Política - Discussão ou algo do género.

[Audiokollaps]

Não é que morra de amores ou remorsos pelos vencimentos do Nosso Presidente da República, até porque respeito o percurso e a competência do senhor em questão.

Mas pensando bem, 1300€ é uma reforma que era suposto, num país desenvolvido qualquer pessoa ter (ou ate mais).

Ficou-lhe muito mal o desabafo, mas também dá que pensar (e isto pensões à parte), que estaria à espera de uma reforma bem mais gordinha. E se calhar no meio daquela pressão jornalística foi isso que ele quis dizer.

LOL

Não se ria ou chore.

[Last Light]

Evil, é fidedigno este documento?

[Pest]

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Não é que morra de amores ou remorsos pelos vencimentos do Nosso Presidente da República, até porque respeito o percurso e a competência do senhor em questão.

Mas pensando bem, 1300€ é uma reforma que era suposto, num país desenvolvido qualquer pessoa ter (ou ate mais).

Ficou-lhe muito mal o desabafo, mas também dá que pensar (e isto pensões à parte), que estaria à espera de uma reforma bem mais gordinha. E se calhar no meio daquela pressão jornalística foi isso que ele quis dizer.

Quanto ao percurso e competência: Ex-Pide, iniciador dos processos de Parcerias Publico Privadas, criador dos famosos fundos para não produção, obras públicas desenfreadas e desnecessárias, introdução de propinas no ensino superior gratuito, e cereja no topo do bolo, usou de repressão policial contra utentes das estradas, estudantes e até mesmo contra polícias, com recurso à violência da qual resultaram mortos. Depois compadrinhou-se no privado nos negócios do BPN, cujas ilegalidades foram abafadas, mas cujas ramificações custaram ao país bem mais que os 5.900.000.000 € do resgate do BPN ( que esteve envolvido nas gestões de muitos grupos financeiros por detrás das mencionadas PPP's). Admirável.
Quanto ao desgraçado com a reforma de 1.300€, mesmo que fosse e não é, fica absurdo a um chefe de estado dizer que 1.300€/mês não lhe chega para viver quando impõe a outros reformados que vivam com 300. Afirmar que uma reforma desse montante é insuficiente para as suas necessidades num país onde os salariados ganham na sua maioria sensivelmente metade ou é gozar com a nossa cara, ou uma forma muito hábil de mandar o governo subir o salário mínimo para os valores holandeses.
Não me parece que seja a opção B

Muito bem!

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[Venøm]

Venom, posta nas imagens estúpidas e engraças, porque aqui são fails seguidos
sorry

Calma. Eu estou aqui a aprender.

[Grimner]

Evil, é fidedigno este documento?

É. E já foi admitido pelo staff do presidente, que usou a desculpa de que este terá preenchido o formulário apenas para ter acesso a dados para um estudo da universidade.

[Last Light]

É o esterco que temos à frente do país, primeiro como PM e depois como PR. Vamos todos enfrentar esta crise como os combatentes do ultramar!
-_-

[Venøm]

Ora aí está algo que não sabia.

[Soulforged]

Eu até ouvir as recentes declarações achava que a única grande qualidade dele era ser um bom economista. Afinal parece que não é...

Acho que ele quer roubar o lugar ao Almeida Santos.

[The Morning Star]

Monti anuncia vasto plano de liberalizações

O plano destina-se a eliminar os obstáculos que travam o crescimento e que já mereceu a crítica de diversas associações.

O conselho de ministros italiano "adoptou um pacote de reformas estruturais para o crescimento" porque "a economia italiana foi travada durante décadas" por "obstáculos" que incluem "a insuficiência da concorrência", declarou Mario Monti após um conselho de ministros que se prolongou por mais de oito horas.

Após a adopção no final de Dezembro de um novo plano de rigor destinado a tranquilizar os mercados quando o país foi envolvido na crise da dívida, Monti desencadeia com estas liberalizações a "segunda fase" da sua acção, destinada a relançar a economia do país, que entrou em recessão.

Os primeiros elementos do novo plano, de acordo com a agência noticiosa AFP, prevêem designadamente o aumento do número das licenças de táxis, das farmácias e dos notários, a liberdade para os proprietários das estações de serviço optarem pelo abastecimento de combustível junto dos fornecedores da sua escolha, ou a abolição das prestações mínimas dos advogados ou dos notários.

Antigo comissário europeu para a concorrência, Monti elegeu esta
área como uma das grandes prioridades desde a sua chegada ao poder em 16 de Novembro, à frente de um governo tecnocrático apoiado por uma maioria parlamentar, e há duas semanas apelou ao "desarmamento multilateral de todas as corporações (...) para dar mais espaço à concorrência e aos jovens".

As associações mais atingidas pelas medidas -- que necessitam de ser legitimadas pelo Parlamento --, já prometeram contestar o plano do governo, com os taxistas a multiplicarem as greves nos últimos dias e as organizações de distribuição de combustível e dos advogados a anunciarem paralisações para breve. A organização dos farmacêuticos Federfarma também não exclui "formas extremas de protesto". (Como não podia deixar de ser, não é?)

Para além do plano de liberalizações, Monti também anunciou como prioritária uma reforma do mercado de trabalho, outra questão muito sensível e que vai implicar uma reunião entre governo e parceiros sociais na segunda-feira.



O que Portugal precisa é de isto...

[Grimner]

Olhando para esse plano e desconhecendo as provisões do mesmo, assim por alto:

- Afirmar-se que "As associações mais atingidas pelas medidas -- que necessitam de ser legitimadas pelo Parlamento --, já prometeram contestar o plano do governo " só pode ser piada. O próprio Mario Monti não está legitimado por qualquer orgão de soberania italiano.

- A ideia de criação de empresas soa à partida boa. No entanto, relançar um plano desses nesta altura é falacioso e potencialmente perigoso, numa altura em que o país está sem dinheiro. Ora, se não há dinheiro, quem queira o seu taxi ou a sua farmácia terá que fazer o que até agora tem sido feito: recorrer ao crédito. Relembre-se que a crise é uma crise de dívidas de crédito e que como tal a solução não pode ser o encorajar da contracção de mais dívida. A curto prazo, pode relançar a economia, mas: não resolve problemas estruturantes; mantém a dependência do crédito bancário; encoraja uma nova bolha de endividamento ( lembrem-se que as hipotecas também foram em tempos consideradas investimentos seguros na América).

- Não existe, ou pelo menos está omissa na notícia, qualquer referência ao estado social. O que se vê sim é uma carta branca à ideia de "desunhem-se e compitam." Que foi o que as empresas sempre fizeram, até se tornarem maioritárias no mercado ao ponto de ser capazes de engolir a concorrência.

- Falta saber o que ele irá propor em concertação social. Adivinha-se, olhando para estas medidas, que a concertação irá flexibilizar e "liberalizar" o trabalho. Ou seja, horários mais flexiveis, salários congelados ou mais baixos, perda de regalias, tudo em nome da "competitividade"



posto isto, e bem vistas as coisas, não, Morning Star, não é nada disto que portugal precisa.

[Grimner]

E pergunta de retórica:

No dia da greve, apesar das imagens terem já provado que NÃO houve desacatos de maior e os que houve foram incentivados por polícia, foram detidas 7 pessoas, uma delas de forma muito violenta.


Quantos nacionalistas foram detidos ou identificados após os ataques de ontem?

[aftermath]

Quantos nacionalistas foram detidos ou identificados após os ataques de ontem?

Parece que um foi para o hospital, o que apesar de não ser o ideal não deixa de representar um saldo positivo.

[cafcaf777]

Petição - Pedido de Demissão do Presidente da República

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N19482

[otnemeM]

Nope. Disseste que a esquerda estava calada, eu disse que não, mostrei links, e contextualizei a coisa. Apesar de existir uma situação que domina e tem predominância na agenda política, o assunto não ficou esquecido e peço menos um dos partidos tem uma oposição clara e explicada.

Nas questões restantes, demonstraste ignorância total do que é um piquete de greve, tentaste descontextualizar os vencimentos dos maquinistas quando nem sabes nem percebes o que é uma diuturnidade no contexto da CP, demonstras completa ignorância ( ou pior ainda, autismo primário ou má vontade labrega) quanto às razões da greve dos maquinistas ( que se estendem e incluem, mas não se limitam, ao facto de, numa empresa mal gerida, se privilegiarem e honrarem contratos de gestão danosa em detrimento do serviço prestado aos utentes e aos salários dos trabalhadores, que estão longissimo de ser a principal causa de prejuízo das empresas, a condições de trabalho bem acima dos limites previstos por lei - isto contando que já trabalham uma média de 60 horas semanais-, à existência de salários em atraso, à tentativa e pressão ilegal de deslegitimar a greve impondo serviços minimos que anulam completamente o propósito da mesma, à pressão ilegal sobre trabalhadores não efectivos que podem perder o emprego por exercer um direito).

Tanto empenho na demonização dos maquinistas no que é uma luta por direitos que estão a ser destruidos, não por necessidade mas para manter os acordos e os modelos de funcionamento que, esses sim, causam prejuizo ao estado e à nossa carga fiscal, é tão coerente quanto estupido e mal fundamentado. Deve haer aí raízes entranhadas, mas nada que um psiquiatra e um boneco para dizer onde doeu não resolva.

Huhum. Nesse assunto, na altura da primeira greve e na segunda (início do ano), vários posts feitos em resposta aos teus ficaram sem resposta. Incluindo a parte em que disseste que o decreto de serviços mínimos era ilegal (ou wtv, cito de memória pq não há care suficiente para procurar e fazer quote), sigh. Suponho que isso seja por ignorância minha e de quem mais te respondeu - responderes com constantes ad hominem e outras falácias e ataques que tais é certamente prova disso mesmo por definição... ou é ao contrário? Nunca sei.
Anyhoo, não dou para esse peditório, mas podes continuar a segurar a caixinha à vontade, pode ser que tenhas sorte.

'ta.

[Grimner]

Houve resposta aquando das tuas afirmações sobre as imensas regalias ( que todas somadas no papel dão um salário na casa dos 1.500€ para semanas de trabalho na casa das 60h/semanas, onde ver a família é um "luxo" ocasional) e elas foram explicadas numa relação de direitos/deveres que justificam a esmagadora maioria das subvenções. Ou seja, porque o trabalho exige sacrificios adicionais de quem o pratica, criou-se um sistema de compensações, como as subvenções. Mas a maioria das regalias são subsidios de transporte e alojamento que não chegam para cobrir as despesas de dormir e comer fora de casa. E pouco importa o valor que ganham quando há atrasos nos pagamentos.

Eu nunca disse que os serviços mínimos eram ilegais. Algumas aulas de leitura básica ficar-te-iam bem, até te davam a ilusão de saber o que dizes e evitava que mentisses ao afirmar coisas que nunca disse. O que afirmei foi a existência de duas situações distintas:

a) os acordãos deixam ao estado e à direcção da empresa a determinação de serviços mínimos e estes abusam desses acordãos para minar o impacto das greves. Não é ilegal, mas viola o princípio de greve. Tendo a constituição precedência sobre a lei, se se vila um direito constitucional, está igualmente previsto na constituição o direito à desobediência.

b) Trabalhadores a prazo ou a contrato são coagidos a furar a greve sob ameaça de perder o emprego. O que é, isso sim, manifestamente ilegal.

A outra pessoa (Brilhando) que na altura argumentou disse que a greve poderia violar o direito ao trabalho dos outros. E a isso ( quando as questões são pertinentes até merecem a minha atenção) dei resposta. A questão dos serviços mínimos e a forma como tu deturpaste as minha palavras foi claramente tão pateta que não mereceu mais consideração. Mas que fique já aqui a tua cabecinha descansada.