CarlosC Escreveu:Há uns tempos tive uma troca de ideias com pessoal sobre a questão de subgeneros de fusão e até onde se podia fazer misturas e até que ponto era possível definir estilos... surgiu então alguém que dizia ser criador de "Death Metal Flamenco Fusion" algo que me deixou perplexo assim de repente...
Não seria o primeiro a trilhar esses caminhos, esse alguém de que falas. Basta ouvires Theory in Practice e encontrarás death, flamenco e fusion a um nível elevadíssimo.
Pessoalmente, e já tendo participado em publicações nacionais e internacionais, digo que numa altura em que qualquer banda de metal prima pela qualidade e sendo que não conheço bandas hoje em dia a editar trabalhos maus (sim, MESMO MAUS NO SEU TODO!), tanto devido ao declínio da indústria musical em vendas como por questões simples de evolução ou estagnação e consequentemente esquecimento, acho que é difícil para qualquer escriba dizer que um trabalho está mau, desde que não exista preconceito em relação ao que se ouve. Daí que o mais acertado a fazer seja entregar trabalho x a crítico y, por estar mais ligado à área desse trabalho, senão imaginemos um entusiasta de power metal sinfónico a avaliar um álbum de Autopsy ou Anal Cunt, para ser simples.
Não acho que a indústria musical esteja a piorar, a qualidade do que se ouve hoje em dia é apenas frustrante para mim por não ter tempo para ouvir tanto trabalho excelente que é lançado em simultâneo. Quando te referes a críticos de bolso compreendo perfeitamente, é sabido que as editoras "pagam" a jornalistas para falar bem de álbum x e y, e que o airtime é comprado, o que é no mínimo vergonhoso. No que toca a constructivo e destructivo, acho que isso já é inerente ao crítico em causa APENAS, já ouvi críticas destructivas muito boas e críticas constructivas muito dúbias ou insinceras, e neste caso prefiro a primeira crítica. Se é mau, enxovalhe-se. E se possível, deixe-se dicas onde pode haver melhoria.