Política - Discussão ou algo do género.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta fev 24, 2012 2:50 am

http://www.spiegel.de/international/eur ... 98,00.html

Sure, Greece will need help from the other European Union member states for years, possibly even decades, and Germany shouldn't refuse that help. Europe will likely end up pumping far more money into Greece in the coming years than the fresh aid now being discussed in Brussels.
The mistake isn't the size, but the construction of the bailout package. It isn't geared to the requirements of the people of Greece but to the needs of the international financial markets, meaning the banks.

How else can one explain the fact that around a quarter of the package won't even arrive in Athens but will flow directly to the country's international creditors? The holders of Greek government bonds are to get some €30 billion as an incentive to convert their old paper into new bonds. The aim is to keep alive the illusion that Greece isn't bankrupt -- after all, the creditors are voluntarily forgiving part of the debt. The financial sector is cleverly manipulating the fear that a Greek bankruptcy would trigger a fatal chain reaction.

That leaves €100 billion. But that too isn't geared to what Greece needs in order to get back on its feet. It's linked to an estimate of how much debt the Greek economy can bear without collapsing. International technocrats agree that with debts amounting to 120 percent of gross domestic product, the country can just about go on servicing its debt. That's the level at which the cow can go on supplying milk without dying of exhaustion. So 120 percent became the goal.


Greece should nevertheless get the €130 billion. But the money should be paid in another form. Instead of rewarding financial speculators for their high-risk deals, the money should flow into the reconstruction of the Greek economy. A new Marshall Plan is needed, rather than a manic insistence on debt repayments.
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Pedro Lopes
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sexta fev 24, 2012 11:28 am

Grimner Escreveu: Há lacunas na apresentação das PPP's hospitalares, o mais grave de todos a falta de datas, mas os dados que estão neste momento no site são o material de apoio de apresentações orais feitas no lançamento da auditoria. Falas de perdas tremendas no caso do Hospital de Braga, e terás razão, mas toda a gente aponta esse caso como um exemplo paradigmático de uma gestão ruinosa ( e danosa), apontando-se irregularidades mesmo a nível legal ao grupo privado. O que não impede que este não tenha tido lucros noutros sítios. A gestão do Amadora Sintra por este mesmo grupo revelou-se tão danosa que o próprio Sócrates teve de fingir que intervia, terminando essa exploração alegando irregularidades e reatribuindo outra concessão a exactamente os mesmos administradores mal o assunto morreu na comunicação social. Nada disso exclui que as PPP's sejam, na sua maioria dos casos, extremamente vantajosas para os grupos privados.


Acho que não cheguei a colocar a questão mas elucida-me lá sobre o que sabes relativamente à gestão ruinosa e danosa no Amadora Sintra ou no Hospital de Braga.
Eu fui aprovado nos testes de "stress"!!! E tu??

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sexta fev 24, 2012 11:32 am

OrDoS Escreveu:Pedro,

Tira-me uma dúvida, no mail que me enviaste, a rúbrica "Outra Receita Corrente" refere-se a quê, exactamente? Recuperação de investimentos, em parte relativos à Despesa de Capital? Recepção de dividendos das partições em empresas e "lucros" (lol) de algumas PPP?

Faz-me confusão o valor do consumo intermédio (isto incluio, por exemplo, gastos commaterial dos hospitais???), o dos juros (3,5 mil milhões em 2 anos!? UODASS!) e também gostava de ver descriminada a "Outra Despesa Corrente".

Assim por grosso, consegues descrever-me o grosso das despesas dentro de cada um? Não me estava a apetecer ler relatórios de contas do Estado :lol:



Ui!

Contabilidade publica! :mrgreen:

Samuel, acho que tenho por aqui um trabalho sobre isso. Vou ver se encontro e envio-te por mail.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sexta fev 24, 2012 1:43 pm

Para quem ainda não conhece deixo o link para um site com algum interesse:

www.despesapublica.com
Eu fui aprovado nos testes de "stress"!!! E tu??

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta fev 24, 2012 2:41 pm

Pedro Lopes Escreveu:
Grimner Escreveu: Há lacunas na apresentação das PPP's hospitalares, o mais grave de todos a falta de datas, mas os dados que estão neste momento no site são o material de apoio de apresentações orais feitas no lançamento da auditoria. Falas de perdas tremendas no caso do Hospital de Braga, e terás razão, mas toda a gente aponta esse caso como um exemplo paradigmático de uma gestão ruinosa ( e danosa), apontando-se irregularidades mesmo a nível legal ao grupo privado. O que não impede que este não tenha tido lucros noutros sítios. A gestão do Amadora Sintra por este mesmo grupo revelou-se tão danosa que o próprio Sócrates teve de fingir que intervia, terminando essa exploração alegando irregularidades e reatribuindo outra concessão a exactamente os mesmos administradores mal o assunto morreu na comunicação social. Nada disso exclui que as PPP's sejam, na sua maioria dos casos, extremamente vantajosas para os grupos privados.


Acho que não cheguei a colocar a questão mas elucida-me lá sobre o que sabes relativamente à gestão ruinosa e danosa no Amadora Sintra ou no Hospital de Braga.


Não sei os detalhes ao pormenor, mas sei que em 10 anos de gestão do Amadora Sintra o estado foi lesado em 70 milhões. Algo que foi, já na altura, apontado como gestão danosa, mas que não impediu que fossem dadas novas concessões ao Grupo Mello... Com resultados semelhantes noutros hospitais, nomeadamente o de Braga, em que as irregularidades fazem com que vá acumulando multas por incumprimentos contratuais. Nomeadamente a transferência indevida de utentes para outros hospitais. "Detalhes" mais que suficientes para se ver as contas a fundo, porque açgo anda muito podre para o reino do grupo mello.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » sábado fev 25, 2012 2:19 pm

Mais 300 milhões para o BPN

Segundo o jornal “Público” deste sábado, o Estado ainda terá de desembolsar mais 300 milhões de euros para o BPN, pois o acordo de venda, que não é conhecido integralmente, prevê ainda um empréstimo da CGD nesse montante. A ser verdade, o gasto com o BPN ultrapassará largamente os 5.500 milhões de euros.

Para além dos 767 milhões de euros que o Governo acaba de meter no BPN, pelo acordo para a sua venda ao BIC, o jornal “Público” noticia que o Governo se comprometeu com mais um empréstimo de 300 milhões de euros da CGD ao BPN, a três anos e a uma taxa de juro igual à Euribor, sem qualquer spread (ou seja, sem que o banco público ganhe alguma coisa com o negócio). Este empréstimo estará a ser analisado pelas autoridades europeias, pois poderá ser considerado como uma ajuda pública ao grupo financeiro BIC/BPN.

Em declarações ao jornal, o presidente do BIC, Luís Mira Amaral, recusou-se a comentar e as Finanças governamentais disseram que “não está prevista nenhuma linha de crédito da CGD a custo nulo”, o que não desmente a operação, uma vez que se tratará de um empréstimo do banco público a 3 anos, à taxa de juro da Euribor e sem spread.

Nesta semana, a maioria parlamentar PSD chumbou, na Assembleia da República, uma comissão parlamentar de inquérito à venda do BPN proposta pelo Bloco de Esquerda. O jornal “Público” noticia a possibilidade de se vir a constituir uma Comissão de Inquérito potestativa. Para esta hipótese ser possível será necessária uma proposta nesse sentido subscrita por, pelo menos, 46 deputados. Uma vez que PS, PCP, Verdes votaram favoravelmente a proposta do Bloco de Esquerda, a hipótese não está excluída e não poderia ser impedida pela maioria PSD/CDS. Em declarações ao jornal, o deputado João Semedo do Bloco de Esquerda diz que “ainda tem de se ver como se continua o processo”, sublinhando que para o Bloco de Esquerda “este não é um assunto encerrado”.

Esquerda.net


Quase 6 mil milhões em 3 anos para o banco dos amigos do Cavaco..... Ninguém põe um travão nisto? Qual é o limite? 10 mil milhões?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sábado fev 25, 2012 2:41 pm

Depois compensa-se com o magnífico encaixe financeiro de 70 milhões da venda.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Enigma » sábado fev 25, 2012 2:46 pm

Teria ficado mais barato dá-lo de borla...
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sábado fev 25, 2012 2:47 pm

Um dia assim de surra formo um banco. Já falido, que é para poupar trabalho, até porque não tenho dinheiro.


Depois reformo-me a viver dos rendimentos da venda.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sábado fev 25, 2012 3:00 pm

Já agora, foi chumbada uma comissão de inquérito às contas e passos da privatização deste banco antes da venda. Isto ontem.

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx ... id=2324108

(abstenção interessante a do CDS)
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Enigma » sábado fev 25, 2012 3:49 pm

Grimner Escreveu: (abstenção interessante a do CDS)


Mais que interessante. Tendo em conta o que Paulo Portas, Nuno Melo e seus pares disseram de todo o processo do BPN na anterior legislatura, se calhar a palavra incoerência é demasiado branda.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » domingo fev 26, 2012 3:59 am

http://www.ionline.pt/dinheiro/ministro ... -zona-euro

O ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich, defendeu a saída da Grécia da zona euro, alegando que o país conseguiria assim retomar mais facilmente a sua competitividade.

"Não digo excluir a Grécia" da zona euro, mas sim "criar incentivos para uma saída que não possam ser recusados", afirmou Friedrich numa entrevista ao semanário Der Spiegel.



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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » domingo fev 26, 2012 12:24 pm

Entrevista de David Marsh à Lusa

Historiador do euro diz que os maus da fita estão em Bruxelas e não em Lisboa ou Atenas

A culpa da crise europeia não mora em Portugal nem na Grécia, mas em Bruxelas, na Comissão Europeia, disse em entrevista à Lusa David Marsh, historiador do euro e presidente do Fórum das Instituições Monetárias e Financeiras Oficiais (FIMFO).

Apesar de ter pouco mais de uma década, a moeda única merece uma história, até porque os seus antecedentes têm quase dois séculos, diz o britânico David Marsh, que, para além dos trabalhos académicos, dos textos que escreve para publicação como o “Financial Times” ou “The Economist”, preside também à consultora de gestão SCCO ao FIMFO, que reúne líderes de bancos centrais, fundos soberanos e responsáveis políticos e empresariais do sector financeiro.

“A busca por uma divisa única europeia data, pelo menos, de meados do século XIX”, disse David Marsh, autor do livro “O Euro - A Batalha pela Nova Moeda Global”, que acredita que a moeda única europeia tem ainda uma longa história à frente, apesar das actuais dificuldades.

“Já se andou tanto, política e institucionalmente, que não se pode agora voltar para trás. Por isso, o que quer que aconteça à moeda europeia, o euro continuara a existir, continuará a existir um Banco Central Europeu”, considerou.

Quando vê as manifestações nas ruas de Lisboa, ou de Atenas, ou as taxas das dívidas públicas de Portugal, da Grécia ou de Espanha a subir, David Marsh tem também a certeza de que os mercados estão bater à porta errada quando culpam os cidadãos, os bancos ou os governos europeus e os acusam de ter gasto mais do que deviam.

“Os verdadeiros vilões são os funcionários europeus. Não são as pessoas nas ruas em Portugal, ou na Grécia, nem sequer os governos de Portugal ou da Grécia, nem sequer os banqueiros, que só estão a fazer aquilo que sempre fizeram - tentar ganhar dinheiro sendo tolos e gananciosos”, afirmou.

“Os verdadeiros vilões são os tecnocratas em Bruxelas, que não conseguiram ver a necessidade de ter mecanismos de segurança, de criar mecanismos como as eurobonds, quando as coisas estavam ainda relativamente bem, nos cinco primeiros anos do euro. E isso foi de uma complacência colossal, criminosa”, acrescenta David Marsh.

Para Marsh, a oportunidade de integrar as finanças públicas dos países da zona euro através da mutualização e da emissão conjunta de dívida soberana da zona euro - as chamadas eurobonds - é também uma oportunidade que já se perdeu e não se recupera.

“É demasiado tarde para isso. A altura certa para as eurobonds teria sido quando tudo estava a correr razoavelmente bem, até 2005, e quando ainda se poderia ter aglomerado os países com a notação financeira máxima de AAA e outros países com um bom rating. Agora já estamos atrasados”, afirmou.

Marsh não acredita que a Grécia possa sair do euro, mas afirmou, na entrevista à Lusa, que se isso acontecer não será a sentença de morte da moeda única, até porque já estão em actividade os mecanismos de resgate da zona euro - o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (temporário) e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (permanente) - que servem como barreiras de segurança contra um contágio da bancarrota grega.

“Não seria um golpe mortal se a Grécia decidisse abandonar a zona euro. É perfeitamente possível que se a Grécia, por razões especiais, decidisse, por si, sair da zona euro, que a moeda única continuasse com 16 membros. As barreiras de protecção estão no terreno, há muito mais munições monetárias que há dois anos”, considerou.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » domingo fev 26, 2012 3:07 pm

http://www.publico.pt/Local/parceiro-pr ... zo-1535284


O accionista, parceiro do município no capital da Fagar, beneficia de uma taxa de rendibilidade de 8,41%, qualquer que seja o resultado de exploração da empresa de ambos.
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Soul_of_Darkness [RIP 2012/03/09]

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Soul_of_Darkness [RIP 2012/03/09] » segunda fev 27, 2012 5:05 am

Anda em discussão este tema: formação de Estados Unidos da Europa.

Sim ou não?

A mim até me agrada a ideia.

Segundo a wikipedia:

''Os Estados Unidos da Europa é um nome dado a uma versão da possível unificação da Europa como uma federação nacional e soberana de estados similares aos Estados Unidos da América.

No princípio dos anos de 1920, o Comintern levantou a possibilidade de apoiar a constituição de uns Estados Unidos da Europa, quando a revolução bolchevique atingisse os países capitalistas do extremo ocidental europeu [1]

Há uma versão alternativa de unificação mediante uma confederação de estados soberanos que lhe foi dado o nome de Europa Unida, que foi o nome proposto por Valéry Giscard d'Estaing para o Tratado de Roma de 2004''


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