Política - Discussão ou algo do género.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Indo mudando a argumentação até me fazes um favor no sentido da reconstrução dos acontecimentos.
Falemos então da Almirante reis. As pessoas que partiram da Almirante Reis não faziam parte do caudal inicial da manifestação. Aliás, e para esclarecimento, houve falta de coordenação entre os diversos grupos, sendo que a CGTP e os Precários Inflexíveis partiram do Rossio às 15h15. Das restantes manifestações de que faziam parte várias outras organizações, foi feita também uma saída do Rossio, que incluia a plataforma 15 de Outubro ( frequentemente mencionada nestes acontecimentos, mas que já tinha ultrapassado o Largo Camões quando eles se deram), bem como o movimento de desempregados e as assiociações de estudantes. A estes juntaram-se os da Almirante Reis. Esta distinção é importante porque os movimentos e plataformas acima mencionados têm experiência na organização de manifestações e no acalmar de ânimos. Foi graças aos elementos dessas organizações que as acções de infiltração no 24 de Novembro sairam pela culatra.
A relevância do que afirmo é tão simples como, se esse grupo de 50-100 individuos ( não saberei dizer) estava a causar distúrbios ( e houve de facto o atirar de ovos) e já o vinha fazendo desde a Almirante Reis, porque não foram estes isolados dos restantes manifestantes que até já vão sendo habitués destas coisas e têm canais de diálogo abertos com a polícia? Porque deixaram esses manifestantes juntar-se ao restante cortejo que já contava com bem mais gente? Melhor organização revelou a plataforma do 15O quando em 21 de Janeiro impediu e coordenou com a polícia a expulsão da manifestação dos elementos de extrema direita, que foram cercados, e isolados. Aqui, deixou-se portanto que um grupo dito desordeiro (cujo vandalismo consistia essencialmente em atirar ovos, não estamos a falar de carros a arder) se juntasse a um grupo maior de pessoas. Tendo trabalhado tu em estádios, se há informação de uma claque mais violenta que se vai juntar a um cortejo, qual a acção da polícia? a de separar essa claque das restantes. Ou a polícia falhou no seu trabalho aí, ou os alegados disturbios na almirante reis não foram de particular gravidade.
O "cerco" na Brasileira foi o culminar de vários confrontos. Ainda cá em baixo, na rua Garrett, surgiu o dito incidente com o petardo que teria ficado por aí se não tivesse sido seguido de uma carga (e, repito, não houve ordens de dispersão, como também não houve na assembleia da república quando as grades cairam; aliás, as imagens da RTP da altura mostravam as grades a cair, os manifestantes quietos, a reporter da RTP a dizer aos gritos que tinha começado a invasão (imóvel), para depois se começar a queixar de que a polícia desceu de rompante e desatou à cacetada, incluindo nela...) e a partir daí os ânimos exaltaram-se. As imagens que estão a correr são da "recta final" da manifestação, em que, como já afirmei, a maioria dos movimentos sociais já tinha passado o Camões. Foram conduzidos e cercados àquela zona e aí, encurralados, ripostaram, e não foram pacíficos. Se a polícia não sabe manter a calma perante situações que está supostamente treinada para lidar ( ou, como disse um polícia numa entrevista já aqui publicada, agiu sob ordens), será irrealista pensar que não há resposta à violência policial.
Que, repito, começou com cargas deles. Se querem culpar os "amanda ovos", expliquem-me porque não foram eles isolados quando eram uns 100 na almirante reis, e se esperou para agir onde os manifestantes estavam muito mais concentrados... e longe do olhar das câmaras (profissionais).[/quote]
Eu não estou a mudar a argumentação.
Não estamos a falar de carros a arder, mas o que esses elementos presentes na manifestação vinham a fazer, mesmo sendo atirar ovos, não deixa de ser vandalismo, e é isso que eu condeno e mais uma vez repito, se não sabem ter civismo e manifestar-se pacificamente, fiquem em casa! Há relatos que para além de atirarem ovos a instituições bancárias, também atigiram pessoas que estavam em caixas multibanco. Este tipo de comportamentos não são de gente civilizada.
Referes que numa anterior manifestação, um desses grupos, em coordenação com a polícia, isolou e expulsou elementos conotados com a extrema direita, que a meu ver também tem o direito de se manifestar, mas isso aconteceu por causa da conotação politica desse mesmo grupo, nunca vi isso a acontecer com grupos conotados com a esquerda e com a extrema esquerda, que na maios parte das vezes, conseguem ser mais intolerantes do que a extrema direita, com isto não estou a defender nem um grupo nem outro.
Relativamente à forma de actuação num estádio, caso haja informação de que um grupo mais violento se vai juntar a um cortejo, e pela minha experiência, muito dificilmente acontecera, pois as claques são colocadas dentro de uma caixa de segurança e acompanhadas desde o seu ponto de origem (pelos spotters, uma unidade especializada em acompanhamento de claques), e chegados ao local de concentração, são também acompnhados por elementos do Corpo De Intervenção, até ao respectivo sector, como tal é praticamente impossivel haver qualquer tipo de infiltração ou haver mais grupos que se venham a juntar ao cortejo.
Falemos então da Almirante reis. As pessoas que partiram da Almirante Reis não faziam parte do caudal inicial da manifestação. Aliás, e para esclarecimento, houve falta de coordenação entre os diversos grupos, sendo que a CGTP e os Precários Inflexíveis partiram do Rossio às 15h15. Das restantes manifestações de que faziam parte várias outras organizações, foi feita também uma saída do Rossio, que incluia a plataforma 15 de Outubro ( frequentemente mencionada nestes acontecimentos, mas que já tinha ultrapassado o Largo Camões quando eles se deram), bem como o movimento de desempregados e as assiociações de estudantes. A estes juntaram-se os da Almirante Reis. Esta distinção é importante porque os movimentos e plataformas acima mencionados têm experiência na organização de manifestações e no acalmar de ânimos. Foi graças aos elementos dessas organizações que as acções de infiltração no 24 de Novembro sairam pela culatra.
A relevância do que afirmo é tão simples como, se esse grupo de 50-100 individuos ( não saberei dizer) estava a causar distúrbios ( e houve de facto o atirar de ovos) e já o vinha fazendo desde a Almirante Reis, porque não foram estes isolados dos restantes manifestantes que até já vão sendo habitués destas coisas e têm canais de diálogo abertos com a polícia? Porque deixaram esses manifestantes juntar-se ao restante cortejo que já contava com bem mais gente? Melhor organização revelou a plataforma do 15O quando em 21 de Janeiro impediu e coordenou com a polícia a expulsão da manifestação dos elementos de extrema direita, que foram cercados, e isolados. Aqui, deixou-se portanto que um grupo dito desordeiro (cujo vandalismo consistia essencialmente em atirar ovos, não estamos a falar de carros a arder) se juntasse a um grupo maior de pessoas. Tendo trabalhado tu em estádios, se há informação de uma claque mais violenta que se vai juntar a um cortejo, qual a acção da polícia? a de separar essa claque das restantes. Ou a polícia falhou no seu trabalho aí, ou os alegados disturbios na almirante reis não foram de particular gravidade.
O "cerco" na Brasileira foi o culminar de vários confrontos. Ainda cá em baixo, na rua Garrett, surgiu o dito incidente com o petardo que teria ficado por aí se não tivesse sido seguido de uma carga (e, repito, não houve ordens de dispersão, como também não houve na assembleia da república quando as grades cairam; aliás, as imagens da RTP da altura mostravam as grades a cair, os manifestantes quietos, a reporter da RTP a dizer aos gritos que tinha começado a invasão (imóvel), para depois se começar a queixar de que a polícia desceu de rompante e desatou à cacetada, incluindo nela...) e a partir daí os ânimos exaltaram-se. As imagens que estão a correr são da "recta final" da manifestação, em que, como já afirmei, a maioria dos movimentos sociais já tinha passado o Camões. Foram conduzidos e cercados àquela zona e aí, encurralados, ripostaram, e não foram pacíficos. Se a polícia não sabe manter a calma perante situações que está supostamente treinada para lidar ( ou, como disse um polícia numa entrevista já aqui publicada, agiu sob ordens), será irrealista pensar que não há resposta à violência policial.
Que, repito, começou com cargas deles. Se querem culpar os "amanda ovos", expliquem-me porque não foram eles isolados quando eram uns 100 na almirante reis, e se esperou para agir onde os manifestantes estavam muito mais concentrados... e longe do olhar das câmaras (profissionais).[/quote]
Eu não estou a mudar a argumentação.
Não estamos a falar de carros a arder, mas o que esses elementos presentes na manifestação vinham a fazer, mesmo sendo atirar ovos, não deixa de ser vandalismo, e é isso que eu condeno e mais uma vez repito, se não sabem ter civismo e manifestar-se pacificamente, fiquem em casa! Há relatos que para além de atirarem ovos a instituições bancárias, também atigiram pessoas que estavam em caixas multibanco. Este tipo de comportamentos não são de gente civilizada.
Referes que numa anterior manifestação, um desses grupos, em coordenação com a polícia, isolou e expulsou elementos conotados com a extrema direita, que a meu ver também tem o direito de se manifestar, mas isso aconteceu por causa da conotação politica desse mesmo grupo, nunca vi isso a acontecer com grupos conotados com a esquerda e com a extrema esquerda, que na maios parte das vezes, conseguem ser mais intolerantes do que a extrema direita, com isto não estou a defender nem um grupo nem outro.
Relativamente à forma de actuação num estádio, caso haja informação de que um grupo mais violento se vai juntar a um cortejo, e pela minha experiência, muito dificilmente acontecera, pois as claques são colocadas dentro de uma caixa de segurança e acompanhadas desde o seu ponto de origem (pelos spotters, uma unidade especializada em acompanhamento de claques), e chegados ao local de concentração, são também acompnhados por elementos do Corpo De Intervenção, até ao respectivo sector, como tal é praticamente impossivel haver qualquer tipo de infiltração ou haver mais grupos que se venham a juntar ao cortejo.
- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Sothis Escreveu:
Eu não estou a mudar a argumentação.
Não estamos a falar de carros a arder, mas o que esses elementos presentes na manifestação vinham a fazer, mesmo sendo atirar ovos, não deixa de ser vandalismo, e é isso que eu condeno e mais uma vez repito, se não sabem ter civismo e manifestar-se pacificamente, fiquem em casa! Há relatos que para além de atirarem ovos a instituições bancárias, também atigiram pessoas que estavam em caixas multibanco. Este tipo de comportamentos não são de gente civilizada.
Referes que numa anterior manifestação, um desses grupos, em coordenação com a polícia, isolou e expulsou elementos conotados com a extrema direita, que a meu ver também tem o direito de se manifestar, mas isso aconteceu por causa da conotação politica desse mesmo grupo, nunca vi isso a acontecer com grupos conotados com a esquerda e com a extrema esquerda, que na maios parte das vezes, conseguem ser mais intolerantes do que a extrema direita, com isto não estou a defender nem um grupo nem outro.
Relativamente à forma de actuação num estádio, caso haja informação de que um grupo mais violento se vai juntar a um cortejo, e pela minha experiência, muito dificilmente acontecera, pois as claques são colocadas dentro de uma caixa de segurança e acompanhadas desde o seu ponto de origem (pelos spotters, uma unidade especializada em acompanhamento de claques), e chegados ao local de concentração, são também acompnhados por elementos do Corpo De Intervenção, até ao respectivo sector, como tal é praticamente impossivel haver qualquer tipo de infiltração ou haver mais grupos que se venham a juntar ao cortejo.
Por acaso, convém mencionar, grupos de ideologia fascista e xenófoba são proibidos pela lei portuguesa, portanto, tecnicamente, não têm direito de concentração, manifestação, ou organização em movimento social ou partidário.
Mas mesmo admitindo que o têm, até porque essa disposição legal é frequentemente ignorada ( ao ponto do próprio presidente da ASP, Paulo Rodrigues admitir que a existência de extrema direita na polícia é um problema), se têm o direito a manifestar-se, que organizem as suas manifestações. As orientações e princípios políticos das manifestações que mencionei são de plataformas e movimentos que defendem a democracia, e condenam o fascismo. Admitindo o direito de manifestação da extrema direita, a presença deles nessas manifestações faz tanto sentido como ver membros da PeTA a manifestar-se a favor da tradição de Barrancos. Em suma, se se querem manifestar, que façam a notificação ao governo civil e se manifestem. Na sua manifestação e não na de outros cuja causa é bem diferente.
Tendo dito isto, os Neonazis na outra manifestação foram fáceis de identificar. Não só declararam a sua intenção em fóruns públicos, como vinham com a sua parafernália própria. Quando assim é, é fácil isolá-los. O problema de movimentos como por exemplo o Blac Bloc, são precisamente o de não terem organização aparente e andarem pelo meio das manifestações, coisa que de resto também elementos da extrema direita fazem. Quando assim é, é quase impossível de identificá-los antes que causem qualquer tipo de confusão.
Esclarecido esse ponto, continua por perceber a lógica ( ou falta dela) operativa de uma força policial que detecta pessoas a causar distúrbios na Almirante Reis, não os detém ou identifica nessa altura, embora os acompanhe, e em vez disso espere para agir quando estes se juntam a outros manifestantes que já são conhecidos e sem historial de disturbios para começar a efectuar detenções e cargas policiais (e repete-se a afirmação de que as imagens que são captadas e circulam por todo o lado são já da terceira carga policial), atitude que vai contra toda a lógica que afirmas, uma vez que longe de estabelecer ordem removendo elementos potencialmente perigosos, aumentou o perigo para cidadãos, eles mesmos e os restantes manifestantes que não provocaram desacato algum... mas que serve perfeitamente para quem quer marginalizar todos os manifestantes fora de esferas partidárias ou politicamente estabelecidas. Porque é bom não esquecer que a polícia já noutras situações actuou de forma a CRIAR conflitos, com agentes infiltrados a provocar o corpo de intervenção.
E a esse nível é bom lembrar as declarações do Miguel Macedo a elogiar o civismo ordeiro da CGTP... quando imagens do Porto (onde também houve disturbios) mostram que aí os confrontos envolveram directamente delegados sindicais.
Eu já vi o raxx num papo seco
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- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Já agora:
http://www.sabado.pt/Ultima-hora/Politi ... es-ao.aspx
Este tipo de medidas de condicionamento da acção da imprensa são tremendamente preocupantes de um ponto de vista democrático, impedem os jornalistas de fazer o seu trabalho, e, como já o disseram os próprios jornalistas, pode colocá-los, em situações de maior tensão, em posição de ainda maior perigo, quer de um lado, quer do outro.
http://www.sabado.pt/Ultima-hora/Politi ... es-ao.aspx
O ministro da Administração Interna Miguel Macedo disse à SÁBADO que vai apresentar um conjunto de propostas ao Sindicato dos Jornalistas e à direcção nacional da PSP para não se repetirem casos de agressões da polícia de intervenção a repórteres em trabalho.
A ideia de Macedo é haver coletes com indentificação de "press" à disposição dos jornalistas juntos dos dispositivos da PSP antes de manifestações que podem comportar algum risco. Os jornalistas que quiserem podem rerquisitá-los.
"Isto tem de ser na lógica da auto-regulação", disse o ministro à SÁBADO durante o congresso do PSD. "Se não fizermos nada isto pode acontecer mais vezes". Macedotambém quer propor regras de posicionamento dos jornalistas nas manifestações de forma a não estarem entre a polícia e os manifestantes.
Este tipo de medidas de condicionamento da acção da imprensa são tremendamente preocupantes de um ponto de vista democrático, impedem os jornalistas de fazer o seu trabalho, e, como já o disseram os próprios jornalistas, pode colocá-los, em situações de maior tensão, em posição de ainda maior perigo, quer de um lado, quer do outro.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Não saber onde está um jornalista, que pode gravar e divulgar qualquer acção violenta da policia, assusta qualquer estado policial.
Se os jornalistas estiverem bem identificados a policia controla o seu próprio comportamento, se não houver nenhum colete a dizer "Press" nas imediações, já podem bater a vontade.
Esta medida é preocupante.
Se os jornalistas estiverem bem identificados a policia controla o seu próprio comportamento, se não houver nenhum colete a dizer "Press" nas imediações, já podem bater a vontade.
Esta medida é preocupante.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Tanto fogo sem fumo... Onde é que diz que eles serão OBRIGADOS a usar colete? 

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
É toda a gente ir para a manif de colete só para trollar o Macedo 

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
OrDoS Escreveu:Tanto fogo sem fumo... Onde é que diz que eles serão OBRIGADOS a usar colete?
Obrigados não.
Mas se acontecer o que aconteceu nesta ultima manif, os jornalistas vão-se sentir "obrigados" a preservar a integridade física e vão requisitar os coletes.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
OrDoS Escreveu:Tanto fogo sem fumo... Onde é que diz que eles serão OBRIGADOS a usar colete?
A PSP recomendou na quinta-feira, em comunicado, que os jornalistas se identifiquem de forma bem visível nas manifestações e que se coloquem sempre do lado da barreira policial que os separa dos manifestantes em geral.
http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.asp ... ccao=Media
E
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=2382900
A jornalista Diana Andringa considerou, este sábado, que o facto de a direção da PSP dizer de que lado os jornalistas devem cobrir os acontecimentos é um «sinal inquietante».
Referindo-se às agressões a dois fotojornalistas pela polícia durante a greve geral de quinta-feira, Diana Andringa lembrou, em declarações à TSF, que «só os jornalistas e os seus responsáveis editoriais podem decidir» esta questão.
«Quando se diz que os jornalistas se coloquem do lado da polícia, quer com isto dizer que não se quer os jornalistas possam filmar a violência policial e só possam filmar a violência que possa vir eventualmente dos manifestantes», adiantou.
Diana Andringa adiantou ainda que os «jornalistas não podem aceitar uma posição destas» e, numa resposta a declarações do ministro Miguel Macedo sobre esta questão, desafiou a que todas as imagens sobre estas agressões se divulgadas e que «não escamoteiem algumas».
Para esta jornalista, a carga policial durante a greve geral foi «desproporcionada em relação a todos e mal seria que os jornalistas quisessem mais atenção quanto batem em nós do que em qualquer cidadão»
Agora, é claro, entende quem quiser.
- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Le Point Noir Escreveu:É toda a gente ir para a manif de colete só para trollar o Macedo

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Grimner Escreveu:OrDoS Escreveu:Tanto fogo sem fumo... Onde é que diz que eles serão OBRIGADOS a usar colete?A PSP recomendou na quinta-feira, em comunicado, que os jornalistas se identifiquem de forma bem visível nas manifestações e que se coloquem sempre do lado da barreira policial que os separa dos manifestantes em geral.
http://www.dn.pt/inicio/tv/interior.asp ... ccao=Media
E
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=2382900A jornalista Diana Andringa considerou, este sábado, que o facto de a direção da PSP dizer de que lado os jornalistas devem cobrir os acontecimentos é um «sinal inquietante».
Referindo-se às agressões a dois fotojornalistas pela polícia durante a greve geral de quinta-feira, Diana Andringa lembrou, em declarações à TSF, que «só os jornalistas e os seus responsáveis editoriais podem decidir» esta questão.
«Quando se diz que os jornalistas se coloquem do lado da polícia, quer com isto dizer que não se quer os jornalistas possam filmar a violência policial e só possam filmar a violência que possa vir eventualmente dos manifestantes», adiantou.
Diana Andringa adiantou ainda que os «jornalistas não podem aceitar uma posição destas» e, numa resposta a declarações do ministro Miguel Macedo sobre esta questão, desafiou a que todas as imagens sobre estas agressões se divulgadas e que «não escamoteiem algumas».
Para esta jornalista, a carga policial durante a greve geral foi «desproporcionada em relação a todos e mal seria que os jornalistas quisessem mais atenção quanto batem em nós do que em qualquer cidadão»
Agora, é claro, entende quem quiser.
Lol, não querendo comparar em proporção, apenas na atitude, também se recomenda aos jornalistas que em cenários de guerra não pisem zonas de alto risco mas isso não os impede de ir para lá à mesma. Alguém impediu aquela jornalista de ir para o meio dos confrontos no Egipto quando foi violada?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Hail to thee! É só copiões, haha e imitações!!! Tb quero disto...e vende... Tanto carneirinho e lambe cu...
- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Não consegues mesmo perceber as condicionantes ao trabalho dos jornalistas que estão a ser aqui colocadas?
Nem mesmo depois de ler as respostas de vários jornalistas, a nível individual ou colectivo que dizem que nesta circunstância ( que não é um cenário de guerra) vão não só prejudicar o trabalho de recolha de factos como até podem pôr em risco os ditos?
Faltam palavras, sinceramente...
Nem mesmo depois de ler as respostas de vários jornalistas, a nível individual ou colectivo que dizem que nesta circunstância ( que não é um cenário de guerra) vão não só prejudicar o trabalho de recolha de factos como até podem pôr em risco os ditos?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Grimner Escreveu:Não consegues mesmo perceber as condicionantes ao trabalho dos jornalistas que estão a ser aqui colocadas?
Nem mesmo depois de ler as respostas de vários jornalistas, a nível individual ou colectivo que dizem que nesta circunstância ( que não é um cenário de guerra) vão não só prejudicar o trabalho de recolha de factos como até podem pôr em risco os ditos?
Faltam palavras, sinceramente...
Como é que um polícia indentifica um fotojornalista no meio de uma multidão, quando lhes mandam descarregar em cima dessa mesma massa de pessoas? Por ter uma máquina fotográfica na mão? Pelo tamanho da objectiva?

No entanto, olhando para o caso da jornalista, cuja foto claramente denota que está isolada, nota-se claramente abuso e não deve sair impune, nem se deve usar a desculpa de "não estava identificada". É clara má fé do polícia, que não deve ter gostado de ser fotografado.
- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
OrDoS Escreveu:Grimner Escreveu:Não consegues mesmo perceber as condicionantes ao trabalho dos jornalistas que estão a ser aqui colocadas?
Nem mesmo depois de ler as respostas de vários jornalistas, a nível individual ou colectivo que dizem que nesta circunstância ( que não é um cenário de guerra) vão não só prejudicar o trabalho de recolha de factos como até podem pôr em risco os ditos?
Faltam palavras, sinceramente...
Como é que um polícia indentifica um fotojornalista no meio de uma multidão, quando lhes mandam descarregar em cima dessa mesma massa de pessoas? Por ter uma máquina fotográfica na mão? Pelo tamanho da objectiva?E não estou a defender aqui a polícia. Só falei no cenário de guerra porque quando a polícia de intervenção descarrega sobre a multidão, infelizmente vai quase às cegas.
No entanto, olhando para o caso da jornalista, cuja foto claramente denota que está isolada, nota-se claramente abuso e não deve sair impune, nem se deve usar a desculpa de "não estava identificada". É clara má fé do polícia, que não deve ter gostado de ser fotografado.
A questão aqui não é, ou não deve ser apenas a segurança do fotógrafo. Está aqui um bocado mais em jogo que isso. começar a ter a imprensa controlada e restrita na sua actuação é perigoso para a transparência da informação. A mensagem que exigir aos repórteres que se identifiquem e trabalhem do lado de "cá" da barricada, dá muito mais liberdade à polícia e impunidade à polícia nestas situações.
E não é só nos jornalistas que os polícias não devem bater. A fotografa em questão até quase que acaba por ser mais justificável que outras imagens. Mesmo pondo de parte todo o debate de que estas situações ocorrem já na terceira carga polícial; houve nesse meio tempo situações, como a de dois polícias se virarem para trás e, com toda a calma e premeditação agredir uma mulher de 50 anos que não estava a tomar atitude agressiva alguma.
Já deixei aqui as minhas considerações sobre as enormes incongruências na actuação da PSP. Se de facto queriam desactivar as provocações, os elementos que estariam a causar "vandalismo", tiveram ampla oportunidade de o fazer antes de eles se juntarem ao outro cortejo. Preferiram tomar uma atitude de clara provocação e desrespeito, não de dispersão, mas de repressão, encurralando os manifestantes e com isso criar mais desacatos em vez de preveni-los, pondo-se em risco, aos manifestantes, e a pessoas que nada tinham a ver com o assunto. Afirmar que perderam a calma e reagiram a provocações? Vou citar a Rita Marrafa de Carvalho, repórter da RTP1 no seu Facebook:
Só vou dizer isto uma vez, Sr. Ministro... Já me chamaram Chula, FDP, otária, sanguessuga and so on, and so on. Sempre que o fizeram, eu estava com um microfone da RTP a desempenhar o meu trabalho. Nessas circunstâncias, por mais vontade que tivesse, nunca reagi violenta ou agressivamente. Quer em palavras, quer em actos.
Por isso, Sr. Ministro... se os senhores agentes foram "provocados", penso que foram treinados para... não reagir. O objectivo é manter a ordem e não vingar a honra da mãe.
E que saiba, repórteres não têm formação de controlo de multidões.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
No caso de um cenário de guerra, temos dois exemplos perfeitos:
A guerra do Vietname
A guerra no Iraque
Lá tivemos e temos 2 tipos de jornalistas:
- Aqueles que vão aos briefings diários do exército norte-americano e fazem reportagem sempre acompanhados por militares americanos e que se deslocam com os jornalistas aos locais onde a "guerra acontece", sempre com coletes e identificações que de são jornalistas.
- E depois temos aqueles que trabalham à rebelia do exército americano, que recolhem informações no terreno, em cenários de guerra, sozinhos, sem protecção e sem identificações, arriscando a vida todos dias para que nós possamos ter acesso aos dois lados da história.
O que se passa cá em Portugal, numa escala menor e menos dramática, é a mesma coisa.
No fundo é uma intimidação aos jornalistas, se não se identificam e não fazem reportagem onde as forças de segurança entenderem como seguras, arriscam a vossa integridade física.
Isto é um perigo para democracia e para a informação livre e imparcial.
A guerra do Vietname
A guerra no Iraque
Lá tivemos e temos 2 tipos de jornalistas:
- Aqueles que vão aos briefings diários do exército norte-americano e fazem reportagem sempre acompanhados por militares americanos e que se deslocam com os jornalistas aos locais onde a "guerra acontece", sempre com coletes e identificações que de são jornalistas.
- E depois temos aqueles que trabalham à rebelia do exército americano, que recolhem informações no terreno, em cenários de guerra, sozinhos, sem protecção e sem identificações, arriscando a vida todos dias para que nós possamos ter acesso aos dois lados da história.
O que se passa cá em Portugal, numa escala menor e menos dramática, é a mesma coisa.
No fundo é uma intimidação aos jornalistas, se não se identificam e não fazem reportagem onde as forças de segurança entenderem como seguras, arriscam a vossa integridade física.
Isto é um perigo para democracia e para a informação livre e imparcial.
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