Fenómeno musical nascido em meados da década de 90, o death metal melódico escandinavo teve um impacto enorme em toda a música extrema que se faz hoje e, ao lado de lendas vivas da tendência como At The Gates e In Flames, os DARK TRANQUILLITY ajudaram como ninguém a definir toda essa tendência. Com uma capacidade enorme para combinar metal, duro e cativante em partes iguais, com elementos progressivos e ambientais, o sexteto oriundo de Gotemburgo acabou por desenvolver uma sonoridade única, aplaudida em uníssono por fãs e críticos e, desde que lançou o primeiro disco, corria o ano de 1993, reuniu um exército de apoiantes leais a nível mundial e uma reputação inabalável em concerto. Exatamente vinte anos depois de terem explodido com o nada ortodoxo «Skydancer», estão de volta com o álbum #10. «Construct» afirma-se como o som da perseverança e também como uma prova da enorme aptidão que sempre mostraram para se irem reinventando e mantendo relevantes, conservando inalterados os elementos que os tornaram famosos sem nunca caírem na repetição óbvia. Depois de quatro álbuns – «Damage Done», «Character», «Fiction» e «We Are The Void» – em que trilharam um caminho muito semelhante, estes dez novos temas marcam o início de uma nova era para o grupo... E é precisamente essa vontade de não estagnar e a garra que continuam a conservar que se esperaram de Mikael Stanne e companhia, quando subirem aos palcos do Hard Club e Paradise Garage, nos dias 17 e 18 de Novembro, respetivamente.
Há poucas ocupações mais honrosas que a busca incessante pelo progresso artístico, mas quando uma banda entra na segunda década de carreira, a escrita de música nova e inovadora pode tornar-se cada vez mais difícil. Ainda assim, os suecos DARK TRANQUILLITY sempre conseguiram ultrapassar esse obstáculo com perícia e, numa altura em que o mercado do metal mais convencional está saturado de grupos que se limitam a explorar fórmulas testadas até à exaustão, têm sabido sempre como evoluir, experimentar e ser originais, sendo um daqueles nomes fáceis de reconhecer imediatamente em todos os sentidos – algo que muitas bandas prometem, mas muito poucas conseguem alcançar. Desde que se tornaram grandes, ali na viragem do milénio, têm vindo a editar sucessivamente álbuns fantásticos e de uma consistência sem precedentes. Melhor ainda; além de criarem música exemplar, sempre souberam também como destacar-se da torrente de propostas medíocres de death metal melódico que os rodeou desde cedo, revelando uma enorme capacidade para criar temas bombásticos e dinâmicos, muito mais aventureiros que qualquer outra proposta dentro do género. Vinte anos e sete álbuns depois de terem surpreendido muito boa gente com «Punish My Heaven», o inesquecível tema de abertura de «The Gallery», a novidade «Construct» vem provar uma vez mais que continuam sem rival entre os nomes mais importantes da cena de peso atual.
17 de Novembro - HARD CLUB - Sala 1 (Porto)
18 de Novembro - PARADISE GARAGE (Lisboa)
Abertura de portas: 20h00 - Início do espetáculo: 21h00
1ª parte: Tristania
Os bilhetes para o concerto custam 22€, à venda a partir de 8 de Julho, nos locais habituais. Reservas: Ticketline (1820 - http://www.ticketline.sapo.pt). Em Espanha: Break Point.
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