Espírito "velha guarda"?

coragem [RIP]

Mensagempor coragem [RIP] » domingo jul 30, 2006 12:42 pm


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diabox
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Mensagempor diabox » domingo jul 30, 2006 12:54 pm

rock on grrrrrrrrrrrl
:metal:

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Overkill
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Mensagempor Overkill » domingo jul 30, 2006 2:27 pm

Altamente!! Parabens e obrigado a todos os que ajudaram a criação do site :cheers:
Maria tinha um cordeirinho do qual tirou um novelo de lã para fazer um casaquinho de malha e blá blá blá

Lammashta [RIP]

Mensagempor Lammashta [RIP] » domingo jul 30, 2006 11:00 pm

diabox Escreveu:
Lammashta Escreveu:Falando do meu caso pessoal (sim, eu adoro falar de mim e estou sempre a repetir-me, lol), eu não comecei a ouvir metal por associação a um movimento ou a uma tribo ou ao que quer que lhe queiram chamar. Eu sempre me interessei mais por música pelo aspecto estrutural e funcional do que pelo aspecto de coleccionar conhecimentos de existências de bandas, como já tenho aí visto muito (boa?) gente fazer. De facto, não tenho interesse algum em ser uma dessas enciclopédias ambulantes...
Mas voltando à questão fulcral, comecei dessa forma ainda gatinhava se assim o posso dizer. Sempre quis conhecer novas formas de fazer arranjos musicais e dominar os conhecimentos sobre a execução de diversos instrumentos (ainda que quando se trate de tocar propriamente, nunca me tenha tornado uma virtuosa em nenhum deles). Só tive o meu primeiro contacto com o metal para aí em 94. Foi um género que me captou muito, mas mesmo muito a atenção, pois eu apercebi-me de que todos os conhecimentos que eu tinha previamente adquirido não se aplicavam a este género. Sabia uns acordezitos de acústica, que evidentemente não reproduziam nem perto os truques rítmicos, power chords soltos alternados com abafados, etc. que eu ouvia mas não fazia ideia nenhuma de como aqueles sons eram produzidos. Apesar desse meu desconhecimento, dava-me um gozo extremo ouvir, tendo apenas acesso a early metallicas e megadeths porque eu não conhecia ninguém com a minha "pancada" e tinha que me restringir ao que raramente passava na TV. Não me lembro ao certo do que me captivou mais, talvez o entusiasmo e a energia que aquilo transmitia, talvez o mistério de eu ter de descobrir como aquilo se tocava.
O que é certo é que cheguei aos meus 14 anos e não aguentei, tive de comprar a minha primeira guitarra eléctrica com amplificador, ainda sem saber rigorosamente nada, e pôr-me a fazer experiências. Simultaneamente, senti necessidade de investigar a secção rítmica. Uma vez que o acesso a uma bateria não era tão fácil ($$$$) como o acesso a uma guitarra, ainda sem bateria, decidi começar a ter aulas desse instrumento. Fiquei maravilhada, e daí até à aquisição de uma não passaram muitos meses. Comecei a definir-me como baterista, cheguei a ter algumas reuniões de garagem com pessoas diversas, mas nada de muito sério. Entretanto, já passado 1 ano, a minha "investigação científica" de guitarra eléctrica começava a dar frutos e os primeiros sons audíveis com a distorção ligada começaram a aparecer.
A história ainda continua, mas vejo que estou a ficar um pouco off-topic, por isso vou directa ao assunto:
a) Não sei se sou da nova, média, ou velha guarda. É um facto que preferencialmente ouço as músicas da "velha", mas não cresci nesse meio. Os meus 80's foram passados entre legos, playmobil, casas de bonecas e "sacar" as sequências de acordes das músicas pop da altura e das que o meu pai ouvia.
Contudo, creio que para se ser um verdadeiro apreciador de Mozart não é preciso ter-se vivido no séc. XVIII, se é que me faço entender.
b) Esse conceito de "tribo" e de "unidade na tribo" é uma utopia. É certo que, dentro de um determinado grupo de pessoas, o mais provável é haver gente boa, gente má, gente esperta, gente burra, por aí fora. Tomar a parte pelo todo é o grande erro que torna o racismo, o sexismo, e outros "ismos" inaceitáveis. Eu cá prefiro aliar-me à gente que me interessa e cagar nos outros, seja dentro da mesma "tribo" ou não.
c) Roupa... Não sou especialista de moda, nem pretendo ser, aliás, abomino a venda de imagem. Pessoalmente prefiro 80's rocker (sem o glam) e cagar nos rótulos que me dão por causa disso. Ah, e ter um vestuário predominantemente preto e cor de ganga torna muito fácil a selecção da roupa. Assim só me preocupo com o frio que vai fazer, tudo o resto é supérfluo e fútil quando lhe é dada uma importância exagerada. O Einstein era brilhante no aspecto em que tinha uma série de camisas e calças todas iguais para todos os dias da semana. Assim ocupou a sua mente com aquilo que é REALMENTE importante, no seu caso particular, a Ciência.


boa resposta ao topico.....muito boa mesmo..... :twisted:


:cheers:

Lammashta [RIP]

Mensagempor Lammashta [RIP] » domingo jul 30, 2006 11:04 pm

coragem Escreveu:http://fanzines80.blogspot.com/
http://heavymetaldecada80.blogspot.com/

:metal:


YAYYYY! Acho que uma boa iniciativa era agrupar todos estes artigos e acontecimentos num livro. (Nem me importava de ser eu a redigi-lo lol)
Podia ser que alguma editora o aceitasse editar. Hoje em dia há cada bosta inútil editada, qualquer um escreve um livro. E esse, se fosse uma colectânea bem feita e bem redigida, até podia ser que tivesse alguma saída, e sempre era um documento histórico, lol.

coragem [RIP]

Mensagempor coragem [RIP] » segunda jul 31, 2006 8:28 am

Lammashta Escreveu:
coragem Escreveu:http://fanzines80.blogspot.com/
http://heavymetaldecada80.blogspot.com/

:metal:


YAYYYY! Acho que uma boa iniciativa era agrupar todos estes artigos e acontecimentos num livro. (Nem me importava de ser eu a redigi-lo lol)
Podia ser que alguma editora o aceitasse editar. Hoje em dia há cada bosta inútil editada, qualquer um escreve um livro. E esse, se fosse uma colectânea bem feita e bem redigida, até podia ser que tivesse alguma saída, e sempre era um documento histórico, lol.


excelente ideia!!! :D

paulo figueiredo [RIP 2011/02/27]

Mensagempor paulo figueiredo [RIP 2011/02/27] » segunda jul 31, 2006 10:40 am

sempre pensei k o tal "espirito da velha guarda" era uma questão de mentalidade e não de roupas....
infelizmente os gógós reinam....

metalidade [RIP]

Mensagempor metalidade [RIP] » sexta jun 29, 2007 1:44 am

Podem dizer ou pensarem o que quizerem pois cada um tem direito a isso mas eu fico contente quando vou na rua e vejo alguem vestido a dar a ideia do que ouve...neste caso metal.Claro que o que conta e a mentalidade de cada um mas quando se ve num bar alguem vestido de preto e as suas botas e depois dois ou tres dias depois se vai na rua e se ve a mesma pessoa vestida de maneira diferente e um pouco....E o que chamo"vestir para a ocasiao".Talvez para dizerem que sao diferentes.Nao que eu tenha algo a ver com isso que nao tenho mas com o amor que tenho ao metal...da que pensar.Claro que a ideia de metaleiros esta na mentalidade e nao na roupa por isso eu chamo a essas pessoas de velha guarda mesmo que tenham começado a ouvir metal e que tenham entrado dentro do espirito da coisa a meia duzia de meses e voces sabem na perfeiçao do que falo.Sera que nao mudaram a maneira de pensar e agir depois de entrarem na onda do metal?Eu pelo menos conheço um ou dois putos que ouvem metal a poucos anos e considero os mesmo de velha guarda.Tem a tal mistica...a tal psicologia que quer se queira ou nao ela existe.

Mordred
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Mensagempor Mordred » sexta jun 29, 2007 9:11 am

Até certo ponto, metalidade, até certo ponto! :)
Eu, por exemplo, por força do trabalho ando normalmente "disfarçado"... Camisa, calça, sapato... Não quer isto dizer que na cabeça não esteja lá a "metalidade"! De resto, a minha maneira de vestir sempre foi: ganga, t-shirt e ténis. Algumas vezes t-shirts de bandas/festivais, outra vezes t-shirts lisas. Ah! E graças ao trabalho (leia-se ordenado) e a uma loja fabulosa em Corroios, finalmente comprei o belo blusão de cabedal! :D

metalidade [RIP]

Mensagempor metalidade [RIP] » sexta jun 29, 2007 1:31 pm

Sim.Mas como falei e a mentalidade que conta.Claro que quem tem trabalhos em que nao se pode vestir como se gosta nada a fazer mas...e aquele pessoal que pode,gosta mas pensa que e melhor nao por razoes de sociedade?Isso e que da que pensar.Depois aparecem ao pe de metaleiros vestidos a rigor so para dizerem que estao e sao assim.Claro que a roupa nao conta mas...e tudo uma questao de actitude

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siderius
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Mensagempor siderius » sexta jun 29, 2007 3:05 pm

O espirito da "velha guarda" ainda cá anda! 8) :D
FUCK YOU ALL...........

fearoftheD [RIP]

Mensagempor fearoftheD [RIP] » sexta jun 29, 2007 3:09 pm

Rick Escreveu:Bem, conheci muita gente em velhos tempos em que bastava irmos pela rua e vermos pessoal com t-shirts de Metal e blusões com patches para pararmos todos e metermos conversa, mas onde é que isso já vai! Hoje já nem blusões com patches há! Anda tudo vestido de preto à gótico! :lol:


Pois ontem matei saudades dos velhos tempos um metalico tipicamente velha guarda metaleira ( ele não tinha idade para isso mas...) fiquei contente de ver que afinal ainda existe aquela atitude em pessoal mais novo ( mas era mesmo só 1... claro que não andei por todo o recinto)

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Nasal Penetration
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Mensagempor Nasal Penetration » sexta jun 29, 2007 8:28 pm

Lammashta Escreveu:Falando do meu caso pessoal (sim, eu adoro falar de mim e estou sempre a repetir-me, lol), eu não comecei a ouvir metal por associação a um movimento ou a uma tribo ou ao que quer que lhe queiram chamar. Eu sempre me interessei mais por música pelo aspecto estrutural e funcional do que pelo aspecto de coleccionar conhecimentos de existências de bandas, como já tenho aí visto muito (boa?) gente fazer. De facto, não tenho interesse algum em ser uma dessas enciclopédias ambulantes...
Mas voltando à questão fulcral, comecei dessa forma ainda gatinhava se assim o posso dizer. Sempre quis conhecer novas formas de fazer arranjos musicais e dominar os conhecimentos sobre a execução de diversos instrumentos (ainda que quando se trate de tocar propriamente, nunca me tenha tornado uma virtuosa em nenhum deles). Só tive o meu primeiro contacto com o metal para aí em 94. Foi um género que me captou muito, mas mesmo muito a atenção, pois eu apercebi-me de que todos os conhecimentos que eu tinha previamente adquirido não se aplicavam a este género. Sabia uns acordezitos de acústica, que evidentemente não reproduziam nem perto os truques rítmicos, power chords soltos alternados com abafados, etc. que eu ouvia mas não fazia ideia nenhuma de como aqueles sons eram produzidos. Apesar desse meu desconhecimento, dava-me um gozo extremo ouvir, tendo apenas acesso a early metallicas e megadeths porque eu não conhecia ninguém com a minha "pancada" e tinha que me restringir ao que raramente passava na TV. Não me lembro ao certo do que me captivou mais, talvez o entusiasmo e a energia que aquilo transmitia, talvez o mistério de eu ter de descobrir como aquilo se tocava.
O que é certo é que cheguei aos meus 14 anos e não aguentei, tive de comprar a minha primeira guitarra eléctrica com amplificador, ainda sem saber rigorosamente nada, e pôr-me a fazer experiências. Simultaneamente, senti necessidade de investigar a secção rítmica. Uma vez que o acesso a uma bateria não era tão fácil ($$$$) como o acesso a uma guitarra, ainda sem bateria, decidi começar a ter aulas desse instrumento. Fiquei maravilhada, e daí até à aquisição de uma não passaram muitos meses. Comecei a definir-me como baterista, cheguei a ter algumas reuniões de garagem com pessoas diversas, mas nada de muito sério. Entretanto, já passado 1 ano, a minha "investigação científica" de guitarra eléctrica começava a dar frutos e os primeiros sons audíveis com a distorção ligada começaram a aparecer.
A história ainda continua, mas vejo que estou a ficar um pouco off-topic, por isso vou directa ao assunto:
a) Não sei se sou da nova, média, ou velha guarda. É um facto que preferencialmente ouço as músicas da "velha", mas não cresci nesse meio. Os meus 80's foram passados entre legos, playmobil, casas de bonecas e "sacar" as sequências de acordes das músicas pop da altura e das que o meu pai ouvia.
Contudo, creio que para se ser um verdadeiro apreciador de Mozart não é preciso ter-se vivido no séc. XVIII, se é que me faço entender.
b) Esse conceito de "tribo" e de "unidade na tribo" é uma utopia. É certo que, dentro de um determinado grupo de pessoas, o mais provável é haver gente boa, gente má, gente esperta, gente burra, por aí fora. Tomar a parte pelo todo é o grande erro que torna o racismo, o sexismo, e outros "ismos" inaceitáveis. Eu cá prefiro aliar-me à gente que me interessa e cagar nos outros, seja dentro da mesma "tribo" ou não.
c) Roupa... Não sou especialista de moda, nem pretendo ser, aliás, abomino a venda de imagem. Pessoalmente prefiro 80's rocker (sem o glam) e cagar nos rótulos que me dão por causa disso. Ah, e ter um vestuário predominantemente preto e cor de ganga torna muito fácil a selecção da roupa. Assim só me preocupo com o frio que vai fazer, tudo o resto é supérfluo e fútil quando lhe é dada uma importância exagerada. O Einstein era brilhante no aspecto em que tinha uma série de camisas e calças todas iguais para todos os dias da semana. Assim ocupou a sua mente com aquilo que é REALMENTE importante, no seu caso particular, a Ciência.


bem a "Lammashta" ou é mesmo feia ou então é a mulher perfeita porque inteligência não lhe falta 8)
agora sem brincadeiras...
muito bem dizido :lol:
Nasal Penetration - Myspace

só ouço BRUTAL DEATH...


A Dor é Temporária, o Orgulho é Eterno

sentinel
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Mensagempor sentinel » domingo jul 01, 2007 3:28 am

o mundo evolui e com ele as pessoas, poderiamos culpar a internet...mas seria correcto??? senão vejamos...neste forúm fala-se de metal o partilhar ideias e gostos sobre heavy metal é um pouco esse espirito, aquilo que vivemos há 15, 20 anos não volta valeu pelo que foi...mas também havia muita merda, mas creio que hoje se poder sacar um cd da net, visitar uma pagina de uma banda retirou o espirito que tinhamos na velha guarda hoje é algo individual não existe tape trading, não temos fanzines...culpamos a net??? é algo que repito o mundo evoluiu e com ele as pessoas mas também havia muita merda na altura...eramos marginalizados pelo cabelo, por usar brinco e por todo o visual era isso que nos unia o sermos diferentes, hoje ninguém liga a cabelo, brinco, a união era feita da marginalização que sofriamos por ser metaleiros esse era o que fazia existir aquele espirito mas ele ainda existe mas de outra forma, basta tentarmos entender a cena actual o saudosismo pode nos cegar.

hail

Mordred
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Mensagempor Mordred » domingo jul 01, 2007 10:42 am

sentinel Escreveu:não existe tape trading, não temos fanzines...culpamos a net???


é aí que te enganas redondamente sentinel! Como já disse mil vezes, cada um é livre de seguir aquilo que quer.... Mas que não seja por achar que há coisas que já não existem.. Porque elas existem! Ok, o tapetrading hoje, será mais CDR-trading! Mas ainda dá muito gozo agarrar na lista de alguém e andar à procura "daquela" demo! Quanto a fanzines... É o que não falta! E em formato de papel... E muito mais fixes de se lerem do que estar sentado em frente ao monitor a queimar os olhos! Queres exemplos? Aí vão eles :) Snakepit, Singing Swords, Forgotten Scroll, Pariah Child, Iron Wolf, On The March, Den of Iniquity, etc...
Espírito saudosista é algo que cá só existe porque perdemos completamente o contacto com o movimento que anda pela Europa! Como por cá essas coisas acabaram em meados dos anos 90 (ou talvez um pouco antes), ficámos com a ideia que acabaram em todo o lado. Mas isso não é verdade... Portanto, não se trata tanto de saudosismo, uma vez que o espírito que se viveu cá, ainda se vive por toda a Europa. Nós é que perdemos o comboio! E se este tema te interessar sentinel, terei todo o gosto em indicar-te endereços e traders que poderás contactar!

NOTA: este texto refere-se mais ao Metal tradicional, uma vez que se estivermos a falar em Metal extremo, então "saudosismo" não faz sentido nenhum! Até em Portugal se editam fanzines de qualidade nesse espectro metálico (Ancient Ceremonies vem-me à cabeça assim de repente.


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