Política - Discussão ou algo do género.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Draconivs ScadinaVvs » quinta set 05, 2013 8:38 pm

Esta mudança de paradigma não faz muito sentido, realmente. Então e a malta que não pode pagar 100 contos/mês para por os filhos num colégio? Ficam reduzidos a um ensino público de segunda categoria?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Francis » quinta set 05, 2013 8:51 pm

Já foi de primeira?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » quinta set 05, 2013 8:53 pm

Francis Escreveu:Já foi de primeira?


Por acaso é um bom sistema de ensino.

Todos anos as universidades publicam os quadros de mérito, com os seus melhores alunos e numa grande maioria são alunos provenientes do Ensino Público. Repito, numa grande maioria.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Draconivs ScadinaVvs » quinta set 05, 2013 9:32 pm

O nosso sistema de ensino público nunca foi perfeito, nomeadamente os programas serem, por vezes, demasiado direcionados para uma continuação para o ensino superior, o que leva a muita gente com capacidades intelectuais menores a abandonar os estudos prematuramente. Nos últimos anos, com a abertura de cursos profissionais, tentou-se emendar esta lacuna, mas acabou por se criar um problema quando se punham essas pessoas a concorrer em pé de igualdade com os do ensino regular, no concurso para a entrada no ensino superior. Outro problema que detectei na minha experiência pessoal, é que algumas escolas têm dificuldade em lidar com alunos com necessidades educativas especiais.
No entanto, temos um sistema educativo abrangente, completo e razoavelmente acessível que te deixa com todas as competências básicas que poderás necessitar para a tua vida. Coisa que, por exemplo, nos EUA não se passa de todo. Lá o ensino público é absolutamente deplorável, residual até. Alguém que queira ter um nível de educação semelhante ao que temos aqui tem que gastar rios de dinheiro. O que leva a uma certa elitização da educação, que eu suspeito que estejam a querer implementar no nosso país e que é de todo inaceitável! :evil:
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » terça set 10, 2013 6:45 pm

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Mensagempor Zombie_ » terça set 10, 2013 11:41 pm

As medidas da educação (aumentar nr de alunos por turma e apoiar o ensino privado), mais o decreto-lei que protege os políticos de divulgar as suas regalias, lembra-me umas conversas que tive com uns amigos brasileiros no ano passado. Vou chegando à conclusão que nos aproximamos cada vez mais deles, nas medidas más.

E agora esta do BE... Só falta termos um Tiririca para completar a festa...
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » quarta set 11, 2013 8:36 am

Zombie_ Escreveu:As medidas da educação (aumentar nr de alunos por turma e apoiar o ensino privado), mais o decreto-lei que protege os políticos de divulgar as suas regalias, lembra-me umas conversas que tive com uns amigos brasileiros no ano passado. Vou chegando à conclusão que nos aproximamos cada vez mais deles, nas medidas más.

E agora esta do BE... Só falta termos um Tiririca para completar a festa...


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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Lapeno Enriquez » quarta set 11, 2013 10:40 am

Quanto mais será necessário para as pessoas perceberem que o BE não é para ser levado a sério? Só por piada é que se pode votar nestes gajos.
...natasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatas...
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Francis » quarta set 11, 2013 12:11 pm

http://images.dinheirovivo.pt/ECO/File? ... SID=209352

Será também anti-piropo ou vai molho dentro do partido?

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » quarta set 11, 2013 12:47 pm

Nas próximas eleições pretendo votar em lados opostos...

PSD para as autárquicas

Os Verdes para as legislativas

O BE definitivamente não é para ser levado a sério.

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Mensagempor Zombie_ » quarta set 11, 2013 1:24 pm

Cthulhu_Dawn Escreveu:
Zombie_ Escreveu:As medidas da educação (aumentar nr de alunos por turma e apoiar o ensino privado), mais o decreto-lei que protege os políticos de divulgar as suas regalias, lembra-me umas conversas que tive com uns amigos brasileiros no ano passado. Vou chegando à conclusão que nos aproximamos cada vez mais deles, nas medidas más.

E agora esta do BE... Só falta termos um Tiririca para completar a festa...


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Pronto, descambámos :lol:
RuySan: Não percebo a obsessão que certas pessoas têm com cuecas.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quarta set 11, 2013 4:02 pm

Há, agora mais a sério, bastante gente no BE com bastante cabecinha, e há iniciativas directa ou indirectamente ligadas ao BE que são de valor. O S.O.S. Racismo é uma delas, por exemplo, e dou-lhes todo o crédito enquanto pessoas e através de movimentos, conseguirem trazer vários assuntos sociais à praça pública.

Por outro, têm o sentido político de um guaxinim e parece que ainda não sairam da idade do armário.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Lapeno Enriquez » quarta set 11, 2013 4:13 pm

Grimner Escreveu: há iniciativas directa ou indirectamente ligadas ao BE que são de valor. O S.O.S. Racismo é uma delas



http://www.publico.pt/local/noticia/sos ... ga-1604910

:twisted:

Ia jurar que o SOS Racismo é mais antigo que o BE.
...natasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatas...
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » quarta set 11, 2013 4:24 pm

Lapeno Enriquez Escreveu:
Grimner Escreveu: há iniciativas directa ou indirectamente ligadas ao BE que são de valor. O S.O.S. Racismo é uma delas



http://www.publico.pt/local/noticia/sos ... ga-1604910

:twisted:

Ia jurar que o SOS Racismo é mais antigo que o BE.



É. Mas o BE em si é uma junção de partidos que vêm de mais atrás no tempo e o José Falcão era dirigente do PSR.

(E mais kudos ao SOS Racismo por saber demonstrar independência ao denunciar a situação. E de referir que na sequência dessa história, em cerca de 24 horas, o BE retirou a confiança política ao Francisco Castelo. )
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » quinta set 12, 2013 12:47 pm

Portugal tem beneficiado “elites económicas” e arrisca-se a ser um dos países mais desiguais

Relatório da organização não governamental Oxfam alerta Europa para os perigos do caminho da austeridade e cita Portugal como exemplo de um país onde os cortes estão a travar o crescimento e a trazer mais pobreza.

Ou a Europa arrepia caminho em relação à austeridade ou o resultado da receita será apenas mais pobreza. Esta é a principal conclusão do último relatório da organização não governamental (ONG) Oxfam, que destaca Portugal como um dos casos onde as políticas seguidas estão a beneficiar apenas os mais ricos e a colocar o país em risco de se tornar num dos mais desiguais do mundo.

De acordo com o relatório da Oxfam, se nada for feito e as medidas de austeridade actualmente em vigor continuarem a ser implementas, em 2025 vão estar em risco de pobreza cerca de 25 milhões de europeus. “Apelamos aos Governos europeus que liderem um novo modelo social e económico que invista nas pessoas, reforce a democracia e procure um sistema fiscal justo”, afirma Natalia Alonso, responsável pela Oxfam na União Europeia.

Outro problema é que a organização, que foi formada em 1995 por 17 ONG internacionais espalhadas por 90 países, estima que possam ser necessários 25 anos para que se recupere o nível de vida que se tinha antes da crise económica e financeira – um caminho que só poderá ser invertido com medidas muito bem estruturadas de combate à pobreza.

Mais endividamento, menos crescimento
O relatório intitulado A Cautionary Tale: The true cost of austerity and inequality in Europe surge nas vésperas do encontro dos ministros europeus da Economia e pretende alertar os responsáveis políticos para que os resgates financeiros que têm vindo a ser feitos apenas estão a causar níveis de pobreza e de desigualdade que podem perdurar décadas. “Pelo contrário, as medidas de austeridade não estão a conseguir reduzir o nível de endividamento tal como se supunha que fariam, nem a impulsionar um crescimento económico inclusivo”, diz a Oxfam.

Ainda em relação a Portugal, a ONG salienta que a crise está a afectar muitos jovens, mas também a dificultar a vida a populações que são sempre mais vulneráveis nestas alturas, como as mulheres. Além disso, mesmo quando se mantêm os apoios sociais “adoptam-se diversas medidas que aumentam os requisitos que devem cumprir os desempregados” para poderem aceder às ajudas.

Desigualdade nos rendimentos
O relatório salienta também a pressão internacional para Portugal privatizar serviços como a energia, água e transportes, assim como alguns serviços de saúde, ao mesmo tempo que deveria liberalizar o mercado laboral. Só que aponta que tudo isto foi feito sem a garantia das devidas protecções ao emprego e sem uma vigilância apertada.

“Grécia, Portugal e Espanha aplicaram políticas dirigidas a desmantelar os sistemas de negociação colectiva, o que provavelmente se traduzirá no aumento da desigualdade e na queda contínua do valor real dos salários”, lê-se no documento – que refere ainda o aumento o IVA como mais um factor que dificultou o poder de compra no país.

Sobre Portugal é ainda dito que entre 2010 e 2011 a desigualdade nos rendimentos tem beneficiado as “elites económicas”, dando-se como exemplo o crescimento do mercado de bens de luxo, e é dito que após as crises financeiras em geral os mais ricos vêem os seus rendimentos crescer 10% enquanto os mais pobres os perdem na mesma proporção.

Lições da América Latina, Sudeste Asiático e África
Para esta organização a União Europeia deve tirar lições de outros períodos de austeridade que foram, por exemplo, vividos em países da América Latina, do Sudeste Asiático ou de África durante as décadas de 1980 e 1990, para evitar cair nos mesmos erros.

“A gestão europeia da crise económica ameaça reverter décadas de progresso em matéria de direitos sociais. Os agressivos cortes na segurança social, na saúde e na educação, as reduções nos direitos dos trabalhadores e um sistema fiscal injusto estão a envolver milhões de cidadãos europeus num ciclo vicioso de pobreza que pode perdurar durante gerações. Não faz nenhum sentido nem do ponto de vista moral nem económico”, reforça Natalia Alonso. A responsável insiste que as medidas tomadas apenas beneficiam os 10% da população mais rica.

No relatório são citados exemplos concretos de países, além de Portugal, como Espanha, Grécia, Irlanda e Reino Unido, onde a austeridade está a ser aplicada de forma mais rigorosa, defendendo-se que “rapidamente estarão entre os países com maior desigualdade do mundo se os seus líderes não mudarem de rumo”.

Aliás, o documento lembra que as próprias instâncias internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, três anos após os memorandos de entendimento com alguns países “estão a reconhecer que as suas medidas não só não conseguiram reduzir o endividamento público e os défices orçamentais, como pelo contrário aumentaram a desigualdade e travaram o crescimento económico”.

O próprio prefácio deste relatório é feito pelo Nobel da Economia Joseph Stiglitz que escreve que “a onda de austeridade económica que varreu a Europa corre o risco de provocar danos sérios e permanentes ao modelo social”, insistindo que “está a contribuir para a desigualdade que vai tornar as fraquezas económicas mais duradouras”.

Mais pobres que os pais
Para a Oxfam os recordes atingidos no desemprego são o maior exemplo disso, sobretudo entre os mais jovens, assim como a redução de salário. “Pelo menos um em cada dez famílias europeias com trabalho vive na pobreza e esta estatística pode piorar gravemente”, alerta o relatório, que diz que mesmo as pessoas com trabalho serão muito mais pobres que os seus pais.

A Oxfam insiste que a história se está a repetir e que “os nossos líderes estão a ignorar as consequências das medidas de austeridade”, voltando a citar casos em que houve cortes ou privatizações na saúde e na educação e em que a consequência foi “um fosso entre pobres e ricos”. “A Indonésia demorou dez anos a voltar aos níveis de pobreza de 1997 enquanto alguns países latino-americanos demoraram 25 anos a voltar ao que tinham antes de 1981”, defende Natalia Alonso.


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