Tratado Europeu - Referendo ou não?
Enviado: quinta jul 19, 2007 11:40 pm
Novo Tratado Europeu
Portugal pode ter papel importante no novo Tratado europeu, a presidência portuguesa da União Europeia que começou a 1 de Julho está encarregue da elaboração (leia-se redacção) do Novo Tratado Europeu.
A presidência portuguesa decidiu lançar a conferência intergovernamental que vai redigir o texto do futuro Tratado europeu em 23 de Julho próximo com vista a adoptá-lo em Outubro, anunciou José Sócrates, em Bruxelas.
Os 27 pretendem terminar o processo de ratificação a tempo de este entrar em vigor a tempo das eleições para o Parlamento Europeu, previstas para Junho de 2009.
O novo Tratado substitui o fracassado projecto de Constituição Europeia chumbado há dois anos, em referendo, por franceses e holandeses.
- JN -
O que alterações tem o "novo" Tratado?
Mudam-se nomes (de Constituição para “Tratado reformador”, de MNE europeu para “Alto Representante para a Política Externa e de Segurança”, leis e leis-quadro europeias voltam a ser “directivas”, “regulamentos” e “decisões”) e prescinde-se de referências a símbolos e hinos (que já existiam e permanecem) e a políticas (Parte III) que continuarão, porque se fundam em anteriores Tratados.
Mas não muda o essencial do modelo constitucional, a preservar na costura do Tratado que a CIG de Lisboa vai abrir – e desejavelmente fechar:
- a Carta dos Direitos Fundamentais juridicamente vinculativa;
- as principais inovações institucionais: presidência da UE de dois anos e meio, composição da Comissão, Alto Representante com duplo chapéu Comissão/ Conselho e – muito importante - apoiado por um Serviço Diplomático europeu;
- a restrição do direito de veto, com a extensão das decisões por maioria qualificada à cooperação policial e judiciária em matéria penal;
- o reforço dos poderes do Parlamento Europeu; e dos Parlamentos Nacionais, incluindo através da delimitação das competências entre a União e os Estados membros;
- a personalidade jurídica da União.
- Courrier Internacional -
A questão que vos coloco é a seguinte:
Deve ou não, um assunto tão importante como este ser referendado?
Devemos perder tempo/dinheiro a fazer mais um referendo?
Ou, antes pelo contrário, o "ideal europeu" é algo tão abstracto e distante que nós (portugueses) não saberíamos o que referendar?
Depois do Não da França e da Holanda os classe politica europeia resolveu negociar e encomendar a Portugal a redacção do documento final (supostamente algo novo), depois de este ter sido previamente negociado ao ínfimo detalhe.
Quem conhece o "novo tratado" afirma que é basicamente o anterior, mas com nova capa.
A minha convicção pessoal é que deveremos referendar, deveremos ser todos informados, deverá haver debates, isto para que a Europa não continue a ser algo tão abstracto, tão inatingível para o comum cidadão.
A minha ideia de Europa é a de um conjunto de burocratas fechados num edifício entulhados em papeis e burocracia, completamente distantes e alienados do "mundo" real.
E que neste momento estão a fazer tudo para que este novo Tratado não seja referendado em nenhum pais, para que não haja o risco de o povo ter voz e dizer Não novamente, mas sim ratificados pelos executivos de cada pais.
Qual a vossa opinião?
Portugal pode ter papel importante no novo Tratado europeu, a presidência portuguesa da União Europeia que começou a 1 de Julho está encarregue da elaboração (leia-se redacção) do Novo Tratado Europeu.
A presidência portuguesa decidiu lançar a conferência intergovernamental que vai redigir o texto do futuro Tratado europeu em 23 de Julho próximo com vista a adoptá-lo em Outubro, anunciou José Sócrates, em Bruxelas.
Os 27 pretendem terminar o processo de ratificação a tempo de este entrar em vigor a tempo das eleições para o Parlamento Europeu, previstas para Junho de 2009.
O novo Tratado substitui o fracassado projecto de Constituição Europeia chumbado há dois anos, em referendo, por franceses e holandeses.
- JN -
O que alterações tem o "novo" Tratado?
Mudam-se nomes (de Constituição para “Tratado reformador”, de MNE europeu para “Alto Representante para a Política Externa e de Segurança”, leis e leis-quadro europeias voltam a ser “directivas”, “regulamentos” e “decisões”) e prescinde-se de referências a símbolos e hinos (que já existiam e permanecem) e a políticas (Parte III) que continuarão, porque se fundam em anteriores Tratados.
Mas não muda o essencial do modelo constitucional, a preservar na costura do Tratado que a CIG de Lisboa vai abrir – e desejavelmente fechar:
- a Carta dos Direitos Fundamentais juridicamente vinculativa;
- as principais inovações institucionais: presidência da UE de dois anos e meio, composição da Comissão, Alto Representante com duplo chapéu Comissão/ Conselho e – muito importante - apoiado por um Serviço Diplomático europeu;
- a restrição do direito de veto, com a extensão das decisões por maioria qualificada à cooperação policial e judiciária em matéria penal;
- o reforço dos poderes do Parlamento Europeu; e dos Parlamentos Nacionais, incluindo através da delimitação das competências entre a União e os Estados membros;
- a personalidade jurídica da União.
- Courrier Internacional -
A questão que vos coloco é a seguinte:
Deve ou não, um assunto tão importante como este ser referendado?
Devemos perder tempo/dinheiro a fazer mais um referendo?
Ou, antes pelo contrário, o "ideal europeu" é algo tão abstracto e distante que nós (portugueses) não saberíamos o que referendar?
Depois do Não da França e da Holanda os classe politica europeia resolveu negociar e encomendar a Portugal a redacção do documento final (supostamente algo novo), depois de este ter sido previamente negociado ao ínfimo detalhe.
Quem conhece o "novo tratado" afirma que é basicamente o anterior, mas com nova capa.
A minha convicção pessoal é que deveremos referendar, deveremos ser todos informados, deverá haver debates, isto para que a Europa não continue a ser algo tão abstracto, tão inatingível para o comum cidadão.
A minha ideia de Europa é a de um conjunto de burocratas fechados num edifício entulhados em papeis e burocracia, completamente distantes e alienados do "mundo" real.
E que neste momento estão a fazer tudo para que este novo Tratado não seja referendado em nenhum pais, para que não haja o risco de o povo ter voz e dizer Não novamente, mas sim ratificados pelos executivos de cada pais.
Qual a vossa opinião?