Trabalho

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Re: Trabalho

Mensagempor MeninaDoCore » quinta fev 04, 2010 11:03 am

OrDoS Escreveu:
Ele passa uma ideia errada? Ele passa a ideia certa, apenas concluíu que as pessoas se esfolam a trabalhar nesse sistema, e às vezes tanto se esfolam que não fazem mais nada do que trabalhar, dormir no assunto e voltar a trabalhar para poder subir na carreira ou ganhar prémios,, não vejo em lado nenhum onde se passa a ideia errada. E se há gente que lida muito bem com esse tipo, há outros que não aguentam a pressão e pelos vistos poucos se apercebem que essas pessoas não estão bem, chegando ao ponto de ruptura.

A solução pode não passar por mudar o sistema, mas sim por melhorá-lo e introduzir características mais humanas e preventivas, embora isso possa não ser muito óbvio para quem comanda as grandes empresas. Quantas empresas se podem dar ao luxo de ver alguém a esfalfar-se e depois dizer para ir relaxar para casa quando está num pico de actividade? Do ponto de vista de produtividade é capaz de ser ridículo, mas do ponto de vista humano arriscam-se a que esses bons funcionários tenham "meltdowns" e desapareçam do mapa, seja por se matarem ou por ficarem literalmente esgotados e apenas desistirem do seu ofício :|



Vamos lá a ver se eu consigo explicar melhor:

A culpa não é do modelo. A TQM surge exactamente não só para melhoria da produção mas também para dar resposta ás necessidades tanto de clientes externos como de clientes internos. E com "clientes internos" quero eu dizer as pessoas que trabalham nas organizações. Se pegares numa empresa/organização que não tenha qualquer modelo implementado, vais ver que as pessoas continuam a esfolar-se a trabalhar e a ganhar pouco. O que refiro é que a culpa passa pela má liderança. Essa ideia de que em empresas com modelo TQM tudo se baseia num cumprimento de objectivos para obtenção de prémios é grande treta. A qualidade pressupõe um real trabalho em equipa, com comunicação horizontal e vertical. Isto é, existe um grau hierárquico, de facto, mas as pessoas são, todas elas, importantes. Aliás, verifica-se exactamente a ideia de que, quem está em campo, é que deve dar opinião. No caso Toyota, em concreto, ninguém exerce um posto de gestão sem passar alguns meses a trabalhar na linha de produção, de forma a perceber os problemas que a componente hierárquica operacional tem que enfrentar (não é por acaso que, por exemplo, a ergonomia também se acabou por associar à qualidade...).
Mais uma vez, e faço finca-pé quanto a isso, a culpa não é dos modelos de gestão. A culpa é dá má aplicação dos mesmos. E o senhor está a passar a ideia de que os SGQ's são maus, que as medidas de melhoria contínua são e más e bla bla bla, quando não o são. Bem pelo contrário.

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Nando
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Re: Trabalho

Mensagempor Nando » quinta fev 04, 2010 11:25 am

Ok. O modelo é muito bom mas TODA a gente o utiliza ou utilizou mal e isso está a levar a resultados catastróficos. Qual é o ponto que tentas defender afinal? Não é a mesma merda? O modelo não resulta nem que seja porque os gestores não têm a capacidade de o aplicar. E isso tem de ser criticado. Tem de ser exposto! A teoria é muito bela. Aprender nas escolas de Economia, Gestão, Educação e Psicologia que os SGQ's são óptimos é uma coisa, ver a aplicação dos mesmo (e nem tudo o que parece óptimo na teoria pode é bom na prática - ou mesmo exequível na prática) é outra coisa.

Mas a minha intenção ao postar isto não foi o discutir modelos de gestão ou organização. Os modelos aplicados reflectem apenas as intenções das organizações. E essas intenções é que estão a dar cabo de tudo.
Última edição por Nando em quinta fev 04, 2010 11:28 am, editado 1 vez no total.

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Re: Trabalho

Mensagempor MeninaDoCore » quinta fev 04, 2010 11:27 am

Nando Escreveu:Ok. O modelo é muito bom mas TODA a gente o utiliza ou utilizou mal e isso está a levar a resultados catastróficos. Qual é o ponto que tentas defender afinal? Não é a mesma merda? O modelo não resulta nem que seja porque os gestores não têm a capacidade de o aplicar. E isso tem de ser criticado. Tem de ser exposto!

Mas a minha intenção ao postar isto não foi o discutir modelos de gestão ou organização. Os modelos aplicados reflectem apenas as intenções das organizações. E essas intenções é que estão a dar cabo de tudo.


Errr...os modelos não são aplicados em todas as empresas. Há empresas óptimas com modelos aplicados, há empresas péssimas com modelos aplicados. A "merda" não é a mesma, desculpa lá.

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Re: Trabalho

Mensagempor Nando » quinta fev 04, 2010 11:32 am

MeninaDoCore Escreveu:
Nando Escreveu:Ok. O modelo é muito bom mas TODA a gente o utiliza ou utilizou mal e isso está a levar a resultados catastróficos. Qual é o ponto que tentas defender afinal? Não é a mesma merda? O modelo não resulta nem que seja porque os gestores não têm a capacidade de o aplicar. E isso tem de ser criticado. Tem de ser exposto!

Mas a minha intenção ao postar isto não foi o discutir modelos de gestão ou organização. Os modelos aplicados reflectem apenas as intenções das organizações. E essas intenções é que estão a dar cabo de tudo.


Errr...os modelos não são aplicados em todas as empresas. Há empresas óptimas com modelos aplicados, há empresas péssimas com modelos aplicados. A "merda" não é a mesma, desculpa lá.


Ele próprio expõe excepções à regra. E até afirma que concorda com os pressupostos base deste tipo de teoria. Ele expõe casos nefastos concretos. O cerne da questão está no facto de esses casos nefastos... serem a maioria. E não preciso ser uma mente brilhante para ver que efectivamente é isto que se passa na generalidade das organizações.

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Re: Trabalho

Mensagempor OrDoS » quinta fev 04, 2010 11:34 am

MeninaDoCore Escreveu:
OrDoS Escreveu:
Ele passa uma ideia errada? Ele passa a ideia certa, apenas concluíu que as pessoas se esfolam a trabalhar nesse sistema, e às vezes tanto se esfolam que não fazem mais nada do que trabalhar, dormir no assunto e voltar a trabalhar para poder subir na carreira ou ganhar prémios,, não vejo em lado nenhum onde se passa a ideia errada. E se há gente que lida muito bem com esse tipo, há outros que não aguentam a pressão e pelos vistos poucos se apercebem que essas pessoas não estão bem, chegando ao ponto de ruptura.

A solução pode não passar por mudar o sistema, mas sim por melhorá-lo e introduzir características mais humanas e preventivas, embora isso possa não ser muito óbvio para quem comanda as grandes empresas. Quantas empresas se podem dar ao luxo de ver alguém a esfalfar-se e depois dizer para ir relaxar para casa quando está num pico de actividade? Do ponto de vista de produtividade é capaz de ser ridículo, mas do ponto de vista humano arriscam-se a que esses bons funcionários tenham "meltdowns" e desapareçam do mapa, seja por se matarem ou por ficarem literalmente esgotados e apenas desistirem do seu ofício :|



Vamos lá a ver se eu consigo explicar melhor:

A culpa não é do modelo. A TQM surge exactamente não só para melhoria da produção mas também para dar resposta ás necessidades tanto de clientes externos como de clientes internos. E com "clientes internos" quero eu dizer as pessoas que trabalham nas organizações. Se pegares numa empresa/organização que não tenha qualquer modelo implementado, vais ver que as pessoas continuam a esfolar-se a trabalhar e a ganhar pouco. O que refiro é que a culpa passa pela má liderança. Essa ideia de que em empresas com modelo TQM tudo se baseia num cumprimento de objectivos para obtenção de prémios é grande treta. A qualidade pressupõe um real trabalho em equipa, com comunicação horizontal e vertical. Isto é, existe um grau hierárquico, de facto, mas as pessoas são, todas elas, importantes. Aliás, verifica-se exactamente a ideia de que, quem está em campo, é que deve dar opinião. No caso Toyota, em concreto, ninguém exerce um posto de gestão sem passar alguns meses a trabalhar na linha de produção, de forma a perceber os problemas que a componente hierárquica operacional tem que enfrentar (não é por acaso que, por exemplo, a ergonomia também se acabou por associar à qualidade...).
Mais uma vez, e faço finca-pé quanto a isso, a culpa não é dos modelos de gestão. A culpa é dá má aplicação dos mesmos. E o senhor está a passar a ideia de que os SGQ's são maus, que as medidas de melhoria contínua são e más e bla bla bla, quando não o são. Bem pelo contrário.


Bem pelo contrário para as empresas, só se for. A questão aqui é clara, se a empresa não atinge os objectivos, quem se lixa é o mexilhão, e é por aí que começa o prejudice, mas por outro lado, se a empresa começa a ganhar clientes e negócio e não se ajusta devidamente em termos de Recursos Humanos, é claro que os seus trabalhadores é que pagam, e é claro que é culpa de quem aplica os modelos.

Mas a título de exemplo, o Comunismo também é muito bonito no papel, mas quando se vẽ os resultados da sua aplicação, vê-se logo que não foi feito como devia. Estes modelos sofrem do mesmo problema, são muito bonitos no papel, mas não só se devem considerar os factores humanos, mas também os factores evolutivos. Esses modelos precisam de se reajustar à realidade, onde hoje em dia há imenso luxo, consumo e capitalismo à volta das pessoas, todas querem ter do melhor e trabalhar para o ter (ok, há imensas excepções, mas pelo estudo aqui demonstrado, são as pessoas que mais trabalham que acabam por ser prejudicadas), logo se puseres um monte de cenourinhas à frente das pessoas, é lógico que elas vão atrás delas. A culpa não é só do modelo, mas também porque as pessoas às vezes não sabem que estão a passar dos limites razoáveis de esforço, e se elas produzem, é o que a gestão quer. Se o gajo tiver um esgotamento, substitui-se por outro, é assim que o modelo é (mal) aplicado.

Empresas que têm o lado Humano do bem-estar como principal alvo são muito poucas hoje em dia, mas também são muito recentes. Eu acho, e é a minha opinião, que pelo menos no meu ramo, estamos a passar aos poucos do modelo da produção em série e humanos como máquinas, para um modelo mais humano à medida que estas novas gerações vão tomando consciência que trabalhar não é tudo na vida. Acho que é uma consequência de o nível de formação entre as pessoas estar a aumentar e a equilibrar-se.
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Re: Trabalho

Mensagempor MeninaDoCore » quinta fev 04, 2010 11:37 am

OrDoS Escreveu:

Bem pelo contrário para as empresas, só se for. A questão aqui é clara, se a empresa não atinge os objectivos, quem se lixa é o mexilhão, e é por aí que começa o prejudice, mas por outro lado, se a empresa começa a ganhar clientes e negócio e não se ajusta devidamente em termos de Recursos Humanos, é claro que os seus trabalhadores é que pagam, e é claro que é culpa de quem aplica os modelos.

Mas a título de exemplo, o Comunismo também é muito bonito no papel, mas quando se vẽ os resultados da sua aplicação, vê-se logo que não foi feito como devia. Estes modelos sofrem do mesmo problema, são muito bonitos no papel, mas não só se devem considerar os factores humanos, mas também os factores evolutivos. Esses modelos precisam de se reajustar à realidade, onde hoje em dia há imenso luxo, consumo e capitalismo à volta das pessoas, todas querem ter do melhor e trabalhar para o ter (ok, há imensas excepções, mas pelo estudo aqui demonstrado, são as pessoas que mais trabalham que acabam por ser prejudicadas), logo se puseres um monte de cenourinhas à frente das pessoas, é lógico que elas vão atrás delas. A culpa não é só do modelo, mas também porque as pessoas às vezes não sabem que estão a passar dos limites razoáveis de esforço, e se elas produzem, é o que a gestão quer. Se o gajo tiver um esgotamento, substitui-se por outro, é assim que o modelo é (mal) aplicado.

Empresas que têm o lado Humano do bem-estar como principal alvo são muito poucas hoje em dia, mas também são muito recentes. Eu acho, e é a minha opinião, que pelo menos no meu ramo, estamos a passar aos poucos do modelo da produção em série e humanos como máquinas, para um modelo mais humano à medida que estas novas gerações vão tomando consciência que trabalhar não é tudo na vida. Acho que é uma consequência de o nível de formação entre as pessoas estar a aumentar e a equilibrar-se.



Er...Estes modelos vêm mesmo para acabar exactamente com a visão tradicionalista dos sistemas de Gestão da Produção que resultavam no síndrome da eficiência (produzir, produzir, produzir). Eu acho é que vocês estão com uma visão errada dos diferentes modelos.

E merecias dois bananos por comparares modelos de gestão como estes ao comunismo. :evil:

Ah! E quanto à"substituição" que falas, no caso da Toyota, eles asseguraram os postos de emprego das pessoas, praticamente para a vida, independentemente de crises económicas, problemas pessoais and so on.

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Re: Trabalho

Mensagempor Kustu Rica » quinta fev 04, 2010 11:53 am

Acho que há aqui certas pessoas que têm uma ideia errada do que é uma SGQ, e para o que serve. Mas carry on :arrow:
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Re: Trabalho

Mensagempor MeninaDoCore » quinta fev 04, 2010 11:58 am

Morke Keiseren Skagh Escreveu:Acho que há aqui certas pessoas que têm uma ideia errada do que é uma SGQ, e para o que serve. Mas carry on :arrow:


Não é uma SGQ. É um SGQ.

:geek:

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Re: Trabalho

Mensagempor OrDoS » quinta fev 04, 2010 11:59 am

MeninaDoCore Escreveu:
OrDoS Escreveu:

Bem pelo contrário para as empresas, só se for. A questão aqui é clara, se a empresa não atinge os objectivos, quem se lixa é o mexilhão, e é por aí que começa o prejudice, mas por outro lado, se a empresa começa a ganhar clientes e negócio e não se ajusta devidamente em termos de Recursos Humanos, é claro que os seus trabalhadores é que pagam, e é claro que é culpa de quem aplica os modelos.

Mas a título de exemplo, o Comunismo também é muito bonito no papel, mas quando se vẽ os resultados da sua aplicação, vê-se logo que não foi feito como devia. Estes modelos sofrem do mesmo problema, são muito bonitos no papel, mas não só se devem considerar os factores humanos, mas também os factores evolutivos. Esses modelos precisam de se reajustar à realidade, onde hoje em dia há imenso luxo, consumo e capitalismo à volta das pessoas, todas querem ter do melhor e trabalhar para o ter (ok, há imensas excepções, mas pelo estudo aqui demonstrado, são as pessoas que mais trabalham que acabam por ser prejudicadas), logo se puseres um monte de cenourinhas à frente das pessoas, é lógico que elas vão atrás delas. A culpa não é só do modelo, mas também porque as pessoas às vezes não sabem que estão a passar dos limites razoáveis de esforço, e se elas produzem, é o que a gestão quer. Se o gajo tiver um esgotamento, substitui-se por outro, é assim que o modelo é (mal) aplicado.

Empresas que têm o lado Humano do bem-estar como principal alvo são muito poucas hoje em dia, mas também são muito recentes. Eu acho, e é a minha opinião, que pelo menos no meu ramo, estamos a passar aos poucos do modelo da produção em série e humanos como máquinas, para um modelo mais humano à medida que estas novas gerações vão tomando consciência que trabalhar não é tudo na vida. Acho que é uma consequência de o nível de formação entre as pessoas estar a aumentar e a equilibrar-se.



MeninaDoCore Escreveu:Er...Estes modelos vêm mesmo para acabar exactamente com a visão tradicionalista dos sistemas de Gestão da Produção que resultavam no síndrome da eficiência (produzir, produzir, produzir). Eu acho é que vocês estão com uma visão errada dos diferentes modelos.


Pois, mas os modelos têm sido quase sempre mal implementados e nessas empresas a visão tradicionalista continua a ter impacto, quer se queira quer não. Esses modelos comprendem que o prémio se ajuste de acordo com a posição da pessoa na empresa, os seus objectivos pessoais e os objectivos da empresa. Mesmo que a empresa se dê muito bem, se um gajo não se esfalfa a trabalhar, os objectivos pessoais dificilmente são atingidos. Falo naquilo que eu vivi, em outras empresas pode muito bem ser de alguma forma diferente. Ah, e nestes modelos, se o teu superior/supervisor/gestor de equipa/capataz não for com a tua cara, dificilmente vais a algum lado na empresa. Conheço casos de pessoas que se matam a trabalhar e dão tudo pela empresa e lá vem o cromo do gestor dizer que esperava mais dele, blá blá blá... enfim. Se é uma má aplicação do modelo? É, sem dúvida, mas é como diz o spiegelman, nada impede de as empresas usarem mal o modelo.

MeninaDoCore Escreveu:E merecias dois bananos por comparares modelos de gestão como estes ao comunismo. :evil:


É um óptimo exemplo de algo que ao passar do papel para a realidade foi sempre mal implementado. A única diferença é que como o Comunismo nunca foi implementado como deve ser, nunca se há-de perceber se realmente funcionaria ou não.

MeninaDoCore Escreveu:Ah! E quanto à"substituição" que falas, no caso da Toyota, eles asseguraram os postos de emprego das pessoas, praticamente para a vida, independentemente de crises económicas, problemas pessoais and so on.


Asseguram depois das pessoas conseguirem dar o contributo mínimo para garantires essas regalias!!! E é para isso que as pessoas se esfalfam e concorrem umas entre as outras. Não ganhas esse estatuto apenas entrando para a Toyota.
Última edição por OrDoS em quinta fev 04, 2010 12:04 pm, editado 2 vezes no total.
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Re: Trabalho

Mensagempor Kustu Rica » quinta fev 04, 2010 12:00 pm

Ia jurar que tinha escrito "um". :|
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Re: Trabalho

Mensagempor MeninaDoCore » quinta fev 04, 2010 12:05 pm

Morke Keiseren Skagh Escreveu:Ia jurar que tinha escrito "um". :|


A esta hora da manhã já estás assim? :mrgreen:

Ordos, tudo é um trade-off. E continuo a achar que estás com a ideia errada. Óbvio que, para ter regalias, tenho que mostrar trabalho. Mas não podes pensar que esse "mostrar trabalho" é regulamentado por um pressuposto de chefia totalmente déspota. Na maioria das empresas que conheço onde acontece uma real exploração, não há trade-off nenhum. Acabas por ir para a rua na mesma e ponto final.

Mas olha, se algum dia quiseres ler um pouco mais sobre os parâmetros de gestão da produção, aconselho-te vivamente a que pegues no Operations management for competitive advantage. Isto só para a gestão da produção. Porque depois tens que ver os interfaces com a logística, a gestão da qualidade, a gestão de recursos humanos e a gestão da manutenção para teres uma visão de gestão intergrada.

Tu e quem queira aprofundar conhecimentos e perspectivas. Há muita gente que assume pressupostos sem conhecer, tudo por uma questão de generalização, de senso comum.


Think outside the box :wink:


(e por teres feito edit, não vou comentar mais nada lol)

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Re: Trabalho

Mensagempor OrDoS » quinta fev 04, 2010 12:15 pm

MeninaDoCore Escreveu:
Morke Keiseren Skagh Escreveu:Ia jurar que tinha escrito "um". :|


A esta hora da manhã já estás assim? :mrgreen:

Ordos, tudo é um trade-off. E continuo a achar que estás com a ideia errada. Óbvio que, para ter regalias, tenho que mostrar trabalho. Mas não podes pensar que esse "mostrar trabalho" é regulamentado por um pressuposto de chefia totalmente déspota. Na maioria das empresas que conheço onde acontece uma real exploração, não há trade-off nenhum. Acabas por ir para a rua na mesma e ponto final.

Mas olha, se algum dia quiseres ler um pouco mais sobre os parâmetros de gestão da produção, aconselho-te vivamente a que pegues no Operations management for competitive advantage. Isto só para a gestão da produção. Porque depois tens que ver os interfaces com a logística, a gestão da qualidade, a gestão de recursos humanos e a gestão da manutenção para teres uma visão de gestão intergrada.

Tu e quem queira aprofundar conhecimentos e perspectivas. Há muita gente que assume pressupostos sem conhecer, tudo por uma questão de generalização, de senso comum.


Think outside the box :wink:


(e por teres feito edit, não vou comentar mais nada lol)


Eu penso "outside the box" o tempo todo, a maioria das pessoas é que não :P
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Re: Trabalho

Mensagempor cacildo » quinta fev 04, 2010 5:08 pm

Isto não é novidade em parte nenhuma do mundo.
Há décadas que isto acontece nos países mais industrializados. Japão, EUA, Noruega, Alemanha, etc etc... Bem o Japão então é um caso incrível, existem vários casos de gente que se mata porque quando saem das faculdades estão meia dúzia de meses sem arranjar emprego. Acho que isto é mais um problema social do que empresarial, mas, claro que neste caso, o mundo do trabalho em que as pessoas estão inseridas está na origem do problema.
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Re: Trabalho

Mensagempor p41nk1ll3r » quinta fev 04, 2010 6:04 pm

no japão têm é uma coisa ainda mais engraçada que é o pessoal que, literalmente, se mata a trabalhar, que têm colapsos cardíacos, esgotamentos e afins, é tão frequente que inventaram uma palavra para o acontecimento e as próprias empresas têm seguros para as famílias não ficarem penduradas quando isso acontece. Refiro isto porque deriva também deste ritmo capitalista, por lá é frequente trabalharem para cima de 80h extraordinárias por mês. Vi isto acho que numa revista Única, quando voltar ao veterinário gamo o artigo.

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Re: Trabalho

Mensagempor BloodTells » quarta fev 10, 2010 7:07 pm

Não sei se este é o tópico mais adequado quanto à dúvida que tenho, mas como é sobre trabalho aqui vai: por caso, alguém me poderá dizer ou explicar como é que funcionam os vencimentos para quem consiga entrar num cargo público (técnico superior de 2ª classe), ou seja, qual o salário de entrada (visto que agora parece que à negociações com a entidade contratante) para pessoas que já fizeram estágio profissional?

Obrigado, desde já.


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