Política - Discussão ou algo do género.

[raxx7]

Bem, eu também não acho que exista uma conspiração por parte dos media para fazer cair o governo.
Já devem ter reparado que não sou nada dado a conspirações, novelas e coisas que tal...

A meu ver isto é tudo quase normal e largamente saudável.
Há de facto uma investigação que em que pessoas próximas do Sócrates são arguidas, há escutas onde o próprio Sócrates aparece, há a possibilidade de o próprio Sócrates estar envolvido em crimes.

Que os jornalistas noticiem isto, acho muito bem. Que as fontes deles nem sempre sejam as mais fidedignas, também é perfeitamente normal -- os jornais não podem ser tão exigentes como os tribunais.

O que é preciso ter em mente é que de facto os jornais não são tão exigentes como os tribunais.
E que, por mais bem intencionados e cuidadosos que os media sejam, são vulneráveis a receber desinformação.
E que os media nem sempre são cuidadosos e bem intencionados e por vezes atalham na tentação de ser os primeiros a dar notícias bombásticas e vender jornais.

E muitas vezes, os próprios jornalistas são os primeiros a esquecer isto e a compôr artigos em que se presume que quase tudo o que de mau se escreve sobre o Sócrates é, efectivamente, verdade.

[bassbart]

Apontar inconsistências entre aquilo que foi dito pelo Primeiro Ministro publicamente e aquilo que ele disse nos excertos das escutas não é o mesmo que saber a verdade.

*ahm*
IIRC, o Sócrates não está em nenhum dos excertos de escutas publicado pelo Sol. O Vara e mais uma catrefada deles sim, mas o Sócrates não.

Exacto. mea culpa.

[otnemeM]

http://www.aventar.eu/2010/03/06/agrupa ... a-jorge-2/
Já nem há necessidade de tentar esconder as coisas.

O que é preciso ter em mente é que de facto os jornais não são tão exigentes como os tribunais.

Isso já depende dos tribunais... e dos procuradores. Não é propriamente pacífico.

[Ataegina]

Não perco muito tempo a pensar/ler sobre esses casos. Para mim é mais revista cor-de-rosa que propriamente [ciência] política.

Mas sinceramente, até me dou por satisfeita com os nossos media (comparativamente com outros países) que geralmente se abstraem de opinionismos excepto em... peças de opinião. É óbvio que irá sempre existir algum facciosismo, que nem acho ser partidário na maior parte das vezes, mas sim ideológico. Não sou crédula ao ponto de esperar que apologistas de economias Keynesianas defendam medidas de não-intervencionismo, privatizações, etc; do governo. Sei que não é uma opinião popular, mas conhecendo a realidade de outros países como os EUA com o MSNBC e o epítome do ridículo que é a Fox News e a maior parte das instituições do Rupert Murdoch sei que poderia ser BASTANTE mais horrendo.

Em relação ao PEC, gostei da síntese que tive oportunidade de ler. É um programa que retira de preponentes de ambos os lados do espectro económico. E é bom verificar que o PS possui o bom senso e pragmatismo para reconhecer as virtudes da frugalidade nestas situações.

[JVELHAGUARDA]

Em alturas de crise e não só existem interesses de todos os lados, todos querem mamar!!!

A cena do diploma, ninguém contesta capacidades mas, poucos fazem exames ao domingo para finalizar o curso, sendo que o professor em questão do inglês técnico, depois aparece na campanha dele e outros negócios por esclarecer, se ele não tem nada a temer porque não entra na ordem dos engenheiros como licenciado?? a história do Diogo infante relembro que foi na campanha interna do PS que saiu isso cá para fora pela primeira vez, lançada por opositores dele e não do PSD, o telejornal de sexta, é um formato de jornalismo de opinião para causar polémica e ganhar a batalha das audiências, vejam bem o ranking dessa altura e o guito que a TVI metia ao bolso e do dia para a noite abdica-se de animo leve dessa fonte de receitas, numa altura de crise, que gestão consciente faz isso???
Guterres lançou essa inovação que foi as scuts, inovação essa que anualmente custa milhões ao estado português, sempre que quero ir ao porto, pago ou vou pela nacional (mais caro por causa do combustível), é justo pagar mais impostos para outros usufruírem e não pagarem, se ainda não temos o mesmo sistema de Espanha, há que pagar, senão manifestem-se na rua e agradeçam ao PS agora....

Há muita coisa mal no nosso pais, não defendo nenhum deles, não sou filiado em nenhum, querer tapar o sol com uma peneira é sempre difícil, não saber ler nas entrelinhas ainda pior, o PEC em vez de ser uma boa solução, é mais um remendo, só para agradar à união europeia e nós os tugas, vemos o andor a passar e batemos palmas, alimentando pseudo teorias da conspiração e distraídos com questões laterais, enquanto isso o pântano vai-se alastrando, temos todas as condições para sermos um pais de liderança, já o fomos no passado.....

Todos têm culpas no cartório e todos assobiam para o lado, enfim.....

[Ataegina]

Em alturas de crise e não só existem interesses de todos os lados, todos querem mamar!!!

A cena do diploma, ninguém contesta capacidades mas, poucos fazem exames ao domingo para finalizar o curso, sendo que o professor em questão do inglês técnico, depois aparece na campanha dele e outros negócios por esclarecer, se ele não tem nada a temer porque não entra na ordem dos engenheiros como licenciado?? a história do Diogo infante relembro que foi na campanha interna do PS que saiu isso cá para fora pela primeira vez, lançada por opositores dele e não do PSD, o telejornal de sexta, é um formato de jornalismo de opinião para causar polémica e ganhar a batalha das audiências, vejam bem o ranking dessa altura e o guito que a TVI metia ao bolso e do dia para a noite abdica-se de animo leve dessa fonte de receitas, numa altura de crise, que gestão consciente faz isso???
Guterres lançou essa inovação que foi as scuts, inovação essa que anualmente custa milhões ao estado português, sempre que quero ir ao porto, pago ou vou pela nacional (mais caro por causa do combustível), é justo pagar mais impostos para outros usufruírem e não pagarem, se ainda não temos o mesmo sistema de Espanha, há que pagar, senão manifestem-se na rua e agradeçam ao PS agora....

Há muita coisa mal no nosso pais, não defendo nenhum deles, não sou filiado em nenhum, querer tapar o sol com uma peneira é sempre difícil, não saber ler nas entrelinhas ainda pior, o PEC em vez de ser uma boa solução, é mais um remendo, só para agradar à união europeia e nós os tugas, vemos o andor a passar e batemos palmas, alimentando pseudo teorias da conspiração e distraídos com questões laterais, enquanto isso o pântano vai-se alastrando, temos todas as condições para sermos um pais de liderança, já o fomos no passado.....

Todos têm culpas no cartório e todos assobiam para o lado, enfim.....

Apesar de numa questão de principio não concordar inteiramente com as SCUTS percebo o porque da sua introdução. Não é uma mera estratégia de redistribuição indirecta. É uma forma de fomentar o crescimento em localidades com poucos habitantes ou subdesenvolvidas. A ter que haver medidas de "esquerda" essa nem é a pior delas.

Porque é que não consideras a PEC uma boa solução? Concordo que seja mais um plano de emergência que propriamente uma tendência geral, mas parece-me bastante aceitavel. Mudavas o que?

[KonigLowe]

Parece-me que vc's estão a falar de coisas diferentes:

PEC - Pagamento especial conta
PEC - Programa estabilidade crescimento

[JVELHAGUARDA]

PEC - Programa estabilidade crescimento
http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstad ... 7-2011.pdf
Isto é muito vasto por traços gerais tens este documento, no qual me baseio para já porque o novo ainda esta no "forno". Mas, o que li para já do baseia-se no corte, subsídios, desemprego e outros, novo escalão do irs, avançar com o tgv e novo aeroporto, mais privatizações, vendas de participações do estado, a barragem de cahora bassa, 15% por exemplo, entre outras coisas mas, como ainda não há documento final ainda é tudo muito vago, para mim os primeiros sinais é tapar buracos, os recibos verdes não são encarados como um problema, não falam disso sequer, ir buscar dinheiro a todo o lado, mais sacrifícios e mais impostos e disto não saímos, é um deja vu a sensação que se fica por agora.....

Bem percebo o principio das scuts, fomentar o crescimento em localidades com poucos habitantes ou subdesenvolvidas mas, a via do infante no algarve não se enquadra nisso, por exemplo, há mais....

Para mim a questão maior é o esforço dos nosso pais e avós, que contribuíram para a construção de todas estas infra-estruturas ser desvirtuado, que se tribute os lucros da brisa, edp, pt, lusoponte, cgd, entre outras, se essas empresas foram construídas por nós todos, numa altura de crise é mais que tempo de contribuírem para o bem nacional, esse dinheiro deveria ser canalizado para pensões, subsídios de desemprego e acção social, áreas onde o estado aplica a maior parte das suas receitas e isso não vejo nada, estão na mão de alguns accionistas que dividem os lucros e o resto que se desenrasque da forma que puder e souber, não entro na demagogia das nacionalizações mas, sim na tributação real dos lucros astronómicos, por exemplo a edp este ano apresenta lucros na ordem dos 1000 milhões de euros...

Todos têm culpas no cartório e todos assobiam para o lado, mais de 200 deputados na assembleia e só se preocupam com intrigas partidárias, não parecem viver no pais real........

[Pedro Lopes]

PEC - Programa estabilidade crescimento
http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstad ... 7-2011.pdf
Isto é muito vasto por traços gerais tens este documento, no qual me baseio para já porque o novo ainda esta no "forno". Mas, o que li para já do baseia-se no corte, subsídios, desemprego e outros, novo escalão do irs, avançar com o tgv e novo aeroporto, mais privatizações, vendas de participações do estado, a barragem de cahora bassa, 15% por exemplo, entre outras coisas mas, como ainda não há documento final ainda é tudo muito vago, para mim os primeiros sinais é tapar buracos, os recibos verdes não são encarados como um problema, não falam disso sequer, ir buscar dinheiro a todo o lado, mais sacrifícios e mais impostos e disto não saímos, é um deja vu a sensação que se fica por agora.....

Bem percebo o principio das scuts, fomentar o crescimento em localidades com poucos habitantes ou subdesenvolvidas mas, a via do infante no algarve não se enquadra nisso, por exemplo, há mais....

Para mim a questão maior é o esforço dos nosso pais e avós, que contribuíram para a construção de todas estas infra-estruturas ser desvirtuado, que se tribute os lucros da brisa, edp, pt, lusoponte, cgd, entre outras, se essas empresas foram construídas por nós todos, numa altura de crise é mais que tempo de contribuírem para o bem nacional, esse dinheiro deveria ser canalizado para pensões, subsídios de desemprego e acção social, áreas onde o estado aplica a maior parte das suas receitas e isso não vejo nada, estão na mão de alguns accionistas que dividem os lucros e o resto que se desenrasque da forma que puder e souber, não entro na demagogia das nacionalizações mas, sim na tributação real dos lucros astronómicos, por exemplo a edp este ano apresenta lucros na ordem dos 1000 milhões de euros...

Todos têm culpas no cartório e todos assobiam para o lado, mais de 200 deputados na assembleia e só se preocupam com intrigas partidárias, não parecem viver no pais real........

Há por aí algumas confusões ó Velha Guarda. As empresas que indicas são tributadas e pagam impostos sobre os seus resultados. Por outro lado, o Estado detem 100% da CGD portanto os seus dividendos são uma receita do Estado. Mencionas também a EDP mas o Estado detém 20% do seu capital pelo que os respectivos dividendos que indicas são também uma receita do Estado.

E parece-me que não tens bem uma noção de números. Se achas que lucros de 1000 milhões de euros são astronómicos, então compara por exemplo com o valor da divida da região autónoma da Madeira que é de 1.200 milhões de euros (antes do temporal).

O problema reside precisamente neste ponto. Só hoje, o Estado português teve de proceder a mais uma emissão de divida no valor de 990 milhões de euros a uma taxa de 4,17%!!!!

O crescimento económico que está previsto para Portugal em 2010 mal deve chegar para pagar SÓ os juros da nossa divida publica.

Por isso, na minha óptica, o PEC só peca por ser demasiado optimista, nomeadamente no que diz respeito à taxa de desemprego que dificilmente deverá baixar dos 10% e à receita prevista nas nacionalizações.

O facto é que os sacrificios vão continuar e têm mesmo de continuar porque andámos demasiado tempo a viver acima das nossas possibilidades.

Anteriormente disseste que fomos um país líder e é verdade. Tivemos as especiarias do Oriente, o Ouro do Brasil, os escravos de Africa e o dinheiro da UE. Mas o facto é que sempre utilizámos essa riqueza através de uma politica de transporte.

Significa isto que a riqueza chegava mas nós transportavamos a mesma para os países que realmente iam enriquecendo à nossa custa.

Nunca tivemos a noção de que era necessário criar uma estratégia de competitividade para o nosso país. Corremos com os judeus e mantivemos a inquisição em Portugal até meados do seculo XIX. Com a republica e o estado novo passámos ao lado da revolução industrial e isolámo-nos do mundo acreditando que as colónias eram sinónimo de riqueza. Depois veio o 25 de Abril e a CEE a injectar dinheiro no país que gentilmente o utilizava para aumentar o consumismo.

Estratégias de competitividade? Eventualmente a aposta na reparação naval e no tráfego dos petroleiros por altura do fecho do canal do Suez que levou à construção do Complexo de Sines e a criação da Lisnave/Setnave.

Depois disso, o Mira Amaral chegou a introduzir os clusters com o guru Michael Porter mas, o facto é que com automóveis, texteis, vinho e calçado pouca penetração conseguimos ao nível das exportações em tempos de crise.

Por isso, o problema é mesmo este: onde é que Portugal pode e deve apostar por forma a conseguir aumentar as suas exportações e assim criar riqueza e crescimento económico? Na minha óptica, a aposta passa pelas energias renováveis, pelo desenvolvimento tecnológico e pela investigação nas áreas da saúde.

Já agora, acrescento aqueles que considero os principais problemas estruturais do nosso país:

=A falta de uma estratégia de competitividade para Portugal em detrimento de uma lógica meramente consumista;
=O dominio dos incompetentes aparelhos partidários de muitos lugares chave de decisão que limitam o desenvolvimento e o crescimento do país;
=A herança salazarista do povo português que ainda acha que é o estado que tem de resolver os seus problemas;
=Grandes falhas no sistema de ensino que acentuaram a falta de competências individuais das últimas gerações.

[Ataegina]

PEC - Programa estabilidade crescimento
http://www.parlamento.pt/OrcamentoEstad ... 7-2011.pdf
Isto é muito vasto por traços gerais tens este documento, no qual me baseio para já porque o novo ainda esta no "forno". Mas, o que li para já do baseia-se no corte, subsídios, desemprego e outros, novo escalão do irs, avançar com o tgv e novo aeroporto, mais privatizações, vendas de participações do estado, a barragem de cahora bassa, 15% por exemplo, entre outras coisas mas, como ainda não há documento final ainda é tudo muito vago, para mim os primeiros sinais é tapar buracos, os recibos verdes não são encarados como um problema, não falam disso sequer, ir buscar dinheiro a todo o lado, mais sacrifícios e mais impostos e disto não saímos, é um deja vu a sensação que se fica por agora.....

Bem percebo o principio das scuts, fomentar o crescimento em localidades com poucos habitantes ou subdesenvolvidas mas, a via do infante no algarve não se enquadra nisso, por exemplo, há mais....

Para mim a questão maior é o esforço dos nosso pais e avós, que contribuíram para a construção de todas estas infra-estruturas ser desvirtuado, que se tribute os lucros da brisa, edp, pt, lusoponte, cgd, entre outras, se essas empresas foram construídas por nós todos, numa altura de crise é mais que tempo de contribuírem para o bem nacional, esse dinheiro deveria ser canalizado para pensões, subsídios de desemprego e acção social, áreas onde o estado aplica a maior parte das suas receitas e isso não vejo nada, estão na mão de alguns accionistas que dividem os lucros e o resto que se desenrasque da forma que puder e souber, não entro na demagogia das nacionalizações mas, sim na tributação real dos lucros astronómicos, por exemplo a edp este ano apresenta lucros na ordem dos 1000 milhões de euros...

Todos têm culpas no cartório e todos assobiam para o lado, mais de 200 deputados na assembleia e só se preocupam com intrigas partidárias, não parecem viver no pais real........

Há por aí algumas confusões ó Velha Guarda. As empresas que indicas são tributadas e pagam impostos sobre os seus resultados. Por outro lado, o Estado detem 100% da CGD portanto os seus dividendos são uma receita do Estado. Mencionas também a EDP mas o Estado detém 20% do seu capital pelo que os respectivos dividendos que indicas são também uma receita do Estado.

E parece-me que não tens bem uma noção de números. Se achas que lucros de 1000 milhões de euros são astronómicos, então compara por exemplo com o valor da divida da região autónoma da Madeira que é de 1.200 milhões de euros (antes do temporal).

O problema reside precisamente neste ponto. Só hoje, o Estado português teve de proceder a mais uma emissão de divida no valor de 990 milhões de euros a uma taxa de 4,17%!!!!

O crescimento económico que está previsto para Portugal em 2010 mal deve chegar para pagar SÓ os juros da nossa divida publica.

Por isso, na minha óptica, o PEC só peca por ser demasiado optimista, nomeadamente no que diz respeito à taxa de desemprego que dificilmente deverá baixar dos 10% e à receita prevista nas nacionalizações.

O facto é que os sacrificios vão continuar e têm mesmo de continuar porque andámos demasiado tempo a viver acima das nossas possibilidades.

Anteriormente disseste que fomos um país líder e é verdade. Tivemos as especiarias do Oriente, o Ouro do Brasil, os escravos de Africa e o dinheiro da UE. Mas o facto é que sempre utilizámos essa riqueza através de uma politica de transporte.

Significa isto que a riqueza chegava mas nós transportavamos a mesma para os países que realmente iam enriquecendo à nossa custa.

Nunca tivemos a noção de que era necessário criar uma estratégia de competitividade para o nosso país. Corremos com os judeus e mantivemos a inquisição em Portugal até meados do seculo XIX. Com a republica e o estado novo passámos ao lado da revolução industrial e isolámo-nos do mundo acreditando que as colónias eram sinónimo de riqueza. Depois veio o 25 de Abril e a CEE a injectar dinheiro no país que gentilmente o utilizava para aumentar o consumismo.

Estratégias de competitividade? Eventualmente a aposta na reparação naval e no tráfego dos petroleiros por altura do fecho do canal do Suez que levou à construção do Complexo de Sines e a criação da Lisnave/Setnave.

Depois disso, o Mira Amaral chegou a introduzir os clusters com o guru Michael Porter mas, o facto é que com automóveis, texteis, vinho e calçado pouca penetração conseguimos ao nível das exportações em tempos de crise.

Por isso, o problema é mesmo este: onde é que Portugal pode e deve apostar por forma a conseguir aumentar as suas exportações e assim criar riqueza e crescimento económico? Na minha óptica, a aposta passa pelas energias renováveis, pelo desenvolvimento tecnológico e pela investigação nas áreas da saúde.

Já agora, acrescento aqueles que considero os principais problemas estruturais do nosso país:

=A falta de uma estratégia de competitividade para Portugal em detrimento de uma lógica meramente consumista;
=O dominio dos incompetentes aparelhos partidários de muitos lugares chave de decisão que limitam o desenvolvimento e o crescimento do país;
=A herança salazarista do povo português que ainda acha que é o estado que tem de resolver os seus problemas;
=Grandes falhas no sistema de ensino que acentuaram a falta de competências individuais das últimas gerações.

Bom post, concordo principalmente com a linha a negrito. Maior responsabilidade pessoal era bem vinda, e apesar de ter tido os seus defeitos e falhas, uma Margaret Thatcher não era mal vinda.

[raxx7]

JVELHAGUARDA, isso é mais complicado do que pensas...

Desses 1092M€, ~185-211 M€ vão para o Estado via IRC.
Do resto do bolo, haverá um total de 511 M€ (0,14€ por acção) são distribuidos pelos accionistas.
O Estado, via Parpública (20,49%) recebe mais 105M€.
Os restantes acionistas também são taxados sobre isto. No caso de pessoas singulares, são uns 10%, no caso de pessoas colectivas, os dividendos da EDP vão para os lucros, sobre os quais pagam IRC.

Os restanto, uns 380M€ ficam para o capital próprio da EDP.

E os accionistas não são "uns quantos".
Se fores ver a http://www.edp.pt/pt/investidores/accao ... cture.aspx, vês os "restantes acionistas", que detêm uns 37% e ainda devem ser umas 100 mil pessoas (já foram 160 mil).
Os restantes grandes acionistas são bancos e gestores de fundos, que representam os investimentos indirectos de milhares ou centenas de milhares de pessoas, e outras empresas elas próprias cotadas em bolsa e com uma estrutura de acionistas semelhante.

Quanto ao facto de essas empresas terem sido construidas por "todos nós", além do dinheiro que "todos nós" recebemos quando a EDP foi privatizada, os ditos acionistas já lá enfiaram mais 3300M€ num aumento de capital.

[OrDoS]

Uma das coisas que eu acho incrível, é como raio não temos mais marcas que se destaquem no estrangeiro, mas coisas a sério, parece que estamos limitados a sermos pequeninos em vez de realmente competitivos. Depois vêm os "génios" e os "crânios" a fugirem deste país, mau era...

Surpreende-me a lata dos sucessivos Governos de se encavalitarem nas empresas e darem palmadinhas nas costas aos seus fundadores com aquelas visitas todas bonitas, o espalhafato de marketing como se tivessem sido eles a apoiá-las para chegarem onde chegaram... bah...

[raxx7]

O problema reside precisamente neste ponto. Só hoje, o Estado português teve de proceder a mais uma emissão de divida no valor de 990 milhões de euros a uma taxa de 4,17%!!!!

Além de concordar com o que escreveste, aproveito para fazer notar que, finalmente, o Estado lembrou-se de criar mecanismos para permitir que os particulares que subscreverem isto benificiem dos mesmos juros que os subscritores institucionais.
Pode ser que ajude a que mais desta dívida fique cá dentro.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=412621

E já agora acrescento o meu bitaite pessoal sobre um dos grandes problemas do país: a cultura de falta de valorização das competências dos outros.
Quem está por baixo acha que quem está por cima é incompetente e ganha demais, quem está por cima acha que quem está por baixo é facilmente substituivel e o resultado é, normalmente, merda.

[OrDoS]

E já agora acrescento o meu bitaite pessoal sobre um dos grandes problemas do país: a cultura de falta de valorização das competências dos outros.
Quem está por baixo acha que quem está por cima é incompetente e ganha demais, quem está por cima acha que quem está por baixo é facilmente substituivel e o resultado é, normalmente, merda.

É mais uma acha para o fosso das desigualdades e, infelizmente, esse forcing táctico vai continuar a afundar-nos.

[Brilhando]

Por amor d'O Grande Bode, parem de alimentar a fantochada das energias renováveis com dinheiros públicos:

Energias renováveis destroem 2 empregos por cada 1 que criam

Um estudo da Universidade Rey Juan Carlos, de Madrid, sobre o impacto no emprego das ajudas públicas às energias renováveis, conclui que 2,2 postos de trabalho são destruídos por cada "emprego verde" criado em Espanha, o que significa que os 50.227 empregos gerados nas renováveis desde 2000 levaram à destruição de 110.500 no resto da economia.

[...]

Por fim, os elevados custos da electricidade induzidos pelas políticas de incentivo ao "emprego verde" vão obrigar a uma subida de 31% nos preços pagos pelo consumidor final, de modo a cobrir o défice tarifário "gerado pelos subsídios às renováveis".

E em Portugal?
Ah, Estado Empreendedor <3