Não considero nem genial, nem merda. Não me aquece nem me arrefece. Há música experimental com mais conteúdo em termos de composição (minimalismo não se encaixa, mas o Drone não é minimalismo) já para não falar que eu ligo ao que a música me transmite. E não me diz nada, seja numa vertente ou na outra. Mas lá está. Tony Carreira também é o que sei que é e há milhares que o veneram e idolatram. Depois disso, já nada me surpreende. Mais uma vez, gostos são gostos. Agora, não me ponham Drone como o expoente máximo da criação. Porque isso é um absurdo e acaba por ser insultoso para os grandes compositores de todos os tempos.
Colocar o que quer que seja na topo da criação é sempre um absurdo. Seja Drone ou Mozart.
A música embora seja meramente matemática é algo que se traduz nas pessoas de outras formas. No caso do Drone este estilo serve propósitos que nenhum compositor clássico pode servir, não é comparável. Não é por estudares música que os vai tornar comparáveis.
Vê as coisas assim. Um avião e um carro são ambos transportes mas servem propósitos distintos. Mesmo que compares um F22 com um Opel Corsa de 1982, sendo óbvio que o F22 é provavelmente o expoente máximo da tecnologia actual, o Opel Corsa pode ser emocionalmente muito mais gratificante. Porque por exemplo, com ele posso embrenhar-me dentro de um bosque enquanto que com o F22 e toda a sua tecnologia, a única coisa que me posso limitar a fazer é sobrevoar o bosque e ver umas copas de arvore. Por isso, não acho que seja assim tão insultuoso alguém ter no Drone o seu estilo de som preferido. Eu, pelo menos, detesto andar de avião.