Morbid Angel - "Illud Divinum Insanus"

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Zyklon
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Morbid Angel - "Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Zyklon » domingo jun 05, 2011 11:02 pm

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"Este album é uma porcaria!!!"

Talvez seja a frase que mais têm ouvido nos ultimos dias para descrever o novo album de Morbid Angel e aquele que marca o regresso do David Vincent á banda.
E se por um lado nos ultimos anos este retorno do "Lord of All Fevers & Plagues" á banda era visto como o autentico sonho molhado realizado de todos os fans da banda sejam eles antigos ou novos, muito se começou a especular.
Primeiro as declarações do Trey acerca daquilo que se estava a desenvolver no Illud Divinum Insanus, palavras essas que por si só chocaram de frente com qualquer seguidor da banda.
O passado recente do David em Genitortures, as suas participações em Soulfly e no album do Karl Sanders tambem ajudavam a criar ainda mais urticaria nos fans e claro a falta do "polvo" Pete Sandoval que logo aqui tambem daria a ideia que o som seria tudo menos um album de Morbid Angel...
Ora mencionados alguns pontinhos daquilo que foram os ultimos anos de Morbid Angel, a pergunta que se colocava era estaria o Trey com capacidade suficiente para manter a maquina bem oleada?
Mesmo sabendo-se que agora estaria ao seu lado o Hetfield do Death-Metal seria isto suficiente para que Morbid Angel voltasse com força para ombrear com os autenticos repteis que nos ultimos anos usurparam o trono aos mestres?
A primeira amostra "Nevermore" dava a ideia que sim, mesmo sendo somente conhecida a sua faceta live, tudo dava a entender que o album não só os colocava onde merecem estar como desta vez tavez fossem eles os repteis a soltar a lingua para apanhar todas as moscas á volta...
Mas...
Sim, mas, quando se começou a falar em remixes parece que tudo caiu, mesmo sabendo-se que no passado foram alvo de atração morbida por parte de Laibach e de remisturas num estranhissimo album da Earache, parece que toda a gente se esqueceu de muita coisa ou simplesmente a desconhecia e seguiu a corrente do bordoada na banda.
Choca a banda ter optando por seguir este caminho num album em nome proprio?
Não, não choca e uma das trade-marks da banda continua a ser "extreme music for extreme people" que aqui é levado ao extremo dos proprios fans.
È conhecido o gosto do Trey com alguma musica mais maquinal e até o novo guitarrista Anders foi a força motriz de dois dos mais insanos projetos que há memoria na junção de elementos eletronicos com Death-Metal, falo claro de Myrkskog e Zyklon, logo aqui se nota que talvez a escolha do norueguês não tenha sido algo á toa para se movimentar junto com o banda nesta nova abordagem musical de Morbid Angel.
Alias estas coisas de mudança sempre estiveram ligadas á banda, senão veja-se os passos dados entre o primeiro album Altars of Madness e o Domination.
Conseguem ver semelhanças entre eles?
Não me parece e se existiu um caminho normal esse foi quando o David saiu da banda, mas convem lembrar que esses anos não foram lá muito famosos para a banda e para os proprios fans.
Ora se Morbid Angel sempre foi uma banda de extremos e de certa maneira alguma inovação algo de diferente sairia da cabeça daquela gente..não seria de esperar outra coisa, pelo menos da forma como sempre os vi e vejo.
Mas esta inovação não vai ser muito bem aceite pelos fans, ponto assente e não é preciso muito para chegar a essa conclusão basta ouvir o ritmo maquinal de uma Too Extreme totalmente influenciada pelo Dark-Trance que aqui se transforma numa hipnotica e destrutiva repetição de batidas e blasts com solos enfiados á força pela dupla de guitarristas deixando a voz do David entrar em devaneios que lembram projetos como Psyclon Nine ou Static-X.
Refeitos do choque inicial a banda segue então para o rumo mais normal aplicando uma Existo Vulgoré sem dó nem piedade dando a ideia que aquilo que se ouvi inicialmente foi um pequeno pesadelo sonoro, aqui a banda quase retoma aos tempos do Covenant e o riso do David lá pelo meio parece que dá a ideia que o homem está a imaginar a nossa cara ao ouvir a transformação que se se aplicou nestas duas faixas..
Segue-se uma Blades for Baal que é somente uma das melhores faixas do album, mostrando que afinal a banda ainda sabe fazer Death-Metal, igual aos seus tempos gloriosos e nem precisa de se esforçar muito para lá chegar.
Portanto temos duas faixas boas e uma assim-assim, não está mau.
Só que a partir daqui é que a porca torce o rabo..segue-se um abrandamento em toada semi-sludge que remete para os tempos do mal amado (na altura) Domination com uma parte vocal mais vincada e lenta onde o Trey se diverte com uns solos bastante interessantes lá pelo meio e onde o Tim desenvolve um excelente trabalho na bateria, deixando de lado os estoiros limitando-se a seguir as linhas vocais do vocalista.
Uma curiosidade, sabiam que uma das maiores "influencias" das linhas de guitarra dos Korn foi Morbid Angel?
Se não sabiam escutem bem aquilo que eles fazem na 10 more dead e depois ouçam o Untouchables..se gostaram desta talvez comecem tambem a gostar de Korn..ou mesmo de Slipknot e não, não estou a brincar.
Mas se nunca pensariam que iriam ler a palavra Korn ou Slipknot numa critica a Morbid Angel, preparem-se que isto ainda vai a meio.
A "Destructos Vs. the Earth / Attack", apesar de ser a mais orelhuda do album parece ter sido feita com base depois de uma noite de Bondage entre o David e a Gen.
De uma maneira curta e direta isto bem podia ser uma cover de Genitortures, alias isto é estranho e bizarro e não encaixa na sonoridade de Morbid Angel por mais que se tente ou queira, mas eu adoro ouvi-la mesmo assim, vá lá saber-se porquê.
Mas esta tanto tem de pavor como de vicio o mesmo não se pode aplicar na Radikult, ainda estou para perceber como é que foi possivel meterem isto no album, e ainda não encontrei uma explicação com logica, alias isto ultrapassa qualquer logica, é um autentico ponto de exclamação no album.
Imaginem o Rob Zombie e o David em dueto e os Marilyn Manson (todos completamente bebados) a tocar uma musica qualquer deles onde se vai ouvindo qualquer coisa que acaba em "living hardcore radical"...provavelmente a pior musica de sempre de uma coisa qualquer que aqui optou pelo nome de Morbid Angel.
Saltei algumas porque não queria acabar a critica com aquilo em cima, musicas como a Nevermore a Mea Culpa e especialmente a Beauty Meets Beast não mereciam de maneira nenhuma estarem lado a lado com aquela aberração de cima, sendo que a Beauty é uma das melhores faixas do album e onde se encontra tudo o que de bom que a banda criou nas ultimas decadas, poder, groove, solos fantasticos e uma voz demoniaca com aquela roquidão cheia de carisma do David bem focada em ambientes obscuros.
Já a Mea Culpa seria o lado mais natural e logico que se esperaria depois de ouvir ao que vinham e onde se encontra a tal junção entre o lado maquinal com a sonoridade Morbid Angel e onde se absorvem todas as influencias trazidas pelos novatos Anders e Tim, mas convem dizer que um album todo tocado neste ritmo seria algo parvo porque os Morbid Angel não são os The Amenta ou The Berzerker como tambem já deviam juizinho para não cair em tentações digamos demasiadamente banais para os mais atentos ao que se vai fazendo nos ultimos anos dentro do lado extremo.
Mas isto tambem acaba por ser um pau de dois bicos é que o lado extremo onde o Morbid joga não é propriamente o mesmo que jogava aqui há uns anos, ainda mais agora ou não estivessem eles com o nome cravado no top das listas dos albuns de DM mais vendidos de sempre, não fossem uma banda que criou um estilo e considerados durante anos como um dos maiores e mais influentes projetos..
Isto é claro que isto não vai passar claro e pesa muito, para alguns o album talvez seja uma obra-prima demasiado estranha para ser compreendida enquanto para outros não passa de uma autentica porcaria, não querendo julgar ninguem e fico-me pelos primeiros, porque lembro-me bem dos comentarios feitos no passado a musicas como God of Emptyness, Where The Slime Lives ou Eyes To See-Ears To Hear, só para citar algumas.
De volta ao trono?
Há muito que a Chapel of Ghouls está ocupada por sacerdotes que demoraram anos e anos e descobrir o ADN de obras como o Altar of Madness ou Covenant criando a partir daqui novos santos para os altares e ainda mais morbidos que o proprio anjo morbido..
Sempre podem se forem mais intolerantes, fazer uma gravação de um cd com: Existo Vulgoré,Blades for Baal,Nevermore,Beauty Meets Beast e apagar o resto.
Morbid Angel sempre foi uma banda de extremos e a sua carreira fala por si, nunca precisaram de polemica nas palavras ou atos a sua musica encarregou-se disso e este Illud Divinum Insanus é a prova cabal que Morbid Angel se rege num mundo meio á parte de tudo o resto até mesmo no seu proprio meio e mesmo sendo "mau" dá vontade de ouvir uma vez e outra vez e outra vez.


Ficam aqui duas faixas...

Ziltoid [RIP 2011/11/17]

Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Ziltoid [RIP 2011/11/17] » domingo jun 05, 2011 11:09 pm

Ainda não consegui perceber este álbum... merece mais umas 5 audições no mínimo.

Vaargseth [RIP 2012/04/25]

Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Vaargseth [RIP 2012/04/25] » segunda jun 06, 2011 12:09 am

O que escrevi no blog:

Illud Divinum Insanus é o nono álbum dos Deuses do Death Metal e como muitos acham, o declínio da banda. A meu ver, Illud Divinum Insanus é uma mudança no som de Morbid Angel de tal maneira que serviu para testar a mente mórbida de todos os fãs da banda. Muitos deles falharam. Nunca fui um fã incondicional de Morbid Angel mas tenho de reconhecer que esta banda tem tomates para, depois de oito anos sem álbum, lançar esta bomba. O regresso de David Vincent à banda criou alguma excitação nos fãs da banda e uma expectativa que se viria a verificar muito FAIL quanto ao novo álbum. Illud Divinum Insanus é como uma fusão do Death Metal mais puro da banda com algo tipo techno/electro/coiso bastante esquisito. Certo que é estranho, mas daí a ser medíocre?!
A primeira música Omni Potens, que é a introdução ao álbum deixa algo a desejar, criando um desconforto no meu estômago e fico-me a perguntar o que raio queria a banda fazer ali. Deixar o ouvinte inquieto ou inseguro do que estava a ouvir? Anyway, podiam-se ter esforçado um bocado melhor nessa. Too Extreme! é o exemplo perfeito do que é o álbum, pelo menos no que toca a fundir os dois elementos. É uma música totalmente nova na sonoridade da banda, e o pior mesmo da música é a repetição de riffs e a bateria é tão chata!!!! Mesmo assim... não sei! Cria uma sensação de que nos estamos a deixar agarrar por isto. Ficamos completamente loucos! Os solos nesta música estão totalmente mind-blowing!
Existo Vulgoré!!! Das melhores músicas do álbum! Morbid Angel, dá nesta música, a primeira prova em Illud Divinum Insanus de que ainda sabe fazer bom Death Metal de arrebentar uma cabeça ou duas. A voz de David está soberba, aliás, está demais no álbum todo, mas nesta música ficamos com a ideia que ele está a gritar aos fãs algo raivoso, dizendo para nos mantermos atentos e ao mesmo tempo cautelosos. É simplesmente lindo! É uma completa mudança de sonoridade. Vem Blades For Baal que nos deixa ainda mais espantados. DM do melhor que já ouvi. Nada a apontar!
A partir daqui, a coisa complica-se... tornando o álbum em algo totalmente desafiante para qualquer ouvido. Torna-se mais lento e mais repetitivo, agrupando elementos esquisitos. Destructos Vs. The Earth / Attack é a música número 7 e faz-me lembrar Korn... não sei porquê, o que é preocupante. É esquisita...
Radikult, o que há a dizer sobre esta música? Acho que nem vale a pena dizer nada. Nesta música perguntamo-nos: "donde raio saiu esta merda? Dum álbum de uma banda qualquer ranhosa que não sabe bem o que fazer?" Foda-se! Até fico enjoado de ouvir esta música! Nevermore e Beauty Meets Beast (que vêm antes) são um hino total e depois metem esta merda no álbum????
Beauty Meets Beast é também uma grande música que relança os dados e Morbid Angel volta ao que era. Em resumo, um álbum estranho, horrível para uns, óptimo para outros. De qualquer das maneiras, será sempre inovador... por vezes demasiado. Para mim não é um álbum de fazer cair o queixo mas também não é um álbum mau.

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Blunder
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Blunder » segunda jun 06, 2011 12:24 am

Como já tinha comentado com o Zyk, gostei do álbum. Parece-me que temos aqui um bom pedaço de death metal, que felizmente decidiu que era bom juntar cenas mais experimentais e mais industriais.

É um fuck off para todos os fãs old-school, mas também é uma abordagem diferente, pelo menos pelas mãos destes senhores.

Tenho ideia que daqui a umas semanas muitas opiniões vão mudar.

Vaargseth [RIP 2012/04/25]

Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Vaargseth [RIP 2012/04/25] » segunda jun 06, 2011 12:28 am

Blunder Escreveu:Como já tinha comentado com o Zyk, gostei do álbum. Parece-me que temos aqui um bom pedaço de death metal, que felizmente decidiu que era bom juntar cenas mais experimentais e mais industriais.

É um fuck off para todos os fãs old-school, mas também é uma abordagem diferente, pelo menos pelas mãos destes senhores.

Tenho ideia que daqui a umas semanas muitas opiniões vão mudar.

Exacto!!! Tirando a Radikult, acho que todas as outras músicas, com mais ou menos mistura, estão boas... não segue à risca os trabalhos anteriores de Morbid Angel (já estive a ouvir outros álbuns), mas é com certeza um bom álbum, dentro dos seus parâmetros.

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Le Point Noir
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Le Point Noir » segunda jun 06, 2011 1:04 am

Como disse o Zyk, o pessoal mais atento já estava bem "avisado". Mas mesmo assim, a reacção mais visceral dos "distraídos" vale tanto ou mais, porque mesmo não havendo um enquadramento e podendo muitas reacções não passar de preconceitos, também não há racionalização à fanboy. :mrgreen:
Eu não tenho nada contra as bandas mudarem, mas estas coisas que eles fizeram não são novidade ( DV stuck in the 90s?) nem me parecem estar muito bem fundidas no esqueleto básico da sonoridade deles.


Vaargseth Escreveu: Para mim não é um álbum de fazer cair o queixo mas também não é um álbum mau.


Controvérsias à parte, at the end of the day o meu problema é basicamente este. Um gajo pode muito bem dizer "O álbum está OK, não é tão mau como o pintam, não é nenhuma banda perdida a 100% à St. Anger". "OK", "medíocre/mediano" e "mau" para mim é tudo o mesmo galho. Do not want.
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Vooder » segunda jun 06, 2011 2:21 am

Como o Zyklon muito bem disse não vou dissertar sobre antecipação do que era este disco, não só para os fãs da banda, mas como para a música pesada em geral! Para além dos dados que vinham a ser evidentes de que iria sair daqui qualquer coisa de diferente, só para referir a capa digitalizada e fora do padrão das anteriores, os títulos das músicas (alguns mesmo estúpidos)… Também o facto de nunca tocarem (com excepção da BUS do F) faixas dos discos sem o David. Particularmente os fãs americanos não acham muita piada porque o Formulas é normalmente a seguir ao Altars o preferido, mas adiante…

Falando exclusivamente do disco, tecnicamente está irrepreensível, desde o trabalho de bateria, da voz, do baixo (que se volta a ouvir)...
Musicalmente é que me parece forçado, e apresento 3 dados para isso. Um porque penso que a já previsível fusão do industrial ou outro tipo de batidas não resultou como eles pretendiam. Ainda assim existe a marca do Trey nos riffs, mas não colam bem, de forma natural, e parece que foi colado porque tinha de ser e pronto. Se eles quiserem seguir por este caminho têm de trabalhar melhor este aspecto… que poderá ser conseguido. Mal comparado, é perfeitamente possível meter batidas no metal e obter um grandioso resultado, basta ouvir a “qualquer coisa masturbator” do último de Devin Townsend para perceber o que tento dizer. Depois também me soa forçado o próprio disco no geral, com umas faixas que que são “extreme metal” como eles agora gostam de ser catalogados, e outras do mais puro DM. Terceiro, também me soa forçado porque quem acompanha a banda sabe que o Trey adora(va) solar sem pedir licença a ninguém e quando isso não era previsível nas músicas, (e que solos), essa era também uma das imagens de marca da banda. Agora temos o quê, um solo por música? Sinónimo de obrigação? E momentos há no disco em que sabia tão bem...


As faixas (as pontuações são só para a vertente musical):

Omni Potens-- Um abertura que faz lembrar os interlúdios do B ou do G, mas que também poderia estar noutro disco deles (excepto o A). Nada a dizer.

Too Extreme!- O primeiro choque (ao que parece propositadamente colocada pela banda como abertura a sério do disco). Como não sou apreciador nem conhecedor deste tipo de batidas não posso dizer grande coisa, mas como fã da banda o que posso dizer é que não me soa mal, os riffs estão lá e chega a ser interessante de ouvir, talvez demasiado longa, por volta dos 5’ começa a aparecer a vontade de clicar no >>. Não posso deixar de referir as letras: MAS QUE MERDA É AQUELA??? E ainda por cima em castelhano!!!! Há lá partes que poderiam estar numa música do Ricky Martin… para quem estava habituado a interpretar sobre os deuses sumérios vou ali já venho… 6/10

Existo Vulgoré- Faixa típica da banda, poderia estar no D. A parte do meio está soberba. Quanto a mim o Tim apresenta nesta faixa o seu melhor trabalho. Mas… outra vez em Castelhano? Terá sido promessa? 8/10

Blades for Baal- Quase perfeita. O riffing, o modo como o David faz a dicção, o solo (o primeiro grande solo do disco (será do Trey?) As letras aqui melhoram substancialmente 9/10

I Am Morbid- Esta faixa está concebida para ser um hino ao vivo (Vagos?). Fora do estilo da banda, quase rock’n roll, mas diga-se o que se disser musicalmente está uma grande música. Toda ela tem lógica e soa-me bastante refrescante… mas lá está, é Morbid Angel, deveria estar ali? De novo um solão e de novo uma letra bastante parva, mas só já em inglês. 8/10

10 More Dead- Tal como a Blades for Baal, está aqui a outra faixa do Destructor. Quanto a mim a melhor do disco. É daquelas coisas, amor à primeira audição. O riff principal é viciante, o solo é soberbo, a forma como o refrão está arranjado é magnífica, até a letra talvez seja a mais “normal” pelo menos em qualidade, porque nenhuma chega a ser verdadeiramente normal. Mas quem manda dar carta branca ao Evil D? 9/10

Destrutos vs the Earth / Attack- Aqui chega outro momento estranho para o catálogo da banda. Esta faixa é estranha como a porra, parece que é misturada, mas parece que não, é uma coisa esquisita, mas viciante como a porra, só acho que o Attack poderia estar melhor conseguido, mas não estraga o resto. 9/10

Beauty Meets Beast- Esta música é totalmente como o Trey toca o DM hoje em dia (ou pelo menos nos últimos discos). Vão ouvir o G ou o H nos seus momentos mais lentos. O problema é que faz lembrar os momentos menos inspirados, mas ainda assim… 7/10

Nevermore- Já todos a conhecíamos e aposto que ainda são reminiscências do Heretic. Se gostam desta faixa vão ouvir esse disco e deixem de o deitar abaixo pah! Novamente um grande trabalho do David. Este gajo canta DM de um modo quase poético, não está ali a grunhir só porque sim. 8/10

Radikult- Não gosto de Marilyn Manson, ainda para mais como o nome de Morbid Angel como assinatura. E a letra… kill a cop, kill a cop, somos hardcore radical, etc. Que grande tiro ao lado 3/10

Profundis- Mea culpa- Aqui é a banda a pedir desculpa lol! Basta ler a letra. Não chega a atingir a "beleza" da «destructos», mas também não é tão forçada como a Too Extreme. Pura experimentação. 7/10

Resumindo, o disco tem bons momentos, mas parece-me muito dividido, como se fossem 2 EP’s completamente diferentes enfiados num disco. Letras merdosas, até o pormenor do título do disco diz-se que está escrito de forma incorrecta. Em 8 anos tinham mais que tempo para fazerem as coisas diferentes.
Se queriam tanto editar um disco que sabiam perfeitamente que iria provocar polémica, se calhar enquanto esperavam que o Pete recuperasse tinha-no lançado com outro nome. Portanto ou fazem outro disco rapidamente, ou se já não gostarem de tocar DM que parem, pelo menos como MA!
Apreciação global: 7/10
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Blunder » segunda jun 06, 2011 11:35 am

Eu devo ser o único a adorar a Too Extreme! :lol:

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Toretto
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Toretto » segunda jun 06, 2011 11:49 am

Não oiço metal há 10 anos, e muito menos há 20. Gosto de acompanhar o que vai saindo e não tenho grande inclinação para escavar o que foi feito para trás. Se determinada banda histórica lançar um álbum nos dias de hoje, oiço com todo o prazer, mas não me atrai para ouvir álbuns anteriores, mesmo que goste. Gosto, sobretudo, de acompanhar a actualidade (e já me garante mais horas de audição do que aquelas que posso dispensar). Posto isto, nunca tinha ouvido Morbid Angel. E este álbum é um dos piores comebacks de um banda histórica que já tive o desprazer de ouvir. E a impressão não podia ser pior, logo com a Too Extreme! a abrir...
Quando eu pensava que os retornados Sepultura (só por ter visto que hoje saiu nas internets mais uma obra que vai ser candidata a melhor álbum do ano por nome) eram um exemplo crasso de que o que morre deveria ficar enterrado, aparecem-me os Morbid Angel com uma coisa tão desinteressante que só compreendo as críticas "simpáticas" se tiver em conta o nome da banda. Se fosse outra qualquer com um décimo da reputação, provavelmente o botão delete do teclado funcionaria ainda antes de se completar uma audição.
Isto é o meu ponto de vista, tendo em conta que não conhecia a banda e estou, portanto, imune à condição de fanboy e às alterações que a banda fez, em termos de sonoridade (pelo que leio) na sua história.
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Miguel Linkin [RIP 2012/09/25]

Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Miguel Linkin [RIP 2012/09/25] » segunda jun 06, 2011 12:43 pm

Quanto às músicas industriais, electrónicas, wharever....gostei bastante da Too Extreme :mrgreen: . É uma boa música, e muito sinceramente acredito que uma batida e uns sons electrónicos mais ao estilo do psytrance ficariam muito melhor do que aquilo que está no álbum...mas pronto, acredito que os senhores Azaghtoth e Vincent ainda não dominem bem a electrónica :lol: . Brincadeiras à parte gostei da música! E espero que algum grupo de Trance se lembre de fazer um remix melhor!
Quanto às outras, a Radikult tem um riff de uma das minhas malhas favoritas de Marilyn Manson, mesmo assim, prefiro 100000x a original.

Quanto às outras malhas mais ao estilo de death metal, gostei da Blades for Baal e da Nevermore, as outras pareceram me demasiado iguais e repetitivas entre si. A 10 More Dead é muito diferente das outras de facto, mas não gostei.

Resumindo, 3 boas malhas em 11, achei mau para uma banda como Morbid Angel. E até estava com altas expectativas, porque era o regresso do Sr. David Vincent. Mas pronto, a creatividade não dura sempre.


Já agora, opiniões de vários músicos sobre o álbum:
http://www.metalunderground.com/news/details.cfm?newsid=68785

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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor meninobesta » segunda jun 06, 2011 1:57 pm

álbum banal... as musicas que ouvi não me puxaram para ouvir muito mais vezes (e nem sequer ouvi com muita atenção as musicas ditas controversas), há ali algumas boas ideias (o que não é de espantar tendo em conta a qualidade e genialidade dos músicos)

mas o que me deixou mesmo de pé atrás foi a voz do David (não sei se as letras ajudam a não gostar do que ele está a cantar, mas acho no geral a voz bastante fraca) e a falta de insanidade rítmica da parte do novo baterista, as coisas soam muito lineares

enfim, fosse outra banda qualquer o álbum era banal, sendo os Morbid Angel sabe a muito pouco, o que é pena
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor CultOfTheDead » segunda jun 06, 2011 2:31 pm

Já sei que eles avisaram que ia ser diferente, mas não avisaram que ia ser isto. E isto é pouco, muito pouco para Morbid Angel... Só consegui gostar da 10 More Dead que é excelente. O resto... Há partes que não sei se dão vontade de rir ou chorar.

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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor demonseed » segunda jun 06, 2011 4:22 pm

Nem se trata de criticar a mudança se som ou as influências de certas bandas de no-metal, mas a falta de qualidade de certas musicas que é mais que evidente. Mesmo as musicas mais Death metal são esmagadas por qualquer coisa dos Nervecell ou dos Obscura.
Parece-me que os Morbid Angel quiseram fazer 1 disco que chocasse os fãs e que fosse falado, mesmo que pela negativa.
Que fique registado que eu não sou um fanático do Death Old-School e que adorei quando certas bandas fizeram discos completamente diferentes como o Warpath dos Six Feet Under, A grand Declaration of War dos Mayhem ou o Endorama dos Kreator
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Sethlad » segunda jun 06, 2011 4:30 pm

Estou a ouvir isto pela segunda vez e não há forma disto entrar, nem bem, nem mal.

Parece-me ensonso e desinspirado. As músicas "electrónicas", dentro do seu estilo são, como muito, banais. E as de death metal estão a anos luz daquilo que a banda já fez. A voz está fraca, a bateria desinspirada... enfim...

Não tenho nada a criticar relativamente à vontade da banda em fazer coisas diferentes, estão no seu direito, tenho sim a criticar a falta de qualidade do trabalho apresentado; pelo menos do meu ponto de vista pessoal, claro.

Não é um álbum que vontade de ouvir mais vezes e isso diz tudo.

Ficamos à espera do próximo esforço, a ver o que sai daí...

Hellhammer
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Re: Morbid Angel-"Illud Divinum Insanus"

Mensagempor Hellhammer » segunda jun 06, 2011 4:33 pm

Morbid Angel durante toda a sua carreira foram líderes.

Com este album, pela primeira vez, adoptam a condição de seguidores.

É a primeira vez que sai um album de Morbid Angel em que saltam logo á cabeça 3 ou 4 nomes de bandas nas quais eles se inspiraram.

O que me choca não é o facto de terem "evoluído" ou "esperimentado" como se tem dito por aí pois isso eles sempre o fizeram de album para album, a diferença é que antes isso era feito com criatividade e originalidade, agora "copiam" bandas modernas e esperam com isso uma evolução no seu som.

Por outro lado existem musicas que conseguem manter alguma chama acesa, deste album fazia um EP de 25 minutos com a Intro (bem vistas as coisas não é muito diferente de coisas que já fizeram no passado), a Existo Vulgoré (o riff aos 2:02 é o riff de death metal do ano), Blades for Baal, 10 More Dead, Nevermore e Beauty Meets Beast.


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