Política - Discussão ou algo do género.

[Cthulhu_Dawn]

Pessoal que trabalha em turnos da noite naquilo que ainda vai dando trabalho neste país que são serviços e call centers. Comecem a afinar as botinhas e os sapatinhos que têm de ir a pé para casa. Saír à noite? Ir até ao Bairro e voltar para casa? De táxi meus amigos, ou cheios de cerveja nos cornos a espetarem-se com o carro na 24 de Julho

Cidadãos da periferia? Fiquem em casa à noite que andar na rua não é para pessoas como vós, pobres. Só têm direito a trabalhar e a ir para casa.

Governo estuda fim de 23 carreiras da Carris e de duas ligações da Transtejo

O resumo das alterações pode ser o seguinte:

Carreiras da Carris a suprimir totalmente

10: ISEL-Pç. Chile
21: Saldanha-Moscavide Centro
22: M. Pombal-Portela
25: Est. Oriente-Prior Velho
201: Cais do Sodré-Linda-a-Velha
202: Cais do Sodré-Linda-a-Velha
203: ISEL-Boa Hora
205: Cais do Sodré-Bairro Padre Cruz
206: Cais do Sodré-Sr. Roubado (Metro)
207: Cais do Sodré-Fetais
208: Cais do Sodré-Estação Oriente
210: Cais do Sodré-Prior Velho
49: ISEL-Est. Entrecampos
76: Algés-Cruz Quebrada-Fac. Motricidade Humana
79: Olivais (circ.)
753: Pr. José Fontana-Centro Sul
797: Sapadores-Arco do Cego
799: Colégio Militar (Metro)-Alfragide Norte
745: Terreiro do Paço-Prior Velho
764: Cidade Universitária-Damaia de Cima
777: Campo Grande (Metro)-Ameixoeira
790: Gomes Freire-Príncipe Real
------------------
18 (Eléctrico) R. Alfândega-Cemitério da Ajuda

Nota: Além destas 23 supressões totais, a proposta do grupo de trabalho inclui mexidas noutras 24 carreiras, seja encurtamento do percurso ou redução do período de funcionamento.
------------------
Cenários para Transtejo:
Cenário 1
Supressão das ligações Lisboa à Trafaria/Porto Brandão e Lisboa ao Seixal
Ligação ao Montijo só aos dias úteis e períodos de ponta

Cenário 2
Supressão da ligação Lisboa à Trafaria/Porto Brandão
Ligação ao Montijo e ao Seixal só aos dias úteis e períodos de ponta
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Metropolitano
Diminuição da velocidade máxima de 60 para 45 km/h, fora dos períodos de ponta
Na Linha Verde, diminuição de quatro para três carruagens
Encerramento da rede às 23 horas; nos troços entre Pontinha e Amadora Este (Linha Azul) e Campo Grande e Odivelas (Linha Amarela), encerramento às 21h30.

Por acaso era interessante tentar perceber a lógica destas avaliações...

Não dúvido que existam carreiras que não sejam rentáveis mas, por ex, ali a 22? Um autocarro que faz Aeroporto - Marquês? Sim, porque o aeroporto tem excelentes ligações ao centro da cidade...

E a travessia Seixal-Lisboa? Para suprimir completamente? Nem sequer é só para as horas de ponta? Portanto, os barcos que chegam cheios pela manhã deve ser de gente que não tem mais nada que fazer?

No meio disto tudo, espero que os cortes que foram anunciados aqui há tempos em grandes parangonas para os subsídios disto e daquilo na CP e na Carris e nas restantes não fiquem pelo caminho...

[raxx7]

Estranho como ninguém ache absolutamente suicidário que se coloque os destinos do dinheiro e financiamento dos estados soberanos na mão de algo tão esquizofrénico e volátil como os mercados - o que quer que isso seja - que tanto disparam num dia como caem a pico no outro só porque dois líderes europeus acham que salvaram o euro e outro líder ache que deve dar a voz ao povo.

Eu por acaso acho bastante esquizofrénico.

Dever-se-ia criar um mercado alternativo e dívida soberana que não dependesse desta volatilidade e especulação.

E como funcionaria esse mercado? Quem seriam os compradores de divida soberana?

[raxx7]

No outro dia estive a ler um pouco sobre o acordo entre o Ministério da Economia e do Emprego e a empresa Colt Resources. Segundo o Público, "A preços de mercado, o minério retirado nesta fase de arranque vale perto de 175 milhões de euros – o Estado receberá 4% do volume de produção da mina após o terceiro ano de exploração. (...) a empresa vai investir 53 milhões de euros." Face ao investimento inicial e lucro expectável, não vejo razões para não ser criada uma empresa pública para explorar a mina.

Oh, uma empresa pública rapidamente arranjaria forma de dar prejuízo.
Uns jobs for the boys aqui, umas greves ali, um bordel para os empregados.

EDIT:
4% da receita, pode não ser nada mau negócio para o Estado.
Os 96% que ficam para a empresa não são lucro limpo. Ainda tem que cobrir a amortização do investimento e custos operacionais. O ouro não se extrai de graça.

[aftermath]

No outro dia estive a ler um pouco sobre o acordo entre o Ministério da Economia e do Emprego e a empresa Colt Resources. Segundo o Público, "A preços de mercado, o minério retirado nesta fase de arranque vale perto de 175 milhões de euros – o Estado receberá 4% do volume de produção da mina após o terceiro ano de exploração. (...) a empresa vai investir 53 milhões de euros." Face ao investimento inicial e lucro expectável, não vejo razões para não ser criada uma empresa pública para explorar a mina.

Oh, uma empresa pública rapidamente arranjaria forma de dar prejuízo.
Uns jobs for the boys aqui, umas greves ali, um bordel para os empregados.

Felizmente que as privadas não sofrem desse mal.. oh wait! Melhor ainda, mete um banco a tratar disso, ouvi dizer que o Armando Vara tá disponivel!!! Olha, chama também o Constâncio para fiscalizar.

[raxx7]

As privadas que dão prejuízo tendem a extinguir-se, em vez de viver ad aeternum à custa dos teus impostos.

[aftermath]

As privadas que dão prejuízo tendem a extinguir-se, em vez de viver ad aeternum à custa dos teus impostos.

Tendem, tendem ... e enquanto não se extinguem, vão extinguindo postos de trabalho só porque os lucros baixam. Claro que se houver má gestão a culpa será também dos trabalhadores. A culpa é da conjuntura, vamos despedir. A culpa é dos amigos que temos no governo que já não adjudicam contratos fabulosos, vamos despedir. A culpa é de esturrarmos lucros fabulosos na economia de casino, vamos despedir. And so on and son on....

ps. Foda-se, olha está merda é privada mas fodemos tudo! A ver se o estado nacionaliza ou injecta uns tostões senão é uma calamidade!!!!

[raxx7]

E quando se extinguem aí é que extinguem mesmo os postos de trabalho todos.
Your point being?

Pergunta simples: queres o Estado a receber 4% da receita de ouro extraido, sem custos para o Estado.
Ou queres o Estado receber 100% da receita mas a arrajar maneira de os custos serem 110% da receita?

[phbz]

Eu acho que ele quer o estado a ter lucro.

[spiegelman]

Estranho como ninguém ache absolutamente suicidário que se coloque os destinos do dinheiro e financiamento dos estados soberanos na mão de algo tão esquizofrénico e volátil como os mercados - o que quer que isso seja - que tanto disparam num dia como caem a pico no outro só porque dois líderes europeus acham que salvaram o euro e outro líder ache que deve dar a voz ao povo.

Eu por acaso acho bastante esquizofrénico.

Dever-se-ia criar um mercado alternativo e dívida soberana que não dependesse desta volatilidade e especulação.

E como funcionaria esse mercado? Quem seriam os compradores de divida soberana?

Raxx, a minha pergunta é mais retórica que outra coisa. Obviamente que neste momento só há um único mercado e se alguém compra e vende é porque está inserido nesse mercado esquizofrénico. Neste momento não há alternativas.

Mas poderia haver uma regulação que impedisse juros agiotos como aqueles que ajudaram a descambar nesta crise.

Pergunta leiga:

Se o BCE decide arbitrariamente descer a Euribor, porque não uma decisão política de descer os juros da dívida soberana?

Em vez do perdão dos 50% por exemplo?

Se na altura da subida de juros agiotas da dívida da Grécia alguém decidisse políticamente descer esses mesmos juros, não era mais construtivo do que chegar á conclusão 3 anos depois que as medidas de austeridade não resultaram e que mais vale perdoar a dívida?

A sério, alguém que me responda porque é que os juros agiotas das dívidas soberanas não podem descer arbitrariamente por decisão política como a Euribor por exemplo?

[phbz]

Eu acho que os juros são definidos por quem empresta e devem ter em conta o risco que esse empréstimo apresenta a dada altura. Os estados em último caso poderiam, um bocado à má fé, dizer que não pagam os seus empréstimos a mais de x, mas aí também se dava o caso do dealer deixar de nos "dar" o produto e a ressaca é uma coisa que dá uma trabalheira.

[spiegelman]

SE calhar sou só eu que estou a ver mal a coisa mas parece-me que é melhor que um país pague uma dívida regularmente a um tecto de juros, sendo que ao chegar a um tecto de juros tem de cumprir uma série de requisitos, x do que chegar a uma percentagem de juros em que pura e simplesmente deixa de pagar.
Como já vimos a austeridade e o pedido de dinheiro ao FMI é uma treta.
Ora precisamente o problema é que os juros são decididos pelos mercados, que para produtos financeiros funcionam como têm que funcionar, à balda para se ganhar fortunas e perder fortunas, mas que quanto se trata de dívidas soberanas põe-se o futuo de países, economias e pessoas em causa.

[HFVM]

Eu cá gostei de ver o Portas na Venezuela.

Como o mundo dá umas voltas em tão pouco tempo!!!!

[aftermath]

Eu acho que ele quer o estado a ter lucro.

Obviamente. Os dinheiros públicos também podem, e devem, ser bem geridos. Se em algumas situações o estado tem que ter preocupações sociais em que não possa apresentar lucros, ex. manter uma carreira para a Pontinha, aqui também se exige boa gestão de maneira a que mesmo que não apresente lucros, ao menos que não apresente buracos gigantescos. Não percebo porque é que reestruturar o estado, que pertençe a todos, é mais dificil que privatizar. Não é mais dificil, simplesmente, em termos ideológicos, não convem nada.

[ratatapumparapapum]

799: Colégio Militar (Metro)-Alfragide Norte

Crlh, vou comprar uma bicicleta!

[Indigente]

No outro dia estive a ler um pouco sobre o acordo entre o Ministério da Economia e do Emprego e a empresa Colt Resources. Segundo o Público, "A preços de mercado, o minério retirado nesta fase de arranque vale perto de 175 milhões de euros – o Estado receberá 4% do volume de produção da mina após o terceiro ano de exploração. (...) a empresa vai investir 53 milhões de euros." Face ao investimento inicial e lucro expectável, não vejo razões para não ser criada uma empresa pública para explorar a mina.

Oh, uma empresa pública rapidamente arranjaria forma de dar prejuízo.
Uns jobs for the boys aqui, umas greves ali, um bordel para os empregados.

EDIT:
4% da receita, pode não ser nada mau negócio para o Estado.
Os 96% que ficam para a empresa não são lucro limpo. Ainda tem que cobrir a amortização do investimento e custos operacionais. O ouro não se extrai de graça.

Certo. Mas face ao investimento anunciado, não imagino que as operações de funcionamento/manutenção sejam tão avultadas assim. Isto não é mais que um exercício de especulação, mas perante a informação disponibilizada, fico de pé atrás relativamente a este negócio. Pelo que percebi, nem se realizou um concurso público para a adjudicação da exploração das minas.