
"...Fenriz e NC acharam que estavam a contar a mesma piada demasiadas vezes, pelo que resolveram agir e romper com a fase punk, para darem de caras com o mesmo revivalismo, mas de nuances mais tradicionais dentro do heavy metal. Tal ficou desde logo audível no single de avanço «Leave No Cross Unturned», um tema de puro speed/thrash metal de 14 minutos de duração e o melhor do disco. Em «The Underground Resistance» as referências são várias desde Blue Oyster Cult, Discharge, Motorhead e Mercyful Fate, passando pelo triunvirato da primeira vaga do black metal (...) os Darkthrone preferem recusar originalidades e assumem que o futuro está paradoxalmente no passado. Isto é, se a atitude “fuck off and die” da fase punk era justificável, porque toda a gente insistia num idílico regresso ao «Transilvanian Hunger» ao que a parelha respondia no tom acertado, parece-me que desta vez que não há uma justificação plausível para esta nova incursão. Para os adeptos do revivalismo e autenticidades forjadas, «The Underground Resistance» pode ser uma espécie de bíblia de riffs dos anos 80, mas a verdade é se os Darkthrone sempre foram uma banda inconformada e disposta a mandar a “cena” à merda, este disco acaba por ser mais um “dar ao povo o que ele quer” (...) se tivermos em conta este disco, o heavy metal não tem qualquer futuro a não ser chorar por uma pseudo-identidade perdida."
5/10
in http://eventhorizon-space.blogspot.pt/2013/02/darkthrone-underground-resistance.html