Depressão - O que é realmente e como se combate?

[Amphion]

A questão da "responsabilidade" é muito bicuda, e um dos maiores pontos de estudo e discórdia da história da psicologia e psiquiatria. Seja como for, é óbvio que não vais atribuir a mesma responsabilidade à depressão do menino de cascais que ficou na fossa por não ter visto Tokyo Hotel e ao menino indonésio que perdeu 20 membros da família no tsunami...

As responsabilidades não fazem sentido quando enquadradas no contexto de uma só vida, onde as circunstâncias e oportunidades são tão estupidamente diferentes para diferentes pessoas.

[ORIS]

Oris, é claro que não se trata de um processo facil e Linear, e tudo isto que eu disse, todas estas explicações são simplificações de processos mentais bastante complexos de reflecção, eu empiricamente não tenho possibilidade de tos provar, portanto olha, vão ter que ficar no campo das crenças pessoais, mas sim, continuo a acreditar que tudo o que nos acontece é da Nossa respondabilidade! Não temos culpa, mas somos responsaveis por isso. Quando me disseram isto tornei-me um tanto relutante em relaçãoi a esta ideia, mas cada vez mais e mais me tenho apercebido de que não é mentira.

Quanto ao que eu disse em cima, são apenas maneiras de auto-consciencia para não alcancançares a depressão!
Não estou a dizer que a depressão seja uma coisa fácil de se combater, porque não é e eu sei disso muitissimo bem até.

É claro que há também imensas pessoas que te aparecem na vida e que te influenciam, mas o mundo e feito de varias acções reacções em cadeia, e se tesn X comportamento com determinada pessoa recebes X comportamento da parte de outra, lógica da batata.

Gostava de escrever um texto maior e mais bonito sobre isto, infelizmente não posso ficar mais por hoje, amanhã organizo melhor as ideias e explico-me melhor sobre isto, fiquem bem, boa noite!

A laranja: o q te quis dizer é q até podes ser o homem mais consciencializado do mundo e reflectires a torto e a direito q ñ te vai livrar de uma depressão, aliás muitas vezes o processo de uma depressão desencadeia-se no reflectir de muita coisa, claro dependendo do q se está a reflectir...mas é difícil escapar...

Azul: sem lógica!

A verde: ñ necessáriamente! E aí por mais q tentes simplificar as coisas...a realidade é q ñ podes! Ñ se trata aqui de uma situação de estares a falar "com duas pedras na mão" para o Manuel da esquina... E ele "enviar-te" para um sítio jeitoso.
É muito mas muito mais complexo q isso. E isto já vai para o lado da Psicologia e Sociologia e ficar-me-ei por aqui.

[ORIS]

A questão da "responsabilidade" é muito bicuda, e um dos maiores pontos de estudo e discórdia da história da psicologia e psiquiatria. Seja como for, é óbvio que não vais atribuir a mesma responsabilidade à depressão do menino de cascais que ficou na fossa por não ter visto Tokyo Hotel e ao menino indonésio que perdeu 20 membros da família no tsunami...

As responsabilidades não fazem sentido quando enquadradas no contexto de uma só vida, onde as circunstâncias e oportunidades são tão estupidamente diferentes para diferentes pessoas.

Claro....sem dúvida...

[Venøm]

A questão da "responsabilidade" é muito bicuda, e um dos maiores pontos de estudo e discórdia da história da psicologia e psiquiatria. Seja como for, é óbvio que não vais atribuir a mesma responsabilidade à depressão do menino de cascais que ficou na fossa por não ter visto Tokyo Hotel e ao menino indonésio que perdeu 20 membros da família no tsunami...

As responsabilidades não fazem sentido quando enquadradas no contexto de uma só vida, onde as circunstâncias e oportunidades são tão estupidamente diferentes para diferentes pessoas.

Claro que não, nem sequer me referi aos paises menos desenvolvidos. Estou-me a referir a nós "pessoas desenvolvidas", e mesmo assim acredito que cada pessoa deve ter um senso de responsabilidade para com os seus problemas, não estou a dizer crianças, mas sim adultos e adolescentes. Uma pessoa que perdeu os familiares no tsunamy (não estou a falar de barriga cheia) é responsável por se adaptar à situação, já não se aplica o mesmo a crianças. Mas nós adultos e adolescentes que saimos cá para fora com uma educação devida e nascemos num lar, com pais que nos deram tudo temos que ser responsaveis! E assumir responsabilidade pelas coisas que nos aparecem na vida! É por orgulhos de lado, reconhecer que as situações adversas da vida são de algum modo benéficas para nós porque merecem ser analisadas e estudadas! Eu continuo a acreditar nisto! É claro que existem também pessoas à nossa volta que nos influenciam, mas hoje em dia tudo o que fazemos è porque queremos! Não me venham com as questões culturais e religiosas! A religião já não é o opio do povo. Na nossa vida também somos responsaveis pela forma como lidamos com as pessoas! Não estou a falar dos meninos pobres em Africa porque nunca lá estive e não faço ideia daquilo que eles passam! Estou a falar sim, de nós que nascemos com o rabinho virado para a lua, e ainda nos queixamos!
É assim, isto é no que eu acredito, eu não vos quero impingir as minhas ideias, nem estou a vir para aqui com questões de Orgulho pessoal, só vos posso dizer que é naquilo em que acredito e acho que se cada pessoa tivesse esse senso de responsabilidade, o mundo seria talvés um sitio melhor

[Venøm]

Azul: sem lógica!

O que quis dizer a Azul foi que algumas pessoas estão a confundir culpa com responsabilidade. A culpa é um sentimento negativo, é um sentimento que tem de ser eliminado, porque não é benéfico, e, pode levar à Depressão. Por outro lado a responsabilidade é um sentimento positivo.

Quanto à depressão, é verdade que esta aparece por pensarmos demais nas coisas adversas, por sua vez iludimo-nos com pensamentos de derrota e permanecemos apáticos. Esse pensamento de derrota e apatia e de "não vale a pena fazer nada" é precisamente o oposto de assumir responsabilidade e força de vontade para superar o problema. Como disseste e muito bem, algumas pessoas conseguem e outras não.

Olha, estou a gostar desta discussão

[theresa018]

Estou a tomar notas num bloquinho

Isto vai-me fazer jeito daqui a uns aninhos.

[IgnotoDeo [RIP 2009/06/27]]

Estou a falar sim, de nós que nascemos com o rabinho virado para a lua, e ainda nos queixamos!

há gente que nsceu na terra dos "rabinhos virados para a Lua", que mal tem dinheiro para se alimentar e tem mais força de vontade e mais amor à vida para continuar a batalhar dia após dia. E essas pessoas nem sequer dão um ar do seu cansaço interior.
Se calhar é por isso que me chateia tanto ver miúdos com vida feita e comidinha no prato a queixarem-se da vida "ai estou tão mal , deixa-me cortar os pulsos". Mais uma vez, tudo depende do contexto e sim, também sei que advém da forma como as pessoas lidam com os problemas (há quem seja mais sensível e entre em depressão por coisas que á primeira vista parecem ridículas). Mas é preciso saber distanciar determinadas coisas e relativizar certos problemas.
Para os mais jovens, vocês ainda não se viram a braços com a vida absurda que está lá fora, com os problemas de ter que sustentar uma família e ás vezes, mesmo apesar do esforço, não se conseguir. Somente por isso, sem querer entrar minorizar ninguém nem nada que se pareça, nem tão pouco ter que entrar em muitos outros aspectos que atentam até à dignidade humana, pensem um bocado nos problemas que realmente têm pensem no pior que poderiam estar e não estão. Ao menos desta forma, se não houver outra, ponham a mão na vossa consciência e pensem bem se não vale mais do que a pena viverem a vida que têm


Quanto ao caso da depressão infantil (e não só), sim, de facto os números disparam mas também concordo que é por questões de facilidade de diagnóstico (seja ele bem ou mal feito) e por excesso de profissionais da área.


Completamente off-topic, Amphion, estás brutalmente secsi

[Venøm]

É verdade, e o facto de começar-mos a "sair da casca" para ver o mundo exterior é o pior. Estamos tão habituados ao quentinho da ilusão e de repente saimos cá para fora, vemos um mundo completamente marado, ficamos apáticos com o choque porque sentimos que nos andam a comer vivos, é tudo tão brusco e tão repentino que sometimes people Snap. Ainda não cheguei a essa altura, mas estou a ser o mais prudente possivel para evitar o maximo numero de surpresas desagradáveis possiveis, porque quando sair desta casinha confortável onde estou, a vidinha vai custar imenso.

[ORIS]

...porque quando sair desta casinha confortável onde estou, a vidinha vai custar imenso.

Aí entra aquilo a q chamas de consciencialização...
A Vida ñ é fácil nem difícil...é uma sinosoide...e até se morrer está-se sempre a aprender...

Eu por exemplo, lido com a Vida dessa forma...ñ vivo dia-a-dia, do género Carpe Diem...
Eu planeio a minha vida, tendo em conta claro q há sempre coisas q irão alterar o q poderei estar a planear.
Eu como ñ crente consciencializei-me q nasço ,vivo e morro...resumo-me ao alpha e ao omega...no meio é delírio mental controlado...metaforicamente falando é claro...

Sei q sou um ser vulnerável a toda a espécie de doenças e imprevistos q possam aparecer ( tal como todos nós )...e isso é mais q certo.
Bem como é certo algo q preservo há mt, q é a minha capacidade de reacção e adaptação às coisas, qnd ñ há solução olha é a vida.
O carácter e personalidade são uma boa "arma" para muita coisa, mas há sempre um mas...e muitas vezes qnt a isso só temos q reagir.
Nem sempre se pode olhar para o passado ou para o futuro e reflectir.

"Todos os dias levo o fardo da vida às costas...mas se puder levar um pouco do fardo daqueles q amo...sem dúvida q me sinto mais leve"

[myown_shad0w]

bom, só posso falar da minha experiência... tive uma depressão durante uns 4 ou 5 anos, com os seus momentos altos e baixos, que surgiu sem dar por isso e como acumulação de momentos da minha vida que corriam menos bem. para além disso tive o acréscimo de ter um nível de ansiedade superior ao normal, o que faz com que tenha ataques de ansiedade e de pânico, (em certa altura chegou ao ponto de não conseguir sair de casa). agora estou melhor, e foi uma experiência que não desejo a ninguém, mas que para mim foi enriquecedora na medida em que olho para o mundo com outros olhos, tornei-me mais independente, na medida em que agora conto só comigo mesma, fez com que descobrisse o que eu realmente queria para mim, e fez-me crescer muito. Tive e ainda tenho apoio psicológico e nunca tomei medicamentos, mas isso sou eu. contudo, chamem-me masoquista se quiserem, não me arrependo de nada. E aqui deixo uma "quote" de um filme sobre uma modelo dos anos 80, Gia, para resumir esta palha toda:

"Life and death, energy and peace. If I stop today it was still worth it. Even the terrible mistakes that I made and would have unmade if I could. The pains that have burned me and scarred my soul, it was worth it, for having been allowed to walk where I've walked, which was to hell on earth, heaven on earth, back again, into, under, far in between, through it, in it, and above."

there u go.

[Inmist]

A questão da "responsabilidade" é muito bicuda, e um dos maiores pontos de estudo e discórdia da história da psicologia e psiquiatria. Seja como for, é óbvio que não vais atribuir a mesma responsabilidade à depressão do menino de cascais que ficou na fossa por não ter visto Tokyo Hotel e ao menino indonésio que perdeu 20 membros da família no tsunami...

As responsabilidades não fazem sentido quando enquadradas no contexto de uma só vida, onde as circunstâncias e oportunidades são tão estupidamente diferentes para diferentes pessoas.

Claro que não, nem sequer me referi aos paises menos desenvolvidos. Estou-me a referir a nós "pessoas desenvolvidas", e mesmo assim acredito que cada pessoa deve ter um senso de responsabilidade para com os seus problemas, não estou a dizer crianças, mas sim adultos e adolescentes. Uma pessoa que perdeu os familiares no tsunamy (não estou a falar de barriga cheia) é responsável por se adaptar à situação, já não se aplica o mesmo a crianças. Mas nós adultos e adolescentes que saimos cá para fora com uma educação devida e nascemos num lar, com pais que nos deram tudo temos que ser responsaveis! E assumir responsabilidade pelas coisas que nos aparecem na vida! É por orgulhos de lado, reconhecer que as situações adversas da vida são de algum modo benéficas para nós porque merecem ser analisadas e estudadas! Eu continuo a acreditar nisto! É claro que existem também pessoas à nossa volta que nos influenciam, mas hoje em dia tudo o que fazemos è porque queremos! Não me venham com as questões culturais e religiosas! A religião já não é o opio do povo. Na nossa vida também somos responsaveis pela forma como lidamos com as pessoas! Não estou a falar dos meninos pobres em Africa porque nunca lá estive e não faço ideia daquilo que eles passam! Estou a falar sim, de nós que nascemos com o rabinho virado para a lua, e ainda nos queixamos!
É assim, isto é no que eu acredito, eu não vos quero impingir as minhas ideias, nem estou a vir para aqui com questões de Orgulho pessoal, só vos posso dizer que é naquilo em que acredito e acho que se cada pessoa tivesse esse senso de responsabilidade, o mundo seria talvés um sitio melhor

Pessoalmente, acho que ser um pouco irresponsável não faz mal nenhum, até faz bem.

Li há uns meses (ou anos) um artigo na Super sobre isso e ao lê-lo pensei para mim mesmo: "Isto é mesmo verdade!". Ao te responsabilizares demais pelo que te acontece poderás vir a stressar muito, ser nervoso, entrar até em depressão, porque não conseguires controlar tudo o que te acontece. Em contrapartida, se não te responsabilizares de todo pelo que te acontece acabas por nunca fazer nada para mudar algo de mau que te aconteceu, e que se poderá repetir e agravar...

Neste género de questões em que existem dois extremos (neste caso concreto a responsabilidade/irresponsabilidade) eu creio que o ideal está sempre, mas sempre, no ponto central, no equilíbrio entre os pólos. Mesmo um aspecto em que o ideal seja o aparentemente benéfico, o seu abuso levaria a te sentires aborrecido e farto disso. Os ditados populares costumam ter boas lições de vida implícitas, e neste caso aplica-se o "Nem 8 nem 80"

[Otaner]

filme sobre uma modelo dos anos 80, Gia

Bom filme e boa citação...as razões de me lembrar dele é que ñ dizem nada pró tópico (angelinaaaaaa)

[miguelangelo]

NA minha pura opinião, para se tratar uma depressão, tem que se tratar primeiro os problemas que a causam!

[Necrophilvs]

a cena é que os motivos que causam uma depressão nem sempre são assim tão claros...

[Venøm]

Eia, o celebre tópico do Drama existencial voltou,