central nuclear em portugal
- DeMonica
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Já que está planeada uma rede europeia de abastecimento de energia eléctrica por que querem construir uma central numa zona com actividade sísmica? Construam centrais nucleares com tecnologia de ponta na Suécia, na Irlanda, na Polónia ou no centro de Espanha porque para estes lados não me parece lá muito boa ideia. Em termos de escala de tempo geológica 1755 foi hoje de manhã! Vejam o mapa da actividade sísmica europeia:
http://wija.ija.csic.es/gt/earthquakes/ ... A4_75q.jpg
e também uma citação:
"The protection of critical infrastructures and radioactive waste repositories (FP6 2.2.i). Critical infrastructures in Europe (nuclear industry, radioactive waste repositories, chemical, petro-chemical and high-tech industry, communication infrastructures, dams) are particularly exposed to earthquake hazard. The siting, realization and management of geological repositories for long-term storage of radioactive waste requires the assessment and long-term monitoring of seismic hazard, with a multi-disciplinary approach combining input from geology, geodesy and seismology with extreme statistics, wave propagation in complex media, in-situ analysis of active faulting and physical modelling of the earthquake cycle."
tirada de
http://www.orfeus-eu.org/documents/EoI-NERIES.doc
Votei não.
http://wija.ija.csic.es/gt/earthquakes/ ... A4_75q.jpg
e também uma citação:
"The protection of critical infrastructures and radioactive waste repositories (FP6 2.2.i). Critical infrastructures in Europe (nuclear industry, radioactive waste repositories, chemical, petro-chemical and high-tech industry, communication infrastructures, dams) are particularly exposed to earthquake hazard. The siting, realization and management of geological repositories for long-term storage of radioactive waste requires the assessment and long-term monitoring of seismic hazard, with a multi-disciplinary approach combining input from geology, geodesy and seismology with extreme statistics, wave propagation in complex media, in-situ analysis of active faulting and physical modelling of the earthquake cycle."
tirada de
http://www.orfeus-eu.org/documents/EoI-NERIES.doc
Votei não.
"Nothing to prove/Just a hellish Rock&Roll freak/You call your Metal black/It's just spastic lame and weak" - Darkthrone - Too Old Too Cold EP (2006) - www.myspace.com/deusexmonica
- cacildo
- Metálico(a) Supremo(a)
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Epa desculpem la.. ja viram o mapa das centrais em espanha certo? em toda a europa existe.. certo?.. eles nao desmantelam as deles.. certo?
tirem as vocas conclusoes.. se foce assim tao mau eles (a europa) não questionavam...
tirem as vocas conclusoes.. se foce assim tao mau eles (a europa) não questionavam...
I.B.A. International Bastard Association
REMEMBER!! Once a bastard, allways a bastard!
Bockiis Supremus - Saboriium Autenticus est!
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Postmortem Escreveu:Se energia nuclear é uma energia limpa porque não deita CO2 na atmosfera então expliquem-me o que vão fazer com os resíduos nucleares.
Re-enriquecê-los, gastá-los, repetir até não dar para tirar de lá mais nada, e depois voltar a pô-los no mesmo sítio de onde se minaram. Se já lá estavam naturalmente, sem a nossa intervenção, sendo muito mais radioactivos do que depois de gastos, não vejo qual o problema em voltar a pô-los lá, menos radioactivos e menos perigosos.
Entretanto as centrais a carvão continuam a despejar directamente para a atmosfera quantidades brutais de radioactividade, mas pronto, como não aparece lá a palavra "nuclear" toda a gente se está cagando para o assunto...
- Brilhando
- Ultra-Metálico(a)
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Gornoth Escreveu:Entretanto as centrais a carvão continuam a despejar directamente para a atmosfera quantidades brutais de radioactividade, mas pronto, como não aparece lá a palavra "nuclear" toda a gente se está cagando para o assunto...
Sim, porque ninguém tem ideia que o próprio Granito tem radioactividade natural, quanto mais o carvão e restante escória processada nessas centrais.
A fusão nuclear seria muito bonito, só é pena que:
"O reactor Internacional Termonuclear experimental (ITER) vai ser o primeiro do género e ficará em Cadarache (frança), como foi decidido no ano passado. Pretende provar que é viável científica e economicamente a produção deenergia através da fusão nuclear, como acontece nas estrelas. O objectivo é criar uma fonte de energialimpa, segura, económica, inesgotável e, ao mesmo tempo, contornar os problemas da energia nuclear convencional.
(...)
Os parceiros do ITER começaram por ser a UE, os EUA, o Japão, a China, a Coreia do Sul e a Rússia, mas a Índia já se juntou a este projecto, que levará dez anos a construir e custará dez mil milhões de euros.
Portugal pode participar de várias maneiras (...) através de pessoas que se candidatem a lugares na equipa do ITER; da construção de meios de diagnóstico do reactor e de instrumentação de controlo da sua operação; de indústrias portuguesas em subcontratos para construir o reactor; e de investigadores de várias universidades no fabrico de outros aparelhos".
in Público (22/02/2006).
Também tem um artigo sobre o "infâme" reactor de Sacavém, e pelos vistos é único na Europa e tem tido mais utilidade do que ter servido apenas de palco de um acidente há 20 e tal anos (um dos clientes é o Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN).
E se a sismicidade é questão, porque raio terá o Japão assim umas poucas delas?
- Postmortem
- Ultra-Metálico(a)
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- Registado: terça mar 15, 2005 10:27 pm
Eu sei que a fusão nuclear ainda não pode ser usada.
Tu não vês?
A current concern in the nuclear power field is the safe disposal and isolation of either spent fuel from reactors or, if the reprocessing option is used, wastes from reprocessing plants. These materials must be isolated from the biosphere until the radioactivity contained in them has diminished to a safe level.
Fonte
Para aqueles que achavam que era economicamente viável:
The relative economics of reprocessing-waste disposal and interim storage-direct disposal has been the focus of much debate over the past ten years. Many approaches have been used and to a certain extent the approach taken has determined the outcome of the assessment. These studies model the total fuel cycle costs of a reprocessing-recycling system based on thermal recycling of plutonium and compare this to the total costs of an open fuel cycle with direct disposal. The range of results produced by these studies is very wide, but all are agreed that under current (2005) economic conditions the reprocessing-recycle option is the more costly.
Fonte
E eu tenho que insistir nisto: energia nuclear é uma visão a muito curto tempo, economiscista até se quiserem. O verdadeiro problema fica por resolver.
E Gornoth, eu não defendi as minas de carvão mas também não defendo discursos alarmistas:
Health and Environmental Impact of Radioactive Elements Associated With Coal Utilization
Radioactive elements from coal and fly ash may come in contact with the general public when they are dispersed in air and water or are included in commercial products that contain fly ash.
The radiation hazard from airborne emissions of coal-fired power plants was evaluated in a series of studies conducted from 1975–1985. These studies concluded that the maximum radiation dose to an individual living within 1 km of a modern power plant is equivalent to a minor, perhaps 1 to 5 percent, increase above the radiation from the natural environment. For the average citizen, the radiation dose from coal burning is considerably less. Components of the radiation environment that impact the U.S. population are illustrated in figure 4. Natural sources account for the majority (82 percent) of radiation. Man-made sources of radiation are dominated by medical X-rays (11 percent). On this plot, the average population dose attributed to coal burning is included under the consumer products category and is much less than 1 percent of the total dose.
"Figure 4"
Fonte
EDIT: Erros ortográficos.
Re-enriquecê-los, gastá-los, repetir até não dar para tirar de lá mais nada, e depois voltar a pô-los no mesmo sítio de onde se minaram. Se já lá estavam naturalmente, sem a nossa intervenção, sendo muito mais radioactivos do que depois de gastos, não vejo qual o problema em voltar a pô-los lá, menos radioactivos e menos perigosos.
Tu não vês?
A current concern in the nuclear power field is the safe disposal and isolation of either spent fuel from reactors or, if the reprocessing option is used, wastes from reprocessing plants. These materials must be isolated from the biosphere until the radioactivity contained in them has diminished to a safe level.
Fonte
Para aqueles que achavam que era economicamente viável:
The relative economics of reprocessing-waste disposal and interim storage-direct disposal has been the focus of much debate over the past ten years. Many approaches have been used and to a certain extent the approach taken has determined the outcome of the assessment. These studies model the total fuel cycle costs of a reprocessing-recycling system based on thermal recycling of plutonium and compare this to the total costs of an open fuel cycle with direct disposal. The range of results produced by these studies is very wide, but all are agreed that under current (2005) economic conditions the reprocessing-recycle option is the more costly.
Fonte
E eu tenho que insistir nisto: energia nuclear é uma visão a muito curto tempo, economiscista até se quiserem. O verdadeiro problema fica por resolver.
E Gornoth, eu não defendi as minas de carvão mas também não defendo discursos alarmistas:
Health and Environmental Impact of Radioactive Elements Associated With Coal Utilization
Radioactive elements from coal and fly ash may come in contact with the general public when they are dispersed in air and water or are included in commercial products that contain fly ash.
The radiation hazard from airborne emissions of coal-fired power plants was evaluated in a series of studies conducted from 1975–1985. These studies concluded that the maximum radiation dose to an individual living within 1 km of a modern power plant is equivalent to a minor, perhaps 1 to 5 percent, increase above the radiation from the natural environment. For the average citizen, the radiation dose from coal burning is considerably less. Components of the radiation environment that impact the U.S. population are illustrated in figure 4. Natural sources account for the majority (82 percent) of radiation. Man-made sources of radiation are dominated by medical X-rays (11 percent). On this plot, the average population dose attributed to coal burning is included under the consumer products category and is much less than 1 percent of the total dose.
"Figure 4"

Fonte
EDIT: Erros ortográficos.
Postmortem Escreveu:A current concern in the nuclear power field is the safe disposal and isolation of either spent fuel from reactors or, if the reprocessing option is used, wastes from reprocessing plants. These materials must be isolated from the biosphere until the radioactivity contained in them has diminished to a safe level.
Onde é que está a falha no meu argumento? O materiais radioactivos provêm de minas; são usados e a sua radioactividade desce; voltam a ser enfiados nas minas de onde vieram, e pronto. Ficariam tão isolados da biosfera como o estão neste momento, no seu estado natural. Ou não?
Postmortem Escreveu:Para aqueles que achavam que era economicamente viável
Aí entram as mecânicas de uma economia de escala. É caro, mais que a utilização dos métodos convencionais, re-enriquecer materiais usados em reacções nucleares, sim. Mas o mesmo se aplica a qualquer das alternativas, já que não havendo investimento não cresce a base instalada, e sem isso acontecer não há descida de preços. No entanto, se forem construídas mais centrais de reprocessamento, então os preços baixam. Com cada nova central, os métodos tornam-se mais baratos.
Postmortem Escreveu:E eu tenho que insistir nisto: energia nuclear é uma visão a muito curto tempo, economiscista até se quiserem. O verdadeiro problema fica por resolver.
Jogando bem as cartas, é possível utilizar as reservas de matérias primas para uso em reacções nucleares - que, para já, são muito superiores às reservas de carvão e petróleo que têm mantido toda a sociedade nos últimos duzentos anos - durante muito, muito tempo.
Concordo que a solução não é definitiva, e devem continuar os avanços e investimentos em energias alternativas (especialmente acabar com a dependência dos fósseis* JÁ), mas não lhe chamaria uma solução de muito curto prazo como dizes.
*Relembro que nos combustíveis fósseis se incluem tanto o petróleo como o carvão e gás natural.
Postmortem Escreveu:E Gornoth, eu não defendi as minas de carvão mas também não defendo discursos alarmistas
Também não disse que as defendias.

Mas nota duas coisas:
1. o teu estudo foi feito com base em números de há entre trinta e seis e vinte e seis anos atrás; o nosso padrão de utilização de centrais térmicas a carvão mudou imensamente desde essa altura, e tem vindo a crescer a olhos vistos de ano a ano;
2. o meu argumento baseava-se mais no facto de os materiais usados em reacções nucleares serem minados, utilizados e tornados a guardar no sítio de onde vieram. A quantidade de radioactividade acrescentada directamente no nosso ecossistema (aquela faixa minúscula, em comparação com o tamanho do planeta, que vai desde algumas dezenas de metros abaixo do solo até às camadas superiores da atmosfera) é zero, ou tão perto disso que acaba por ser negligível.
Pelo contrário, a utilização do carvão implica que se mine também o carvão, que se queime, e a radioactividade libertada nesse processo é directamente injectada na atmosfera.
Estamos portanto a mover radiação que está guardadinha abaixo do solo sem fazer mal nenhum a ninguém, e a despejá-la directamente no nosso ecossistema directo, em contradição com o que aconteceria com um sistema bem implementado de processamento dos resíduos nucleares.
eu sou a favor, mas n me meto nessas discussões de argumentos q há gente ai bem mais capacitada q eu para o fazer. acho q a questão da segurança já não se põe (ou pelo menos n se deveria por) nos tempos q correm, mas isso se calhar é a minha opinião como mera pessoa sem informação aprofundada no assunto. se realmente ajuda na despesa pública e pessoal, e se não há problemas de segurança de ordem maior, como já várias vezes ouvi dizer (estes 2 argumentos), então força com isso, têm o meu apoio.
Gornoth Escreveu:O materiais radioactivos provêm de minas; são usados e a sua radioactividade desce; voltam a ser enfiados nas minas de onde vieram, e pronto. Ficariam tão isolados da biosfera como o estão neste momento, no seu estado natural. Ou não?
Não. Os residuos do combustivel nuclear são bastante piores, tanto radiologica como quimicamente, que o urânio natural. O armazenamento é caro.
Postmortem Escreveu:The relative economics of reprocessing-waste disposal and interim storage-direct disposal has been the focus of much debate over the past ten years. Many approaches have been used and to a certain extent the approach taken has determined the outcome of the assessment. These studies model the total fuel cycle costs of a reprocessing-recycling system based on thermal recycling of plutonium and compare this to the total costs of an open fuel cycle with direct disposal. The range of results produced by these studies is very wide, but all are agreed that under current (2005) economic conditions the reprocessing-recycle option is the more costly.
Isto não diz que o reprocessamento é económicamente inviável. Tanto não é que se faz. Apenas diz que, neste momento, é mais barato acondicionar devidamente os residúos e obter combústivel novo do que reciclá-los.
Postmortem Escreveu:Já agora, desculpem lá mas, corrigir um erro com outro? A energia de fissão nuclear também não é eterna
É suficientemente perto disso.

Shrödinger's cat has left the building.
When in doubt, ban!
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- The Punisher
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- Registado: quinta dez 22, 2005 1:13 am
otnemeM Escreveu:The Punisher Escreveu:O único senão é sermos um país q nem a merda de um túnel para o metro consegue fazer sem dar cabo da cidade e «quase» de monumentos.
Talvez queiras saber dos dois lados da questão antes de acreditar nas razões anunciadas pela Sra. Ministra/IPAR
Tenho sempre interesse em saber/conhecer os dois lados da questão.
Ouvir as partes para «ver» o todo.
Ter a maior informação impossível antes de formar a minha opinião.
A verdade é q as Ruínas do Carmo quase q faziam jus ao seu nome c a trepidação das obras do metro.
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