Bullying - Histórias, experiências, como evitar, como prevenir?

[Rascal]

O mais parecido que passei por uma situaçao dessas,foi por volta do meu ja longe 10º ano,em que um dito "brutamontes" tinha prazer em vanglorizar-se por confundir gordura com "caparro",e com isso ameaçava quem quer que fosse naquela escola.Tive uns quantos episodios com ele,todos eles reagi da mesma forma,deixava-o falar falar,e o tipico toque no ombro,e quando finalmente ele se calava eu la perguntava "posso ir embora então?",e ela la dizia que da próxima eu levava um "pastel"!Talvez o facto de ele com 18 anos continuar no 8º ano(segundo consta) consiga explicar a mentalidade de tal criatura.
Também posso dizer que ja defendi algumas pessoas,seja de violência fisica,seja de psicologica,pura e simplesmente porque para mim isso faz-me um pouco de "confusão".Tambem e verdade que o bullying sempre existiu,sem essa defeniçao tao pomposa,e podia dizer que faz parte do crescimento de uma pessoa,mas as proporçoes que tomou nos dias de hoje,ja nao se pode considerar assim.Sinceramente acho que um bom grupo de amigos evitar um pouco tais situaçoes,mas nao sou a pessoa indicada para apontar soluções.

[SamuraiRui]

Penso que toda a gente teve stresses (uns maiores outros mais controláveis) nos tempos da escola. Eu não era dos mais populares da minha turma (isso não tem muito a ver também) mas não tive muitos problemas desses. Mas poucos foram os que tive e não me soube defender. Lembro-me muito bem que uma vez ia de linda-a-velha para algés a pé, e pouco antes de meio caminho aparece-me um gajo com o dobro da minha altura, a querer-me roubar. Pos-me a mão à volta do ombro, naquela de típica falsa-amizade-chunga-style, demos 4 passos, dei-lhe um empurrão, soltei-me e desatei a fugir. Só parei no terminal de algés lol. Pudera, desatar ao soco a um bisonte daqueles, com o tamanho que eu tinha ( e eu nao sou baixo) era suicídio, ele era muito mais velho. Mas a maioria das vezes, um empurrão e um olhar de quem lhes corta a cabeça chega para eles não se meterem mais, acreditem que intimida e felizmente ninguem tem que se aleijar.

Uma vez tava a jogar as cartas no belo do polivalente (11º ano prai), vêm uns 6 gajos e metem-se atras de mim, eu cago, continuo na minha, até que um me deu um caldo. Não sei como, passei-me, levantei-me subitamente e fiquei virado para 6 gajos (a maioria maiores que eu) pronto para qualquer impulsividade. Bazaram... a 1ª coisa que pensei foi "eu fiz mesmo isto"?

Portanto, o que há de mais positivo nestas situaçoes é que por vezes podemos descobrir um lado nosso que queriamos descobrir ha mais tempo mas sempre tinhamos pensado que eramos demasiado coninhas para o ter

[Sun_Crusher]

[Psychopath]

No 7º ano fui bastante gozado , e estavam-me sempre a dar calduços. Houveram 2 lá da escola que me chegaram mesmo a dar porrada porque não lhes dava dinheiro , apesar de isso ter sido resolvido um mês depois quando fiz queixa à directora de turma. Um ano mais tarde ganhei coragem e comecei a enfrentar os outros que gozavam comigo e me estavam sempre a dar calduços e a situação ficou resolvida porque eles viram que eu tinha deixado de ser aquele "puto fraco" que era humilhado e não fazia nada. Isso por um lado foi bom porque tinha um bocado a mania de andar sempre a gozar com os outros ou porque eram gordos ou porque usavam oculos e isso até foi bom porque senti um bocado na pele o que fazia aos outros e fez-me crescer e hoje em dia estou sempre na minha e ninguém me chateia

[KonigLowe]

Há certos comportamentos na sociedade extremamente toleráveis, mais até que isso, existindo até muitas vezes pressões para que se adotem esses comportamentos, como é o caso do consumo de álcool ou drogas nos adolescentes levando os jovens que n têm esses hábitos (ainda) a sentirem-se rejeitados, excluídos ou diferentes.
Outras vezes incentiva-se ao não condenar. Li o texto abaixo, da editora do Destak Isabel Stilwell e não pude estar mais de acordo.


O insuportável bullying do júri dos ‘Ídolos’

Não há nada mais insuportável do que assistir à prepotência, ainda para mais mascarada de entretenimento. É o que sinto sempre que me deparo com o júri do Ídolos, três senhores e uma senhora que se comportam como se o cargo lhes permitisse (ou mesmo obrigasse) a serem malcriados e arrogantes, tanto mais perfeitos no desempenho do seu papel quanto mais conseguirem humilhar os participantes que têm à frente.

«Só és alguém se eu quiser», «Tu não és cantor, não és nada», «Vai-te embora e não voltes a aparecer», são o estilo de comentários que proferem perante o divertimento da assistência e, presume-se do produtor do programa, e eventualmente do telespectador que, lá em casa, tem assim uma oportunidade de se ‘vingar’ dos que tiveram a presunção de ali ir enquanto ele não saiu do sofá.

Pouco importa se os concorrentes ‘já estão à espera’ de serem assim tratados, porque o que faz mal e irrita é que passe a imagem de que quando ‘se é alguém’, atribu-to reconhecido por princípio a quem julga, é aceitável e até expectável ser mal educado e prepotente. Como se a televisão, com a força que tem, legitimasse uma forma de exercício ‘à tropa’, em que quem sobe um degrau tem o direito de espezinhar o que está no degrau abaixo.

E não vale a pena dizer que me falta sentido de humor, porque de facto não acho graça ao bullying legitimado (sim, o que acontece naquele palco é exactamente o mesmo que se passa no recreio da escola, e que tanto choca), nem que este é o modelo do programa, porque o júri dos Ídolos americano embora duro, tem um tom completamente diferente, tanto quando critica, como quando louva. O que, por sua vez, leva a concorrentes com mais qualidade, provavelmente porque não temem que a sua passagem pelo concurso arruíne de vez o seu “nome”, já para não falar na sua auto-estima.

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Outra forma de ostracizarão, humilhação, de violência física e psicológica mascarada de socialização e acolhimento, é o que se passa nas praxes.
A praxe académica é a meu ver o bullying escolar mas com crianças um pouco mais crescidas. E lá está, à semelhança do juri dos Ídolos que toda a gente acha muita graça, quanto mais asneiras, quanto mais situações insólitas e humilhantes mais fixe é para mostrar às pessoas, porque lá está este bullying tem espetadores e não fica dentro dos muros escolares, não, vem cá para fora para toda a gente ver e se rir.

[Zombie_]

Subscrevo a questão dos Ídolos. Por isso é que só vejo a partir dos finalistas, pelo menos aí os comentários do júri não são tão inadequados.

Quanto às praxes depende do tipo de praxe. Há umas que são degradantes mas há outras brincadeiras que fazem e que são inofensivas e divertidas. Também depende da pessoa que é praxada, há gente muito introvertida que não gosta e há os que se divertem com aquilo. Nesse aspecto acho que deve haver alguma consciência por parte dos "veteranos" em não pisar o risco.

[ThrashBanger]

No meu tempo (e sou um jovem) o termo era entre outros, levar na tromba. Acredito que desde sempre houve e sempre haverá! É um facto que as crianças tem uma tendencia facil para serem crueis, e talves com um maior rigor na educação se conseguisse diminuir os casos. De qualquer modo, é uma situação pela qual eu estou tao intimamente ligado que de cada vez que ouço falar dela so me da vontade rir comigo mesmo. Vejo o pessoal todo a recordar uma situaçao, ou outra, com todos os detalhes, a mim custa-me mesmo muito lembrar de uma em especial...onde cresci, era normalissimo andar á porrada com alguem todos os dias! Fosse com putos da minha idade, fosse a levar carolos de gajos mais velhos, ou ate ser o proprio agressor em putos mais novos/cagoes. Olhos inchados, cabeças partidas ( devo ter mais de 20 falhas na cabeça á vontadinha, incluindo uma que levou 10 pontos, e tres falhas ridiculas em forma de .l. fodasse) e tudo mais, era o tipo de cenas que me aconteciam quase todas as semanas.... Lembro-me de lidar com isso com uma normalidade tal, que de cada vez que apanhava nos cornos a serio, era capaz de tar um minuto a chorar e logo a seguir ja me estar a rir por outro motivo qualquer! No dia seguinte eramos todos amigos. E nao era so violencia fisica, existiam todo o tipo de agressoes psicologicas e humilhações... E sinceramente nao me lembro nunca de ter sido um puto deprimido por causa disso!! Nao duvido que me tenha influenciado na construçao de personalidade e caracter, mas ainda assim nao acho que tenha sido de uma forma negativa, pois hoje acho que sou ponderado, nao tenho tendencias para a violencia, alem de lidar bem com ela, em caso de tal!

Penso que isso afecta a criança consoante o seu estofo e a sua realidade.
Se vives num mundo onde tu tas a apanhar na tromba de um gajo que daqui a nada ja ta a apanhar de outro mais pesado, e o puto que ta a ver-te levar porrada e a rir-se da situaçao corre o risco de levar de ti a seguir, consegues suportar muito melhor o sofrimento do que um gajo que vive noutro mundo onde ele é quase o unico a levar na tromba e a ser humilhado...epah depois de escrever isto deu.me a sensação de estar a ser o meu proprio psicologo! Mas que bom, nunca tive um!!

E tenho saudades desses bons tempos curiosamente

[Venøm]

Ahhh, as velhas sessões de pancadaria pela posse do campo de futebol. As memórias...