Política - Discussão ou algo do género.

Avatar do Utilizador
spiegelman
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2457
Registado: quinta jan 04, 2007 6:25 pm
Localização: Nativo tuaregue do deserto da Margem Sul, caralho!
Contacto:

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor spiegelman » sexta mar 08, 2013 5:28 pm

Francis Escreveu:
E apresentar soluções?


Essa do apresentar soluções também é do mais demagógico que há. Eu se vir que um paramédico estiver claramente a matar um tipo que teve um ataque cardiaco em vez do salvar tenho todo o direito, aliás o dever, de gritar, estrebuchar e apontar que ele está a matá-lo em vez de o salvar. Mas não tenho que apresentar uma solução para o salvar. Não sou médico. Mas não tenho que me calar e olhar impávido e sereno enquanto vejo um incompetente a arruinar uma vida, olha que foda-se....
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)

Avatar do Utilizador
Francis
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 334
Registado: terça jun 12, 2012 1:12 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Francis » sexta mar 08, 2013 5:42 pm

Imagem

Avatar do Utilizador
Grimner
Administrador
Mensagens: 4290
Registado: domingo mai 08, 2005 9:41 am
Localização: Lisboa
Contacto:

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Grimner » sexta mar 08, 2013 10:54 pm

Francis Escreveu:
Audiokollaps Escreveu:A Vida Acima da Dívida

A mãe de todas as mensagens das manifestações do passado fim de semana foi a afirmação da vida contra a morte. Uma afirmação com três nomes: dignidade, democracia e patriotismo. E uma canção, onde coube todo o país exceto o governo. Sentindo um perigo e uma ameaça viscerais, os portugueses recusam-se a deixar de gostar de si e do seu país. Vivem um momento de intensa inteligência intuitiva que está além e aquém do que os discursos e representações oficiais dizem deles. Recusam-se a aceitar que uma vida honesta feita de muito trabalho e estudo possa ser apelidada de preguiçosa, leviana e aventureira, que os impostos e os descontos pagos ao longo da vida tenham sido em vão, que quem menos pagou seja quem é mais protegido num momento de dificuldade coletiva. Recusam-se a aceitar que a democracia seja uma máquina de triturar a esperança, um moinho que só sabe moer o moleiro, uma farsa onde só são reais os fios que sustentam as marionetas, uma engrenagem encalhada num parlamento à beira-mar enterrado. Recusam-se a aceitar que os representantes eleitos pelo povo representem exclusivamente os interesses de credores predadores, que os governantes tenham outra pátria que não a dos governados, que a riqueza do país e o bem-estar dos cidadãos se transformem em penhora de um futuro hipotecado, que o roubo deixe de o ser apenas por estar institucionalizado e cotado internacionalmente. Recusam-se a aceitar que um governo nacional se comporte como a comissão liquidatária do país, reduza a história e a cultura a números, de que aliás retira tantas previsões quantas imprevisões, viaje às escondidas pelo país e só fale em público quando o público é estrangeiro.

Esta inteligência intuitiva, que afirma a dignidade, a democracia e o patriotismo, permite entender o que parece inexplicável: que o governo seja indigno, apesar de ocupar instituições dignas; antidemocrático, apesar de ter sido eleito democraticamente; e antipatriótico, apesar de se dizer nosso ante outros países. A inteligência intuitiva não dispensa razões nem desconhece riscos, mas tem com umas e outros uma relação indireta ou fractal. Tem assim uma leveza traiçoeira que torna o seu tratamento político complexo. Eis algumas das razões. Cerca de 20% da receita fiscal vai para pagar juros (por cada 100 euros, 20 vão para os credores); pagamos em juros mais do que gastamos com a educação (108%) e 86% do que gastamos com a saúde; os juros representam 15% da despesa efetiva total do Estado; a política de austeridade aniquila os devedores até ao ponto de nada mais lhes poder tirar senão a vida nua que ainda lhes restar; se propuséssemos uma renegociação da dívida e não pagássemos juros durante o período de negociação (moratória), o nosso orçamento estaria equilibrado e seria possível libertar recursos para investimento e criação de emprego.

Quais os riscos? Se a política atual se mantiver, os portugueses passarão os próximos trinta anos a transferir a sua poupança para o exterior; com o ritmo migratório de 40.000 pessoas por ano, na grande maioria jovens e muitos deles altamente qualificados, daqui a dez anos Portugal será um imenso deserto com balões Google de resorts para turistas. Mais do que riscos, estas são certezas. Contra elas, há que ponderar os riscos da moratória. Portugal ficará sem acesso aos mercados? Mas não é esta a situação atual? O que aconteceu com a Islândia? Os credores, confrontados com uma ameaça credível de moratória, serão rígidos ou negociarão receber alguma coisa em vez de nada? A UE deixará cair definitivamente a periferia, como tem vindo a fazer, ou entenderá finalmente que a crise do sul da Europa só é grave porque há um norte que se alimenta dela e dispõe de uma moeda apenas coerente com a sua economia? Ante riscos de desastre e certezas desastrosas, a inteligência intuitiva não hesita. O hino à vida que se ouviu pelo país inteiro foi uma moção popular pela demissão do governo. Parafraseando o que Humberto Delgado disse sobre o que faria de Salazar se ganhasse as eleições: obviamente, demitam-se!


Boaventura de Sousa Santos - Visão


BRILHANTE!


E apresentar soluções?



Se calhar escala porque o Boaventura Sousa Santos menciona abertamente a solução no texto, apenas para ser confrontado com a resposta padrão de que não há soluções.
Eu já vi o raxx num papo seco
Hordes of Yore webpage

Avatar do Utilizador
HFVM
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3941
Registado: sábado out 17, 2009 2:59 pm
Localização: Oriente/MCN

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor HFVM » sábado mar 09, 2013 11:23 am

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.as ... &did=99616

No prefácio ao livro com as intervenções do último ano, o Presidente justifica os seus silêncios e diz que evitou crise que podia pôr o país numa "situação ainda mais penosa".

Na actual conjuntura “seria fácil alimentar sentimentos adversos à classe política ou até à acção do Governo”, diz Cavaco Silva, mas garante que não é esse o entendimento que tem sobre a acção de um Presidente da República.

No prefácio ao livro “Roteiros” – que junta as intervenções do último ano e assinala os seus sete anos em Belém – Aníbal Cavaco Silva faz uma longa e justificativa reflexão sobre o que tem sido o desempenho das funções presidenciais. Lembra muitos dos discursos que fez, os encontros que promoveu, os alertas que deixou. Explica mais uma vez o que entende por magistratura activa, reconhece que desde o Verão de 2011 a sua acção interna e externa tem sido condicionada pelo programa de assistência financeira.

No plano interno, escreve Cavaco, a sua preocupação tem sido preservar os consensos políticos e sociais. No plano externo, a sua prioridade foi “sublinhar o sentido de responsabilidade do povo português” e assinalar os “sinais de cansaço revelados” por esse mesmo povo em relação às “sucessivas medidas de austeridade”.

Ainda no plano interno, faz alusão à crise entre os dois partidos da coligação governamental por altura do Orçamento do Estado para 2013 e a que já se tinha referido no discurso de Ano Novo. “Era certo que uma crise política grave, na fase crítica da execução do programa de assistência financeira, deixaria o país numa situação ainda mais penosa, pelo que devia actuar de modo a evitar que ela ocorresse”, escreve Cavaco, sem dar mais pormenores.

Tudo isto para chegar a uma pergunta: “Como avaliar os efeitos da magistratura de influência do Presidente da República?”

O próprio Cavaco reconhece que a sua acção, como a de outros agentes políticos” não pode ter uma avaliação directa e imediata. Mas sempre vai dizendo que, se não fosse ele e o seu sentido de responsabilidade e de humildade, o país estaria pior.

O Presidente, escreve Cavaco, “ não pode deixar-se arrastar por pulsões emocionais ou afectar pelas tensões que sempre emergem nos tempos de crise”. Por isso, diz que recusa o populismo que até lhe podia trazer mais simpatias e promete continuar a contribuir “ forma activa, mas ponderada para que Portugal vença os desafios do presente sem perder de vista os rumos do futuro”.


Cavaco, o que seria do país sem ti???? Bem haja!!!!!
Proudly Member of UnWise Fvcking Group
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que os seus animais são tratados."

Avatar do Utilizador
Riddl3
Metálico(a) Supremo(a)
Mensagens: 754
Registado: quinta set 11, 2008 10:34 am

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Riddl3 » segunda mar 11, 2013 2:09 pm

Sabbath Bloody Sabbath
Nothing more to do
Living just for dying
Dying just for you

Avatar do Utilizador
Brunhu
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 7541
Registado: sábado out 24, 2009 1:41 am
Localização: Setúbal
Contacto:

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brunhu » segunda mar 11, 2013 2:34 pm

Mas será que estes anormais pensavam que mandavam o pessoal embora de borla??

Cortes Rescisões na Função Pública em 'águas de bacalhau'

O Governo liderado por Pedro Passos Coelho não irá avançar com o plano de rescisões da Função Púbica este ano, apurou o Diário Económico. Estas medidas serão remetidas para o futuro, ainda que se adivinhe próximo, uma vez que o Executivo conseguiu levar a cabo um corte na ordem dos 400 milhões de euros na despesa, feito ao nível da racionalização de gastos nos gabinetes ministeriais e institutos.

Os funcionários públicos poderão respirar um pouco mais fundo, pelo menos durante uns meses. Isto porque, tudo indica, o Executivo não irá avançar este ano com as rescisões previstas.

A racionalização ao nível dos gabinetes ministeriais e dos institutos terá permitido poupar uma fatia de 400 milhões de euros na despesa pública, o que terá, então, contribuído para que a tesourada na Função Pública fique protelada para 2014.

“Todos fizeram um esforço de racionalização e assim é possível não avançar com rescisões”, assinalou uma fonte próxima da reforma do Estado ao Diário Económico, até porque, sustentou ainda, essas rescisões custariam caro ao Estado, que “não tem liquidez” para o efeito.

http://www.noticiasaominuto.com/economi ... T3q5da8nq0

Avatar do Utilizador
HFVM
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3941
Registado: sábado out 17, 2009 2:59 pm
Localização: Oriente/MCN

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor HFVM » sexta mar 15, 2013 12:36 pm

Foda-se, mas este Gaspar não se demite???? Ah grande filho da puta!!!!
Proudly Member of UnWise Fvcking Group
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que os seus animais são tratados."

Avatar do Utilizador
Francis
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 334
Registado: terça jun 12, 2012 1:12 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Francis » sexta mar 15, 2013 2:25 pm

Mas estes resultados/nova decisão não são positivos?

Avatar do Utilizador
HFVM
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3941
Registado: sábado out 17, 2009 2:59 pm
Localização: Oriente/MCN

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor HFVM » sexta mar 15, 2013 2:27 pm

Passos, és tu?
Proudly Member of UnWise Fvcking Group
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que os seus animais são tratados."

Avatar do Utilizador
Francis
Metálico(a) Compulsivo(a)
Mensagens: 334
Registado: terça jun 12, 2012 1:12 pm

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Francis » sexta mar 15, 2013 2:38 pm

Fuck logics.

Avatar do Utilizador
HFVM
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3941
Registado: sábado out 17, 2009 2:59 pm
Localização: Oriente/MCN

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor HFVM » sábado mar 16, 2013 9:48 am

Francis Escreveu:Mas estes resultados/nova decisão não são positivos?


Francis Escreveu:Fuck logics.


Um ministro das finanças que nem com 3 meses de OE revê pela segunda vez os números da recessão e do desemprego... sinceramente não sei o que te queres referir a positivo...
Proudly Member of UnWise Fvcking Group
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que os seus animais são tratados."

Avatar do Utilizador
Luís Pedro Coutinho
Participante Inspirado(a)
Mensagens: 60
Registado: terça mar 12, 2013 7:58 am
Localização: Rio Tinto

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Luís Pedro Coutinho » sábado mar 16, 2013 5:28 pm


Avatar do Utilizador
OrDoS
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 5656
Registado: domingo abr 04, 2004 12:23 pm
Localização: Vieira do Minho / Braga

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » domingo mar 17, 2013 12:43 am

Nem dá para acreditar no que se está a fazer no Chipre, pensava que era difícil descer-se ainda mais o nível, mas parece que os testes de laboratório continuam, falta pouco para a brincadeira lhes rebentar nas mãos... :?

<<Cipriotas indignados com impostos sobre depósitos tentam sem sucesso levantar dinheiro>>


http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=3112511
Última edição por OrDoS em domingo mar 17, 2013 12:47 am, editado 1 vez no total.
From word to a word I was led to a word...
ImagemImagem 20ª Edição - X11

Avatar do Utilizador
Brunhu
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 7541
Registado: sábado out 24, 2009 1:41 am
Localização: Setúbal
Contacto:

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brunhu » domingo mar 17, 2013 12:45 am

OrDoS Escreveu:Nem dá para acreditar no que se está a fazer no Chipre, pensava que era difícil descer-se ainda mais o nível, mas parece que os testes de laboratório continuam, falta pouco para a brincadeira lhes rebentar nas mãos... :?

Foi mesmo à filha da putice.... deve ter sido aprovar a medida e carregar no botão de bloqueio no mesmo segundo!!

Avatar do Utilizador
OrDoS
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 5656
Registado: domingo abr 04, 2004 12:23 pm
Localização: Vieira do Minho / Braga

Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » domingo mar 17, 2013 12:49 am

Brunhu Escreveu:
OrDoS Escreveu:Nem dá para acreditar no que se está a fazer no Chipre, pensava que era difícil descer-se ainda mais o nível, mas parece que os testes de laboratório continuam, falta pouco para a brincadeira lhes rebentar nas mãos... :?

Foi mesmo à filha da putice.... deve ter sido aprovar a medida e carregar no botão de bloqueio no mesmo segundo!!


Basicamente, foi quase o mesmo que sair do euro, mas sem sair do euro :|
From word to a word I was led to a word...
ImagemImagem 20ª Edição - X11


Voltar para “Arquivo 2014 a 2015”

Quem está ligado:

Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 1 visitante