Política - Discussão ou algo do género.

Avatar do Utilizador
Audiokollaps
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 1215
Registado: sábado dez 13, 2008 9:37 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » domingo nov 20, 2011 10:59 pm

Goldman Sachs: como criar uma crise e governar o mundo

O banco de investimentos Goldman Sachs conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direção dos governos europeus e do banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Por Eduardo Febbro, correspondente em Paris da agência Carta Maior.



Muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. O banco de investimentos Goldman Sachs conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direção dos governos europeus e do banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do BC Europeu, Mario Monti, presidente do Conselho Italiano, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs.

A história poderia satisfazer a todas as expectativas dos adeptos das teorias da conspiração: onde está o poder mundial? A resposta cabe num nome e num lugar: na sede do banco de investimentos Goldman Sachs. O banco estadunidense conseguiu uma façanha pouco frequente na história política mundial: colocar os seus homens na direção dos governos europeus e do banco que rege os destinos das políticas económicas da União Europeia. Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, Mario Monti, o presidente do Conselho Italiano que substituiu a Silvio Berlusconi, Lukas Papademos, o novo primeiro ministro grego, todos pertencem à galáxia do Goldman Sachs. 



Desses três responsáveis, dois, Monti e Papademos, formam o anexo avançado da política pela tecnocracia económica, pertencem à rede que o Goldman Sachs teceu no Velho Continente e, em graus diversos, participaram nas mais truculentas operações ilícitas orquestradas pela instituição estadunidense. Além do mais, não são os únicos. Pode-se também mencionar Petros Christodoulos, hoje à frente do organismo que administra a dívida pública grega e que no passado recente foi presidente do Banco Nacional da Grécia, a quem o Goldman Sachs vendeu o produto financeiro hoje conhecido como “swap” e com o qual as autoridades gregas e o Goldman Sachs orquestraram a maquilhagem das contas gregas.



O dragão que protege os interesses de Wall Street conta com homens chave nos postos mais decisivos, e não só na Europa. Henry Paulson, ex presidente do Goldman Sachs, foi em seguida nomeado Secretário do Tesouro estadunidense, ao passo que William C. Dudley, outro alto funcionário do Goldman Sachs, é o atual presidente do Federal Reserve de Nova York. Mas o caso dos responsáveis europeus é mais paradigmático. A palma de ouro quem leva é Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu, que foi vice presidente do Goldman Sachs para a Europa entre os anos 2002 e 2005. 



Neste posto, Draghi teve um desempenho mais do que ambíguo. O título de seu cargo era “empresas e dívidas soberanas”. Precisamente nesse cargo Draghi teve como missão vender o produto incendiário “swap”. Este instrumento financeiro é um elemento determinante no ocultamento das dívidas soberanas, quer dizer, na maquiagem das contas gregas. Esse engodo foi a astúcia que permitiu que a Grécia se qualificasse para fazer parte da zona do euro. Tecnicamente e com o Goldman Sachs como operador, tratou-se de então de transformar a dívida externa da Grécia numa dívida em euros. Com isso, a dívida grega desapareceu dos balanços negativos e o Goldman Sachs ganhou uma vultuosa comissão. 



Depois, em 2006, o banco vendeu parte desse pacote de swaps ao principal banco comercial do país, o Banco Nacional da Grécia, dirigido por outro homem do Goldman Sachs, Petros Christodoulos, ex trader do Goldman Sachs e... atualmente diretor do organismo de gestão da dívida da Grécia, que o mesmo e os já mencionados contribuíram para primeiro mascarar e depois, incrementar. Mario Draghi tem um histórico pesado. O ex presidente da República italiana Francesco Cossiga acusou Draghi de ter favorecido o Goldman Sachs em contratos importantes, quando Draghi era diretor do Tesouro e a Itália estava em pleno processo privatizador. 



O certo é que o agora presidente do Banco Central Europeu aparece massivamente indicado como o grande vendedor de swaps em toda a Europa.



Nesse entrevero de falsificações surge o chefe do executivo grego, Lukas Papademos. O primeiro ministro foi governador do Banco Central grego entre 1994 e 2002. Esse é precisamente o período em que o Sachs foi cúmplice de ocultamento da realidade económica grega e, enquanto responsável pela entidade bancária nacional, Papademos não podia ignorar o engodo que estava montando. As datas em que esteve no cargo coincidem com a operação da montagem. Na lista de notáveis Mario Monti o segue. O atual presidente do Conselho Italiano foi conselheiro internacional do Goldman Sachs desde 2005. 



Em resumo, muitos dos homens que fabricaram o desastre foram chamados agora para tomar as rédeas de postos chaves e com a missão de reparar, ao custo do bem estar da população, as consequências dos calotes que eles mesmos produziram. Não há dúvida de que existe o que os analistas chamam de “um governo Sachs europeu”. 



O português Antonio Borges dirigiu até há pouco – acaba de renunciar – o Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional. Até 2008, Antonio Borges foi vice presidente do Goldman Sachs. O desaparecido Karel Van Miert – Bélgica – foi Comissário Europeu da Competição e também um quadro do Goldman Sachs. O alemão Ottmar Issing foi sucessivamente presidente do Bundesbank europeu, conselheiro internacional do Sachs e membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu. Peter O’Neill é outro homem do esquema: presidente do Goldman Sachs Asset Management, O’Neill, apelidado de “o guru” do Goldman Sachs, é o inventor do conceito de BRICS, o grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O’Neill é acompanhado por outro peso pesado, Peter Sutherland, ex presidente do Goldman Sachs Internacional, membro da secção “Europa” da Comissão Trilateral – o mesmo que Lukas Papademos – ex integrante da Comissão de Competição na União Europeia, Procurador Geral da Irlanda e mediador influente no plano que culminou com o resgate da Irlanda. 



Alessio Rastani tem toda a razão. Este personagem que se apresentou perante o BC como um trader disse há algumas semanas: “os políticos não governam o mundo. O Goldman Sachs governa o mundo”. Sua história é exemplar, de jogo duplo, como as das personalidades e carreiras dos braços mundiais do Goldman Sachs. Alessio Rastani disse que ele era um trader londrino, mas que depois se descobriu que trader não era e poderia ser parte do Yes Men, um grupo de ativistas que, através da caricatura e da infiltração nos media, denunciam o liberalismo. 



Entrará para as páginas da história mundial da impunidade a figura desses personagens. Empregados por uma firma estadunidense, eles orquestraram um dos maiores calotes já conhecidos, cujas consequências hoje estão sendo pagas. Foram premiados com o leme da crise que eles produziram.



Esquerda.net


Imagem
Visão

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » segunda nov 21, 2011 11:04 am

Já que andamos com artigos, este do Niall Ferguson está bastante bom.

Alguns excertos, que é longo:

Welcome to Europe, 2021. Ten years have elapsed since the great crisis of 2010-11, which claimed the scalps of no fewer than 10 governments, including Spain and France. Some things have stayed the same, but a lot has changed.

The euro is still circulating, though banknotes are now seldom seen. (Indeed, the ease of electronic payments now makes some people wonder why creating a single European currency ever seemed worth the effort.) But Brussels has been abandoned as Europe's political headquarters. Vienna has been a great success.

Life is still far from easy in the peripheral states of the United States of Europe (as the euro zone is now known). Unemployment in Greece, Italy, Portugal and Spain has soared to 20%. But the creation of a new system of fiscal federalism in 2012 has ensured a steady stream of funds from the north European core.


Avatar do Utilizador
raxx7
Administrador
Mensagens: 3809
Registado: terça mai 13, 2003 10:03 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » segunda nov 21, 2011 11:56 am

Acho que o tipo fazia melhor em dedicar-se à ficção cientifica. :)

Dois apontamentos a esses excertos
- A razão de ser de uma moeda única não desaparece mesmo que se passe exclusivamente para transacções electrónicas. Todas as questões de câmbio, flutuação da moeda e etc continuam a aplicar-se.

- O desemprego em Espanha já vai nos 21.5%.
Shrödinger's cat has left the building.
When in doubt, ban!

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » segunda nov 21, 2011 1:02 pm

raxx7 Escreveu:Acho que o tipo fazia melhor em dedicar-se à ficção cientifica. :)

Dois apontamentos a esses excertos
- A razão de ser de uma moeda única não desaparece mesmo que se passe exclusivamente para transacções electrónicas. Todas as questões de câmbio, flutuação da moeda e etc continuam a aplicar-se.

- O desemprego em Espanha já vai nos 21.5%.


:lol:

Diria que, como análise prospectiva sem grandes alicerces no que a dados diz respeito, deve ser levada "with a grain of salt" no mínimo.

Não deixa de ser um exercício que, no que diz respeito às Rel. Internacionais e à geopolítica, pode não estar tão desligado da realidade...

Avatar do Utilizador
Enigma
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 4773
Registado: quarta set 26, 2007 3:48 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Enigma » segunda nov 21, 2011 2:03 pm

raxx7 Escreveu:- A razão de ser de uma moeda única não desaparece mesmo que se passe exclusivamente para transacções electrónicas. Todas as questões de câmbio, flutuação da moeda e etc continuam a aplicar-se.


Precisamente. Quando li o artigo foi a primeira coisa que pensei imediatamente. Essa parte (e não só) está bastante...desconhecedora, no mínimo.
Valfar, ein Windir

Zelo
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 372
Registado: quarta abr 30, 2008 12:26 am

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Zelo » segunda nov 21, 2011 2:28 pm

abyssum Escreveu:O problema são mesmo os economistas. Enquanto na Alemanha e Reino Unido valorizam mais as qualidades de um político pela competência e alguma honestidade do que pelos diplomas. Aqui em Portugal os economistas são os próprios ministros , economistas esses que pertencem a grupos económicos, têm ligações a bancos, empresas, etc. Falcatruas para cá, desvios para lá e depois chega-se a isto. Isto é já tradição nos países do Sul, daí o elevado indíce de corrupção nestes mesmos países. Quando há escândalos financeiros quem é que aparece sempre á frente dos bancos ou empresas envolvidos, ex- ministros. O maior problema de países como o nosso não é só a crise económica mas a falta de honestidade de quem gere um país.


a verdade é que a troika é um esquema elaborado pelo sistema comunista de marxwell, ao que todo o sistema financeiro e economico estão rodeados por um sistema de privatizações que visa a nacionalização destas empresas para outros países. sendo assim quem ganha com isto é a união europeia e a parceria barack obama-jorge w. bush que são os principais responsáveis pela crise chinesa. como tal, os angolanos injectam capital no estado portugues, este capital será todo utilizado para alimentar as nacionalizações estrangeiras impostas pela troica. isto não passa tudo de um esquema extremamente inteligente do comunismo de jerónimo e ideias capitalistas do francisco louça. foram estes motivos que fizeram ambos os dois lideres partidarios do governo não se apresentarem nas reuniões da troika. foram eles que os trouxeram cá, mas tiveram a engenhosa ideia de não se apresentar nas reuniões com a mesma, pois como eles sabem que nunca ganhariam as eleiçoes, responsabilizam a direita pelo seu acto de modo a ficar mal vista e nas proximas eleições eles irem para o governo (o que vai acontecer). ao dar-se isto, tal como anteriormente, eles vão vender portugal à união soviética governada por durão barroso.

Avatar do Utilizador
Quetzalcoatl
Metálico(a) Supremo(a)
Mensagens: 923
Registado: sexta mai 16, 2003 1:36 pm
Localização: PORTO/VALONGO

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Quetzalcoatl » segunda nov 21, 2011 3:31 pm

:shock:

Avatar do Utilizador
GoncaloBCunha
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 10285
Registado: domingo abr 01, 2007 7:27 pm
Localização: Mag8

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor GoncaloBCunha » segunda nov 21, 2011 3:52 pm

Phoda-se, também quero disso que andas a fumar! :lol:
CDs/Vinil para venda/troca AQUI [sempre actualizado]

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » segunda nov 21, 2011 3:58 pm

Evil Zelo Escreveu:
abyssum Escreveu:O problema são mesmo os economistas. Enquanto na Alemanha e Reino Unido valorizam mais as qualidades de um político pela competência e alguma honestidade do que pelos diplomas. Aqui em Portugal os economistas são os próprios ministros , economistas esses que pertencem a grupos económicos, têm ligações a bancos, empresas, etc. Falcatruas para cá, desvios para lá e depois chega-se a isto. Isto é já tradição nos países do Sul, daí o elevado indíce de corrupção nestes mesmos países. Quando há escândalos financeiros quem é que aparece sempre á frente dos bancos ou empresas envolvidos, ex- ministros. O maior problema de países como o nosso não é só a crise económica mas a falta de honestidade de quem gere um país.


a verdade é que a troika é um esquema elaborado pelo sistema comunista de marxwell, ao que todo o sistema financeiro e economico estão rodeados por um sistema de privatizações que visa a nacionalização destas empresas para outros países. sendo assim quem ganha com isto é a união europeia e a parceria barack obama-jorge w. bush que são os principais responsáveis pela crise chinesa. como tal, os angolanos injectam capital no estado portugues, este capital será todo utilizado para alimentar as nacionalizações estrangeiras impostas pela troica. isto não passa tudo de um esquema extremamente inteligente do comunismo de jerónimo e ideias capitalistas do francisco louça. foram estes motivos que fizeram ambos os dois lideres partidarios do governo não se apresentarem nas reuniões da troika. foram eles que os trouxeram cá, mas tiveram a engenhosa ideia de não se apresentar nas reuniões com a mesma, pois como eles sabem que nunca ganhariam as eleiçoes, responsabilizam a direita pelo seu acto de modo a ficar mal vista e nas proximas eleições eles irem para o governo (o que vai acontecer). ao dar-se isto, tal como anteriormente, eles vão vender portugal à união soviética governada por durão barroso.


Imagem

Whoa...

Avatar do Utilizador
Brunhu
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 7525
Registado: sábado out 24, 2009 1:41 am
Localização: Setúbal
Contacto:

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brunhu » segunda nov 21, 2011 4:31 pm

O que gostei mais foi da parte do "ambos os dois"... :mrgreen:

Avatar do Utilizador
HFVM
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3934
Registado: sábado out 17, 2009 2:59 pm
Localização: Oriente/MCN

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor HFVM » segunda nov 21, 2011 4:59 pm

Presidente, és tu?
Proudly Member of UnWise Fvcking Group
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que os seus animais são tratados."

Avatar do Utilizador
MeBathory
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 387
Registado: sexta jul 23, 2010 2:45 pm
Localização: aqui, ali e acolá

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor MeBathory » segunda nov 21, 2011 4:59 pm

DON'T DRINK AND WRITE
ou

QUANDO BEBER... NÃO ESCREVA
Awaiting the exorcist....

Avatar do Utilizador
Postmortem
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 1644
Registado: terça mar 15, 2005 10:27 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Postmortem » segunda nov 21, 2011 6:10 pm

marxwell


Parei de ler aqui.

0/10
Soul of Darkness Escreveu:Pessoalmente, não gostaria que o mundo acabasse

Avatar do Utilizador
Audiokollaps
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 1215
Registado: sábado dez 13, 2008 9:37 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » segunda nov 21, 2011 6:41 pm

Mentor dos cortes na saúde tem buraco de 100 milhões no currículo

José António Mendes Ribeiro, o coordenador do grupo de trabalho que entregou, esta segunda-feira, o plano dos cortes a aplicar no SNS, encomendado pelo Ministro da Saúde, presidiu o Grupo Português de Saúde, o qual abandonou com um passivo de 100 milhões de euros.

O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi certeiro na sua escolha para coordenador do grupo de trabalho para a Reforma Hospitalar: nomeou o economista José António Mendes Ribeiro, o qual, quando saiu do Grupo Português de Saúde (2004-2007), ao qual pertence o British Hospital, deixou um passivo de cerca de 100 milhões de euros.

O British Hospital pertence ao Grupo Português de Saúde desde o início dos anos 1980. Este grupo, por sua vez, pertence ao universo da Sociedade Lusa de Negócios, a tal que também tinha um banco, o falido BPN.

O BPN serviu para financiar a compra do British Hospital, um negócio que se revelou mais tarde um grande fiasco: entre 1999 e 2009, o British recuou de uma média anual de 12 mil consultas para cerca de 1800.

Recentemente, o Ministro da Saúde foi questionado pelo deputado do Bloco João Semedo acerca dos critérios para a escolha de José António Mendes Ribeiro. Na altura, Paulo Macedo respondeu enfaticamente que “não há percursos perfeitos”.

Doentes "não urgentes" fora das urgências e gestão única dos IPO

O grupo coordenado por José Mendes Ribeiro entregou esta segunda-feira ao Ministro da Saúde, Paulo Macedo, todas as propostas do seu grupo de trabalho para a Reforma Hospitalar que, segundo a imprensa, prevê que o Hospital Oriental de Lisboa avance em regime de Parceria Público-Privada (PPP), a possibilidade de atender os doentes triados como “não urgentes” fora das urgências hospitalares e a criação de um único Instituto Português de Oncologia (IPO).

O texto, que prevê dar liberdade aos utentes para escolher o hospital independentemente do seu local de residência, defende ainda a possibilidade de serem elaborados contratos-programa plurianuais a três anos, quando atualmente duram apenas um ano. O grupo técnico pretende também que o hospital Curry Cabral e a Maternidade Alfredo da Costa sejam integrados no Centro Hospitalar de Lisboa Central, composto pelo São José, Santa Marta, Capuchos e Estefânia.

Entre as outras propostas apresentadas, o grupo de trabalho sugere que as consultas de especialidades hospitalares sejam feitas em centros de saúde, que sejam transferidas atividades da área médica para a de enfermagem e que seja promovida a mobilidade dos profissionais de saúde.

O relatório, que defende uma redução da taxa de cesarianas, diz igualmente que existe uma má distribuição de médicos, camas e blocos operatórios e assinala que dos 19 mil médicos que trabalham nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde 2337 devem ser transferidos para outro local.

Esquerda.net

Erro no OE'2012: Madeira vai receber mais dinheiro

Segundo o Diário de Notícias, um "erro" na proposta de Orçamento levará a maioria PSD/CDS a propor uma alteração que dará mais dinheiro à Madeira, região que já anunciou que vai gastar mais de 3 milhões de euros nas iluminações de NATAL e no fogo-de-artifício do fim do ano.


O “erro” detetado na proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2012, levará a direita parlamentar a propor uma alteração que dará mais dinheiro à Região Autónoma da Madeira e menos à Região Autónoma dos Açores, noticia o Diário de Notícias (DN), esta segunda-feira.

O total das transferências para as duas regiões não será alterado, mas apenas a respetiva distribuição das verbas e, assim, o que a Madeira verá "reposto", nas palavras da maioria, será ainda "substancial", cita o DN. Segundo fontes envolvidas no processo, o erro na versão original do OE'2012 beneficia a região autónoma governada por Carlos César. Numa fórmula complexa, que dita a distribuição de verbas pelas regiões, terá sido colocado um valor errado numa das parcelas: a do PIB açoriano, que foi assim sobrevalorizado.

O mesmo jornal adianta então que, esta segunda-feira, haverá uma proposta de alteração ao OE'2012, vinda das bancadas do PSD e CDS, para repor as verbas corretas. Aparentemente, o Governo Regional de Carlos César já foi avisado que vai ter menos verbas transferidas do que aparecia na proposta inicial do OE.

Conforme adianta o DN, nas propostas que PSD e CDS se preparam para apresentar há outras que visam a Madeira: uma relativa ao estatuto dos benefícios fiscais, que visa proteger mais a zona franca face a outras zonas de impostos reduzidos para empresas, como a da Holanda; e uma outra alteração que fará cair a norma prevista na proposta do Governo que proibia as duas regiões autónomas de contratar funcionários públicos, uma medida que corria o risco de ser considerada inconstitucional.

Três milhões de euros para iluminações e fogo-de-artifício

O Governo Regional da Madeira vai gastar mais de três milhões de euros nas iluminações decorativas de Natal e no fogo-de-artifício do fim do ano, noticia o jornal Público. Mas dadas as presentes dificuldades de tesouraria, remeteu para o orçamento de 2012 o pagamento de 2,29 milhões. Apesar das atuais medidas de austeridade, o custo global poderá atingir os cinco milhões - o valor investido nos últimos dois anos pelo executivo de Jardim no maior cartaz turístico da ilha.

Só nas iluminações natalícias, o executivo vai despender cerca de dois milhões de euros. A adjudicação foi feita por ajuste direto à Luzosfera, depois de ter sido anulado o concurso público devido aos pedidos de impugnação interpostos por outros concorrentes, que contestaram a escolha daquela empresa. A Luzosfera, do grupo SIRAM, liderada pelo ex-deputado regional Sílvio Santos (PSD), ganha assim mais meio milhão de euros em relação ao valor anual da sua própria proposta a concurso.

Jardim favorece mesma empresa desde 1996

Os últimos concursos públicos para as iluminações de NATAL e queima de fogo do fim de ano têm ido parar ao Tribunal Administrativo do Funchal, com vários candidatos a tentaram a sua impugnação por discordarem das escolhas do júri. Mas para não comprometer a festa, o Governo Regional (que em 2010 desviou verbas da reconstrução da região para as festas de NATAL) decidiu assumir a escolha, com recurso ao ajuste direto.

Os custos da festa só baixaram a partir de 2006, quando o Tribunal de Contas determinou a obrigatoriedade de concurso público. No relatório da auditoria então feita, o Tribunal apontou irregularidades e censurou a falta de transparência na adjudicação das iluminações, acusando o Governo Regional de favorecer "sempre", desde 1996, a SIRAM, também responsável pela logística das campanhas eleitorais do PSD.

A SIRAM contou com o apoio governamental na expropriação de terrenos em Porto Santo para a construção do Colombo's Resort, parada desde Janeiro de 2009 por dificuldades financeiras relacionadas com a crise no BPN. Neste projeto turístico de luxo, Sílvio Santos, empresário e ex-deputado do PSD-Madeira, tinha como parceiro Joaquim Coimbra, acionista daquele banco e ex-dirigente nacional do PSD.

DN

É impressionante, o BPN e o PSD acabm por estar metidos em basicamente todas a merdas que se vão descobrindo.

Aquilo é um buraco sem fundo, um lamaçal de teias e ligações entre o BPN/PSD que nunca mais acaba.

Zelo
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 372
Registado: quarta abr 30, 2008 12:26 am

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Zelo » segunda nov 21, 2011 7:30 pm

Postmortem Escreveu:
marxwell


Parei de ler aqui.

0/10


Spoiler: Mostrar
Imagem


Voltar para “Arquivo 2014 a 2015”

Quem está ligado:

Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 2 visitantes