Grimner Escreveu: ou seja, depois de 31/12/1989.
...e isso é exactamente em que década, 80 ou 90?!?!?!?


Moderador: GoncaloBCunha
Grimner Escreveu: ou seja, depois de 31/12/1989.
Grimner Escreveu:Old_Skull Escreveu:
Tens de pensar mais no presente... assim corres o risco de parecer um pouco retrógrado!
Foi em março de 92. ou seja, depois de 31/12/1989. Presente futurista em léxico coragem
coragem Escreveu: nao é por acaso que o grande acontecimento do ano 2000 foi a chegada dos alentejanos à expo98
Dragonlord Escreveu:Old_Skull Escreveu:
...os rapazes ainda vão ter que esperar!
Indeed!
Esse foi o meu primeiro concerto "grande"! E ficou gravado na minha memória como um dos acontecimentos mais importantes na história do Metal mundial.
Estão a ver o video "Under Siege - Live in Barcelona"? Estão a ver, (neste caso a ouvir) a qualidade de som, e a enorme brutalidade, speed e ímpeto que aqueles temas tocados ao vivo tem?
Em Cascais ainda foi melhor!
Foi mais brutal que isso; e ainda tivémos direito a tocarem a "Antichrist" na sua versão original, à "moda" do Bestial Devastation. (E não aquela bacorada mal tocada do "anticop"!)
Quem lá esteve sabe o morticínio que aquilo foi!
Eu tinha apenas 16 anos, e estava a tremer e a borrar-me de medo que me assaltassem, espancassem ou me "drogassem à força" com seringas "rombas"; e fui com dois amigos meus para a parte mais alta do pavilhão para fugir ao ultimate armageddon que se deu lá na plateia.
Nunca mais tornei a ver um atentado tão grande aos "direitos humanos" em toda a sua glória, para o resto da minha vida!
Nem Cannibal Corpse, nem Obituary, nem Ratos do Porão, nem Testament, Overkill, you name it! De todas as bandas da "xacina" que já vi, nenhuma assistiu a uma dose de violência tão cataclísmica como a que os Seps' assistiram naquela noite!
O resto; a guitarra partida, as ramonas da polícia à saída do pavilhão, o cheiro a "ar queimado", a sensação de estarmos a viver um pós-apocalipse dos filmes do Mad Max é, como costumam dizer, história!
Os meus pais foram-nos buscar quando aquilo acabou; e a minha mãe diz que foi das visões mais bizarras da vida dela, quando ela assistiu àquela data de "índios" a sairem pelas portas do pavilhão todos f*did*s, partidos, sangrados, esquartejados, esfolados; e com um olhar nos olhos que parecia indicar que só sairiam dali em vitória ou morte!...
Diz ainda a minha mãe, que as únicas alturas em que ela se tornou a sentir daquela maneira, foi quando abriram os portões do antigo estádio de Alvalade para deixarem sair a multidão oceânica que assistiu ao concerto de Metallica; por cima de uma zona de obras, digna de um palco do fim do mundo; e a segunda vez foi quando abriram os portões ao agora inexistente Armazem 22 onde se deu um dos concertos mais degradantes de todo a história do metal no nosso país; Kreator! O calor lá dentro era tanto, que o suor da malta pingava das chapas de zinco do tecto. Tomámos todos um enorme "banho de suor" ao som da "Tormentor" e "Flag of Hate" já no fim do concerto, enquanto lá fora uma xavala podre de bêbeda se vomitava toda encostada aos pneus de um camião TIR... e os meus pais a assistirem àquilo...
Mas o concerto dos Seps' foi fulcral! A "obra-prima" da devastação sonora na intemporal catedral do Metal em Cascais!
É caso para dizer: Open The Gates!!!
Keep Moshin'!
\w/
coragem Escreveu:Grimner Escreveu:Old_Skull Escreveu:
Tens de pensar mais no presente... assim corres o risco de parecer um pouco retrógrado!
Foi em março de 92. ou seja, depois de 31/12/1989. Presente futurista em léxico coragem
para os alentejanos é tudo nas calmas e até o relogio anda mais devagar![]()
nao é por acaso que o grande acontecimento do ano 2000 foi a chegada dos alentejanos à expo98
Grimner Escreveu:Como disse, albuns como o Arise foram o expandir máximo de uma fórmula que NINGUÉM mais soube recriar. E foi ao mesmo tempo o fim de uma era. Foram inumeras as bandas que entraram em colapso criativo nesta altura, enquanto novas bandas de metal espreitavam dos pantanos da florida, ou dos fiordes da escandinávia, bandas que tal como as dos 80, deram um novo "boost" ao metal antes de, como as que lhes antecederam, entrar tambem em colapso criativo. O arise foi o refinar de uma formula a um ponto que ninguem, nem eles próprios saberiam imitar.
Mescaline Escreveu:Parabéns por um dos melhores posts que li por aqui. Para alguém que vive todos os dias sob o tormento de ser um puto que nunca poderá passar por experiências dessas, é uma mescla sentimental do caralho ler um texto assim.
Quero uma máquina do tempo.
Acho que me vou tornar um 'coragem wannabe'.
Inmist Escreveu:Não conheço muito bem a banda, e desde há uns anos que desliguei um bocado. Votei no Chaos AD por ter sido o que mais ouvi e me marcou. Ainda hoje adoro ritmos tribais.
Grimner Escreveu:Converge Escreveu:Arise atmosférico?
Eu diria que o Arise está para o Beneath como o Master está para o Ride the Lightning. em ambos os casos, são albums que não reinventam a formula, mas refinam-na e apresentam-na de uma forma mais matura. Trocam algum do entusiasmo juvenil por uma abordagem mais ambiciosa, temas mais longos mais lentos e estruturados. Comparativamente, é mais atmosférico.
O grande problema do Arise é que não há mesmo progressão do estilo depois disso. Mesmo que sepultura não tivesse tentado expandir a fórmula, as centenas de bandas que tentaram fazer o mesmo som cairam completamente de trombas no chão.
Mas são clássicos. Que só perdem ligeiramente ela produção do Scott Burns (que apesar de tudo, para os padrões dele, até dá à banda um bom som).
Dragonlord Escreveu:Inmist Escreveu:Não conheço muito bem a banda, e desde há uns anos que desliguei um bocado. Votei no Chaos AD por ter sido o que mais ouvi e me marcou. Ainda hoje adoro ritmos tribais.
Experimenta ouvir com mais atenção os 3 "álbuns do meio" da "Era-Max". Principalmente o Schizofrenia. Pode ser que tenhas uma agradável surpresa!![]()
Keep Thrashin'!
\w/
Dragonlord Escreveu:Grimner Escreveu:Converge Escreveu:Arise atmosférico?
Eu diria que o Arise está para o Beneath como o Master está para o Ride the Lightning. em ambos os casos, são albums que não reinventam a formula, mas refinam-na e apresentam-na de uma forma mais matura. Trocam algum do entusiasmo juvenil por uma abordagem mais ambiciosa, temas mais longos mais lentos e estruturados. Comparativamente, é mais atmosférico.
O grande problema do Arise é que não há mesmo progressão do estilo depois disso. Mesmo que sepultura não tivesse tentado expandir a fórmula, as centenas de bandas que tentaram fazer o mesmo som cairam completamente de trombas no chão.
Mas são clássicos. Que só perdem ligeiramente ela produção do Scott Burns (que apesar de tudo, para os padrões dele, até dá à banda um bom som).
Só agora reparei neste teu post...
Resumiste extraordinariamente a questão do "ambientalismo" no Arise, parabéns!
Mas queria colocar-te uma questão: Tu dizes que os álbuns só perdem ligeiramente pela produção do Scott Burns,... ora esse produtor era o que estava na "berra" naquela altura para tudo o que eram bandas de Death Metal, e Thrash extremo, (como Sepultura). Bolas, até Iced Earth gravaram nos Morrisound Studios da Flórida!
Achas mesmo que os Seps' não beneficiaram de um bom som às mãos deles?
Relembro ainda que, o Arise sofreu, ainda antes de ser lançado "worldwide" uma remistura pelas mãos do Andy Wallace; que segundo não me falha, fez som para Slayer!
De que maneira achas que o som dos álbuns terá perdido devido ao Scott Burns, ou de que maneira terá o Arise "ganho" pela remistura do Andi Wallace?
Keep Thrashin'!
\w/
Mescaline Escreveu:
O Andy Wallace trabalhou com Slayer... Mas também trabalhou com Limp Bizkit, Linkin Park...
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