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diabox Escreveu:Lammashta Escreveu:Falando do meu caso pessoal (sim, eu adoro falar de mim e estou sempre a repetir-me, lol), eu não comecei a ouvir metal por associação a um movimento ou a uma tribo ou ao que quer que lhe queiram chamar. Eu sempre me interessei mais por música pelo aspecto estrutural e funcional do que pelo aspecto de coleccionar conhecimentos de existências de bandas, como já tenho aí visto muito (boa?) gente fazer. De facto, não tenho interesse algum em ser uma dessas enciclopédias ambulantes...
Mas voltando à questão fulcral, comecei dessa forma ainda gatinhava se assim o posso dizer. Sempre quis conhecer novas formas de fazer arranjos musicais e dominar os conhecimentos sobre a execução de diversos instrumentos (ainda que quando se trate de tocar propriamente, nunca me tenha tornado uma virtuosa em nenhum deles). Só tive o meu primeiro contacto com o metal para aí em 94. Foi um género que me captou muito, mas mesmo muito a atenção, pois eu apercebi-me de que todos os conhecimentos que eu tinha previamente adquirido não se aplicavam a este género. Sabia uns acordezitos de acústica, que evidentemente não reproduziam nem perto os truques rítmicos, power chords soltos alternados com abafados, etc. que eu ouvia mas não fazia ideia nenhuma de como aqueles sons eram produzidos. Apesar desse meu desconhecimento, dava-me um gozo extremo ouvir, tendo apenas acesso a early metallicas e megadeths porque eu não conhecia ninguém com a minha "pancada" e tinha que me restringir ao que raramente passava na TV. Não me lembro ao certo do que me captivou mais, talvez o entusiasmo e a energia que aquilo transmitia, talvez o mistério de eu ter de descobrir como aquilo se tocava.
O que é certo é que cheguei aos meus 14 anos e não aguentei, tive de comprar a minha primeira guitarra eléctrica com amplificador, ainda sem saber rigorosamente nada, e pôr-me a fazer experiências. Simultaneamente, senti necessidade de investigar a secção rítmica. Uma vez que o acesso a uma bateria não era tão fácil ($$$$) como o acesso a uma guitarra, ainda sem bateria, decidi começar a ter aulas desse instrumento. Fiquei maravilhada, e daí até à aquisição de uma não passaram muitos meses. Comecei a definir-me como baterista, cheguei a ter algumas reuniões de garagem com pessoas diversas, mas nada de muito sério. Entretanto, já passado 1 ano, a minha "investigação científica" de guitarra eléctrica começava a dar frutos e os primeiros sons audíveis com a distorção ligada começaram a aparecer.
A história ainda continua, mas vejo que estou a ficar um pouco off-topic, por isso vou directa ao assunto:
a) Não sei se sou da nova, média, ou velha guarda. É um facto que preferencialmente ouço as músicas da "velha", mas não cresci nesse meio. Os meus 80's foram passados entre legos, playmobil, casas de bonecas e "sacar" as sequências de acordes das músicas pop da altura e das que o meu pai ouvia.
Contudo, creio que para se ser um verdadeiro apreciador de Mozart não é preciso ter-se vivido no séc. XVIII, se é que me faço entender.
b) Esse conceito de "tribo" e de "unidade na tribo" é uma utopia. É certo que, dentro de um determinado grupo de pessoas, o mais provável é haver gente boa, gente má, gente esperta, gente burra, por aí fora. Tomar a parte pelo todo é o grande erro que torna o racismo, o sexismo, e outros "ismos" inaceitáveis. Eu cá prefiro aliar-me à gente que me interessa e cagar nos outros, seja dentro da mesma "tribo" ou não.
c) Roupa... Não sou especialista de moda, nem pretendo ser, aliás, abomino a venda de imagem. Pessoalmente prefiro 80's rocker (sem o glam) e cagar nos rótulos que me dão por causa disso. Ah, e ter um vestuário predominantemente preto e cor de ganga torna muito fácil a selecção da roupa. Assim só me preocupo com o frio que vai fazer, tudo o resto é supérfluo e fútil quando lhe é dada uma importância exagerada. O Einstein era brilhante no aspecto em que tinha uma série de camisas e calças todas iguais para todos os dias da semana. Assim ocupou a sua mente com aquilo que é REALMENTE importante, no seu caso particular, a Ciência.
boa resposta ao topico.....muito boa mesmo.....
Lammashta Escreveu:
YAYYYY! Acho que uma boa iniciativa era agrupar todos estes artigos e acontecimentos num livro. (Nem me importava de ser eu a redigi-lo lol)
Podia ser que alguma editora o aceitasse editar. Hoje em dia há cada bosta inútil editada, qualquer um escreve um livro. E esse, se fosse uma colectânea bem feita e bem redigida, até podia ser que tivesse alguma saída, e sempre era um documento histórico, lol.
Rick Escreveu:Bem, conheci muita gente em velhos tempos em que bastava irmos pela rua e vermos pessoal com t-shirts de Metal e blusões com patches para pararmos todos e metermos conversa, mas onde é que isso já vai! Hoje já nem blusões com patches há! Anda tudo vestido de preto à gótico!
Lammashta Escreveu:Falando do meu caso pessoal (sim, eu adoro falar de mim e estou sempre a repetir-me, lol), eu não comecei a ouvir metal por associação a um movimento ou a uma tribo ou ao que quer que lhe queiram chamar. Eu sempre me interessei mais por música pelo aspecto estrutural e funcional do que pelo aspecto de coleccionar conhecimentos de existências de bandas, como já tenho aí visto muito (boa?) gente fazer. De facto, não tenho interesse algum em ser uma dessas enciclopédias ambulantes...
Mas voltando à questão fulcral, comecei dessa forma ainda gatinhava se assim o posso dizer. Sempre quis conhecer novas formas de fazer arranjos musicais e dominar os conhecimentos sobre a execução de diversos instrumentos (ainda que quando se trate de tocar propriamente, nunca me tenha tornado uma virtuosa em nenhum deles). Só tive o meu primeiro contacto com o metal para aí em 94. Foi um género que me captou muito, mas mesmo muito a atenção, pois eu apercebi-me de que todos os conhecimentos que eu tinha previamente adquirido não se aplicavam a este género. Sabia uns acordezitos de acústica, que evidentemente não reproduziam nem perto os truques rítmicos, power chords soltos alternados com abafados, etc. que eu ouvia mas não fazia ideia nenhuma de como aqueles sons eram produzidos. Apesar desse meu desconhecimento, dava-me um gozo extremo ouvir, tendo apenas acesso a early metallicas e megadeths porque eu não conhecia ninguém com a minha "pancada" e tinha que me restringir ao que raramente passava na TV. Não me lembro ao certo do que me captivou mais, talvez o entusiasmo e a energia que aquilo transmitia, talvez o mistério de eu ter de descobrir como aquilo se tocava.
O que é certo é que cheguei aos meus 14 anos e não aguentei, tive de comprar a minha primeira guitarra eléctrica com amplificador, ainda sem saber rigorosamente nada, e pôr-me a fazer experiências. Simultaneamente, senti necessidade de investigar a secção rítmica. Uma vez que o acesso a uma bateria não era tão fácil ($$$$) como o acesso a uma guitarra, ainda sem bateria, decidi começar a ter aulas desse instrumento. Fiquei maravilhada, e daí até à aquisição de uma não passaram muitos meses. Comecei a definir-me como baterista, cheguei a ter algumas reuniões de garagem com pessoas diversas, mas nada de muito sério. Entretanto, já passado 1 ano, a minha "investigação científica" de guitarra eléctrica começava a dar frutos e os primeiros sons audíveis com a distorção ligada começaram a aparecer.
A história ainda continua, mas vejo que estou a ficar um pouco off-topic, por isso vou directa ao assunto:
a) Não sei se sou da nova, média, ou velha guarda. É um facto que preferencialmente ouço as músicas da "velha", mas não cresci nesse meio. Os meus 80's foram passados entre legos, playmobil, casas de bonecas e "sacar" as sequências de acordes das músicas pop da altura e das que o meu pai ouvia.
Contudo, creio que para se ser um verdadeiro apreciador de Mozart não é preciso ter-se vivido no séc. XVIII, se é que me faço entender.
b) Esse conceito de "tribo" e de "unidade na tribo" é uma utopia. É certo que, dentro de um determinado grupo de pessoas, o mais provável é haver gente boa, gente má, gente esperta, gente burra, por aí fora. Tomar a parte pelo todo é o grande erro que torna o racismo, o sexismo, e outros "ismos" inaceitáveis. Eu cá prefiro aliar-me à gente que me interessa e cagar nos outros, seja dentro da mesma "tribo" ou não.
c) Roupa... Não sou especialista de moda, nem pretendo ser, aliás, abomino a venda de imagem. Pessoalmente prefiro 80's rocker (sem o glam) e cagar nos rótulos que me dão por causa disso. Ah, e ter um vestuário predominantemente preto e cor de ganga torna muito fácil a selecção da roupa. Assim só me preocupo com o frio que vai fazer, tudo o resto é supérfluo e fútil quando lhe é dada uma importância exagerada. O Einstein era brilhante no aspecto em que tinha uma série de camisas e calças todas iguais para todos os dias da semana. Assim ocupou a sua mente com aquilo que é REALMENTE importante, no seu caso particular, a Ciência.
sentinel Escreveu:não existe tape trading, não temos fanzines...culpamos a net???
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