A classe de um embaixador... verdade ou não isso não sei...
- MysticCosmoS
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A classe de um embaixador... verdade ou não isso não sei...
A classe de um Embaixador...
Há dias, umaprendiz de jornalista brasileiro de Porto Alegre,
de seu nome Polibio Braga, publicou a seguinte notícia:
http://www.polibiobraga.com.br/
Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso
reconhecimento
Há apenas uma semana, em apenas quatro anos, o editor desta página
visitou pela quinta vez Lisboa, arrependendo-se pela quarta vez de ter
feito isto. Portugal não merece ser visitada e os portugueses não
merecem nosso reconhecimento. É como visitar a casa de um parente
malquisto, invejoso e mal educado. Na sexta e no sábado, dias 24 e 25,
Portugal submergiu diante de um dilúvio e mais uma vez mostrou suas
mazelas. O País real ficou diante de todos. Portugal é bonito por fora e
podre por dentro. O dinheiro que a União Européia alcançou generosamente
para que os portugueses saíssem do buraco e alcançassem seus sócios, foi
desperdiçado em obras desnecessárias ou suntuosas. Hoje, existe obra
demais e dinheiro de menos. O pior de tudo é que foi essa gente que
descobriu e colonizou o Brasil. É impossível saber se o pior para os
brasileiros foi a herança maldita portuguesa ou a herança maldita
católica. Talvez as duas .
Esta Nota mereceu a seguinte resposta do nosso Embaixador:
Brasília, 8 de Dezembro de 2006
Senhor Políbio Braga
Um cidadão brasileiro, que faz o favor de ser meu amigo, teve a
gentileza de me dar a conhecer uma nota que publicou no seu site, na
qual comentava aspectos relativos à sua mais recente visita a Portugal.
Trata-se de um texto muito interessante, pelo facto de nele ter a
apreciável franqueza de afirmar, com todas as letras, o que pensa de
Portugal e dos portugueses. O modo elegante como o faz confere-lhe,
aliás, uma singular dignidade literária e até estilística. Mas porque se
limita apenas a uma abordagem em linhas muito breves, embora densas e
ricas de pensamento, tenho que confessar-lhe que o seu texto fica-nos a
saber a pouco. Seria muito curioso se pudesse vir a aprofundar, com
maior detalhe, essa sua aberta acrimónia selectiva contra nós.
Por isso lhe pergunto: não tem intenção de nos brindar com um artigo
mais longo, do género de ensaio didáctico, onde possa dar-se ao cuidado
de explanar, com minúcia e profundidade, sobre o que entende ser a
listagem de todas as nossas perfídias históricas, das nossas
invejazinhas enraizadas, dos inumeráveis defeitos que a sua considerável
experiência com a triste realidade lusa lhe deu oportunidade de
decantar? Seria um texto onde, por exemplo, poderia deter-se numa
temática que, como sabe, é comum a uma conhecida escola de pensamento,
que julgo também partilhar: a de que nos caberá, pela imensidão dos
tempos, a inapelável culpa histórica no que toca aos resquícios de
corrupção, aos vícios de compadrio e nepotismo (veja-se, desde logo, a
última parte da Carta de Pêro Vaz de Caminha), que aqui foram
instilados, qual vírus crónico, para o qual, nem os cerca de dois
séculos, que se sucederam ao regresso da maléfica Corte à fonte
geográfica de todos os males, conseguiram ainda erradicar por completo.
Permita-me, contudo, uma perplexidade: porquê essa sua insistência e
obcecação em visitar um país que tanto lhe desagrada? Pela quinta vez,
num espaço de quatro anos ? Terá que reconhecer que parece haver algo de
inexoravelmente masoquista nessa sua insistente peregrinação pela terra
de um "parente malquisto, invejoso e mal educado". Ainda pensei que
pudesse ser a Fé em Nossa Senhorade Fátima o motivo sentimental dessa
rotina, como sabe comum a muitos cidadãos brasileiros, mas o final do
seu texto, ao referir-se à "herança maldita católica", afasta tal
hipótese e remete-o para outras eventuais devoções alternativas.
Gostava que soubesse que reconheço e aceito, em absoluto, o seu
pleníssimo direito de pensar tão mal de nós, de rejeitar a "herança
maldita portuguesa" (na qual, por acaso, se inscreve a Língua que
utiliza). Com isso, pode crer, ajuda muito um país, que aliás concede
ser "bonito por fora" (valha-nos isso !), a ter a oportunidade de olhar
severamente para dentro de si próprio, através da arguta perspectiva
crítica de um visitante crónico, quiçá relutante.
E porque razão lhe reconheço esse direito ? Porque, de forma egoísta, eu
também quero usufruir da possibilidade de viajar, cada vez mais, pelo
maravilhoso país que é o Brasil, de admirar esta terra, as suas gentes,
na sua diversidade e na riqueza da sua cultura (de múltiplas origens, eu
sei). Só que, ao contrário de si, eu tenho a sorte de gostar de andar
por onde ando e você tem o lamentável azar de se passear com insistência
(vá-se lá saber porquê!), pela triste terra dessa "gente que descobriu e
colonizou o Brasil". Em má hora, claro!
Da próxima vez que se deslocar a Portugal (porque já vi que é um vício
de que não se liberta) espero que possa usufruir de um tempo melhor, sem
chuvas e sem um "dilúvio" como o que agora tanto o afectou. E, se acaso
se constipou ou engripou com o clima, uma coisa quero desejar-lhe, com a
maior sinceridade: cure-se !
Com a retribuída cordialidade
do
Francisco Seixas da Costa
Embaixador de Portugal no Brasil
Há dias, umaprendiz de jornalista brasileiro de Porto Alegre,
de seu nome Polibio Braga, publicou a seguinte notícia:
http://www.polibiobraga.com.br/
Portugal não merece ser visitada e os portugueses não merecem nosso
reconhecimento
Há apenas uma semana, em apenas quatro anos, o editor desta página
visitou pela quinta vez Lisboa, arrependendo-se pela quarta vez de ter
feito isto. Portugal não merece ser visitada e os portugueses não
merecem nosso reconhecimento. É como visitar a casa de um parente
malquisto, invejoso e mal educado. Na sexta e no sábado, dias 24 e 25,
Portugal submergiu diante de um dilúvio e mais uma vez mostrou suas
mazelas. O País real ficou diante de todos. Portugal é bonito por fora e
podre por dentro. O dinheiro que a União Européia alcançou generosamente
para que os portugueses saíssem do buraco e alcançassem seus sócios, foi
desperdiçado em obras desnecessárias ou suntuosas. Hoje, existe obra
demais e dinheiro de menos. O pior de tudo é que foi essa gente que
descobriu e colonizou o Brasil. É impossível saber se o pior para os
brasileiros foi a herança maldita portuguesa ou a herança maldita
católica. Talvez as duas .
Esta Nota mereceu a seguinte resposta do nosso Embaixador:
Brasília, 8 de Dezembro de 2006
Senhor Políbio Braga
Um cidadão brasileiro, que faz o favor de ser meu amigo, teve a
gentileza de me dar a conhecer uma nota que publicou no seu site, na
qual comentava aspectos relativos à sua mais recente visita a Portugal.
Trata-se de um texto muito interessante, pelo facto de nele ter a
apreciável franqueza de afirmar, com todas as letras, o que pensa de
Portugal e dos portugueses. O modo elegante como o faz confere-lhe,
aliás, uma singular dignidade literária e até estilística. Mas porque se
limita apenas a uma abordagem em linhas muito breves, embora densas e
ricas de pensamento, tenho que confessar-lhe que o seu texto fica-nos a
saber a pouco. Seria muito curioso se pudesse vir a aprofundar, com
maior detalhe, essa sua aberta acrimónia selectiva contra nós.
Por isso lhe pergunto: não tem intenção de nos brindar com um artigo
mais longo, do género de ensaio didáctico, onde possa dar-se ao cuidado
de explanar, com minúcia e profundidade, sobre o que entende ser a
listagem de todas as nossas perfídias históricas, das nossas
invejazinhas enraizadas, dos inumeráveis defeitos que a sua considerável
experiência com a triste realidade lusa lhe deu oportunidade de
decantar? Seria um texto onde, por exemplo, poderia deter-se numa
temática que, como sabe, é comum a uma conhecida escola de pensamento,
que julgo também partilhar: a de que nos caberá, pela imensidão dos
tempos, a inapelável culpa histórica no que toca aos resquícios de
corrupção, aos vícios de compadrio e nepotismo (veja-se, desde logo, a
última parte da Carta de Pêro Vaz de Caminha), que aqui foram
instilados, qual vírus crónico, para o qual, nem os cerca de dois
séculos, que se sucederam ao regresso da maléfica Corte à fonte
geográfica de todos os males, conseguiram ainda erradicar por completo.
Permita-me, contudo, uma perplexidade: porquê essa sua insistência e
obcecação em visitar um país que tanto lhe desagrada? Pela quinta vez,
num espaço de quatro anos ? Terá que reconhecer que parece haver algo de
inexoravelmente masoquista nessa sua insistente peregrinação pela terra
de um "parente malquisto, invejoso e mal educado". Ainda pensei que
pudesse ser a Fé em Nossa Senhorade Fátima o motivo sentimental dessa
rotina, como sabe comum a muitos cidadãos brasileiros, mas o final do
seu texto, ao referir-se à "herança maldita católica", afasta tal
hipótese e remete-o para outras eventuais devoções alternativas.
Gostava que soubesse que reconheço e aceito, em absoluto, o seu
pleníssimo direito de pensar tão mal de nós, de rejeitar a "herança
maldita portuguesa" (na qual, por acaso, se inscreve a Língua que
utiliza). Com isso, pode crer, ajuda muito um país, que aliás concede
ser "bonito por fora" (valha-nos isso !), a ter a oportunidade de olhar
severamente para dentro de si próprio, através da arguta perspectiva
crítica de um visitante crónico, quiçá relutante.
E porque razão lhe reconheço esse direito ? Porque, de forma egoísta, eu
também quero usufruir da possibilidade de viajar, cada vez mais, pelo
maravilhoso país que é o Brasil, de admirar esta terra, as suas gentes,
na sua diversidade e na riqueza da sua cultura (de múltiplas origens, eu
sei). Só que, ao contrário de si, eu tenho a sorte de gostar de andar
por onde ando e você tem o lamentável azar de se passear com insistência
(vá-se lá saber porquê!), pela triste terra dessa "gente que descobriu e
colonizou o Brasil". Em má hora, claro!
Da próxima vez que se deslocar a Portugal (porque já vi que é um vício
de que não se liberta) espero que possa usufruir de um tempo melhor, sem
chuvas e sem um "dilúvio" como o que agora tanto o afectou. E, se acaso
se constipou ou engripou com o clima, uma coisa quero desejar-lhe, com a
maior sinceridade: cure-se !
Com a retribuída cordialidade
do
Francisco Seixas da Costa
Embaixador de Portugal no Brasil
- vírgula
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- Registado: sábado out 16, 2004 8:15 pm
- Localização: Fiães
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Não é preciso escrever grandes textos cheios de floreados para se ter razão.
Quem não acha que Portugal está podre anda com falta de visão.
O pessoal cá queixa-se. Mas se é alguém de fora a dizê-lo, cai o Carmo e a Trindade.
É fodido mas é a verdade!
Quem não acha que Portugal está podre anda com falta de visão.
O pessoal cá queixa-se. Mas se é alguém de fora a dizê-lo, cai o Carmo e a Trindade.
É fodido mas é a verdade!
I see no fascination, I see no spark of light. Their toys are showered down like acid rain, but the beams will corrode, and we will fall.
- vírgula
- Ultra-Metálico(a)
- Mensagens: 1064
- Registado: sábado out 16, 2004 8:15 pm
- Localização: Fiães
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REVAGE Escreveu:Sinceramente... se o homem não gosta de cá vir... para que é que vem ???
Pode haver muitas razões, mas o mais provável é porque teve de vir, não?
E se há portugueses que não gostam de Portugal, porque é que ainda cá andam ??
Ai este argumento... Não sabes mesmo a resposta?
- Porque se são portugueses, este é o país deles
- Porque ao contrário dos acomodados, acreditam que isto possa melhorar
- Porque apesar das coisas más, pode haver outras coisas que os prendem cá
etc etc
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- Postmortem
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- Mensagens: 1644
- Registado: terça mar 15, 2005 10:27 pm
Portugal está podre e quem quiser abandonar o barco é livre de o fazer. Aliás, estando aqui só atrapalham quem dá valor apesar de tudo e quer fazer alguma coisa por isto.
Esse brasileiro insulta gratuitamente Portugal (eu não vi motivo de queixa, só falou em obras e foi incapaz de ser mais específico) porque de certeza que pertence a aquele grupo de brasileiros que gostava de ser colonializados pelos ingleses. O que não deixa de ser estranho e algo estúpido pois eles são descendentes dos mesmos portugueses que nós - a não ser que sejam aborígenes.
Esse brasileiro insulta gratuitamente Portugal (eu não vi motivo de queixa, só falou em obras e foi incapaz de ser mais específico) porque de certeza que pertence a aquele grupo de brasileiros que gostava de ser colonializados pelos ingleses. O que não deixa de ser estranho e algo estúpido pois eles são descendentes dos mesmos portugueses que nós - a não ser que sejam aborígenes.
Soul of Darkness Escreveu:Pessoalmente, não gostaria que o mundo acabasse
- BKD.
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- Registado: quinta mai 06, 2004 12:56 am
- Localização: Algarve
- Contacto:
Digamos que o Brasil então, é o melhor exemplo possível de boa aplicação de dinheiro...
Tenha razão ou não ao dizer que Portugal está podre por dentro, limitou-se a falar mal apenas por falar e não deu exemplos de nada. Arrependeu-se de vir a Portugal porque o dinheiro da União Europeia foi mal utilizado? Porque somos invejosos e mal educados? Eu se quiser falar mal, até das Ilhas Salomão falo mal...mais difícil será argumentar...
Tenha razão ou não ao dizer que Portugal está podre por dentro, limitou-se a falar mal apenas por falar e não deu exemplos de nada. Arrependeu-se de vir a Portugal porque o dinheiro da União Europeia foi mal utilizado? Porque somos invejosos e mal educados? Eu se quiser falar mal, até das Ilhas Salomão falo mal...mais difícil será argumentar...
:: https://www.ilargia.pt|https://linktr.ee/visceraldeathmetal
:: In the beginning the Universe was created. This has made a lot of people very angry and been widely regarded as a bad move. ::
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