalhadores emigrantes;
f) A protecção das condições de trabalho dos trabalhadores estudantes.

3. Os salários gozam de garantias especiais, nos termos da lei.



Aparentemente, até as disposições correntes violam a constituição.


Thanks, Grimner. :cheers:
Pois, aparentemente as disposições actuais violam a constituição. Mas como o Cavaco nem sequer se dignou a enviar essas disposições para o Tribunal Constitucional...Por falar nisso, um grupo de deputados não ia requerer que o TC se pronunciasse acerca da constitucionalidade dessas medidas?


O shôtor Cavaco é assim... é pelo interesse público... :roll:
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quarta abr 04, 2012 3:17 pm

«Grávidas despedidas já não perdem direito ao subsídio de maternidade»

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedad ... id=2402366


Ora aqui estava algo que não estava bem e se mudou para melhor. Diria até que é a antítese da situação que discutimos anteriormente.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Nhec » quarta abr 04, 2012 5:47 pm

ÚLTIMA HORA
Passos Coelho admitiu em entrevista à Rádio Renascença a redistribuição dos subsídios de férias e de Natal por 12 salários. O primeiro-ministro disse ainda que estes subsídios serão repostos gradualmente a partir de 2015.


Fonte

Lol?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Enigma » quarta abr 04, 2012 5:49 pm

Subsídios de férias e de Natal só vão ser repostos a partir de 2015 e de forma gradual
Corte não termina no fim de 2013 e vai durar mais um ano. Em entrevista à Renascença, Pedro Passos Coelho defende também a redistribuição dos subsídios por 12 salários e refere que o programa de ajuda externa dura até 2014.
Os subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos só começam a ser repostos a partir de 2015, um ano mais tarde que o anunciado até aqui. Em entrevista à Renascença, o primeiro-ministro avança ainda que a reposição dos 13º e 14º meses não vai abranger logo de imediato todos os funcionários públicos, já que vai ser feita de forma gradual.

“Às vezes, parece que gostamos de arranjar sarna para nos coçar”, começa por dizer Pedro Passos Coelho a propósito deste assunto. O primeiro-ministro acabou por assumir que não haverá condições para a reposição automática de ambas as prestações.

Em entrevista à Renascença, Passos Coelho admite mesmo que a diluição dos subsídios por 12 meses é uma possibilidade na qual vê vantagens. Ou seja, todos os trabalhadores – público e privados – podem passar a receber 12 salários e não 14, sendo o valor dos 14 redistribuído pelos 12.

O primeiro-ministro diz ainda que o país não tem condições para reforçar os apoios sociais. “Não há dinheiro para isso”, afirma. Quanto a diminuição de gastos que possam resultar da renegociação das parcerias público-privadas, espera que venha a conseguir poupar, mas refere que esse dinheiro será usado para “aliviar a pressão” sobre os futuros orçamentos.

O chefe do Governo reafirma que não vai rever a estimativa de desemprego para este ano, porque acredita que o segundo semestre “vai correr melhor” e, em 2013, considera que vai haver recuperação económica que permita a Portugal regressar aos mercados.

Em princípio, será a Irlanda a regressar "primeiro aos mercados" e Passos admite serem necessárias “pontes” que ajudem ambos os países nesse regresso. Ainda assim, acrescenta que não foi do Governo que partiu qualquer pedido ou informação nesse sentido.


http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=57318
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor José Sousa » quinta abr 05, 2012 7:43 am

:beer:

O ministro da Administração Interna diz que a intervenção da PSP na manifestação do Chiado foi legítima para fazer face a um quadro de agressões e de perturbação da ordem pública.

Miguel Macedo diz ainda que assina por baixo as conclusões da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), que apontam para abertura de um processo disciplinar contra um inquérito para aprofundar outras situações.

O ministro da Administração Interna, que recebeu terça-feira o relatório do IGAI, esteve quarta-feira na Assembleia da República, a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

Miguel Macedo tinha ordenado a abertura de um processo de inquérito aos incidentes de 22 de março, no Largo do Chiado, em Lisboa, no dia da greve geral convocada pela UGT.

http://expresso.sapo.pt/miguel-macedo-l ... z1r9LGnV3M

A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) considerou «adequada e proporcionada» a reação do dispositivo policial na manifestação de 22 de março, salientando que os dois fotojornalistas que sofreram efeitos da atuação da policia não estavam visivelmente identificados, noticia a Lusa.

No processo de averiguações aos incidentes, a IGAI entende que «a reação do dispositivo policial às ações hostis dos manifestantes foi, no geral, adequada e proporcionada», sublinhando que algumas ações pontuais terão sido individuais e não «da atuação global» das subunidades policiais envolvidas.

Segundo a IGAI, as imagens recolhidas parecem indicar «uma maior contenção e segurança na atuação por parte dos elementos do Corpo de Intervenção (CI) relativamente aos efetivos das Equipas de Intervenção Rápida (EIR)».

Nesse sentido, «poderá justificar uma análise, em sede própria, da prioridade do emprego do CI em situações deste tipo, designadamente, quando se torne necessário controlar distúrbios ou repor a ordem pública».

Sobre os repórteres fotográficos, a IGAI diz que «não foi recolhida qualquer evidência» de que a atuação policial tenha sido determinada pela sua qualidade de jornalistas.

A IGAI considera também que os fotojornalistas da AFP e da agência Lusa «nada apresentavam, de forma visível, que evidenciasse serem jornalistas, já que o simples facto de serem portadores de máquina fotográfica não pode naquelas circunstâncias, ser considerado inequívoco elemento referenciador da condição de jornalista, face ao elevado número de máquinas fotográficas».

Segundo a IGAI, «embora o jornalista da Lusa José Sena Goulão afirme que se dirigiu a um elemento policial dizendo que era jornalista, não é o seguro que o tenha feito de forma audível naquelas circunstancias de ruído e de agitação geral e só passou a gritar que era jornalista depois de ter sido atingido quando se encontrava no chão».

Já relativamente à repórter fotográfica da AFP Patrícia Moreira, a IGAI entende que não ficou provado que esta tenha sido atingida com o bastão, reforçando ainda que a jornalista não o afirmou no seu depoimento.

Esta ação será apurada no âmbito do processo disciplinar que vai ser aberto ao agente da divisão da Amadora, já que ficou provado ter «feito uso de meio coercivo fora das condições regulamentarmente previstas».

A IGAI concluiu igualmente que um grupo de manifestantes que integrava a iniciativa promovida pela plataforma 15 de outubro tiveram «um comportamento que se poderá considerar, no mínimo, como pouco cívico» ao «deflagrarem engenhos pirotécnicos» e «provocando as forças policiais» quando estas detiveram um manifestante.

No relatório, a IGAI diz também que a PSP não dispunha de qualquer relatório ou informação dos serviços de informações que alertasse para a possibilidade de ocorrer uma situação de excecional gravidade ou de gravidade acrescida face a situações recentes.

As recomendações do relatório foram seguidas na íntegra pelo ministro da Administração Interna, que emitiu esta quarta-feira um despacho a determinou a instauração de um processo disciplinar ao agente envolvido nas agressões à fotojornalista da AFP e a abertura de inquérito para prosseguir a investigação no caso do fotojornalista da Lusa.

Miguel Macedo refere que a abertura do processo de inquérito deve também fazer «um apuramento completo» do que se passou com a manifestante que no Largo do Chiado, em Lisboa, foi derrubada por elementos do Corpo da Intervenção (CI) da PSP e sobre a utilização de meios coercivos contra um cidadão que realizou uma denúncia junto da IGAI.

A decorrer está ainda na direção nacional da PSP um processo de inquérito e uma auditoria operacional para averiguar a atuação policial na manifestação, que após estarem concluídos devem dar origem a um processo de inquérito único a decorrer na IGAI.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/agres ... -4071.html

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quinta abr 05, 2012 11:24 am

è evidente que o ministro da administração Interna diga que foi legítima a actuação. Não quer dizer por isso que o tenha sido, tendo em conta os inúmeros testemunhos em contrário. Nem o relatório da IGAI afirma que não houve excessos. E vários polícias, anónimos ou dando a cara, disseram que a ordem de avançar foi desnecessária e criticaram as suas chefias. Nem se conhece ainda o paradeiro do relatório da actuação de Novembro em que se utilizou, comprovadamente ( O MAI admite-o) agentes infiltrados com o intuito de provocar distúrbios.

Mas é claro que o Miguel Macedo nega tudo isso. O que vale é que as críticas estão cá fora, por polícias que, ao contrário de certas pessoas, estão acima das bestas e não são acríticos.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quinta abr 05, 2012 11:35 am

Grimner Escreveu:è evidente que o ministro da administração Interna diga que foi legítima a actuação. Não quer dizer por isso que o tenha sido, tendo em conta os inúmeros testemunhos em contrário. Nem o relatório da IGAI afirma que não houve excessos. E vários polícias, anónimos ou dando a cara, disseram que a ordem de avançar foi desnecessária e criticaram as suas chefias. Nem se conhece ainda o paradeiro do relatório da actuação de Novembro em que se utilizou, comprovadamente ( O MAI admite-o) agentes infiltrados com o intuito de provocar distúrbios.

Mas é claro que o Miguel Macedo nega tudo isso. O que vale é que as críticas estão cá fora, por polícias que, ao contrário de certas pessoas, estão acima das bestas e não são acríticos.


No dia em que um político afirmar e não negar uma posição dessas, podemo-lo declarar feriado nacional! :lol:
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quinta abr 05, 2012 11:51 am

OrDoS Escreveu:
Enigma Escreveu:
Thanks, Grimner. :cheers:
Pois, aparentemente as disposições actuais violam a constituição. Mas como o Cavaco nem sequer se dignou a enviar essas disposições para o Tribunal Constitucional...Por falar nisso, um grupo de deputados não ia requerer que o TC se pronunciasse acerca da constitucionalidade dessas medidas?


O shôtor Cavaco é assim... é pelo interesse público... :roll:



Infelizmente, estas disposições, nem foi preciso chegar ao Passos Coelho para já não existirem. Já trabalhei em sítios por intermédio de Empresas de Trabalho Temporário onde não me pagavam subsidio, ou melhor, repartiam-no pelo salário mensal para perfazer o total do salário mínimo. Isto aconteceu-me em 2010, mas já era prática corrente mesmo nessa altura ( ainda estou a perceber que função social ou útil desempenham as empresas de RH).

Note-se que não acho absolutamente nada de mal em se pagar o subsídio de Natal e Férias faseado, mas que isso sirva para que as pessoas de facto percebam o que ele é: um acerto. Sendo o nosso salário mensal, pagam-se 4 semanas de trabalho no mesmo e não 5. Esse acerto é retornado ao trabalhador na forma dos subsídios, que não são uma benesse, mas uma forma de repôr aquilo que se paga a menos nos salários dos outros meses. Como medida, especialmente nas PME's é onerosa. Conheci alguns pequenos/médios empresários que disseram que de bom gosto pagavam mais em troco de terem de, 2 vezes ao mês, fazer contas para 40 salários em vez de 20.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quinta abr 05, 2012 12:16 pm

Grimner Escreveu:
OrDoS Escreveu:
Enigma Escreveu:
Thanks, Grimner. :cheers:
Pois, aparentemente as disposições actuais violam a constituição. Mas como o Cavaco nem sequer se dignou a enviar essas disposições para o Tribunal Constitucional...Por falar nisso, um grupo de deputados não ia requerer que o TC se pronunciasse acerca da constitucionalidade dessas medidas?


O shôtor Cavaco é assim... é pelo interesse público... :roll:



Infelizmente, estas disposições, nem foi preciso chegar ao Passos Coelho para já não existirem. Já trabalhei em sítios por intermédio de Empresas de Trabalho Temporário onde não me pagavam subsidio, ou melhor, repartiam-no pelo salário mensal para perfazer o total do salário mínimo. Isto aconteceu-me em 2010, mas já era prática corrente mesmo nessa altura ( ainda estou a perceber que função social ou útil desempenham as empresas de RH).

Note-se que não acho absolutamente nada de mal em se pagar o subsídio de Natal e Férias faseado, mas que isso sirva para que as pessoas de facto percebam o que ele é: um acerto. Sendo o nosso salário mensal, pagam-se 4 semanas de trabalho no mesmo e não 5. Esse acerto é retornado ao trabalhador na forma dos subsídios, que não são uma benesse, mas uma forma de repôr aquilo que se paga a menos nos salários dos outros meses. Como medida, especialmente nas PME's é onerosa. Conheci alguns pequenos/médios empresários que disseram que de bom gosto pagavam mais em troco de terem de, 2 vezes ao mês, fazer contas para 40 salários em vez de 20.


A mim não me aquece nem me arrefece, mas até era uma forma de as pessoas terem mais dinheiro em caixa no fim do mês e gerirem-no melhor, actualmente, dada a nossa situação, acho que os Portugueses agradeciam ter mais dinheiro ao fim do mês do que ter de esperar pelos subsídios. Têm é só de aprender a fazer contas mês-a-mês a saber que não têm mais dinheiro nas férias e no Natal para gastar. Quem sabe seria pelo melhor.
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raxx7
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » quinta abr 05, 2012 12:18 pm

Grimner Escreveu:ainda estou a perceber que função social ou útil desempenham as empresas de RH


Ter miudas giras? É a única que me ocorre...
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OrDoS
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » quinta abr 05, 2012 12:23 pm

raxx7 Escreveu:
Grimner Escreveu:ainda estou a perceber que função social ou útil desempenham as empresas de RH


Ter miudas giras? É a única que me ocorre...


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