
Tracklist:
01. Ruas Desertas 10:53
02. O Acidente e a Euforia 4:16
03. O Dia Depois do Meu Funeral 7:37
04. Viagem Atribulada 7:51
05. Hospede Inesperado 5:05
06. Fendas 2:10
07. A Saudade 4:30
08. A Ira 10:41
Ano de lançamento: 2012
A primeira palavra que me ocorre com este álbum é: Monumental! Isto é um monumento!
Os Sinistro são formados por 3 elementos que se dão a conhecer pelos kafkianos nomes de P, F e Y. No álbum participam ainda Tó Pica (creio que esteve na base dos Sacred Sin) e Gabriel Coutinho (que desconhecia por completo, mas que me parece grande guitarrista).
“Ruas desertas” abre com uma bela passagem atmosférica e , quando menos se espera, entra uma melodia de guitarra extremamente cativante e a música vai progredindo e alternando entre passagens mais agressivas e rápidas com outras mais lentas e atmosféricas até a espectacular parte final, especialmente ao nivel da bateria e guitarra.
“O acidente e a euforia” é a que dá origem a um videoclip inesquecível. E a música é igualmente inesquecível.
“O dia depois do Meu Funeral” é uma música extremamente comovente, mesmo nas partes mais agressivas e pesadas. Pelo menos para mim. E os berros acentuam ainda mais a beleza da música.
“Viagem Atribulada”: Ainda estou de queixo caído com a genialidade que emana de todos os poros desta música. É um pecado não ouvir isto.
“A hospede inesperado” é electrizante, grandes guitarras, grande bateria.
A “Fendas” e “A saudade” são as que acho menos interessantes. São essencialmente atmosféricas, mas não me parecem muito inspiradas. Talvez para quem ouça o álbum todo de uma assentada resultem melhor…de qualquer das formas representam apenas uma parte muito pequena do álbum e em nada belisca tudo o resto.
“A ira”: música épica com um fabuloso e igualmente épico solo de guitarra nos últimos minutos.
Todos os instrumentos, para mim, estão muito bem tocadas. Excelente produção, excelente qualidade de som, factor nem sempre presente nestes projectos mais alternativos.
Depois do excelente “Lions among men” dos The Firstborn e de num passado recente terem vindo a lume obras tão fantásticas como o “Tell me a story” dos Godog e o “Erosion” dos Process of Guilt, eis que os meus ouvido são agraciados com esta obra prima. E com isto acho que estou definitivamente rendido ao metal que se vai fazendo neste rectângulo.
Em suma, um dos mais impressionantes álbuns que ouvi. Fantástico. Histórico.
Vejam-me só esta obra de arte de clip. As máscaras podem fazer lembrar um pouco o “follow the map” dos Mono, mas as semelhanças ficam-se por aí. Isto é outra loiça. Pelo menos para mim.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=gdtB7mLyv3w&feature=channel&list=UL[/youtube]
E aqui um dos músicos em estúdio. Creio que é parte do solo de “A ira”, mas isto ainda está demasiado fresco para dizer com precisão.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=8K8XUx8G89o&feature=channel&list=UL[/youtube]
(os videos não aparecem automaticamente...

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