

Audiokollaps Escreveu:Eu por outro lado acho que tudo isto é merecido pelo Nobre.
Mais decadente do que ter aceite/exigido ser Presidente da Assembleia da República é ter ficado com o lugar de deputado depois de ter tido que ou era o lugar de Presidente ou nada, pois mostrava o seu desapego ao poder.... afinal vai ficar com o lugar que lhe resta.
Não passa de um pedante.
OrDoS Escreveu:Nem à 2ª, nem vai haver 3ª. Fez ele muito bem. Agora que participe como deputado para o qual as pessoas deram os votos e que tire daí a experiência política que tanto quer. E digo-vos mais, agora é que se vai ver se ele é ou não uma pessoa de princípios e se vai andar a votar de forma independente ou a seguir a ideologia/mandamentos do PSD.
OrDoS Escreveu:A ver se pelo menos não desiluda mais nestes próximos 4 anos...
KonigLowe Escreveu:OrDoS Escreveu:Nem à 2ª, nem vai haver 3ª. Fez ele muito bem. Agora que participe como deputado para o qual as pessoas deram os votos e que tire daí a experiência política que tanto quer. E digo-vos mais, agora é que se vai ver se ele é ou não uma pessoa de princípios e se vai andar a votar de forma independente ou a seguir a ideologia/mandamentos do PSD.
Fez ele bem o quê? Em manter a sua extrema coerência de fazer exatamente o oposto do que diz? "Ou Presidente da Assembleia ou nada"? E agora é que se vai ver ver se ele tem princípios???? Ordos, tens de tomar urgentemente um antídoto contra essa infeção-nobre que te consome que te turva o raciocínio!!
Ele vai simplesmente marcar o ponto e receber o salário de deputado mais nada, ele não contará para absolutamente nada no grupo parlamentar do PSD, aliás tiveste uma amostra disso na campanha eleitoral, em que o meteram numa jaula com a boca tapada e só o soltaram no depois das urnas fechadas.
O Passos ainda mesmo antes de ser empossado já faz história. Pela primeira um nome sugerido para Presidente da Assembleia é vetado pelo parlamento. O Passos devia saber que não se oferece aquilo que não se tem, nem se deve prometer aquilo que não se está em condições de cumprir. Nem sequer todos os votos do PSD o Nobre conseguiu reunir. E depois desta triste palhaçada o que faz o Nobre? Disse mal dos políticos, dos partidos, da assembleia, não ficou com o cargo de presidente mas junta-se à corja que difamou.
Este pequeno incidente já deu para mostrar ao Passos quem manda na coligação governamental.OrDoS Escreveu:A ver se pelo menos não desiluda mais nestes próximos 4 anos...
Quantos? Acho que estás a ser extremamente otimista!!!
Cthulhu_Dawn Escreveu:Wow, sinceramente no meio disto tudo ainda acho que é o PPC que se safa menos mal...Manteve a sua palavra (por mais idiota que possa ter sido a promessa que fez ao Nobre) e vê-se livre daquilo que toda a gente considerava um problema e um incómodo ao PSD.
OrDoS Escreveu:Não estava à espera que o Nobre fosse eleito, ao contrário de ti
OrDoS Escreveu:Quanto ao Nobre ficar quieto, vocês são todos uns belos Oráculos, realmente, no que toca a prever se o tipo vai lá ficar sentado sem fazer nada ou se vai fazer alguma coisa. Eu espero que faça e acredito que vá fazer.
"Quando entrei no parlamento foi por pura ingenuidade. Foi uma experiência frustrante, já que pensei que iam entrar mais pessoas comigo. Senti-me como uma flor de estufa na Assembleia da República", diz ao i Vicente Jorge Silva, eleito deputado pelas listas do PS e que cumpriu mandato entre 2002 e 2004
Maria Elisa, deputada eleita pelo PSD em 2002, concorda que a voz interna dos partidos fala sempre mais alto. "Os partidos não querem independentes", diz a jornalista ao i, explicando que só aceitou o convite porque Durão Barroso, na altura líder dos sociais-democratas, "insistiu durante dois anos".
O convite a Manuela Moura Guedes, que chegou ao parlamento nas listas do CDS, em 1995, foi feito pelo então presidente, Manuel Monteiro. "Não sabem onde se vão meter porque sou indisciplinada e não obedeço à disciplina de voto. Os partidos normalmente gostam que tudo esteja enfileirado"
Maria Elisa foi cabeça-de-lista pelo PSD em Castelo Branco, experiência que lhe deixou boas recordações pela campanha de rua, mas uma mágoa no que diz respeito à distrital. "Não me tinha apercebido da força brutal das máquinas dos partidos contra os independentes, da força de expulsão. Fui terrivelmente ingénua. Custou muito.
Chegados à Assembleia da República, a recepção não foi das melhores. "Nunca me senti tão pouco livre como na casa da liberdade", lamenta Maria Elisa
Vicente Jorge Silva: "No parlamento nunca houve verdadeiramente vontade de abertura à sociedade civil."
Já Vicente sublinha que vontade de trabalhar não lhe faltou. "Não havia era massa crítica na minha área [comunicação social] quando fui para o parlamento. Isto deve acontecer na maior parte dos partidos. O partido só existe como maior aparelho de clientelas."
Vicente Jorge Silva, que confessa que só voltaria ao parlamento "caso fosse masoquista", descreve o ambiente na Assembleia como de "uma cultura pouco democrática, como um clube de futebol. É a cultura clubística do Benfica-Porto, transportada para um PS-PSD"
KonigLowe Escreveu:Vicente Jorge Silva, que confessa que só voltaria ao parlamento "caso fosse masoquista", descreve o ambiente na Assembleia como de "uma cultura pouco democrática, como um clube de futebol. É a cultura clubística do Benfica-Porto, transportada para um PS-PSD"
OrDoS Escreveu:ahaha, muito bom! É isso que, em parte, eu penso!
Pode ser um mau indicador o Nobre sair de lá antes do Governo mudar, o que pode indicar que nada mudou, por isso, pode ser que o Nobre se venha a revelar um bom termómetro para o estado de sítio do(s) partido(s) no poder.
Vamos ver...
História com fim infeliz
E, finalmente, pouco depois das 18 horas de ontem, um assomo de dignidade ou, talvez, de sentido do ridículo: Fernando Nobre afastou-se da candidatura ao cargo de presidente da Assembleia da República.
Na verdade não se afastou, foi afastado, depois de (recorde absoluto na democracia portuguesa) duas votações sucessivas nas quais nem sequer obteve o pleno do partido que o levou a votos.
Também não terá sido bem um assomo, mas apenas meio, visto que, ao contrário do que havia garantido, se irá manter na AR como comum deputado enquanto entender que "é útil ao país".
O que bem pode significar, no peculiar idiolecto político de Nobre, enquanto entender que "o país lhe é útil a si", se for para levar a sério a sua dramática afirmação de que só dando-lhe um tiro na cabeça o impedirão de chegar a Belém (no caso, com escala em S. Bento).
O resto, entre as 15 e as 18 horas, foi dos episódios mais tristes de que me lembro da nossa já longa história trágico-parlamentar. Cheguei, secretamente, a desejar que algum deputado mais cristão do CDS mudasse de cavalo a meio da corrida e lhe desse o voto por compaixão (eu, que não sou cristão, já tenho dado esmola a gente menos merecedora de compaixão do que Nobre naqueles momentos).
Só que um voto não bastava; eram precisos pelo menos 10. E mesmo num partido democrata-cristão é improvável encontrar 10 deputados mais dados à caridade que à disciplina partidária.
Enkidu Escreveu::lol:
Só de pensar que votei nesse gajo para PR só me apetece ir saltar de uma torre do Parque das Nações.
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