2016.08.5-6 VOA Rocks - Corroios

[spiegelman]

Infelizmente é matemática simples. Como o festival deu prejuízo e para o não deixar caír mudaram-se para mais perto de Lisboa onde não é preciso gastar uma pipa de massa em logística das bandas.Com mais oferta hoteleira e menos despesas de deslocação das bandas para norte (ou sul se vierem do Porto) Gasta-se menos dinheiro.

Ou vocês acham que transportar 20 bandas e respetivo material dos aeroportos para Vagos é feito de borla? 100 km do Porto, 235 km de Lisboa

De Corroios à Portela são 20 km.

A gasolina não nasce na Vialonga amigos

O mesmo aconteceu com o Super Rock. O Meco é um sítio espetacular. Dos melhores ambientes de Festival dos que existiam nestes últimos anos. Mas da Portela ao Parque das Nações é só descer a Marechal Gomes da Costa

As Câmaras municipais dão todo o apoio mas não alugam autocarros para levar material e bandas

[rpa]

E a localização não é um problema para Barroselas? Ou Paredes de Coura, se preferires?

E não o foi nos primeiros anos para Wacken, Clisson, Viveiro, Alicante, e afins?

No ano passado não faltou gente em Vagos. Nem faltaram patrocínios nem apoio autárquico. Se deu prejuízo, será porque a organização não soube gerir o orçamento, e não é a mudança de local que vai mudar isso.

[spiegelman]

Certo. Isto são eles a ver se compensam de um ano para o outro, cortando no imediato aquilo que é possível cortar

[GRIS]

(sic) "(...)face ao prejuízo sofrido com a edição 2015."

the end.

[devilzerpia]

Acredito mais que tenha sido a organização a não conseguir gerir os lucros do que haver prejuízo propriamente dito! Como já foi dito o Wacken não ou até mesmo a um nível de menor dimensão o Vodafone Paredes de Coura não o problema de deslocar as bandas. Muito provavelmente faltou (como habitual em terrenos Lusitanos) uma boa gestão dos recursos que tinham! Agora estão a cortar (desde logo na deslocação do festival) como seria de esperar! Já lá diziam os Romanos: "Na Lusitânia há um povo que não se governa nem se deixa governar".
Não acredito que tenha sido por falta de aderência!
Enfim...

[Passenger]

Acho quer vocês se estão a focar muito num aspecto do comunicado e a descurar outro que para mim é importantíssimo:

De facto, a empresa promotora, com quem o Município tinha um protocolo até 2016, enviou uma comunicação, no passado mês de Novembro, a dar a conhecer o desinteresse do projeto por parte de um dos parceiros face ao prejuízo sofrido com a edição 2015.

Pode ter sido simplesmente um dos patrocinadores ou principais financiadores do projecto. Quanto ao nome, V.agos O.pen A.ir já tem nome e seguidores, se fossem também abdicar disso então era começar do zero em todos os sentidos. Para além disso, então digam-me que sentido faz ter um Rock In Rio em Lisboa ou em Madrid...

[Passenger]

Sinceramente, não fui o ano passado mas vi fotos e não me pareceu ter tido fraca afluência, bem pelo contrário. Agora, resta saber se correspondeu às expectativas da organização ou se os nomes envolvidos o ano passado não envolveram também cachets bem mais elevados que noutros anos. (E tendo em conta este "pormenor", não se admirem que hajam repetições de certos nomes ao longo dos anos também...).

[devilzerpia]

Independentemente de tudo, o que causou esta drástica mudança de lugar (perdendo-se toda a misticidade, etc...) foi uma falta de gestão, para variar. O problema é que, ao contrário do que acontece nos bancos , não há muitos "amigos influentes" a investir no festival, logo tomam-se medidas um pouco drásticas!

[aetheria]

Tocando nas questões da identidade e da posição geográfica, assim de repente ocorre-me o Wacken! E se de repente mudassem o Wacken para Munique?

Diriam que o pessoal do norte estava a refilar com a barriga cheia...

Spoiler: Mostrar

Vai ao encontro do que escrevi. O VOA acabou quando saiu de Vagos. Agora começa um outro que terá, ou não, o sucesso que os responsáveis esperam.
Espero que cá tragam muitas e boas bandas.

Sim, estamos na mesma linha de pensamento. Daí eu ter citado o que escreveste inicialmente.

Há uma coisa que, para mim, tem um valor que vai muito além da qualidade do cartaz, da proximidade a casa ou do mau cheiro no mijatório: a Identidade! E foi isso que não foi preservado ou respeitado com esta mudança. Seria uma saída mais digna se simplesmente fosse assumido o enterro de um festival e o início de outro, com outro nome, outra identidade.

Dei o exemplo do Wacken, como poderia dar o de Paredes de Coura, o do Entremuralhas ou de tantos outros. O Wacken nasceu e cresceu numa vila rural junto à fronteira com a Dinamarca, afastado das principais cidades alemãs (e não vamos comparar a escala alemã à portuguesa) e por lá continua, fazendo da sua posição geográfica uma parte primordial da sua identidade. E se agora mudássemos o Entremuralhas do Castelo de Leiria para a Praia do Pedrógão? Há coisas que devem sobrepor-se a qualquer interesse mercantilista ou de "posição estratégica" (este conceito é tão ridículo quando aplicado a Portugal, assim como o de "interioridade"), e a identidade é das mais importantes, principalmente pelo respeito a todos aqueles que tornaram possível 7 anos de festival.

Isto. ALiás,é o que tenho referido, apesar de ser do Norte.

Acho, de igual modo, que o profissionalismo se impõe e a PA é uma empresa que envolve milhares de euros. Se quer ser respeitada, tem de ser séria e deve respeitar aqueles que são o sustentáculo do seu trabalho.
Possivelmente, encara o público metaleiro como uma cambada acéfala e acrítica que apenas quer mamar cerveja ao som de gajos aos gritos. Uma acéfala e indistinta fonte de receitas.
Têm o direito de tomar as suas decisões, mas deviam um esclarecimento cabal e transparente. Ou, então, não estão a trabalhar com seriedade e, daí, essa transparência não ser conveniente...

Pode ser que a declaração da Câmara de Vagos os faça ser mais esclarecedores...

[Passenger]

Acho, de igual modo, que o profissionalismo se impõe e a PA é uma empresa que envolve milhares de euros. Se quer ser respeitada, tem de ser séria e deve respeitar aqueles que são o sustentáculo do seu trabalho.
Possivelmente, encara o público metaleiro como uma cambada acéfala e acrítica que apenas quer mamar cerveja ao som de gajos aos gritos. Uma acéfala e indistinta fonte de receitas.
Têm o direito de tomar as suas decisões, mas deviam um esclarecimento cabal e transparente. Ou, então, não estão a trabalhar com seriedade e, daí, essa transparência não ser conveniente...

Não concordo com este comentário e nem sem bem por onde começar a explicar porquê... (atenção, nada pessoal, apenas tenho uma visão completamente diferente...)

A Prime Artist é (ou deve, não estou lá portanto não sei, mas a julgar pelo número e grau de eventos que lidam...) o trabalho a tempo inteiro de algumas pessoas. Como tal, para além de ter de cobrir as despesas ainda tem de dar para pagar as contas e dar de comer a uns quantos porque ninguém trabalha (ou pelo menos não deveriam) de borla. Deve haver uma diferença abismal entre a PA e o pessoal que organiza o Barroselas, para citar um exemplo, já para não falar noutros festivais mais pequenos que abundam por aí, que certamente o fazem por gosto e carolice, porque certamente não dão dinheiro a ninguém.
A PA não tem de dar explicações a ninguém, ou pelo não tem mais que qualquer outra promotora de eventos que geralmente não dão qualquer tipo de explicação. Alguma vez ouviram algum tipo de explicação concreta porque é que deixou de haver dias de Metal (a "sério"), ou por terem mudado de local, ou porque é que fazem num ano e não noutro no RIR, no Super Bock e outros afins?
E por fim, também não é pelo facto de não darem nenhuma explicação (que de resto, mais ninguém também dá na generalidade...) que certamente encaram "o público metaleiro como uma cambada acéfala e acrítica" como alguns de vocês concluem. Mais, posso adiantar que há um mundo fora do MU, provavelmente nem devem vir aqui, e certamente a PA deve ter mais que fazer do que dar explicações só porque algumas pessoas não estão contentes no MU ou no Facebook...

Em suma, a PA, na minha perspectiva, deverá ser uma das promotoras de eventos mais parecida com essa tal ideia de "profissionalismo" que há ou deveria haver em Portugal ao nível de espectáculos, e assim sendo comporta-se como tal... e sim, na minha opinião, os profissionais tomam as decisões que têm a tomar para o bem deles sem terem que dar muito cavaco a não ser às instituições responsáveis. O público se quer vai, se não quer não vai...

[Miguel Linkin]

Dinheiro...The Eternal Quest.

- De facto, fica mais barato um evento em Lisboa/Arredores a nivel de logistica.
- Se deu prejuizo ou não, não sei. Mas acreditando que houve, não me parece que o publico aumente exponencialmente aí em Corroios. A menos que...invistam em publicidade, aí terão crescimento;
- Talvez o promotor PEV Entertainment, tenho exigido uma mudança para onde estão os grandes grupos de promotores, não sabemos.

Da minha parte, é tudo uma pena, pois fui a 6 das 7 edições.
E pronto... Tá tudo dito

[JVELHAGUARDA]

Antes que venha a tanga do norte/sul, já fui muitas vezes ao cine teatro de corroios, cascais, coliseu, etc vi lá muita coisa boa a sul mas, este nomes não me puxam nada, dai que, zero remorsos em perder isto, voltar ao Hellfest ou se calhar experimentar o Ressurrection, que é perto daqui, voltam às opções.

Obrigado organização do voa ou coa, ou o nome qualquer, que quiserem impingir à malta, assim como todo este arroz...

[Passenger]

Dinheiro...The Eternal Quest.

É uma merda, mas é isto este mundo. Apesar de até estar descrito na bíblia (para quem acredita em histórias da carochinha) ninguém vive do maná vindo do céu...

[aetheria]

Spoiler: Mostrar

Acho, de igual modo, que o profissionalismo se impõe e a PA é uma empresa que envolve milhares de euros. Se quer ser respeitada, tem de ser séria e deve respeitar aqueles que são o sustentáculo do seu trabalho.
Possivelmente, encara o público metaleiro como uma cambada acéfala e acrítica que apenas quer mamar cerveja ao som de gajos aos gritos. Uma acéfala e indistinta fonte de receitas.
Têm o direito de tomar as suas decisões, mas deviam um esclarecimento cabal e transparente. Ou, então, não estão a trabalhar com seriedade e, daí, essa transparência não ser conveniente...

Não concordo com este comentário e nem sem bem por onde começar a explicar porquê... (atenção, nada pessoal, apenas tenho uma visão completamente diferente...)

A Prime Artist é (ou deve, não estou lá portanto não sei, mas a julgar pelo número e grau de eventos que lidam...) o trabalho a tempo inteiro de algumas pessoas. Como tal, para além de ter de cobrir as despesas ainda tem de dar para pagar as contas e dar de comer a uns quantos porque ninguém trabalha (ou pelo menos não deveriam) de borla. Deve haver uma diferença abismal entre a PA e o pessoal que organiza o Barroselas, para citar um exemplo, já para não falar noutros festivais mais pequenos que abundam por aí, que certamente o fazem por gosto e carolice, porque certamente não dão dinheiro a ninguém.
A PA não tem de dar explicações a ninguém, ou pelo não tem mais que qualquer outra promotora de eventos que geralmente não dão qualquer tipo de explicação. Alguma vez ouviram algum tipo de explicação concreta porque é que deixou de haver dias de Metal (a "sério"), ou por terem mudado de local, ou porque é que fazem num ano e não noutro no RIR, no Super Bock e outros afins?
E por fim, também não é pelo facto de não darem nenhuma explicação (que de resto, mais ninguém também dá na generalidade...) que certamente encaram "o público metaleiro como uma cambada acéfala e acrítica" como alguns de vocês concluem. Mais, posso adiantar que há um mundo fora do MU, provavelmente nem devem vir aqui, e certamente a PA deve ter mais que fazer do que dar explicações só porque algumas pessoas não estão contentes no MU ou no Facebook...

Em suma, a PA, na minha perspectiva, deverá ser uma das promotoras de eventos mais parecida com essa tal ideia de "profissionalismo" que há ou deveria haver em Portugal ao nível de espectáculos, e assim sendo comporta-se como tal... e sim, na minha opinião, os profissionais tomam as decisões que têm a tomar para o bem deles sem terem que dar muito cavaco a não ser às instituições responsáveis. O público se quer vai, se não quer não vai...

[schwarze_engel]

E eis como num repente, uma entidade ganha milhões de vezes mais respeito do que outra, só por emitir um simples comunicado público de esclarecimento.

Sim, eu acho que a Prime Artists tinha obrigação de fazer o mesmo, não me interessa a quantidade de núm€ros com que tem que lidar e a merda que tem que limpar. Não precisava entrar em muitos detalhes. Mas não somos gado.
Um bom profissional distingue-se também pelo respeito demonstrado por quem lhe paga o salário ao fim do mês.