Partilha ilegal de conteúdos -> COMEÇOU O ATAQUE

subathory [RIP]

Mensagempor subathory [RIP] » quarta ago 15, 2007 8:35 pm

Nevoeiro Escreveu:Só para dizer que quem faz downloads ilegais devia morrer de caganeira! :lol:




*corre para a casa de banho :arrow: *

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Frozen_Shadow
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Mensagempor Frozen_Shadow » quarta ago 15, 2007 8:38 pm

Pedro Lopes Escreveu:A "velha guarda" não tinha nada disso. Tinhamos apenas os amigos com quem nos encontravamos para ouvirmos os discos uns dos outros, as fanzines, as revistas e os programas de radio.


Na velha guarda não havia tape trading?:lol: enfim...só quem viveu o tempo sabe as asneiras que dizes,eu não me importava de receber as dezenas de contos que gastei a enviar/trocar albuns para o pessoal.

Pedro Lopes
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Mensagempor Pedro Lopes » sexta ago 17, 2007 8:12 am

Frozen_Shadow Escreveu:
Pedro Lopes Escreveu:A "velha guarda" não tinha nada disso. Tinhamos apenas os amigos com quem nos encontravamos para ouvirmos os discos uns dos outros, as fanzines, as revistas e os programas de radio.


Na velha guarda não havia tape trading?:lol: enfim...só quem viveu o tempo sabe as asneiras que dizes,eu não me importava de receber as dezenas de contos que gastei a enviar/trocar albuns para o pessoal.



"Não confundas as coisas! Actualmente tens ao teu dispor meios legais para conhecer o som de uma banda que te são disponibilizados pelos musicos e pelas editoras.

A "velha guarda" não tinha nada disso. Tinhamos apenas os amigos com quem nos encontravamos para ouvirmos os discos uns dos outros, as fanzines, as revistas e os programas de radio."

Meu caro! Tens de ser mais correcto na forma como usas os comentários dos que não têm a tua opinião! Como podes perceber estou a referir-me aos meios que existem actualmente e que não existiam antigamente.

Pedro Lopes
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Mensagempor Pedro Lopes » sexta ago 17, 2007 8:23 am

Grimner Escreveu:O forum, enquanto entidade, reconhece a ilegalidade das práticas de download e, por essa razão não o permite. Da mesma forma que, usando analogias, os moderadores terão ãs suas opiniões pessoais em relação ao consumo de drogas, e mesmo que sejam a favor da legalização não autorizariam que se traficasse aqui dentro.

Agora, quem tenha idade para se lembrar, ou possua alguns vinis mais antigos deve com certeza lembrar-se de uns disticos na contra capa a dizer "tape trading is ilegal and hurts the business", ou qualquer coisa assim do género.

O debate não nasceu ontem, portanto. Há 30 anos que nos andam a dizer isto, e não deixa de ser curioso que se defenda o tape trading e vilanize o downloading ilegal, quando são uma e a mesma coisa, e os critérios não mudaram.

No inicio dos anos 90, eu, como muitos outros, tinha um circulo de tape trading, reuniamo-nos a trocar cassetes, faziamos listas e depois trocavamos, ou gravavamos aos amigos. E como em tudo na vida, de umas coisas gostava realmente muito e ia a correr comprar, outras não comprava porque já tinha em casette e não me dava ao trabalho. Nunca comprei, por exemplo, um unico album de Cannibal Corpse. Nem por isso dexei de os ouvir, ou muito menos deixei de os ir ver na Incrivel almadense.

E o mesmo se aplica hoje em dia. Não me sinto minimamente compelido a comprar um album que ache mais ou menos, e que até se ouve mas não me delicia. Mas muitas vezes esse dito album pode ter um par de musicas poreiras, e ouvir-se bem, ou ser algo que só me apeteça ouvir de vez em quando, e que doutra forma nunca sequer compraria. Como não deixei de comprar cds por causa disso, e quando gosto, e tenho as posses para tal, continuo a comprar, na prática nada muda, a não ser o facto de que se a dita banda que eu não adoro, e não compraria passar por estes lados, se calhar como até conheço vou lá dar um saltinho. Coisa que não faria se nunca tivesse ouvido a dita.

A verdade +e muito simples. Quem não compra, não deixa de comprar por existir o download. Quem não compra, não compra porque não compraria de uma forma ou de outra, e quem compra, compra na mesma. Tal como nos tempos do tape trading, que de resto, na altura tambem era ilegal (não importa que não tivessem acesso à musica, estava-se a fazer cópias ilegais de material protegido por direitos de autor, tal e qual como hoje), mas aparentemente, "mais justificado". O resto, soa-me à velha conversa de "puxar de galões" de "ah, e tal, eu sou mais fã do que tu porque compro cds, e isto e aquilo".




[Nota de moderador: falando em puxar de galões, se os meninos não se moderarem na linguagem, teremos nós que puxar dos nossos e fazer limpeza e respectivos avisos.]


Meu caro moderador! O pedido de moderação na linguagem não deve ser para mim! Naturalmente que concordo com o que dizes! Mas os meus comentários são muito claros! Hoje em dia tens ao teu dispor meios de conheceres e ouvires antecipadamente os discos antes de os comprares, que não tinhas antigamente!

E este tem sido o principal argumento de quem defende o download ilegal! Poder ouvir antes de comprar!

O que eu quero que percebas e te preocupes é com a dimensão do problema! Por um lado o download ilegal leva a que muitas editoras deixem de apostar nas bandas novas porque preferem dirigir o seu investimento para tudo o que tem rentabilidade mais assegurada. Já viste a quantidade de bandas que se reagruparam nos últimos tempos? Black Sabbath, Candlemass, Pixies, Smashing Pumpkins, Obituary, Celtic Frost, entre muitos outros! Até os Pink Floyd se juntaram num concerto!

Por outro lado, a pirataria é uma fonte de rendimento ilegal que leva ao enriquecimento indevido de sujeitos cujo interesse não tem nada a ver com a musica.

Estes argumentos não são só meus são dos artistas que tu dizes apreciar e a quem vais ver nos concertos.

Sejam correctos com os musicos e admitam a irregularidade do que fazem em vez de fazerem comparações com o tape-trading.

Abraços,

Pedro Lopes
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Mensagempor Pedro Lopes » sexta ago 17, 2007 12:08 pm

Se alguém tiver interesse aqui ficam algumas opiniões dos artistas:

http://www.pro-music.com.pt/artistsspeak.php

Pedro Lopes
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Mensagempor Pedro Lopes » sexta ago 17, 2007 12:09 pm


Pedro Lopes
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Mensagempor Pedro Lopes » sexta ago 17, 2007 12:18 pm

E este pode ser o futuro:


"Manu Chao abandona os álbuns e adere à distribuição online

Depois de em Maio último ter colocado para download gratuito no seu site “Rainin in Paradize”, o seu mais recente single, sem qualquer tipo de DRM e em formato MP3 de 192 Kbps, Manu Chao anunciou num editorial da edição da semana passada do Courrier International francês (acesso restrito, via Ratiatum) que La Radiolina, o seu novo álbum com data prevista de lançamento para 3 de Setembro, será o último disco da sua carreira.

Mas descansem os fãs que o músico francês a residir actualmente em Barcelona promete não baixar os braços: “Não vou deixar a música, mas tendo em conta a evolução tecnológica talvez, daqui em diante, opte por colocar online cada canção nova que termine”.

Ao contrário de muitos artistas que continuam a lastimar os efeitos “devastadores” da partilha de música na Internet, Manu Chao não se resigna à crítica fácil dos seus fãs e considera que as mudanças no mundo da música e a diminuição das vendas dos discos exigem que os artistas concebam novas maneiras de difundir as suas obras e subsistir: através da Internet e dos concertos.

Aliás, o novo trabalho do músico, La Radiolina (”pequena rádio” em espanhol), é já exemplificativo dessa nova postura. Em lugar de se apresentar como uma obra final, completa e inamovível o álbum deverá ser ampliado com novas canções que o artista irá lançar ao longo dos próximos meses no seu site:

Vou utilizar o meu site na Internet como uma estação de rádio (…) A ideia é continuar a enviar cartões postais sonoros através do meu site, de disponibilizar as canções umas atrás das outras sem pensar sistematicamente em termos de um “álbum”.

Quando à situação actual, Manu Chao é pragmático e não tem ilusões: “As grandes companhias discográficas estão em dificuldade, é um pouco o fim dos dinossauros” admite, ao passo que “as outras indústrias, em particular aquelas que fabricam leitores de MP3s, aumentam os seus lucros. Uns perdem, outros ganham. E nós, cantores, temos que encontrar o nosso lugar para continuar.”

Apesar de reconhecer que não possui a solução ideal para o dilema que o negócio da música enfrenta, Manu Chao defende uma ética do público. Sendo a pirataria hoje em dia “fácil, massiva e inevitável”, ele deixa o recado: “Que as pessoas pirateiem os ‘grandes’ como eu, isso não me faz grande mossa. Mas que elas façam o esforço de comprar a música das pequenas labels“.

Sendo ele próprio um ex-”pirata”, como faz questão de frisar, seria aliás surpreendente que ele não compreendesse os anseios dos apreciadores de música dos dias de hoje: “Na altura, 90 por cento da minha discoteca era pirata. Não tinhamos dinheiro suficiente para comprar a músico mas desejávamos ouvi-la.”

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Toretto
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Mensagempor Toretto » sexta ago 17, 2007 12:52 pm

Pedro Lopes Escreveu:Naturalmente que concordo com o que dizes! Mas os meus comentários são muito claros! Hoje em dia tens ao teu dispor meios de conheceres e ouvires antecipadamente os discos antes de os comprares, que não tinhas antigamente!

E este tem sido o principal argumento de quem defende o download ilegal! Poder ouvir antes de comprar!

Espero que me indiques um local onde possa ouvir, gratuitamente e na sua totalidade, os últimos álbuns de Be'Lakor, Wayd, Stoneman e The Seventh. Já que existem os meios que referes, gostaria de os conhecer...

Myspace, purevolume e companhia não contam porque só apresentam uma ou duas músicas, faixas cortadas e tretas dessas. Ninguém consegue avaliar um álbum, enquanto investimento, baseado em apenas uma música. Isto é como ir à pastelaria e comprar um bolo porque tem um aspecto magnifíco e depois da primeira trincadela, só apetece deitar fora, mas tem de se comer porque custou dinheiro.

E já agora, gostaria de saber onde posso ouvir os noruegueses In Vain e o seu The Latter Rain que é, quanto a mim, o álbum do ano até este momento. Não fosse a net e eu agora não estava à espera que o Alcobia volte das férias para encomendar o álbum...

E porque não um local onde possa ouvir a discografia de Mago de Oz (que orgulhosamente tenho em original) que é a minha banda preferida e que conheci através da net?

Hasta :wink:

Pedro Lopes
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Mensagempor Pedro Lopes » sexta ago 17, 2007 1:32 pm

Toretto Escreveu:
Pedro Lopes Escreveu:Naturalmente que concordo com o que dizes! Mas os meus comentários são muito claros! Hoje em dia tens ao teu dispor meios de conheceres e ouvires antecipadamente os discos antes de os comprares, que não tinhas antigamente!

E este tem sido o principal argumento de quem defende o download ilegal! Poder ouvir antes de comprar!

Espero que me indiques um local onde possa ouvir, gratuitamente e na sua totalidade, os últimos álbuns de Be'Lakor, Wayd, Stoneman e The Seventh. Já que existem os meios que referes, gostaria de os conhecer...

Myspace, purevolume e companhia não contam porque só apresentam uma ou duas músicas, faixas cortadas e tretas dessas. Ninguém consegue avaliar um álbum, enquanto investimento, baseado em apenas uma música. Isto é como ir à pastelaria e comprar um bolo porque tem um aspecto magnifíco e depois da primeira trincadela, só apetece deitar fora, mas tem de se comer porque custou dinheiro.

E já agora, gostaria de saber onde posso ouvir os noruegueses In Vain e o seu The Latter Rain que é, quanto a mim, o álbum do ano até este momento. Não fosse a net e eu agora não estava à espera que o Alcobia volte das férias para encomendar o álbum...

E porque não um local onde possa ouvir a discografia de Mago de Oz (que orgulhosamente tenho em original) que é a minha banda preferida e que conheci através da net?

Hasta :wink:



Ah bom! Só contam os locais onde podes ouvir o disco na totalidade.

Pegando no teu exemplo, só depois de comeres o bolo é que decides se o vais pagar!

Pois assim não é fácil! Já agora o que fazes aos bolos que comes e não pagas? Ficam na reciclagem?

Não vale a pena responderes. Cada um tem a sua ética enquanto amante da musica perante os musicos.

O futuro poderá passar por se retirar poder à indústria e deixar os artistas fazer o que bem entenderem com a distribuição do seu trabalho.

Não vai ser fácil e a minha preocupação não está nos grandes mas sim no apoio aos novos que me parece ser cada vez menor.

Entretanto, não te distraias com o regresso do Alcobia pois parece que vai deixar o negócio.

Abraços,

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Mensagempor Nevoeiro » sexta ago 17, 2007 1:36 pm

Pedro Lopes Escreveu:
Entretanto, não te distraias com o regresso do Alcobia pois parece que vai deixar o negócio.

Abraços,


:cry: Lá se vai o meu fornecedor de raridades... :cry:

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Mensagempor Toretto » sexta ago 17, 2007 1:48 pm

Pedro Lopes Escreveu:Ah bom! Só contam os locais onde podes ouvir o disco na totalidade.

Lógico. Ouvir uma música não me diz nada acerca do álbum...

Pedro Lopes Escreveu:Pegando no teu exemplo, só depois de comeres o bolo é que decides se o vais pagar!

Está bem, mas se me deixaram levar o álbum para eu ouvir, se não gostar até o posso devolver. Agora o bolo é a fundo perdido :lol:

Uma coisa é certa. Se eu não puder ouvir o álbum antes de comprar, aí é que não compro mesmo. O dinheiro custa-me a ganhar, como acredito que custa a toda a gente, e não compro cd's baseado em romantismos estúpidos do ter o cd é que é bom, mesmo que não valha nada.

Pedro Lopes Escreveu:Entretanto, não te distraias com o regresso do Alcobia pois parece que vai deixar o negócio.

Tenho de ir ver aos mails que ele mandou, mas acho que ainda vai estar por aí mais uns meses, ou não?

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Mensagempor Matusalem » sexta ago 17, 2007 1:54 pm

D'zrt
Sempre que sacas uma música estás a contribuir para que os nossos concertos acabem.


Bora lá todos sacar pelo menos umas 20 vezes cada isto :twisted:

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Mensagempor UnderØath » sexta ago 17, 2007 1:58 pm

e pá, isto e discutir o sexo dos anjos!

Oh Pedro Lopes, nunca fizeste um download ilegal na tua vida? musica? software? books? etc? oh pá! não acredito!
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Mensagempor OrDoS » sexta ago 17, 2007 2:06 pm

Pedro Lopes Escreveu:
Toretto Escreveu:
Pedro Lopes Escreveu:Naturalmente que concordo com o que dizes! Mas os meus comentários são muito claros! Hoje em dia tens ao teu dispor meios de conheceres e ouvires antecipadamente os discos antes de os comprares, que não tinhas antigamente!

E este tem sido o principal argumento de quem defende o download ilegal! Poder ouvir antes de comprar!

Espero que me indiques um local onde possa ouvir, gratuitamente e na sua totalidade, os últimos álbuns de Be'Lakor, Wayd, Stoneman e The Seventh. Já que existem os meios que referes, gostaria de os conhecer...

Myspace, purevolume e companhia não contam porque só apresentam uma ou duas músicas, faixas cortadas e tretas dessas. Ninguém consegue avaliar um álbum, enquanto investimento, baseado em apenas uma música. Isto é como ir à pastelaria e comprar um bolo porque tem um aspecto magnifíco e depois da primeira trincadela, só apetece deitar fora, mas tem de se comer porque custou dinheiro.

E já agora, gostaria de saber onde posso ouvir os noruegueses In Vain e o seu The Latter Rain que é, quanto a mim, o álbum do ano até este momento. Não fosse a net e eu agora não estava à espera que o Alcobia volte das férias para encomendar o álbum...

E porque não um local onde possa ouvir a discografia de Mago de Oz (que orgulhosamente tenho em original) que é a minha banda preferida e que conheci através da net?

Hasta :wink:



Ah bom! Só contam os locais onde podes ouvir o disco na totalidade.

Pegando no teu exemplo, só depois de comeres o bolo é que decides se o vais pagar!

Pois assim não é fácil! Já agora o que fazes aos bolos que comes e não pagas? Ficam na reciclagem?

Não vale a pena responderes. Cada um tem a sua ética enquanto amante da musica perante os musicos.

O futuro poderá passar por se retirar poder à indústria e deixar os artistas fazer o que bem entenderem com a distribuição do seu trabalho.

Não vai ser fácil e a minha preocupação não está nos grandes mas sim no apoio aos novos que me parece ser cada vez menor.

Entretanto, não te distraias com o regresso do Alcobia pois parece que vai deixar o negócio.

Abraços,


Espero bem que o Alcobia não deixe o negócio.

Pessoalmente, tenho um pouco a mesma opinião do Toretto, também não percebo qual é o teu bloqueio mental em perceberes e tentares adaptar a tua mentalidade aos dias de hoje.

Realmente, como tu disseste, cada um tem a sua ética. A minha é de não comprar "gato por lebre", do ponto de vista pessoal claro, pois o que pode não ser nada de especial para mim, pode muito bem fazer 'click' noutros e eles aí adorarem.

Já comprei albuns ouvindo apenas uma ou duas músicas e nem sempre o "resultado" final foi o esperado, nunca saí defraudado, mas nem sempre fiquei totalmente satisfeito e são os albuns originais que menos ouço (não por serem maus, mas porque aprecio-os de longe a longe pois cansam-me se os ouvir muitas vezes).

Continuo a comprar albuns e sempre vou continuar a fazê-lo de duas formas. Ou a banda nunca me desiludiu e é compra certa com selo de qualidade para mim, como Dark Tranquillity, Monster Magnet e até mesmo Marilyn Manson, ou então tenho de ouvir os albuns na sua totalidade ou ainda ver um concerto , adorar o som e comprar sem vfer mais nada :P

O futuro já inclina para o facto de serem os artistas a terem de fazer por eles, hoje em dia são poucas as editoras e promotoras (daquelas que fazem dinheiro para sustentarem os colaboradores, bandas e eles próprios) que pegam numa banda sem suporte de fãs ou de algum mediatismo instantâneo (Job For A Cowboy, alguém!?!? :P )

Temos de nos adaptar aos tempos, e neste momento não há muitas soluções para este mercado, está estagnado e as ideias escasseiam, o tempo de arriscar cegamente e das vacas gordas já lá vai, mas há sempre alguém que desencanta uma boa ideia ;)
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Mensagempor Nevoeiro » sexta ago 17, 2007 2:07 pm

Aqui fica uma entrevista ao Blackie Lawless onde ele aborda a temática discutida neste tópico. Penso que vem de encontro ao que o user Pedro Lopes tem dito.




"(...)Diz-nos o que sentes em relação à volta que a indústria musical está a dar à conta dos downloads...

Por estranho que possa parecer, ouvi o Perry Farrel a dizer uma coisa no outro dia que achei interessante.Era uma conversa com pessoas que fazem downloads ilegais e ele disse-lhes: "Sabem que mais? Continuem a fazer o que fazem, os vossos downloads ilegais. O que vai acontecer é que se vão queixar da merda que ouvem na rádio". As pessoas parecem não perceber isso, mas o que se ouve actualmente na rádio é um resultado directo dos downloads. Se as editoras não conseguem apresentar novos artistas e apoiá-los - e aqui refiro-me, claro, a apoio financeiro - deixa de haver música nova para mostrar. E mesmo que haja será sempre muito pouca...Uma coisa afecta a outra e estamos perante um efeito dominó. Uma coisa começa por mandar a outra abaixo e assim por diante e acaba por ser uma reacção em cadeia. E isso é uma coisa que as pessoas não entendem...Ou talvez não queiram entender, não sei. A indústria mudou tanto nos últimos dois anos que está completamente irreconhecível. Para além disto não sei o que realmente vai acontecer, sinceramente...
Aliás, acho que nenhum de nós pode saber. Para os W.A.S.P. - e para outros grupos da nossa geração- foi bom porque podemos continuar a tocar ao vivo. No entanto, para as bandas mais jovens (que estão ainda a tentar afirmar-se) esta situação é um autêntico desastre! A nova musica nunca será será como costumava ser. Os fãs não o percebem, mas vão sofrer grandemente por causa disso.


Por outro lado, as bandas de grande reputação - aquelas que ainda conseguem encher estádios - vão acabar também por desaparecer. Temos os U2, os Metallica e os AC/DC, mas... Com a internet não se consegue construir grupos de grande perfil. No futuro será impossível ter um grupo com o calibre de uns Zed Zeppelin ou Iron Maiden. São tantos grupos a surgir e a oferta é tão grande que a base de "fãs" de cada um será constituida por "dez" pessoas.

O grande problema é exactamente esse. Devem lembrar-se que, há uns anos, o Lars Ulrich tentou enfrentar a Napster e levou com muita publicidade negativa. Os fãs ficaram furiosos e não entenderam o que ele estava a tentar dizer... Todos nós sentimos a pressão de tentar dizer algo que os fãs nunca iriam entender. Mas o problema é que agora esta coisa está descontrolada e é impossível repara-la. Não quero soar como um profeta da calamidade, mas o que as pessoas têm de perceber que é exactamente isso que se passa hoje em dia. Quando os "Pink Floyds" deste mundo desaparecerem isto nunca regressará, nunca voltará a acontecer, nunca nas nossas vidas. Acabou! É o aquecimento global da música, se quiserem. Quando acabar, quando nos extinguirmos é o fim, nunca haverá nada igual. Isto porque as pessoas pensam, sou "só" eu - saco isto à borla. Sim mas se adicionarmos os milhões e milhões de apenas "eus" que o fazem, então vão ver o colapso da industria musical. Está a acontecer neste preciso momento e não há forma de o parar. Quando a nossa geração desaparecer, a música da forma como a conhecemos deixará de existir e o problema é que não haverá nova música para se poder replantar ou substituir aquilo que fazemos. O comum dos fãs já está em problemas e nem sequer se apercebe disso. O prejuízo já foi feito ao ponto de que é impossível voltar atrás. Sei que há muitos fãs - em especial na comunidade do heavy metal - que continuam a apoiar as suas bandas preferidas e, claro isso é maravilhoso..Apreciamos muito o apoio que nos tem dado ao longo dos anos. E sei que isso não se aplica apenas aos W.A.S.P., mas também há muitas outras que têm uma base de fãs muito leal. No entanto, no que diz respeito a novo material, a situação é muito triste. Vai deixar de haver musica nova, pelo menos nos parâmetros que conhecemos. Fenómenos como Elvis e os The Beatles nunca voltarão a existir nas nossas vidas. Digam o que disseram, mas a poderosa maquinaria que as editoras têm para fazer com que isso aconteça é crucial. No entanto, neste momento as editoras estão a morrer progressivamente.


As novas gerações olham para as editoras como sendo grandes monstros que engolem grandes quantidades de dinheiro. è verdade que houve casos em que muitas roubaram artistas e nós conhecemos exemplos, mas...

É verdade. Os artistas foram roubados e, de certa forma, os fãs também. NO entanto, olhando para trás... Por muito que os fãs e os artistas se queixem, acaba por ser um bom preço a pagar agora. Pelo menos podíamos ter nova música a chegar até nós...Agora, assim não haverá maneira de o fazer. Por muito que nos queixemos, acho que temos aquilo que pedimos. Não temos ninguém a culpar a não ser a nós próprios."

In Loud #78


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