Metal Underground

Chocante algumas coisas que li neste artigo.
http://www.publico.pt/Sociedade/um-suicidio-no-trabalho-e-uma-mensagem-brutal_1420732. O que é que vocês pensam disto? Sentem-no na pele? Que merda de regime de trabalho é este?

é a m**** de país que temos

Não se aplica muito a Portugal. Basta verem a taxa de suicídio nos países nórdicos (aliás onde ele se foca mais) onde se diz que é tudo muito perfeito, mas a onde a taxa de suicídio é bastante superior. Precisamente ligado a à monotonia e à camuflada exigência do trabalho...

Tenho a dizer que curti bues o penteado deste bacano:

Entregar 15 gatos à morte como forma de ensino, não é nazi, é estúpido.

Está um bom artigo, aconselho que para reforçar isto que vejam o filme Nas Nuvens que está agora no cinema.

São sinais de uma sociedade à beira de um colapso.

Pessoalmente, já tive alguns problemas durante estes últimos anos, não a nível de assédio (ahaha), mas mais do foro pessoal e de acreditar em mim próprio, mas são impressionantes algumas das situações aqui descritas.

O que a maioria das pessoas quer hoje não é um trabalho é um emprego...Quanto menos se fizer melhor, é baixas por doença a torto e a direito, é reclamar direitos a menos horas de trabalho, mais dias de férias etc.....e trabalhar que é bom, nada!!!

Cada vez mais se vê que a sociedade só quer ter direitos e deveres nada!!! Por isso matem-se á vontade, mas não culpabilizem sempre o trabalho, mas sim a fraqueza psicológica ou física de cada um!!!

Com isto não quero generalizar, mas a maior parte destes casos de suicidio, ou "problemas psicológicos" advém da falta de sacrificio e de vontade que estas ultimas gerações têm para trabalhar!!

Doclino Escreveu:O que a maioria das pessoas quer hoje não é um trabalho é um emprego...Quanto menos se fizer melhor, é baixas por doença a torto e a direito, é reclamar direitos a menos horas de trabalho, mais dias de férias etc.....e trabalhar que é bom, nada!!!

Cada vez mais se vê que a sociedade só quer ter direitos e deveres nada!!! Por isso matem-se á vontade, mas não culpabilizem sempre o trabalho, mas sim a fraqueza psicológica ou física de cada um!!!

Com isto não quero generalizar, mas a maior parte destes casos de suicidio, ou "problemas psicológicos" advém da falta de sacrificio e de vontade que estas ultimas gerações têm para trabalhar!!

Ou não leste o artigo e estás a mandar umas postas, ou então não compreendeste bem o que lá está escrito, porque para além disto não ter nada a ver com quem "não quer trabalhar", é precisamente o oposto.

trolls will be trolls

Nhec Escreveu::lol: trolls will be trolls

queria ele

Sinceramente pensei que esta crise serviria para as pessoas abrirem os olhos para a selvajaria que é o sistema capitalista neo-liberal. Mas o que vejo é precisamente o contrário e isso assusta-me. Elas encolhem os ombros e dizer "é a crise", "temos de nos sujeitar"... Acho que as pessoas, num futuro que espero seja próximo, vão olhar para o modelo organizacional da nossa sociedade e vão-nos achar ridículos.

Já não são os políticos que nos governam. São os interesses económicos. Já não vivemos numa democracia. Vivemos numa ditadura. Vivemos controlados pelo medo. Não de ir para o Tarrafal ou para os Gulags mas de perdermos o emprego.

A entrevista é bem interessante e transmite uma realidade que, felizmente para mim, não me é muito familiar. Mas nem por isso é menos assustadora.
Tive a sorte de vir trabalhar para uma equipa pequena, onde há um grau de familiaridade muito grande e o ambiente de trabalho é realmente muito bom. Mas tenho perfeita consciência de que isto é a excepção.
Pessoalmente não tenho tido problemas minimamente comparáveis ao que é descrito na entrevista, embora já tenha desenvolvido a tendência de chegar mais cedo ao escritório e sair mais tarde...Porque o trabalho é, de facto, muito neste momento.

O abuso de poder por parte de gestão de topo ou gestão intermédia não é novidade para ninguém. Infelizmente, a legislação e regulamentação que temos no nosso país (assim como em muitos outros), acaba por proteger os abusadores.

A entrevista é interessante, apesar de passar uma ideia totalmente errada do que é a TQM (Total Quality Management, ou seja, a Gestão da Qualidade Total). Este tipo de abordagem surgiu exactamente na indústria automóvel. E não há melhor exemplo para a indústria automóvel do que o Modelo Toyota (o exemplo-mor da Lean Production, que "vive" pelas medidas da TQM e se baseia exactamente em duas ideias: redução do desperdício e respeito pelas pessoas. Acho que a falha nesta entrevista está aqui mesmo: a culpa não é do modelo; a culpa é de quem não o sabe aplicar. Mais: a ideia que passa em relação ao modelo japonês é muito errada. O Taylorismo teve as falhas óbvias, que apontavam para a total inflexibilidade. Agora, a ideia do modelo Toyota que o senhor está a passar, é absurda.
Mais uma vez, a meu ver, tudo se resume, essencialmente, a um problema de liderança e gestão.

MeninaDoCore Escreveu:O abuso de poder por parte de gestão de topo ou gestão intermédia não é novidade para ninguém. Infelizmente, a legislação e regulamentação que temos no nosso país (assim como em muitos outros), acaba por proteger os abusadores.

A entrevista é interessante, apesar de passar uma ideia totalmente errada do que é a TQM (Total Quality Management, ou seja, a Gestão da Qualidade Total). Este tipo de abordagem surgiu exactamente na indústria automóvel. E não há melhor exemplo para a indústria automóvel do que o Modelo Toyota (o exemplo-mor da Lean Production, que "vive" pelas medidas da TQM e se baseia exactamente em duas ideias: redução do desperdício e respeito pelas pessoas. Acho que a falha nesta entrevista está aqui mesmo: a culpa não é do modelo; a culpa é de quem não o sabe aplicar. Mais: a ideia que passa em relação ao modelo japonês é muito errada. O Taylorismo teve as falhas óbvias, que apontavam para a total inflexibilidade. Agora, a ideia do modelo Toyota que o senhor está a passar, é absurda.
Mais uma vez, a meu ver, tudo se resume, essencialmente, a um problema de liderança e gestão.

Ele passa uma ideia errada? Ele passa a ideia certa, apenas concluíu que as pessoas se esfolam a trabalhar nesse sistema, e às vezes tanto se esfolam que não fazem mais nada do que trabalhar, dormir no assunto e voltar a trabalhar para poder subir na carreira ou ganhar prémios,, não vejo em lado nenhum onde se passa a ideia errada. E se há gente que lida muito bem com esse tipo, há outros que não aguentam a pressão e pelos vistos poucos se apercebem que essas pessoas não estão bem, chegando ao ponto de ruptura.

A solução pode não passar por mudar o sistema, mas sim por melhorá-lo e introduzir características mais humanas e preventivas, embora isso possa não ser muito óbvio para quem comanda as grandes empresas. Quantas empresas se podem dar ao luxo de ver alguém a esfalfar-se e depois dizer para ir relaxar para casa quando está num pico de actividade? Do ponto de vista de produtividade é capaz de ser ridículo, mas do ponto de vista humano arriscam-se a que esses bons funcionários tenham "meltdowns" e desapareçam do mapa, seja por se matarem ou por ficarem literalmente esgotados e apenas desistirem do seu ofício