Como não tenho muito que fazer, vou deixar aqui umas linhas sobre a forma como a MTC caracteriza os diversos tipos de Depressão.
Devo antes de mais salientar que muito embora nunca prometamos cura, costumamos ter bastante sucesso. Digo isto apenas porque se um psiquiatra ou um psicólogo não curar uma depressao as pessoas pensam "olha, tive(ste) azar e tal", mas se for com a MTC pensam logo "oh, isso não funciona".
Na MTC, a actividade mental em geral está associada a uma das 5 entidades viscerais - o Shen. O Shen é albergado pelo Coração (enquanto orgão energético) e é producto da manifestação da energia do mesmo.
O Shen pode ser encarado como a "Expressão exterior da actividade total do Homem", "Globalização do mental" (síntese de todas as partes do psiquismo humano) e «Actividade mental ligada ao Coração». Esta ultima define o sentido mais amplo dos três. (De ora em diante quando lerem «Shen» podem simplificar para «Energia do Mental/da Mente». O Shen é considerado como uma influencia organizadora, configuradora e transformadora q determina e suporta o caracter especifico do individuo e como tal não se pode manifestar a não ser q se conjugue com a energia que lhe é complementar, o Jing. Em segunda análise, podem ser percepcionadas como (e incluídas nas) «patologias mentais» patologias que podem estar associadas ao Jing ou ao Qi/Xue (Energia/Sangue), como acontece muitas vezes com o Sindroma de Fadiga Cronica ou OTS no caso de desportistas, fadiga mental, etc... but I digress.
A forma mais simples e directa de tratar uma depressão será então tonificar o Coração, objectivo para o qual por acaso existe um preparado de Fitoterapia que data do sec. IV (Tian Wang Bu Xin Dan Tang (Wan)) que tem acção calmante, anti-depressiva e ansiolítica.
A vantagem deste tipo de terapeutica é não fazer as pessoas andar 'drogadas', 'adormecidas', etc. Antes pelo contrário.
Outra causa para a depressão pode estar associada ao Fígado cuja entidade visceral é o Hun (tradução simplificada seria Alma). Neste caso mais especifico estaria incluída a Depressão Essencial e Reactiva.
Depressão - O que é realmente e como se combate?
-
BetinhoDoSludgeDrone
- Ultra-Metálico(a)
- Mensagens: 3319
- Registado: terça dez 28, 2004 2:31 am
- Contacto:
20ª Edição
Penso que o que posso fazer para ajudar este tópico é partilhar a minha experiência.
Muito devido à morte do meu avô (o pilar da minha família), ao meu insucesso escolar e o facto de ter terminado um longo namoro, isto em cerca de 1 ano (período em que se passaram estes eventos), encontrei-me num estado letárgico que nunca me tinha encontrado, que mais tarde se tornou numa depressão. Já tinha tido um esgotamento (que nunca foi tratado) 2 anos antes de tudo isto acontecer, e sabia que não era a mesma coisa. Nessa altura senti (e sinto ainda algumas vezes) algo que já referiram aqui como "um buraco" no qual podemos cair. Não sei se o vaivém desse sentimento tem a haver com os níveis de seretonina ou simplesmente com o estado de espírito da pessoa. Talvez tenha a haver com o modo do nosso cérebro funciona depois de passar por uma depressão.
Durante a altura em que a depressão foi mais grave, o que senti foi uma incapacidade de pensar em algo positivo. Os meus pensamentos funcionavam em espiral e iam dar sempre ao mesmo sítio. E pior do que isso, não os conseguia parar. Era quase como se tivesse (e talvez tenha tido) uma 2a voz na minha cabeça a dizer que não era capaz de fazer nada. e não fazia. Passava as noites a rebolar na cama e os dias a olhar para a parede. Claro que isso prejudicou o meu percurso académico, o que não ajudou. Penso que é algo parecido com o tal efeito de bola de neve que já falaram aqui.
Portanto os 3 últimos anos, excepto os últimos 6-7 meses (talvez por ter feito algumas alterações substanciais no meu dia a dia), não foram nada fáceis.
Cheguei a ver um psiquiatra, que me receitou um medicamento para equilibrar os níveis de seretonina. Ajudaram a manter a minha cabeça mais calma. Nunca misturei os medicamentos com qualquer substância e tomei-os durante cerca de 1 ano, talvez menos.
Forcei-me a aperceber de que os problemas que me assombravam não eram nada de mais comparados com muitos que existem no mundo, que a vida é efémera demais para passa-la a olhar para as paredes e que é importante fazer o que é melhor para mim (não sei se faz muito sentido, mas foi uma das frases que me ajudou mais).
Não sei se sou a mesma pessoa depois de passar por esta experiência, mas sei que sou uma pessoa mais calma, realista e com uma visão diferente do mundo que me rodeia. Talvez mais irónica (logo humorística, logo positiva
).
Desculpem o tamanho gigantesco do post.
Muito devido à morte do meu avô (o pilar da minha família), ao meu insucesso escolar e o facto de ter terminado um longo namoro, isto em cerca de 1 ano (período em que se passaram estes eventos), encontrei-me num estado letárgico que nunca me tinha encontrado, que mais tarde se tornou numa depressão. Já tinha tido um esgotamento (que nunca foi tratado) 2 anos antes de tudo isto acontecer, e sabia que não era a mesma coisa. Nessa altura senti (e sinto ainda algumas vezes) algo que já referiram aqui como "um buraco" no qual podemos cair. Não sei se o vaivém desse sentimento tem a haver com os níveis de seretonina ou simplesmente com o estado de espírito da pessoa. Talvez tenha a haver com o modo do nosso cérebro funciona depois de passar por uma depressão.
Durante a altura em que a depressão foi mais grave, o que senti foi uma incapacidade de pensar em algo positivo. Os meus pensamentos funcionavam em espiral e iam dar sempre ao mesmo sítio. E pior do que isso, não os conseguia parar. Era quase como se tivesse (e talvez tenha tido) uma 2a voz na minha cabeça a dizer que não era capaz de fazer nada. e não fazia. Passava as noites a rebolar na cama e os dias a olhar para a parede. Claro que isso prejudicou o meu percurso académico, o que não ajudou. Penso que é algo parecido com o tal efeito de bola de neve que já falaram aqui.
Portanto os 3 últimos anos, excepto os últimos 6-7 meses (talvez por ter feito algumas alterações substanciais no meu dia a dia), não foram nada fáceis.
Cheguei a ver um psiquiatra, que me receitou um medicamento para equilibrar os níveis de seretonina. Ajudaram a manter a minha cabeça mais calma. Nunca misturei os medicamentos com qualquer substância e tomei-os durante cerca de 1 ano, talvez menos.
Forcei-me a aperceber de que os problemas que me assombravam não eram nada de mais comparados com muitos que existem no mundo, que a vida é efémera demais para passa-la a olhar para as paredes e que é importante fazer o que é melhor para mim (não sei se faz muito sentido, mas foi uma das frases que me ajudou mais).
Não sei se sou a mesma pessoa depois de passar por esta experiência, mas sei que sou uma pessoa mais calma, realista e com uma visão diferente do mundo que me rodeia. Talvez mais irónica (logo humorística, logo positiva
).
Desculpem o tamanho gigantesco do post.
-
Bronze [RIP]
Há que distinguir depressões de esgotamentos mas, sendo um leigo na matéria de doenças do foro psicológio (lucky me) sinceramente desconfio muito dos métodos cientificos para resolverem por si só estas situações...
Acredito que funcionem como terapia e como meio auxiliar mas sem um acompanhamento mais afectivo (amigos / família) e uma força de vontade extrema, qq depressão grave dificilmente será superada. (claro que não me estou a referir a depressões góticas)
Quanto às medicinas alternativas... se não acreditarem nelas, mesmo por uma questão de fé e/ou desespero, não vejo que sejam solução.
Em suma... perguntaram o que poderia ajudar a suplantar uma crise. Eu acredito que se deve tentar apagar o que se perdeu com o que fica, por pouco que seja. Se não ficar nada... então o caso é complicado.
Acredito que funcionem como terapia e como meio auxiliar mas sem um acompanhamento mais afectivo (amigos / família) e uma força de vontade extrema, qq depressão grave dificilmente será superada. (claro que não me estou a referir a depressões góticas)
Quanto às medicinas alternativas... se não acreditarem nelas, mesmo por uma questão de fé e/ou desespero, não vejo que sejam solução.
Em suma... perguntaram o que poderia ajudar a suplantar uma crise. Eu acredito que se deve tentar apagar o que se perdeu com o que fica, por pouco que seja. Se não ficar nada... então o caso é complicado.
Última edição por Bronze [RIP] em quinta nov 16, 2006 4:03 pm, editado 1 vez no total.
-
Sacred-Steel
- Metálico(a) Supremo(a)
- Mensagens: 926
- Registado: terça mai 18, 2004 6:53 pm
- Localização: Gondomar
- Contacto:
-
Bronze [RIP]
otnemeM Escreveu:Bronze Escreveu:Quanto às medicinas alternativas... se não acreditarem nelas, mesmo por uma questão de fé e/ou desespero, não vejo que sejam solução.
Como assim?
fácil... se eu entrasse agora numa fossa descomunal, não era um gajo que me vinha falar de Shen's, Jing's e Qi/Xue's que me iria ajudar a suplantar o meu estado de depressão agonizante.
-
meninobesta
- Administrador
- Mensagens: 4143
- Registado: sexta jan 20, 2006 12:01 pm
- Localização: Lunar Sea
-
Bronze [RIP]
-
BetinhoDoSludgeDrone
- Ultra-Metálico(a)
- Mensagens: 3319
- Registado: terça dez 28, 2004 2:31 am
- Contacto:
-
Bronze [RIP]
-
BetinhoDoSludgeDrone
- Ultra-Metálico(a)
- Mensagens: 3319
- Registado: terça dez 28, 2004 2:31 am
- Contacto:
Mas se estivesses numa situação desesperada em depressão, será que teria sequer força de vontade para encontrar cura?
Voltar para “Arquivo 2012 a 2013”
Quem está ligado:
Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 6 visitantes