
O 11º ano da minha área já é bem difícil, então com o horário que tenho... Mas no próximo ano lectivo já tenho bastante menos carga horária e conto começar a treinar

Venøm Escreveu: Pá, tenis, calções e tshirt é o equipamento do krav.
Krav Maga talvez precises de um saco de box caso queiras praticar em casa.
CrazyfoX Escreveu:Desculpem o desenterro, mas acho que o tópico de artes marciais foi apagado.
Tenho uma dúvida. Gostaria de praticar uma arte marcial, para melhorar a minha condição física e assim, para já não estou muito interessante na vertente competitiva. Apenas pratiquei volleyball durante 2 anos quando era mais novo, e não tenho praticado muito exercício físico ultimamente. De todas as artes marciais, aquelas que mais me chamam a atenção são o Kickboxing e Krav Maga. Acham que me devo meter nisto, não tendo grande preparação física muscular, principalmente? E custos com equipamentos, à volta de que valores?
otnemeM Escreveu:Para mim as artes marciais (ou melhor, desportos de combate na sua maioria) só fazem sentido se houver prática da luta sem adversários cooperantes numa base regular - o chamado sparring, ou em japonês randori e no jiu-jitsu brasileiro "rolar".
Doutra forma, a preparação que a pessoa se convence que tem valerá de muito pouco numa situação de defesa pessoal. O problema disto é que para muitas pessoas é demasiado intenso (muitas vezes por preconceito) e então optam por outras onde a coisa é disfarçada de outra forma e se convencem que "é como se fosse a mesma coisa", mas não é, de todo. Nunca vais conseguir treinar uma defesa para um determinado murro se o teu colega de treino estiver a "simular" o murro e na verdade nunca tiver a intenção de te acertar. Na luta em treino, se não te desviares ou bloqueares vai mesmo doer, se não aceitares uma submissão algo vai partir ou vais adormecer ou se não defenderes bem vais ser projectado. Isto é a perspectiva de aplicação prática e que se aplica tanto na dinâmica de defesa pessoal como na vertente desportiva.
Ainda na vertente desportiva tens a superação de ti próprio e dos teus limites, melhoramento de capacidade física, etc, mas isto podes ir buscar mesmo a artes marciais (muito) menos eficazes. O ponto do meu post anterior é que para esse efeito é capaz de haver outras escolhas menos taxativas, mas vai sempre da escolha pessoal.
Tendo dito isto, os desportos de combate com todos os seus benefícios não são para quem quer, são para quem pode.
Evil Zelo Escreveu:otnemeM Escreveu:Para mim as artes marciais (ou melhor, desportos de combate na sua maioria) só fazem sentido se houver prática da luta sem adversários cooperantes numa base regular - o chamado sparring, ou em japonês randori e no jiu-jitsu brasileiro "rolar".
Doutra forma, a preparação que a pessoa se convence que tem valerá de muito pouco numa situação de defesa pessoal. O problema disto é que para muitas pessoas é demasiado intenso (muitas vezes por preconceito) e então optam por outras onde a coisa é disfarçada de outra forma e se convencem que "é como se fosse a mesma coisa", mas não é, de todo. Nunca vais conseguir treinar uma defesa para um determinado murro se o teu colega de treino estiver a "simular" o murro e na verdade nunca tiver a intenção de te acertar. Na luta em treino, se não te desviares ou bloqueares vai mesmo doer, se não aceitares uma submissão algo vai partir ou vais adormecer ou se não defenderes bem vais ser projectado. Isto é a perspectiva de aplicação prática e que se aplica tanto na dinâmica de defesa pessoal como na vertente desportiva.
Ainda na vertente desportiva tens a superação de ti próprio e dos teus limites, melhoramento de capacidade física, etc, mas isto podes ir buscar mesmo a artes marciais (muito) menos eficazes. O ponto do meu post anterior é que para esse efeito é capaz de haver outras escolhas menos taxativas, mas vai sempre da escolha pessoal.
Tendo dito isto, os desportos de combate com todos os seus benefícios não são para quem quer, são para quem pode.
Completamente de acordo.
Mas em que artes marciais orientais consegues arranjar isto?
Pessoalmente, pratico karaté shotokan já há 10 anos (apesar de nestes últimos anos ter sido com menos regularidade devido à falta de tempo), e nunca precisei, nem tenciono ter de o aplicar na rua. Mas sinceramente, sinto que me faz falta isto, porque falta no treino. Apesar de termos combates livres, há um conjunto de regras que fora do dojo não existem, e se na rua fogem-te das regras a que estás habituado, não sabes como reagir. E com isto eu sei que caso um dia precise de me defender na rua, que há a possibilidade de, mesmo depois de todos estes anos de treino, acabar a levar nos cornos por não conseguir reagir a situações que a mim possam ser estranhas e eu não saiba como reagir.
Voltando à minha pergunta inicial, pergunto isto porque no karaté não acho nada aconselhável este estilo de combate de "ou defendes, ou comes". Nós nos combates livres, tentamos sempre que haja controlo, num soco à cara, se ele não defender, dar de maneira a que a mão fique a uma distancia milimétrica da cara do adversário, para que ele saiba que podia ter levado, mas não levou porque não deixámos (o que é mau, tanto para o defensor que ganha uma confiança de que mesmo que não defenda, não acontece nada, como para o atacante que se habitua a não dar os ataques mesmo com o âmbito de magoar a sério), mas a verdade é, que quando por algum motivo o ataque não é bem controlado e há um pequeno (sublinho o pequeno) impacto, algo que alguém que veja de fora olhe e pense "ah, aquilo foi só limpar o pó", é o suficiente para partir um maxilar ou deixar um gajo à rasca durante um bom tempo. Eu próprio já estive 3 dias que mal conseguia falar e custava-me imenso a comer, porque levei um toque muito ao de leve na garganta.
Onde quero chegar com isto é, concordo imenso que para uma pessoa ganhar auto-confiança e conhecimento, que seja preciso esse combate com adversários que não cooperem, mas, pelo menos nas artes marciais orientais (que são as que conheço melhor, não me refiro só a elas por desprezo às restantes), se com um toque "leve" pode fazer moça a sério, se houver intenção de acertar mesmo, acho que os resultados podem ser muito negativos...
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