A hipocrisia do Heavy Metal
A hipocrisia do Heavy Metal
A hipocrisia do Heavy Metal:
Dói, na verdade, chegar a uma frase tão prejurativa, sem que no entanto esta, seja uma conclusão definitiva. Olhar de fora, transportarmo-nos
para um plano neutro e livrarmo-nos das nossas crenças e defeitos. Ver as coisas como elas na realidade são.
Num exercício semelhante, faço-vos uma simples pergunta: é mais ignorante aquele que não sabe e não quer saber ou aquele que sabe e não quer saber? Ou seja, é mais ignorante aquele que não é rico e não quer ser rico, ou aquele que é rico e quer evitar a todo o custo ser pobre?
No Metal: é mais ignorante aquele que critica sem saber ou aquele que critica, sabe, mas não quer ser criticado?
Vestir a pele do que não somos é uma ofensa à nossa própria pessoa, obrigarmo-nos a vestir a pele de lobo quando na realidade somos
apenas cordeiros cheios de medo da vida e dos obstáculos que nos são postos. É mais fácil criticar a sociedade, as religiões, os pais, as mães,
os políticos, do que assumir a nossa responsabilidade de seres sociais para com uma sociedade-república que se pretende unida e forte tal como os gregos a idealizaram. Na fabricação de personagens, o Metal é forte. Criam-se ambientes, alter egos, escapes e falsas nostalgias. Será esta tentativa de fuga à realidade mais benéfica do que assumir, compreender e respeitar a esfera que nos envolve?
Tal como o black metaller que usa o seu corpse paint para personificar o demónio, não para dizer que acredita no Diabo (pois este é apenas uma criação da religião organizada, o que na verdade até nem é bem verdade...) mas para afrontar a religião que tanto detesta, o cidadão comum absorve a sua existência no descontentamento geral para com uma sociedade desigualitária que nunca lhe deu oportunidades.
Assim como o acérrimo fã de Metal venera os seus ídolos, devora os seus CD's e acorre aos concertos, o cidadão comum adora os VIP's, os centros comerciais e os telemóveis 3G. Contudo, ambos apostam em empolar situações em que se sentem superiores, para assim sentirem que têm o controlo sobre alguma coisa, mesmo miserável que seja.
Qual a verdadeira diferença entre querer um som podre e mais agressivo possível, (porque senão venderam-se!), e querer-se um telemóvel de
última geração (que está na berra)? Qual a diferença entre o maníaco que espera horas à porta da sala de espectáculos (ou do ginásio improvisado) e a febre desmiolada de ver a Floribella de manhã, à tarde e à noite? As diferenças são ténues, até ausentes. Os extremos de um, não ofendem os extremos do outro, a indiferença do cidadão comum é igual ao desprezo do metaleiro.
Valerá a pena criticar a sociedade que nos rodeia, quando nós próprios fazemos inevitavelmente parte dela? Ainda mais quando toda a revolta que possamos praticar será sempre uma previsão da própria sociedade. A rebeldia actual = a rebeldia dos antigos. A única diferença é que antigamente os meios tecnológicos não permitiam um alastramento transversal pela Internet como actualmente, e nesta nossa era pós-moderna em que cada ser social deixa de o ser para a sociedade e passa a sê-lo para si mesmo e o alienamento é cada vez maior, os nossos actos de semi-rebeldia são apenas gotas num oceano de ignorância e comodidade. E se nós não conseguimos sequer formar uma união livre de perconceitos, quem somos nós para exigir aos outros que nos respeitem por quem nós somos. O respeito é recíproco, a liberdade de expressão fundamental.
Dói, na verdade, chegar a uma frase tão prejurativa, sem que no entanto esta, seja uma conclusão definitiva. Olhar de fora, transportarmo-nos
para um plano neutro e livrarmo-nos das nossas crenças e defeitos. Ver as coisas como elas na realidade são.
Num exercício semelhante, faço-vos uma simples pergunta: é mais ignorante aquele que não sabe e não quer saber ou aquele que sabe e não quer saber? Ou seja, é mais ignorante aquele que não é rico e não quer ser rico, ou aquele que é rico e quer evitar a todo o custo ser pobre?
No Metal: é mais ignorante aquele que critica sem saber ou aquele que critica, sabe, mas não quer ser criticado?
Vestir a pele do que não somos é uma ofensa à nossa própria pessoa, obrigarmo-nos a vestir a pele de lobo quando na realidade somos
apenas cordeiros cheios de medo da vida e dos obstáculos que nos são postos. É mais fácil criticar a sociedade, as religiões, os pais, as mães,
os políticos, do que assumir a nossa responsabilidade de seres sociais para com uma sociedade-república que se pretende unida e forte tal como os gregos a idealizaram. Na fabricação de personagens, o Metal é forte. Criam-se ambientes, alter egos, escapes e falsas nostalgias. Será esta tentativa de fuga à realidade mais benéfica do que assumir, compreender e respeitar a esfera que nos envolve?
Tal como o black metaller que usa o seu corpse paint para personificar o demónio, não para dizer que acredita no Diabo (pois este é apenas uma criação da religião organizada, o que na verdade até nem é bem verdade...) mas para afrontar a religião que tanto detesta, o cidadão comum absorve a sua existência no descontentamento geral para com uma sociedade desigualitária que nunca lhe deu oportunidades.
Assim como o acérrimo fã de Metal venera os seus ídolos, devora os seus CD's e acorre aos concertos, o cidadão comum adora os VIP's, os centros comerciais e os telemóveis 3G. Contudo, ambos apostam em empolar situações em que se sentem superiores, para assim sentirem que têm o controlo sobre alguma coisa, mesmo miserável que seja.
Qual a verdadeira diferença entre querer um som podre e mais agressivo possível, (porque senão venderam-se!), e querer-se um telemóvel de
última geração (que está na berra)? Qual a diferença entre o maníaco que espera horas à porta da sala de espectáculos (ou do ginásio improvisado) e a febre desmiolada de ver a Floribella de manhã, à tarde e à noite? As diferenças são ténues, até ausentes. Os extremos de um, não ofendem os extremos do outro, a indiferença do cidadão comum é igual ao desprezo do metaleiro.
Valerá a pena criticar a sociedade que nos rodeia, quando nós próprios fazemos inevitavelmente parte dela? Ainda mais quando toda a revolta que possamos praticar será sempre uma previsão da própria sociedade. A rebeldia actual = a rebeldia dos antigos. A única diferença é que antigamente os meios tecnológicos não permitiam um alastramento transversal pela Internet como actualmente, e nesta nossa era pós-moderna em que cada ser social deixa de o ser para a sociedade e passa a sê-lo para si mesmo e o alienamento é cada vez maior, os nossos actos de semi-rebeldia são apenas gotas num oceano de ignorância e comodidade. E se nós não conseguimos sequer formar uma união livre de perconceitos, quem somos nós para exigir aos outros que nos respeitem por quem nós somos. O respeito é recíproco, a liberdade de expressão fundamental.
Brilhante conclusão!
Já há muito tempo que defendo que entre a comunidade metaleira e o grupo de fans dos Dzr´t não existe qualquer diferença significativa, em termos de comportamento, tirando os objectos e adoração e a estética associada, tudo o resto é igual.... e com o crescimento da internet, os metalheads comunicam entre si todos dias e não só nos concertos, basta ver por este fórum, quantos pessoas aqui já não tiveram qualquer tipo de relacionamento entre si? O MU é uma teia extensa e complexa de conhecimentos, que se comunicam, há troca de informações pessoais e de conhecimentos, até chegar ao ponto em que o fundamental já não é o metal, mas a vida dos outros, a privacidade dos outros e inevitavelmente metade do fórum sabe da vida privada de outra metade... é quase como um big-brother, onde as câmaras escondidas são algumas personagens.
Pronto, chega de descarga verbal...
Já há muito tempo que defendo que entre a comunidade metaleira e o grupo de fans dos Dzr´t não existe qualquer diferença significativa, em termos de comportamento, tirando os objectos e adoração e a estética associada, tudo o resto é igual.... e com o crescimento da internet, os metalheads comunicam entre si todos dias e não só nos concertos, basta ver por este fórum, quantos pessoas aqui já não tiveram qualquer tipo de relacionamento entre si? O MU é uma teia extensa e complexa de conhecimentos, que se comunicam, há troca de informações pessoais e de conhecimentos, até chegar ao ponto em que o fundamental já não é o metal, mas a vida dos outros, a privacidade dos outros e inevitavelmente metade do fórum sabe da vida privada de outra metade... é quase como um big-brother, onde as câmaras escondidas são algumas personagens.
Pronto, chega de descarga verbal...
RIP
Ok, o metal como qualquer cena tem as suas facetas de aldeiazinha, de diz-que-disse e de criticar o outro. E há pessoas que se dedicam a sério ao que ouvem e aos concertos a que vão e a todas as parafernálias adjacentes porque isso faz sentido para elas, é a sua verdade pessoal, é a sua forma de estar. Outras aparecem pelas modas e por sei lá bem o quê... e eventualmente saem.
E também é claro que o Metal tem muito folclore e muita mitificação, como qualquer cultura tem. Mas isso é inerente a qualquer comunidade, não percebo que pólvora foi esta que se descobriu neste topic.
Se há união ou não há união no metal é uma falsa questão. É claro que a há, apesar dos filmes, das cuscuvilhices e do maldizer. Pois há, ou não se fazia música nem concertos, é uma evidência. Com o evoluir os subgéneros foram-se diversificando e tb a cena se fracturou em várias, mas não sei onde está o problema disso, é só normal e sinal de uma certa maturidade num género de música que soube crescer fora do mainstream (descontando um caso ou outro, bem sabemos).
E o MU é só um fórum, um sítio onde se trocam ideias e informações, cada um o usa consoante o que dele pretende retirar. Alguns quiçá até uma vida social, mas também quem é alguém para julgar isso. Cada um cresce como souber. Ou não cresce, mas tb é-me igual ao litro. Assim como qualquer comparação com cds e telemóveis (geez...), uma espécie de nado-morto retórico.
E também é claro que o Metal tem muito folclore e muita mitificação, como qualquer cultura tem. Mas isso é inerente a qualquer comunidade, não percebo que pólvora foi esta que se descobriu neste topic.
Se há união ou não há união no metal é uma falsa questão. É claro que a há, apesar dos filmes, das cuscuvilhices e do maldizer. Pois há, ou não se fazia música nem concertos, é uma evidência. Com o evoluir os subgéneros foram-se diversificando e tb a cena se fracturou em várias, mas não sei onde está o problema disso, é só normal e sinal de uma certa maturidade num género de música que soube crescer fora do mainstream (descontando um caso ou outro, bem sabemos).
E o MU é só um fórum, um sítio onde se trocam ideias e informações, cada um o usa consoante o que dele pretende retirar. Alguns quiçá até uma vida social, mas também quem é alguém para julgar isso. Cada um cresce como souber. Ou não cresce, mas tb é-me igual ao litro. Assim como qualquer comparação com cds e telemóveis (geez...), uma espécie de nado-morto retórico.
- Covenant
- Metálico(a) Supremo(a)
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- Registado: quinta jan 11, 2007 1:41 am
- Localização: Vivo em Ponte de Lima! Uh uh alegria... NOT!
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Intifada Escreveu:Já há muito tempo que defendo que entre a comunidade metaleira e o grupo de fans dos Dzr´t não existe qualquer diferença significativa
Nem leves por ai... O Metal é algo muito maior. É quase um modo de vida para mim. Os Desérticos são apenas uma modinha...
[mode pita ON]EuH sOUh mESmuH fOfUh! LoooOOoOOlolooLOLOloOlOoL![mode pita OFF]


Covenant Escreveu:Intifada Escreveu:Já há muito tempo que defendo que entre a comunidade metaleira e o grupo de fans dos Dzr´t não existe qualquer diferença significativa
Nem leves por ai... O Metal é algo muito maior. É quase um modo de vida para mim. Os Desérticos são apenas uma modinha...
os metaleiros sao apenas uma modinha.
quantas pessoas ja te disseram: "quando eu ouvia metal..."
uma moda...alguns ficam ca e outros mudam-se de casa quando chega a pseudo idade de deixar de ouvir metal...
as fas de dzrt e da floribela vao crescer e começar a ouvir outras sonoridades.
"where would we be without black sabbath?" justin E.W. MAD FER IT! dowhatthouwiltshallbethewholeofthelaw
http://www.myspace.com/paranoyadesign http://www.paranoyadesign.deviantart.com
repressão política... só para alguns...
http://www.myspace.com/paranoyadesign http://www.paranoyadesign.deviantart.com
repressão política... só para alguns...
Acidmother Escreveu:mas os dzrt e a floribella são importantes. Sei lá, eu em míuda ouvia Ana e os Queijinhos Frescos e os Ministars e nunca me fez muito mal. Acho que não.
faz parte do cresimento de qualquer pessoa ao nivel do conhecimento musical...eu acho - de certo modo - essencial que se ouça um pouco de tudo, especialmente quando se esta a adquirir uma identidade musical...
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- Abracadaver
- Metálico(a) Compulsivo(a)
- Mensagens: 443
- Registado: sexta dez 22, 2006 3:32 pm
- Contacto:
Estás a partir de várias ideias um pouco dúbias, pelo percebi. Nem todo o "metal" é Virado-Contra-a-Sociedade. Digo eu.
Acredito que exista muita gente que ouve Metal porque isso as faz sentir. Rigorosamente mais nada.
Os gregos também achavam que a pedófilia e a paneleirice no geral era bom. E tinham escravos. Logo, acho que não é lá muito bom colocá-los num pedestal.
WHAT?! Quem te disse isto?
Mas de facto, é um raciocinio bastante lógico: Os idiotas do BE também acham que vão mudar o mundo, as dezenas de bandas que nunca vão chegar a lado algum continuam a acreditar por terem 10 cromos a comprarem-lhes merda que vão encher o restelo, que as gordas que pensam as fatiotas a levaram para Barroselas com meio ano de adiantamento.
O problema não é do metal, o problema não é da sociedade. O problema é dos Homens.
Acredito que exista muita gente que ouve Metal porque isso as faz sentir. Rigorosamente mais nada.
a nossa responsabilidade de seres sociais para com uma sociedade-república que se pretende unida e forte tal como os gregos a idealizaram.
Os gregos também achavam que a pedófilia e a paneleirice no geral era bom. E tinham escravos. Logo, acho que não é lá muito bom colocá-los num pedestal.
Tal como o black metaller que usa o seu corpse paint para personificar o demónio,
WHAT?! Quem te disse isto?
Mas de facto, é um raciocinio bastante lógico: Os idiotas do BE também acham que vão mudar o mundo, as dezenas de bandas que nunca vão chegar a lado algum continuam a acreditar por terem 10 cromos a comprarem-lhes merda que vão encher o restelo, que as gordas que pensam as fatiotas a levaram para Barroselas com meio ano de adiantamento.
O problema não é do metal, o problema não é da sociedade. O problema é dos Homens.
Quanto cabe em vinte e uma gramas?
a paneleirice
- autxe...termo forte mate...
O problema não é do metal, o problema não é da sociedade. O problema é dos Homens
- bem dito...
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O problema não é do metal, o problema não é da sociedade. O problema é dos Homens
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"where would we be without black sabbath?" justin E.W. MAD FER IT! dowhatthouwiltshallbethewholeofthelaw
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- Joe
- Ultra-Metálico(a)
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- Registado: sábado fev 11, 2006 3:03 pm
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Nem acho que seja um problema, as pessoas é que gostam de inventar estas coisas para ter alguma coisa para ir ocupando o pensamento, e se distrairem dos seus verdadeiros problemas, é sempre mais fácil criar problemas direccionados aos outros do que olhar para o seu próprio umbigo. São temas interessantes mas ao mesmo tempo estupidamente irrelevantes, tão contraditório como quase tudo que encontro nesta vida.
Don't talk to strangers...
- Covenant
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- Registado: quinta jan 11, 2007 1:41 am
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diabox Escreveu:Covenant Escreveu:Intifada Escreveu:Já há muito tempo que defendo que entre a comunidade metaleira e o grupo de fans dos Dzr´t não existe qualquer diferença significativa
Nem leves por ai... O Metal é algo muito maior. É quase um modo de vida para mim. Os Desérticos são apenas uma modinha...
os metaleiros sao apenas uma modinha.
quantas pessoas ja te disseram: "quando eu ouvia metal..."
uma moda...alguns ficam ca e outros mudam-se de casa quando chega a pseudo idade de deixar de ouvir metal...
as fas de dzrt e da floribela vao crescer e começar a ouvir outras sonoridades.
Achas? Enquanto há pessoal que ouve Metal desde que praticamente surgiu (Black Sabbath, Iron Maiden, etc...), daque a dois anos ninguém se lembra da Floribella ou dos D'Zrt... Só se lembram para fazerem piadas.
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