Sepultura: tópico oficial (Reset à poll)

[Last Light]

Muito resumidamente, porque é um álbum destinado aos sem palas: contém o thrash que caracterizava a banda com o groove que os Pantera e Exhorder estavam a fazer por aqueles anos, a juntar ao soberbo tribal - sem exagerar no mesmo, como fizeram no Roots.
("Kaiowas" seria mesmo daquelas músicas que não se esperavam num álbum de metal)

Já agora, poucos álbuns se podem dar ao luxo de ter uma entrada com 3 músicas deste calibre seguidinhas:
Refuse / Resist
Territory
Slave New World

As letras e o conceito do álbum são magníficos (ainda para mais tendo em conta que foi lançado no tal ano da podridão 1993 que tu tanto apregoas).
No global? Um álbum excelente e inovador que se ouve de princípio ao fim.

[Old_Skull]

Confessa Converge... foi o primeiro que ouviste dos Sepultura?!?!?

[Last Light]

O meu voto ficou no Beneath the Remains

[Old_Skull]

Não foi isso que perguntei...

Mas conheces o Schizophrenia?!?!?

[Last Light]

muito bem, mas o beneath para mim é o melhor

[Old_Skull]

Eu diria mesmo que até ao CHAOS AD (inclusive) os Sepultura ajudaram a mudar a minha vida (signifique lá isso o que significar).
Total Respect... Precisamente por isso é que doí quando vejo o Max virado para deus ou Jah ou a Putquepariu e a re-gravar o Roots todas as vezes que caga um disco. E não, não é nostalgia, saudosismo ou uma visão retrógrada... apenas uma questão de gosto.

P:S. Conheci-os no ano em que lançaram o Schizophrenia

[Dragonlord]

Muito resumidamente, porque é um álbum destinado aos sem palas: contém o thrash que caracterizava a banda com o groove que os Pantera e Exhorder estavam a fazer por aqueles anos, a juntar ao soberbo tribal - sem exagerar no mesmo, como fizeram no Roots.
("Kaiowas" seria mesmo daquelas músicas que não se esperavam num álbum de metal)

Já agora, poucos álbuns se podem dar ao luxo de ter uma entrada com 3 músicas deste calibre seguidinhas:
Refuse / Resist
Territory
Slave New World

As letras e o conceito do álbum são magníficos (ainda para mais tendo em conta que foi lançado no tal ano da podridão 1993 que tu tanto apregoas).
No global? Um álbum excelente e inovador que se ouve de princípio ao fim.

Gostei! Expressaste bem a tua opinião!

No entanto deixa-me que te diga que, para mim, um álbum destinado aos "sem palas", como tu referes, será um "Odium" de Morgoth, um "Spheres" dos Pestilence; ou ainda o próprio "Arise" dos Sepultura! (Que muitos não gostaram quando comparado ao "Beneath The Remains" apenas porque a bateria não estava sempre a fazer 546bpm... - Speed e brutalidade é bom, mas o Arise tinha outros "trunfos na manga", que fizeram dele um álbum mais "eclético" e diversificado! E até com uma "atmosfera" muito invulgar!)

São todos bons exemplos de álbuns que, não se limitando à norma ou áquilo que se "esperaria" deles; conseguiram apresentar um som alternativo sem que perdessem a "essência" do Metal.

Quando falas no "Groove" que os Pantera estavam a fazer, não te esqueças que nem todo aquele "groove" era coisa que se ouvisse. Principalmente nos anos pós-"Vulgar Display of Power"! Nesse sentido, duas bandas que souberam aproveitar muito melhor esse "groove" foram, por exemplo, Overkill e Annihilator em um par de álbuns.

Tens razão quando dizes que eles adicionaram elementos tribais, mas sem exagerarem nos mesmos; e a Kaiowas é, para mim, um dos pontos altos do álbum; fazendo-me lembrar experiências em percussão já dos tempos do "Into The Pandemonium" dos Celtic Frost.
Nesse aspecto, estávamos perante a evolução "lógica" do experimentalismo presente em alguns riffs do Arise, bem como de algumas intros do mesmo.

O que não havia necessidade era de terem "mongolóidizado" tudo o resto!

Referiste os 3 primeiros temas do álbum; que eu considero serem verdadeiras "secas"! (Vai um copo? )
A Refuse/Resist ainda tem algum ímpeto, e é facilmente a melhor das 3. Mas quando comparadas à genialidade média de muitos "album-openers" que por aí andam é francamente mediana!
A Territory é uma das musicas mais overhyped de sempre; só porque tinha o videoclip e eles andavam na lama cheios de merda e tal,... mas é uma faixa que se arrasta, e arrasta, e arrasta, mas não "agarra".
A "Slave New World" é tão boa, que já nem me lembro a que soava. Tinha um video com uma "estética visual" bem porreira segundo me lembro; uma paisagem apocalíptica com a malta a ser "marcada" para escravos, mas a música não me deixou memórias,... deixa-me cá pô-la a tocar,... ah, sim, um início "suave", uma entrada de bateria relativamente "alegre",... e depois temos o Max a "cantar" da maneira "bêbeda" que ele "inaugurou" nesse álbum. A música vai "tocando", vai tocando, os instrumentos são tocados,... alguns riffs até são bem "esgalhados", mas é tudo um pasta de marmelada muito "espessa" que não "levanta do chão"!

Ah, e os solos do Andreas Kisser parece que ficaram com as cordas "frouxas", aquilo soa tudo roufenho...

O resto do álbum, infelizmente, não muda muito o registo: "Amen" é mais um "Territory part-II". Tem um bocadinho de originalidade naquele trecho melodioso cantado lá pelo meio; e que não ficaria desvirtuado numa "Under Siege", ou "Altered State", mas a porra da música é tão genérica que nem "merece" a presença de tal acesso de criatividade.

A seguir ao momento de "reflexão" induzida pela "Kaiowas"; (mais uma que teria ficado bem como interlúdio para início do lado "B" de um "Arise", por exemplo) temos a "Propaganda", que sempre abre um bocadinho mais as portas à agressividade e já tem um "andamento" mais agradável à audição. Pena a voz alcoolizada do Max a dar um "cunho" muito próprio ao álbum todo. E não é um cunho bom, não! Acho que ele deve ter julgado que, como a gravação do "Orgasmatron" correu bem, e que nessa altura ele estava com uma granda bezana; que aquilo iria resultar sempre,... wrong!!! Motorhead é uma banda com músicas que se podem cantar bêbedo, Sepultura, nem por isso.
Entretanto já a "Propaganda" se arrependeu, e começou a soar de maneira genérica lá mais para o fim... bolas!

Epa! Que é isto? Os Seps' acordaram? "Biotech is Godzilla" assalta os altifalantes com uma boa dose de "xacina" capaz de fazer acordar um Nazgul, e torna-se de uma assentada no melhor tema do álbum! Pena não condizer nada com o resto do (mau)ambiente do álbum! Ou será?

"Nomad" é outra seca!
Tocada só com "meio-braço", berrada de maneira "relaxada", e com um riff "chato" para caraças! Sempre foi uma das menos apreciadas neste álbum pela minha pessoa...
Se querem saber como deve ser feita uma boa faixa sobre nómadas, ou tuaregues do deserto, oiçam a "The Nomad" que está no álbum "Brave New World" dos Iron Maiden!

"We Who Are Not As Others". Boa onda! Uma maneira diferente de aproximação à "Kaiowas", mas desta vez com mais instrumentos, e uma sensação de "espacialidade claustrofóbica", por mais contraditório que possa parecer. Muitos detestam esta música, mas acredito que seria mais um interlúdio perfeito num álbum do calibre do "Arise".

A seguir, a segunda melhor faixa do álbum: "Manifest"! Pura destruição! A maneira "caótica" como a música se encontra estruturada é a banda sonora ideal para o relato que esta inclui. Pena começar a ficar "moída" a partir do meio, mas mesmo assim aguenta-se "intacta" até ao fim! Um bom, e até original esforço. Aquela parte só com bateria e baixo faz-me lembrar a "Grin" dos Coroner; o que só pode ser coisa boa!

"The Hunt" creio que é uma cover dos New Model Army, se não me engano... come-se bem, mas não é nada de transcendental. Pelo menos é melhor que a maior parte das "desgraças" presentes neste álbum!

"Clenched Fist" é 50/50! Tem partes boas, intensas e com speed, e também tem partes aborrecidas. É para acabar o álbum em jeito de "resumo"!...

Afinal de contas o que temos aqui? Um álbum com bons interlúdios/instrumentais, duas músicas boas, (Biotech is Godzilla e Manifest) e três medianas, (Propaganda, Refuse/Resist, Clenched Fist). O resto é música para "dormir"!

As letras e o conceito do álbum estão bem "idealizadas", sim; ao menos não estragaram essas por completo, (isso haveria de ficar para a desgraça seguinte,...) mas o que não havia necessidade mesmo era de "atrasarem" por completo a música! Nem sequer é por ser um álbum assumidamente mais lento do que os anteriores; mas é que os riffs são do mais genérico e desinspirado que pode haver!

Percebo que haja quem olhe para este álbum como uma "lufada de ar fresco" ou um "álbum inovador"; mas aquilo que ganhou em inovação perdeu em "linha condutora"!
É que nem era preciso esforçarem-se muito; as "bases" composicionais já estavam presentes nos dois discos anteriores; bastava-lhes usarem as novas influências para "colorirem" a música e criarem um álbum multi-facetado e diversificado. (um bocado à semelhança do que os Amorphis conseguiram com o "Tales from The Thousand Lakes)
O "problema" é que acharam que só as partes "novas" seriam suficientes para "sustentar" o álbum! Esqueceram-se que por debaixo da inovação tinham que ter "alicerces". E foi isso que estragou o álbum! Parece que foi feito com "riffs às 3 pancadas"! E dos solos então,... nenhum me ficou na memória.
E eu acabei de ouvir o álbum agorinha mesmo!!!

Ou seja; o álbum ouve-se do princípio ao fim; mas não consigo evitar de "adormecer" pelo meio...

Se tivesse que lhe atribuir uma pontuação, dava-lhe um 45%; pela tentativa de originalidade. Mas a "satisfação", pura e simplesmente não está la!

Keep Thrashin'!

\w/

[UnderØath]

o chaos AD foi o pronucio de um estilo que causou muita controversia.

[Dragonlord]

o chaos AD foi o pronucio de um estilo que causou muita controversia.

E que os levou ao "fundo do poço"!

O que foi uma pena, porque eles tinham na mão todos os elementos para darem uma nova reviravolta ao mundo do Thrash Metal. Esqueceram-se foi do "Thrash" propriamente dito!

Quando chegaram ao Roots, já nem "tocar" sabiam,...

Oh, well!...

Keep Hopin'

\w/

[UnderØath]

eh pa, mas verdade tb seja dita, tomara 95% das bandas deste mundo terem meio arise ou meio beneath remains no curriculo delas!

sao 2 albuns qu constam na boinha em qq top 10 que se preze! ate o coragem concorda comigo nesta.

por isso e para sempre, respect! agora andarem ai aos caidos a viver á conta de motivos e items, pa isso nao.

[Old_Skull]

... ou mesmo metade dum Chaos AD!

[UnderØath]

... ou mesmo metade dum Chaos AD!

afoga-te nesse par de seios !!

[Last Light]

Dragonlord, depois de ler a tua magnífica review, acho que tens jeito para escrever na Loud! e, quem sabe, no metal-archives.com.

Se estás à procura de uma banda que toque o mesmo desde o primeiro até ao segundo disco, procura uns gajos chamados AC/DC, porque Sepultura "dão-se ao luxo" de mudar de disco para disco.

[Old_Skull]

... ou mesmo metade dum Chaos AD!

afoga-te nesse par de seios !!

De bom grado

[Last Light]

eu fico com as seis melancias da assinatura, pode ser?